Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
Magda Melo
Colaboradores no nº 169
Dom Beto Breis
Pe. Carlos Roberto dos Santos
Pe Airton Frank Castro Pinheiro
Pe. José de Anchieta
Pe. Manoel Godoy
Pe. Gildo Nogueira
Magda Melo
Ilustração e capa
Magda Melo
Editoração
Magda Melo
Revisão
Pe. Carlos Roberto dos Santos
Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
Pe. Willians Roque de Brito
Responsável Internacional
Pe. Eric Lozada (Filipinas)
E-mail: ericlozada@yahoo.com
Equipe internacional
Pe. Fernando Tapia (Chile)
Pe. Honoré Sawadogo (Burkina Faso)
Pe. Matthias Keil (Austria)
Pe. Tony Llanes (Filipinas)
Responsável Pan-americano
Pe. Carlos Roberto dos Santos
E-mail: pecarlosroberto@gmail.com
Responsável Nacional
Pe. Carlos Roberto dos Santos
R. Padre Felipe Leddet, Quadra 7, Lote 33 – Setor São Vicente
Caixa Postal 5
76600-000 – Goiás – GO
Cel.: (14) 99698 4661 (vivo)
E-mail: fjcbrasil@gmail.com
BOLETIM DA FRATERNIDADE SACERDOTAL JESUS+CÁRITAS
Pe. Carlos Roberto dos Santos – Goiás-GO
Responsável nacional.
Irmãos e irmãs, em tempos de pós pandemia, o Irmão Carlos tem nos ensinado muito: fidelidade à oração, quietude, solidariedade aos irmãos. Embora ainda não estejamos fora do perigo, podemos vislumbrar que estamos saindo mais fortes e, com a graça de Deus, mais comprometidos com Jesus e o Evangelho.
Quando olhamos a situação do Brasil, vemos que, com a graça de Deus, a verdade venceu e, pouco a pouco o verbo esperançar vai tornando-se realidade. As coisas vão mudando no país: a democracia venceu, embora ainda esteja fragilizada, os diversos espaços de defesa da vida, dos direitos e da dignidade humana, vão novamente ocupando espaço nos debates. Há muito a caminhar, mas o caminho, o fazemos caminhando. Então, juntos, pra frente, com alegria, pois a esperança venceu o medo e o ódio.
É neste contexto que chega em suas mãos o boletim número 169. O primeiro deste ano 2023. Ele contém a humilde e contagiante partilha espiritual que Dom Carlos Alberto Breis Pereira - OFM - Diocese de Juazeiro (BA) fez conosco no Retiro Anual da Fraternidade lá na Colônia dos padres salesianos, em Recife - PE
A partir de sua experiência franciscana e do seu doutorado, onde trabalhou a aproximação e os pontos de convergência da espiritualidade de São Francisco e do agora, São Carlos de Foucauld, Dom Beto nos conduziu na fonte de uma espiritualidade simples, humilde e voltada para o essencial: Jesus Cristo, a eucaristia, os pobres. Os diversos testemunhos na seção “ecos do retiro” comprovam a importância que foi este retiro em nossa vida. Muito obrigado Dom Beto pelo seu sim generoso.
Irmãos e irmãs, a situação ainda exige cuidar e defender a vida. Cuide-se. Cuide daqueles que vivem ao seu redor. Diante deste desgoverno no país, é urgente gritar o Evangelho com a vida.
Um grande abraço a todos e boa leitura!
POR FAVOR, VEJA NA PÁGINA DE RETIROS. USE ESTE LINK:
RETIRO 2023- D. CARLOS ALBERTO
Pe. Ayrton Frank Castro Pinheiro
O retiro iniciou-se às 18h da terça feira dia 03/01 com a celebração da Santa Missa presidida pelo Pe. Ladislau da Arquidiocese de Teresina – PI por ocasião do aniversário de 45 anos de sua ordenação presbiteral. Dom Beto Breis proferiu a homilia saudando a todos os presentes e manifestando a sua alegria de participar deste retiro no tempo do natal, um tempo tão precioso no caminho espiritual de São Charles de Foucauld. O bispo encerrou citando o poeta nativo João Cabral de Melo Neto e sua obra “Morte e Vida Severina” afirmando o valor da vida que nasce e é teimosa mesmo com tantos sinais de morte, vale a pena ser vivida, embora sofrida. Ao final da celebração deu-se as homenagens ao padre aniversariante, seguido de jantar. Prosseguimos a programação às 20h com as devidas apresentações e organização dos grupos de trabalhos manuais e partilhas.
