Novela "Escrava Isaura", 25 anos depois

por Robins Borges, para o Valor Econômico de 11 de maio de 2001

As lembranças dos bastidores da telenovela brasileira mais exportada rendem outra grande história.

O vento não levou "A Escrava Isaura". Passados 25 anos de sua estréia na Globo, a novela resiste. E não apenas na memória de quem a assistiu, mas também nas referências das novas gerações do Brasil e, quiçá, do exterior. Atualmente o folhetim está sendo reexibido na Indonésia e na Grécia - mais dois capítulos da saga da escrava branca, que começou em outubro de 76 e percorreu 80 países.

Na China, por exemplo, "Ninu Isola" já foi vista por 1 bilhão de pessoas. Na Rússia, a palavra fazenda passou a integrar o vocabulário dos eslavos. Na Itália, Isaura tornou-se mártir de causas libertárias, com seu nome pichado em muros. Em Cuba, Fidel Castro mudou o horário de reuniões para não perder a novela.

Enquanto isso, no Brasil, "A Escrava Isaura" mantém sua aura de um dos maiores fenômenos da teledramaturgia nacional. Concurso recente do "Vídeo Show" escolheu Lucélia Santos (foto) e Rubens de Falco como melhor mocinha e melhor vilão da TV. Na semana passada, os dois foram aplaudidos de pé ao serem identificados na platéia de um teatro. Na mesma noite, uma fã adolescente posou emocionadíssima para uma foto com Lucélia. A garota nunca havia assistido à novela (sua última exibição foi em 1991) e nem a viu atuar. Considera, porém, o fato irrelevante. Ela também nunca viu um filme com James Dean, ao lado de quem Isaura passará a conviver nas paredes de seu quarto.

A novela desfruta, portanto, do status de mito, tornando-se uma questão de fé. Os caminhos que a levaram até lá são também um mistério. Só para ilustrar suas contradições: por causa da precária produção, funcionários da Globo tinham de distrair seus potenciais compradores em exibições promocionais no exterior. Isso porque as cenas mais emocionantes eram também as mais problemáticas tecnicamente.

De fato, o que pegava era a emoção. Uma aposta é seu libelo libertário, como justificou o autor Gilberto Braga. "Numa sociedade escravocrata e machista, as mulheres estão psicologicamente entre a casa e a senzala. Não é só a história de uma escrava em busca de sua liberdade. É a história de uma mulher, por acaso nascida escrava, que procura, auxiliada por outras mulheres, muitas vezes não-escravas, encontrar na liberdade o direito de escolha."

A outra possibilidade é o espírito romântico que impregna seus cem capítulos. Braga - adaptador do romance homônimo de Bernardo Guimarães (1825-1884) - confessa ter encontrado inspiração após assistir à reprise de "O Morro dos Ventos Uivantes". Mas, na verdade, a novela está no meio do caminho do épico de William Wyler. Isaura é um autêntico melodrama, a essência da telenovela: a filha de uma mulata com um feitor é criada com requinte pela mulher de seu dono. Com a morte de sua protetora, a escrava, com a face da cor de marfim, come o pão que o diabo amassou nas mãos de Leôncio, o malévolo herdeiro. Entre os dois, surge Álvaro, um abolicionista, que salva sua heroína de tantas agruras. A história é cheia de clichês lacrimosos, mas seus bastidores também têm um irresistível sabor de almanaque.

OS BASTIDORES DA NOVELA

Valor reúne Lucélia Santos, Rubens de Falco, Edwin Luisi

e Roberto Pirillo para falar sobre "A Escrava Isaura"

Para relembrar os 25 anos de Isaura, a escrava branca que sofria nas mãos de um senhor de engenho, o Valor promoveu um reencontro entre Lucélia Santos (Isaura), Rubens de Falco (Leôncio), Edwin Luisi (Álvaro) e Roberto Pirillo (Tobias). Eles foram os protagonistas da novela brasileira mais exportada em todos os tempos - atingiu 80 países. Adaptada por Gilberto Braga, a partir de romance de Bernardo Guimarães, "A Escrava Isaura" foi exibida entre outubro de 1976 e fevereiro de 77, às 18h, na Globo. A direção era de Herval Rossano. Leia trechos do bate-papo.