O segundo dia de retiro (quarta feira, 04/01) começou com a oração da manhã às 7h30, seguido de café e realização dos trabalhos manuais. Em seguida, Dom Beto proferiu sua primeira meditação às 9h30 falando da necessidade de “fazer pausas” para a oração. “O que é necessário para fazer retiro?” – Continuou Dom Beto: “É necessário disponibilidade, como diz o profeta ‘alargar o espaço da tenda’ (Is 54, 2). Assim como temos dificuldades para os exercícios físicos, temos muitas dificuldades para realizar exercícios espirituais. Necessitamos rezar, por que a oração está no nível da gratuidade e da amizade”. Dom Beto ainda afirmou que há entre nós sintomas de cansaço, mal-estar, estamos esgotados, desanimados e buscamos sempre compensações. Precisamos recuperar a mística, que foi relegada apenas a um “momento”. Recuperar a mística no seu sentido original de viver no mistério. Fazer retiro, é cuidar de você para cuidar do outro. Citando o Papa Francisco, o pregador afirmou que sem oração o padre não vai muito longe. A oração que é composta de Adoração (ad orans= Tocar o objeto e tapar a boca). Precisamos recuperar a alternância entre trabalho e oração e não a alternativa entre uma e outra: viver mais de e “isto...e aquilo... do que isto ou aquilo”. A oração também é feita de contemplação. É o olhar crente, o olhar da fé sobre a história. O cardeal Carlo Maria Martini afirma que “Deus fala na história, mas não faz espetáculo. Deus aparece sempre velado e velando-se e por isso é necessário o olhar contemplativo.” Não vivermos como a “Carolina”, da música de Chico Buarque que não consegue ver a vida acontecendo lá fora. O pregador continua a afirmar: “Deus não se mostra no extraordinário, mas no ordinário”. Nesse ponto cita Gn 28: “De fato o Senhor estava nesse lugar e eu não sabia”, cita ainda o profeta Is 42 e 44: “coisas novas estão a acontecer, censura, portanto, a cegueira de Israel incapaz de ver”. E por fim Lc 24, a famosa passagem de Emaús: Onde Jesus se aproxima para ajudar os discípulos a enxergarem a história com o olhar crente: “embora fosse dia, no coração dos discípulos era noite, no final do percurso é noite lá fora, mas no coração dos discípulos é dia luminoso”. A meditação pessoal prossegue com indicações dos textos de Jo 1, e Lc 24. Às 11h nos reunimos na capela para a Santa Missa que foi presidida pelo padre Josivan da diocese de Primavera do Leste Paratininga. Na ocasião celebramos em comunhão com a aniversariante Magda Melo, seguiu-se o almoço e descanso retomando as 14h30 com a segunda meditação dirigida por Dom Beto que tratou do tema: O olhar da fé: “Para Lilia Schwarcz, a pandemia da Covid 19 deve ser vista como um marco histórico”, citou Dom Beto, “a experiência humana é que marca o tempo, o historiador Hobsbawn afirma que o que fazia terminar o longo século XIX foi a primeira guerra mundial. A pandemia afeta a todos, e essa mudança acontece a longo prazo e nos ensina a revalorizar as coisas que não era importante antes. Qual o desafio do olhar crente para esta hora?” Pergunta o bispo, “olhar o tempo como Kairós, não cair no desanimo e no pessimismo é um indicativo. Na pandemia nossas agendas se tornaram inúteis e a experiência de clausura nos ajudou a refletir: não é o que fazemos que dá sentido à vida, mas sobre o por que fazemos. O trágico é um tempo de graça como foi o exílio na babilônia. E isso também nos lembra Jesus. No mistério do Natal, e aqui cita o Papa Francisco: “o Admirável sinal de um Deus onipotente que se faz frágil numa manjedoura. É escandaloso acreditar que Deus se fez homem. É mais cômodo um Deus abstrato, distante. Quando ele passa em nossas vidas não o reconhecemos, pior nos escandalizamos dele, por Ele não ser do jeito que esperamos que seja.” Dom Beto conclui falando que todo o caminho espiritual começa quando eu faço a experiência da vulnerabilidade por que na fragilidade descobrimos o que é essencial. Cita Simone Weil: “A vulnerabilidade é um caminho para Deus. Deus parece até recuar para que possamos reconhecer o rosto dele nas vítimas. “O tempo da Pandemia é tempo de silêncio e escuta sem correr os riscos de dar respostas prontas e rápidas para questões mais profundas. “A igreja sofre uma anemia evangélica, um desencanto, uma crise de fé vivida: cansaço, ansiedade, burnout, stress. As nossas fragilidades são lugares teológicos. Frente aos meus irmãos que deixaram o ministério deveria me perguntar não por que este deixou o ministério, mas se perguntar por que eu fiquei? Por que eu decidir ficar? Tem gente que não deixou a Igreja Instituição, mas já deixou há muito tempo o seu enamoramento pelo Senhor.” Para meditação pessoal foi distribuído a homilia do Papa Francisco para o momento extraordinário de oração no tempo de pandemia e o texto de Mc 4, 35-41. Após a meditação pessoal, os grupos de fraternidade se reuniram para partilhar a vida às 16h30, seguido de jantar às 18h e adoração ao Santíssimo Sacramento às 19h. No horário noturno assistimos ao filme Morte e Vida Severina encerrando o dia com um singelo bolo que foi partilhado pela aniversariante do dia.
O terceiro dia do retiro (quinta feira, 05/01) começou com a oração da manhã às 7h30, seguido de café e realização dos trabalhos manuais. Em seguida Dom Beto continuou a sua meditação do dia anterior falando das crises, como momento abençoado para purificação. “Da palavra crise estão ligadas duas outras palavras com a mesma raiz: mediocridade e hipocrisia: Entrar em crise significa ser peneirado pois nas provações da vida revelamos o nosso próprio coração. Ao fazer a opção no final de uma crise é revelado se abandonamos a mediocridade e a hipocrisia. Pois sempre emerge uma nova pessoa, ou melhor, ou pior. “Afirmou o bispo: “fico feliz por alguém dizer que está em crise”. A crise é uma possibilidade para abandonar o desnecessário para abraçar o necessário. “Outra palavra da mesma raiz de crise é crisalida, processo pelo qual a lagarta se transforma em borboleta. E exige muito cuidado para não machucar o que está em processo de mutação. Não se pode fugir das crises porque elas sempre voltam. Diante das crises existem várias posturas alguns se mostram futuristas, outros arcaizantes e outros responsáveis. Feliz quem atravessa crises: pois atingem um caminho de maturidade.” Nesse ponto, o bispo começou a comentar o capítulo 21 de João, citando Carlo Maria Martini: “No relato do evangelho são citados sete discípulos, dois não são nomeados cabendo a cada pessoa se enquadrar como personagem na cena. Insucesso, fracasso, angústia, inquietação perpassa o coração dos discípulos que não pescaram nada. Em seu pensamento devem estar se lamentando: se é assim com os peixes, imagine na missão que o mestre nos confiou como pescador de homens”. Na aurora, Jesus se aproxima, quem reconhece é o discípulo amado, por que o amor leva a enxergar além. Reconhecer o Senhor que se esconde por que quer ser procurado e achado requer empenho. O Senhor reabilita o entusiasmo dos discípulos, a confiança perdida para depois confirmá-los na missão.” O bispo encerra sua meditação citando ainda o Papa Francisco: “Uma fé que não nos põe em crise, é uma fé em crise. Elas são oportunidades de se configurar mais a Cristo.” Para Guimarães Rosa: “viver é um constante rasgar-se e remendar-se”. Às 11h nos reunimos na capela para a Santa Missa que foi presidida pelo padre Figueiredo comemorando mais um ano de sua ordenação Presbiteral, seguiu-se o almoço e descanso retomando às 14h30 com a 4ª meditação do bispo de Juazeiro, Dom Beto Breis que falou sobre o enamoramento por Cristo. Neste ano vocacional, prossegue, “deveríamos perguntar aos jovens não se querem ser padres ou freiras, mas se eles não se sentem chamados, atraídos por Deus. Não se inicia nenhum processo formativo se não existe o encontro com Cristo. Se não existe, amor por Cristo.” Charles de Foucauld dizia que sua “vocação nasceu no momento em que sua fé nasceu.” Paulo VI em 1975 afirmava: “os presbíteros seguem a Cristo não para anunciar o Evangelho, mas anunciam o Evangelho por que seguem a Cristo. “A Pedro Jesus só pergunta: “tu me amas? Não pergunta a Pedro se ele é um bom coordenador, pastoralista, entre outros. O que mais importa é nosso amor aquele que nos ama. O centro é Cristo, claro que temos figuras inspiradoras, mas o centro deve ser Ele. Ainda São Charles: “Nem Tereza, nem Francisco meu modelo único é Jesus Cristo. Eu passei 4 anos na Terra Santa, gozando da imitação de Jesus. A imitação é a medida do amor. Eu perdi meu coração, nada fazer que ter só um coração com Ele”. Para meditação pessoal foi indicado o texto de Jo 21,15s com as perguntas: Cristo é meu bem amado? O meu modelo único? Após a meditação pessoal, os grupos da fraternidade se reuniram para partilhar às 16h30, seguido de jantar às 18h e adoração ao Santíssimo Sacramento às 19h. Às 20h o Padre Manoel Godoy apresentou a Análise de Conjuntura com o tema: O Brasil com Lula, a herança do governo anterior, as primeiras medidas e os desafios que estão por vir. Sugeriu que como Igreja devemos investir em processos pedagógicos e mistagógicos para formar Cristãos e cidadãos e indicou para leitura os livros; O mistério do Mal de Giorgio Agambem e o Cristianismo ainda não existe de Dominique Collin.