Valor: Como vocês avaliam o fenômeno de "A Escrava Isaura" 25 anos depois?

Rubens de Falco: Acho incrível que nesses 25 anos, nós continuamos iguais. A Lucélia tinha 12 anos quando fez a novela. O Edwin tinha... (risos)

Edwin Luisi: Dezessete. Tive de tirar o alvará de menor para poder trabalhar... Falando sério, acho muito emocionante o fato de nós quatro termos feito parte de um grande momento da história da TV com, talvez, um dos maiores sucessos mundiais...

Lucélia Santos: Deixe-me afirmar categoricamente: "A Escrava Isaura" é considerado o maior sucesso do gênero no mundo. Esses dados são de um programa americano chamado "Good Morning America", que analisou o impacto nos países onde era exibida.

Valor: Qual era a conclusão?

Lucélia: Nenhuma. Eles só apresentavam a questão. Mas "A Escrava Isaura" mereceu um estudo na Universidade de Pequim, no qual se afirmava que isso ocorria porque a novela tinha protagonistas e antagonistas fortes e uma trama centralizada. Hoje em dia, a teledramaturgia se dissolveu, criando vários núcleos paralelos. Mas quase nenhum acontece. O mesmo ocorre no cinema. Os filmes inesquecíveis são de bons protagonistas, como "Beleza Americana", que estourou com o personagem de Kevin Spacey.

Luisi: Se perguntarem o porquê do sucesso, não sei. Não acho que seja a melhor novela do Gilberto, que estava apenas começando. Mas considero que 70% do sucesso se deva a Lucélia. Ela imprimiu uma empatia absoluta ao personagem. Em Cuba, ela é santa até hoje.

De Falco: Concordo.

Pirillo: Eu também.

Lucélia: Que absurdo isso tudo... Quando entrei no estúdio, não tinha qualquer experiência em TV. Tinha trabalhado em teatro e muita vontade de fazer aquele trabalho. Por isso, devo muito aos meus colegas e, particularmente, ao Rubens, que me punha em cena. Ele olhou para mim e disse: "Você acontece."

Luisi: E era tudo contra você, não é, Lucélia? Você era baixinha, não era sensual...

Lucélia: Sensual eu era.

Luisi: Vamos admitir que você não tinha os peitos grandes e não era a mulata gostosa.

De Falco: Mas a Lucélia agüentava ficar 18 horas em cima de um salto enorme para ter uma estatura adequada e apertava bem a roupa porque não tinha peitos grandes. Ela ainda era uma menina de 18 anos.

Valor: Por que a chamaram para a novela?

Lucélia: Fui convidada pelo Herval Rossano e pelo Borjalo (executivo). Antes disso, havia sido reprovada em um teste na Globo e achava que eles iam me humilhar novamente. Quando entrei na sala do Borjalo, ele comentou: "Você é baixinha, né? Eu respondi: "Se o senhor vai me ofender, já estou indo embora". Mas não. Ele me convidou para fazer "A Escrava Isaura" e a minha reação foi de dúvida, dizendo que dependeria do papel. Ele me revelou que era para ser a própria Isaura. "Ah, bom! Começou a me interessar."

Valor: E você, Edwin, como foi?

Luisi: Estava fazendo uma peça e o Gilberto Braga, crítico de teatro na época, a assistiu e me indicou. Foi engraçado porque eu tinha muito medo do Rubens. Não sei se era porque ele ia ser meu antagonista ou se era porque o Rubens tinha uma empáfia de personagem que me confundia. Com o Pirillo eu também tinha problemas. Quando eu ia entrar na novela, houve insinuações de que eu não daria conta de superar o romance com o Tobias.

Pirillo: Sabem que o Tobias não existia no original? Foi criado para dar romantismo à história. Eu deveria participar de 15 capítulos, mas fui até o 50. O personagem pegou.

Luisi: Por mim, ele teria morrido bem antes. A minha entrada na novela ficou muito complicada porque eu tinha um distanciamento do veículo. Por isso, ficava tão nervoso, que as minhas lentes de contato pulavam dos olhos. O diretor dizia: "Gravando". "Ploft", minhas lentes caíam. Claro que foi difícil o público me aceitar. Mas, em dez dias, não podia mais andar na rua. No entanto, não soube aceitar. Tive atração e repulsa.

Valor: Como foi a recepção do grande vilão?

De Falco: Nunca sofri uma agressão. O Leôncio era muito mau, mas muito apaixonado. E eu não tinha pudor em fazê-lo. Veja bem. Eu era o opressor dos negros. Mas os meus maiores fãs são eles. Acho que é porque o Leôncio tinha a dimensão do amor. Na verdade, a Isaura era negra. Era uma branca de sangue negro e eu também tinha relações com uma outra escrava.

Lucélia: Eu tinha pesadelos com o Leôncio me torturando.

De Falco: Era uma época de censura e não podia ter cenas muito ousadas. Por isso, tudo era feito no olhar. O Herval me colocava deitado em cena porque o Leôncio sonhava que torturava a Isaura e chegava ao orgasmo. Era tudo contido e fechado na expressão do rosto. Isso pegava o público de uma forma incrível. Além disso, nós todos temos um lado bom e um mau. Quando se consegue cutucar o lado perverso das pessoas, você nunca é rejeitado. Elas se identificam com o personagem. Até hoje, não posso pegar um táxi que o motorista pergunta por que não faço mais novelas. Respondo que não sou convidado. E ele diz: "Mas quando o senhor fez 'A Escrava Isaura', hein?" É impressionante a memória da novela.

Valor: Você disse que a Globo estava certa em não convidá-la para trabalhar por tanto tempo...

Lucélia: A Globo está sempre certa.

Valor: Quanto tempo você ficou fora?

Lucélia: Foram 14 anos. Meu último trabalho foi "Sinhá Moça"e estou voltando agora em "Malhação". A Globo nem percebe, mas eles estão me dando uma geração que não me conhece. Os garotos vão dizer: "Ah! Essa é a famosa tia Isaura".

Valor: "A Escrava Isaura" rompeu o cerco que havia da teledramaturgia do Sul para o hemisfério Norte. Por que ela teve essa penetração, sobretudo nos países socialistas?

Lucélia: Foi uma experiência muito forte, que não consigo compreender bem. Até por medida de proteção. Não podia achar que aquilo era o dia-a-dia de um ator brasileiro. Mas a gente viveu coisas de Hollywood.

Pirillo: A audiência da novela era uma torcida contra a opressão.

Lucélia: São muitas histórias. A novela foi comprada sem grande entusiasmo pela Venezuela e exibida em um canal estatal, que não tinha espaço para publicidade. Mas ela estourou e não tinha espaço para anunciantes. Foi uma bagunça. Em Cuba, não havia vôos na hora da novela por um acerto entre os comandantes e a população. Os taxistas também não trabalhavam. No Brasil, chegaram a mudar os horários de alimentação dos orfanatos e dos hospitais. No Leste Europeu, éramos tratados como cantores de rock.

Pirillo: E ninguém perguntava por mim?

Lucélia: Não. Você teve o azar de morrer no capítulo 50.

De Falco: Eu me lembro que no caminho para a Cracóvia era como se fôssemos a rainha Elizabeth e o príncipe consorte. Tenho em casa um saquinho com moedas falsas, que me deram para comprar a alforria da Isaura.

Valor: Você ainda é celebridade na China?