O quarto dia do retiro (sexta feira, 06/01) começou com a oração da manhã às 7h30, seguido de café e realização dos trabalhos manuais. Em seguida Dom Beto dirigiu aos participantes a sua 5ª meditação sobre a Encarnação e a Eucaristia: “Enquanto São Charles fala de imitar o amado, a linguagem dos sacramentos fala de configurar-se a Cristo, para isso é preciso admirar, ad miran: olhar de perto para Cristo que me surpreende sempre. O que fez Cristo? Pergunta Dom Beto, ele “desceu”. a Kenosis do hino de Fl 2,1-11, “abaixou e se aniquilou. Amar é deslocar-se.” O documento conciliar do vaticano II Gaudium et Spes no número 22 lembra que “Jesus Cristo, trabalhou, pensou, agiu e amou do jeito humano.” A eucaristia prolonga e atualiza o abaixamento de Deus. “Eis que desce ele todos os dias o Senhor que desceu do trono de Deus e se fez homem no seio da Virgem Maria desce de novo e sempre em nossos altares.” (São Francisco) Mais do que uma devoção, a eucaristia deve ser um projeto de vida: “Encarnação e eucaristia são o mesmo mistério. É natal para São Charles todos os dias. Viver com e como ele.”
O texto indicado para reflexão pessoal é de Lc 22, 24-27. Às 11h nos reunimos na capela para a Santa Missa que foi presidida pelo padre Josenildo que completou 27 anos de ordenação presbiteral e viaja para a Diocese de Zé Doca – MA onde fará experiência de colaboração missionária. Seguiu-se o almoço e descanso retomando às 14h30 com a 6ª meditação do bispo de Juazeiro, Dom Beto Breis que falou das consequências do seguimento (enamorar-se e imitar Cristo) que é levar uma vida de pobreza. “Cristo é pobre e ama os pobres, abraçar a pobreza para viver a caminho, como peregrino e itinerante.
Encontrar com Cristo pobre nos pobres em conformidade com os empobrecidos. (Lc 6,40). Encerra sua meditação falando da Santa pobreza associada, ao santo Trabalho das mãos. O olhar atento aos irmãos e desvendar o rosto dos irmãos pobres e necessitados. O que mais faz uma pessoa pobre sofrer é o olhar de indiferença, o olhar de nojo. Qual o lugar dos empobrecidos em nossos planos de pastoral? Após a meditação pessoal, os grupos da fraternidade se reuniram para partilhar a vida às 16h30, seguido de jantar às 18h e adoração ao Santíssimo Sacramento às 19h. Às 20h prosseguiu-se com a partilha das experiências missionárias: Pe Almir falou da pastoral carcerária, o Pe. Edvaldo e a Fátima da fraternidade missionária itinerante, o Pe. João Paulo da pastoral do povo de rua, a irmã Margareth completou 60 anos de missão no Brasil e relatou sua experiência com os indígenas, por fim a Magda leu a carta da Fraternidade Secular representada por seus coordenadores Daniel Higino e Marcia Sanches que desejaram a todos os participantes do retiro um tempo oportuno para escutara a Palavra de Deus.
O dia foi encerrado com a abertura da vigília às 22h30 onde Dom Beto forneceu o texto “as amarguras do padre” do Sumo Pontífice, o Papa Francisco. A Adoração ocorreu durante toda a noite, recolhendo o Santíssimo às 7h30 da manhã de sábado, dia 07 de janeiro.
O quinto dia do retiro (sábado, 07/01) após o café deu-se início ao deserto que se prolongou até às 16h30 encerrando o momento com o Sacramento da Reconciliação e Santa Missa, o jantar foi servido às 18h e às 19h os grupos da fraternidade se reuniram para partilhar as experiências deste quinto dia de retiro.
O sexto dia do retiro (domingo, 08/01) começou com a oração da manhã às 7h30, seguido de café e realização dos trabalhos manuais. Em seguida Dom Beto dirigiu à 7ª meditação com o tema: seguir a Cristo é estar a caminho. Às 11h nos reunimos na capela para a Santa Missa. Seguiu-se o almoço e descanso retomando as 14h30 com à 8ª meditação do bispo de Juazeiro, Dom Beto Breis que falou após a meditação pessoal, os grupos de fraternidade se reuniram para partilhar a vida às 16h30, seguido de jantar às 18h e adoração ao Santíssimo Sacramento às 19h. Às 20h prosseguiu-se com a partilha das experiências missionárias: Pe Camilo fala de sua experiencia missionaria na África, diz de sua alegria em participar do retiro, por encontrar-se em período de férias e já vai retornar, Pe José Antonio fala da pastoral de rua, Pe Ladislau do trabalho escravo e Pe Carlos da Casa da Fraternidade.
O sétimo dia do retiro (segunda, 09/01) começou com a oração da manhã às 7h30, seguido de café e realização dos trabalhos manuais. Em seguida Dom Beto dirigiu a 9ª meditação. Às 11h nos reunimos na capela para a Santa Missa. Seguiu-se o almoço e descanso retomando às 14h30 com encontros por regiões, após o cafezinho os grupos reuniram-se para em plenária apresentarem a programação 2023/2024, seguido de jantar às 18h e adoração ao Santíssimo Sacramento às 19h. No horário noturno, teve a confraternização.
O oitavo dia do retiro (terça, 10/01) nos reunimos às 7h30 na capela para a Santa Missa, seguido de café às 8h30. Em seguida Dom Beto dirigiu a 10ª meditação, Francisco de Assis e Charles de Foucauld. Às 11h nos reunimos na capela para a adoração. Seguiu-se o almoço e despedida.
Que alegria poder encontrar irmãos e irmãs com a mesma disposição da gente para começar o ano meditando, rezando e refletindo sobre as opções que estamos fazendo na vida. Alegria maior quando essa disposição vem facilitada por um irmão que vai nos oferecendo pistas de aprofundamento tão ricas e oportunas. Assim aconteceu nos dias 03 a 10 de janeiro de 2023, em Jaboatão dos Guararapes, no Estado de Pernambuco, tendo como facilitador o jovem bispo Dom Frei Carlos Alberto Breis Pereira, da Ordem Franciscana.
Profundo conhecedor de São Francisco e São Carlos de Foucauld, com muita serenidade, foi fazendo que relacionássemos o século XIII com os séculos XIX/XX, tempo dos dois santos, com opções bem similares. O amor aos pobres une a espiritualidade desses dois santos e nos desafia ainda hoje a ver nos pobres o nosso caminho de salvação. Fomos percebendo que esse amor aos pobres decorria do amor incondicional a Jesus de Nazaré. O Bem-Amado fazia com que os dois relativizassem tudo para segui-lo com fidelidade, amando os mais frágeis e descartados da sociedade da época, na pessoa dos Leprosos e Tuaregues. Particularmente, percebi que a forma de se relacionar com o homem de Nazaré era própria de uma espiritualidade característica das épocas dos santos em questão. Hoje, precisamos adaptar todo o itinerário deles ao contexto que vivemos, sem deixarmos perder o essencial dos dois. O importante é buscarmos o nosso modo de priorizar Jesus de Nazaré e seu projeto na nossa vida no hoje de nossa história. Optarmos por uma vida despojada, simples, sem ostentação; a mais próxima possível dos pobres de hoje. Arriscarmos a viver na provisoriedade da vida, confiando mais na providência divina do que em nossos infindáveis cálculos. Enfim, o retiro me ajudou a rezar, a relacionar-me com irmãos e irmãs, a me encantar ainda mais com São Francisco e São Carlos de Foucauld, a amar mais Jesus de Nazaré... A palavra que me acompanhou na minha viagem de volta foi gratidão. Gratidão aos irmãos e irmãs da Fraternidade, gratidão a Dom Frei Beto, gratidão a todos os que trabalharam para que nossa estadia na Colônia Salesiana de Jaboatão fosse a melhor possível e, claro, gratidão a Deus que providenciou tudo, nos mínimos detalhes, para nós retirantes da Fraternidade.
Manoel Godoy
O retiro de 2023, trouxe a simplicidade e amorosidade de Dom Beto com as meditações que me fizeram refletir a respeito da minha vocação. A leveza quando contava as pequenas histórias da vida religiosa. A clareza das suas colocações. A troca das experiências nas fraternidades da vida religiosa. Olhar atento para minhas fragilidades, reconhecer e continuar a jornada com mais resiliência. Compreender o conflito como crescimento e fortalecimento na caminhada. Por tanto Dom Beto me fez mergulhar neste retiro olhando para os dois santos, São Francisco e São Carlos de Jesus, foi um mergulho no frescor do evangelho da Encarnação do filho de Deus. O amor de Deus é imensurável. Cantando a beleza da vida, sou uma eterna aprendiz. Sinto-me renovada em minha espiritualidade, animada e feliz.