Lucélia: Até hoje. Fui na China pela primeira vez porque o povo votou em mim como melhor atriz do ano. Foram 300 milhões de votos. O prêmio foi entregue em um estádio com 20 mil chineses. Como não falava a língua deles, me pediram para cantar e dançar. Cantei um chorinho, cuja letra não lembrava e, então, pedi para descer uma Carmem Miranda rápida em mim. Depois disso, saí despretensiosamente para ver a muralha, mas não pude andar. Fui obrigada a me refugiar. Teve um cara que escalou a muralha só para me ver. Eu acenava de lá completamente sozinha para a multidão. Nem sabia direito o que era a muralha da China na época.

De Falco: De Varsóvia à Cracóvia o trajeto demora 1h30. Nós levamos 6 horas. A estrada estava cheia de gente e éramos obrigados a parar em cada província. Então, eles faziam uma festa folclórica e nos davam presentes. Quando chegamos à Cracóvia, entramos em um restaurante, saímos na janela e vimos uma multidão. Nós colocamos mais gente na rua do que o Papa, que é de lá.

Lucélia: O Rubens me pedia para acenar um pouco da janela porque ele não dava conta. Quando estive na Hungria, tinha de autografar um livro a partir das 10h em uma loja de departamentos. O país enfrentava a maior nevasca da história. Mas quando cheguei lá tinha uma fila de milhares de pessoas que haviam chegado às 4h da manhã para ter o meu autógrafo. No meio deles, tinha um menino de 9 anos que era cego. Ele estava havia horas no frio. Fiquei muito emocionada com a situação. Realmente, eu não conseguia entender. Ele não podia me ver e nem me ouvir. A novela tinha uma narradora que contava a história. "A Escrava Isaura" não era dublada e nem legendada na Hungria. Penso como ele podia se afeiçoar a mim.

De Falco: Nós somos as pessoas mais vistas do mundo.

Lucélia: Na China, fomos vistos por 1 bilhão de pessoas. Só falta passar na Índia, que é o único lugar onde não foi exibida por causa do cinema local, que é muito forte. Estou doida para que passe lá. Só quero desencarnar depois disso.

Pirillo: Não fui nem até São João do Meriti por causa da novela.

Lucélia: Mas você sabe que acontecem fenômenos de audiência quando passa a cena da sua morte queimado junto com a Malvina (Norma Blum). Em Portugal, uma mulher atirou um tamanco na TV por causa da morte do Tobias e depois me mandou uma carta cobrando um aparelho novo.

Valor: "A Escrava Isaura" trouxe fama nacional e internacional para vocês; há algo de negativo sobre a novela?

Pirillo: Os direitos autorais. A lei foi assinada em 1978 e não recebemos nada.

De Falco: Não me queixo disso. Eu e a Lucélia tivemos uma chance de capitalizar esse sucesso. Eu tive muita sorte porque no pacote que eles vendiam de telenovela, também comercializavam "A Sucessora", na qual eu fazia um homem romântico.

Lucélia: Eu e Rubens ganhamos o concurso do "Vídeo Show" para eleger quem chorou mais e quem deu mais porrada. Pensei que fosse dar Ana Paula Arósio.

De Falco: E eu pensei que fosse dar o Tarcísio Meira. Mas eu tive 27 mil votos, e ele, 23 mil.

Valor: Vocês tentaram recuperar o sucesso com "Sinhá Moça".

Lucélia: Era uma novela para o mercado internacional. Já saía do estúdio em outras línguas. É a segunda novela mais exportada do Brasil.

De Falco: Em 76, fiz o homem que gostava da Lucélia. Depois fiz o pai. Agora serei o avô.

Lucélia: As pessoas me perguntam se eu tinha dimensão de que "A Escrava Isaura" seria esse sucesso. Então eu penso naquela época, quando eu ficava chafurdando na lama de Santa Cruz, onde a novela era gravada. Vocês se lembram? O que me fascina é que a novela tinha uma produção muito simples se comparada ao que produzimos hoje. Até o cavalinho que eu usava morreu de tanto trabalhar. A gente fazia por amor. Não pelo sucesso. Eram outros tempos.