Lucia da Silva - FSJC
Vejam, como é bom, como é agradável os irmãos viverem unidos” ... (Sl 133,1)
Como é bom nós podermos desfrutar destes primeiros dias do mês de janeiro, do nosso tão esperado e planejado Retiro Anual. Tempo precioso também, para o merecido descanso, com meditações do nosso querido D. Beto. Textos baseados nos escritos de São Carlos, da Bíblia e enriquecidos com a vida e o testemunho dos escritos de S. Francisco de Assis, Santo este, que, com certeza muito nos inspira a viver a opção primordial pelos pobres e descartáveis. Deus seja louvado e amado por mais esta oportunidade de poder ter esse tempo para Deus e para mim pessoalmente, poder praticar com profundidade, os meios edificantes da Fraternidade. Levo no meu coração e para a missão, toda a dinâmica do retiro, o espaço agradável da casa, a convivência fraternal, como também de desfrutar dos momentos fortes de reflexão pessoal, convivência, adoração, deserto, partilha e comunhão de vida! Que o Senhor nos dê vida longa, para cada vez mais desfrutar destes momentos ricos de mística e de espiritualidade, nos abastecendo ao longo do ano.
Jose de Anchieta Moura
Entre os dias 03 a 10 de janeiro membros da fraternidade sacerdotal e um grupinho de irmãs e consagradas se encontraram em Recife na Colônia dos Salesianos para participar do retiro anual, em um momento de espiritualidade, silêncio, reflexão, trabalho manual, adoração, oração pessoal e comunitária. O tema este ano foi "As vidas de São Francisco e Charles de Foucauld, enamorados de um Deus humanado". Título de um livro escrito por Dom Frei Beto Breis, bispo da diocese de Juazeiro, Bahia.
A programação consistia na parte da manhã com um momento de trabalho manual, uma palestra, silêncio e ao final da manhã com as missas, na parte da tarde com outra palestra, silêncio e momento de partilha em fraternidade, concluída com uma hora de adoração. O dia foi encerrado com uma noite de análise de conjuntura, duas noites de experiências de missão, uma noite com colocação em comum da experiência de dia de deserto e enfim também uma de noite de confraternização. Um dia foi dedicado ao deserto.
Como avaliação do retiro, digo que fiquei muito contente com os momentos em que pude estar com todos os participantes, sendo dias alegres de oração e de vivência fraterna, me sentindo muito bem. Os participantes, penso eu, da mesma forma ficaram muito animados e encantados com o retiro, possibilitando assim fazer uma bela experiência, um momento diferente e muito positivo, onde foi possível rezar e partilhar a vida com períodos belíssimos de reflexão e convivência.
Freddy Goven
Minha convivência no retiro deste ano foi uma leveza bem tranquila. A suavidade do nosso pregador que foi de uma humildade muito boa. Foi um amigo no meio de nós. Se fez pequeno como a gente. Com um olhar de silêncio e uma espiritualidade muito apurada. Eu me senti muito bem com todo clima criado pela organização, pela preocupação com todos nós. A nossa fraternidade sacerdotal Jesus caritas com esse jeito de humildade, menos faz mergulhar na verdadeira fonte do nosso ideal de último lugar. Me sentir renovado com o retiro nacional e trouxe muito aprendizado para colocar em prática na minha forma de pregar o evangelho com a vida. Parabéns a todos do retiro.
Paulo Sérgio Mendonça Cutrim, do Maranhão
O iniciar de um novo ano é uma oportunidade de olhar de novo para a nossa vida e decidir o que precisamos manter e o que temos que mudar. Daí a importância de fazer retiro nesta época. Pois, durante este, podemos, mais abertos ao Espírito Santo, acompanhados e animados pelos irmãos e irmãs igualmente retirados, termos mais clareza sobre quais são umas e quais são outras coisas.
Neste retiro de 2023, São Francisco se juntou a São Charles de Jesus, trazidos pelo tão inspirado Dom Frei Beto Breis, nos mergulharam no frescor do Evangelho da Encarnação do Filho de Deus, nosso irmão e amado Jesus. Tendo diante de nós os fatos históricos destes dias, só mesmo o mistério da encarnação para trazer luz para seguirmos a nossa vocação de "gritar o Evangelho com a vida". Eu me sinto como quem recebeu uma transfusão de espiritualidade que me animará por todos os dias deste ano.
Louvado seja nosso Bem Amado Irmão e Senhor Jesus Cristo.
Paulo Augusto Milagres Rodrigues
Fiquei mais uma vez impressionada pela seriedade dos participantes, assumindo com alegria as tarefas diversas e mergulhando na espiritualidade do irmão Carlos e Francisco. O Dom Frei Beto conseguiu nos colocar com leveza e profundidade o que foi a obra prima sua. Obrigada a todos e todas, também as mulheres que se revezaram a noite para me ajudar no que dependia dos outros. Respirei um bom ar e refiz minhas forças para esta etapa da vida que vai me levar de vez na Bélgica em setembro já que estou nos meus 60 anos de vida consagrada e sempre no nordeste brasileiro. Com carino e um cheiro.
Margaret Malfliet das filhas de Maria e José.
O retiro foi um tempo muito bom, seja pra rezar, encontrar nossos irmãos, descansar e uma boa convivência. Nosso orientador foi muito prático, simples, nos envolveu e nos ajudou em nossas reflexões. De nossa parte faltou um pouco a disciplina do silêncio.
O espaço ótimo, a organização e coordenação trabalharam muito bem. Boas as experiências missionárias. A confraternização também foi muito boa. Agradeço a oportunidade de estar junto vivenciando esse tempo bonito para nossas vidas. Assim estou mais animado pra continuar a missão além fronteiras.
Fraterno abraço. Pe Camilo
“DAS TUMBAS ABERTAS AOS NOVOS CAMINHOS DA ESPERANÇA”
(A versão em espanhol está logo a seguir a esta tradução)
"Você me fez passar por muitas angústias, mas você vai me dar a vida novamente,
Tu me farás subir das profundezas da terra” (Sl 71, 20).
“Acorde e grite de alegria aqueles que jazem no pó!
Porque o teu orvalho é um orvalho de luz, e a terra dará vida às sombras” (Is. 26,19)
"E muitos que dormem no chão empoeirado vão acordar,
Uns para a vida eterna e outros para a ignomínia, para o horror eterno” (Dn 12,2).
Como diz o cardeal Luís Antônio Tagle em um de seus livros, “somos pessoas da Páscoa”. A realidade da Páscoa nos lembra que, em meio à violência, existe uma realidade muito maior de paz no mundo de hoje.
Isso não é algum tipo de fórmula mágica, mas uma consciência que se expande e se aprofunda e que brota das profundezas da terra, derramando-se em todas as realidades de nosso mundo.
A maneira de abordar essa realidade pascal é ver a humanidade e o mundo pelas lentes de Deus, que ressuscitou Jesus dentre os mortos. Em Deus, todo o universo está nascendo com a alegria de uma vida nova em Cristo Ressuscitado, apesar de tudo que tenta sabotar esta vida.
Caminhamos como pessoas de esperança, filhos maduros da luz, mesmo quando a morte e a escuridão parecem prevalecer na realidade de hoje.
Continuamos a ser embaixadores da esperança no meio das realidades de guerra e violência na Ucrânia, Myanmar, Haiti e Afeganistão, no meio da pobreza e da desigualdade nos países de África e da Ásia, no meio da destruição ecológica que coloca um fardo pesado para os setores mais pobres da população, em meio à crise econômica, em meio a tumultos políticos em que as pessoas tentam se eliminar, em meio à pandemia que afeta gravemente os vulneráveis e os pobres em todo o mundo. A lista continua.
A esperança da vida nova em Cristo Ressuscitado é um antídoto contra as atitudes que prevalecem diante da obscura realidade de hoje, como negar ou fugir da realidade; ou estar tão enredados em nossa realidade sombria que nos tornamos prisioneiros de um desamparo triste e absoluto; ou fazer todo o possível para sobreviver, pensando apenas no nosso bem pessoal sem olhar para o bem comum e o cuidado da nossa Casa Comum.
A esperança não é esvair-se, mas caminhar pelo túnel escuro da realidade com um salto de confiança no Doador da Vida e da Luz, o Deus que está sempre à frente e além. A esperança é uma entrega amorosa à verdade de que a morte não é a última palavra em tudo, mesmo quando o mal parece estar em vantagem.
O desafio da esperança hoje é construir fraternidades de esperança, pessoas que caminham juntas, que se olham positivamente, que se escutam com respeito e que discernem onde a humanidade se tornou parte do problema em vez de ser parte da solução das enfermidades do nosso mundo. Como pessoas de esperança, caminhamos juntos com nossos irmãos e irmãs rumo ao sonho que Deus tem para o nosso mundo em Cristo Ressuscitado. Os esforços individuais não são suficientes. Nosso mundo hoje clama por uma nova ordem mundial compartilhada por todos, enraizada na mensagem pascal de esperança.
Mas as primeiras coisas primeiro. Em primeiro lugar, reconheçamos juntos onde estão os sepulcros que Deus em Cristo Ressuscitado quer abrir conosco e por nosso intermédio.
Guerras abertas, pobreza, destruição ambiental, migrações, divisão mundial, são sintomas de má vontade enterrados nas sepulturas dos corações humanos.
Ganância, indiferença, violência, ressentimento, ódio são disposições humanas baseadas no desrespeito, na desconfiança, na distorção de valores, na cegueira à bondade dos outros e do mundo.
Essas disposições tornam-se atitudes mentais que promovem estruturas de violência, injustiça, abuso de poder que obscurecem a mente e entorpecem o coração dos indivíduos que estão dentro do sistema.
Coletivamente, eles se tornam uma cultura onde a mentira se torna verdade e a escuridão se torna luz de uma forma muito distorcida.