Valor: Eram outros tempos em que termos? Era mais diletante?

Lucélia: Não tinha a infra-estrutura de hoje. A gente se maquiava nos ônibus.

Luisi: Comíamos "quentinhas".

De Falco: Em Santa Cruz, não tinha lugar para sentar e nem para urinar. Era tudo na raça, com um profissionalismo insuperável.

Valor: Qual a a avaliação que vocês fazem das novelas atuais?

De Falco: Naquela época havia um escritor e um diretor. A autoria era um fator importante. A linguagem era única. Agora são cinco diretores e quatro autores, o que dilui tudo.

Luisi: Não sei como a Globo não pensou em fazer um "remake" de "A Escrava Isaura".

De Falco: Um dia alguém me disse que havia feito uma re

união na Globo sobre o "remake" de "Isaura". Respondi: "Vai ser um fracasso". O que eles querem é gentinha bonita.

Lucélia: Não. Não pode. A Isaura é minha! (risos).

A influência da Isaura

Do site Gilberto Braga On Line

“Escrava Isaura” parou a guerra da Croácia quando era exibida. Foi a primeira novela brasileira a furar o bloqueio da Cortina de Ferro, onde fez muito sucesso.Na Rússia, a palavra “fazenda”, antes inexistente no país, entrou para o dicionário na versão hispânica: "hacienda".

Em Cuba, o governo chegou a cancelar o racionamento de energia elétrica durante o horário da novela.

Na Bósnia, em pleno calor da guerra contra a Sérvia (1997), os dois exércitos decretaram cessar-fogo durante a exibição dos capítulos.

Vinte e dois anos depois de ser exibida pela primeira vez no Brasil (ela é a recordista de reprises da Globo, com cinco aparições; a última foi em 1990), Escrava Isaura já foi vista em mais de 60 países: África do Sul, Albânia, Alemanha, Argélia, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgária, Burkina Faso, Camarões, Checoslováquia, Chile, China, Chipre, Colômbia, Congo, Coreia, Costa do Marfim, Cuba, Dinamarca, Equador, Espanha, EUA, Finlândia, França, Gabão, Gana, Grécia, Holanda, Hungria, Indonésia, Índia, Inglaterra, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Jordânia, Letónia, Líbano, Lituânia, Luxemburgo, Macau, Madagáscar, Malásia, Marrocos, Mali, Namíbia, Nigéria, Nova Zelândia, Paraguai, Perú, Polónia, Portugal, Quénia, Roménia, Rússia, Senegal, Singapura, Sri Lanka, Suíça, Tailândia, Togo, Turquia, Tunísia, Ucrânia, Venezuela e Zimbabwe.

No romance, Isaura só encontra o amor em Álvaro, já a dois terços da história. Gilberto Braga criou, para evitar tanto tempo de Isaura no ar sem um interesse afetivo, Tobias, de quem se livrou a meio da novela com um incêndio.

Nesse mesmo incêndio, pensando tratar-se de Isaura, Leôncio acaba por assassinar a esposa, Malvina. No romance, o destino dela não é tão trágico: ela abandona-o. A cena do incêndio foi uma das mais marcantes da novela.

O romance de Bernardo Guimarães já tinha sido adaptado duas vezes para o cinema. A primeira vez foi em 1929. A segunda foi em 1949, com Fada Santoro (no papel de Isaura) e Cyl Farney (como Álvaro) e teve uma avant-première no dia 30 de Dezembro só para quem tivesse comprovadamente o nome da protagonista. Apareceram cerca de 2000 Isauras.

Em outras línguas:

Castelhano: "La Esclava Isaura"

Catalão: "L'esclava Isaura"

Inglês: "Isaura, Slave Girl"

Francês: "Isaura"

Italiano: "La Schiava Isaura"

Alemão: "Die Sklavin Isaura"

Polaco: "Niewolnica Isaura"