A esperança radica na firme convicção de que só Deus, em Cristo ressuscitado, pode abrir os nossos túmulos e transformar a nossa má vontade em boa vontade. Deixados a nós mesmos, somos muito cegos, feridos, quebrados e indefesos.
Assim esperamos juntos como irmãos e irmãs a caminho. A partir de nossas fraternidades locais, fiéis às nossas práticas espirituais de revisão de vida, dia de deserto, adoração, reunião de fraternidade, damos esperança ao nosso mundo.
Nós dialogamos e discernimos juntos para onde o Espírito está nos levando, pessoalmente, comunitariamente, globalmente. Ninguém permanece sozinho.
Cada escuta pessoal é uma escuta global. Mas a ação é principalmente a de Deus em Cristo ressuscitado. A nossa é ouvir em profundidade e cooperar com a ação salvadora e restauradora de Deus em nosso belo mundo.
A ação da esperança está enraizada no dom da paixão de Jesus (da palavra latina passio, que significa inatividade). Jesus salva o mundo principalmente por sua passividade na cruz, e não por sua atividade de cura e pregação.
Quando nos sentimos espancados, incompreendidos, humilhados, descontrolados, maltratados em nossa oferta de amor e bondade aos outros, estamos sofrendo nossa paixão de amantes da humanidade.
Aqui e somente aqui somos convidados a colocar a questão moral: como responderemos ao mal? Que tipo de vida estamos dispostos a dar ao nosso mundo? A que não perdoa ou a que perdoa? irritado ou calmo? ressentido ou amoroso? Somente quando Jesus oferece livremente o seu perdão à humanidade que rejeita a sua oferta de amor, o Pai lhe dá uma vida nova.
Somos convidados a ser mensageiros desta nova vida ao nosso mundo ferido, violento e fragmentado. Mantemos ao mesmo tempo nossas alegrias e nossas dores, nossa indiferença e nosso cuidado, nossos medos e nossa disponibilidade para sermos enviados.
Que nosso irmão universal, São Carlos de Foucauld, continue nos inspirando e nos acompanhando em nosso desejo de anunciar o Evangelho com nossas vidas.
Que este reconhecimento da tua santidade seja um impulso para a nossa Igreja que se imagina irmã de todos, missionária nas periferias e profetisa do diálogo e do cuidado da nossa Casa Comum.
Eric Lozada
Responsable Internacional
(Original: inglês; tradução em espanhol: Fernando Tapia)
(Tradução ao português feita pelo tradutor google, com correção do administrador do site).
CARTA DE PASCUA A LOS HERMANOS DEL MUNDO
“DE LAS TUMBAS ABIERTAS
A LOS NUEVOS CAMINOS DE ESPERANZA”
“Me hiciste pasar por muchas angustias, pero de nuevo me darás la vida,
Me harás subir de lo profundo de la tierra” (Sal 71, 20)
“¡Despierten y griten de alegría los que yacen en el polvo!
Porque tu rocío es un rocío de luz, y la tierra dará vida a las sombras” (Is. 26,19)
“Y muchos de los que duermen en el suelo polvoriento se despertarán,
Unos para la vida eterna y otros para la ignominia, para el horror eterno” (Dan 12,2).
Como dice el Cardenal Luis Antonio Tagle en uno de sus libros, “somos gente de Pascua”. La realidad de la Pascua nos recuerda que, en medio de la violencia, hay en el mundo de hoy una realidad mucho más grande de paz.
Esto no es una especie de fórmula mágica sino una conciencia que se expande y se profundiza y que brota de las profundidades de la tierra desbordándose en cada realidad de nuestro mundo.
La forma de aproximarse hacia esta realidad pascual es ver la humanidad y el mundo a través del lente de Dios, quien resucitó a Jesús de entre los muertos. En Dios, el universo entero está naciendo con la alegría de una vida nueva en Cristo Resucitado, a pesar de todo aquello que trata de sabotear esta vida.
Nosotros caminamos como gente de esperanza, maduros hijos de la luz aun cuando la muerte y la oscuridad parecen ser lo predominante en la realidad de hoy.
Continuamos siendo embajadores de esperanza en medio de las realidades de la guerra y de la violencia en Ucrania, Myanmar, Haití y Afganistán, en medio de la pobreza y de la desigualdad en los países de África y Asia, en medio de la destrucción ecológica que pone una pesada carga en los sectores más pobres de la población, en medio de la crisis económica, de las revueltas políticas en que las personas tratan de eliminarse unas a otras, en medio de la pandemia que gravemente afecta a los vulnerables y a los pobres a lo largo del globo. La lista continúa.
La esperanza de vida nueva en Cristo Resucitado es un antídoto contra las actitudes que prevalecen frente a la oscura realidad de hoy, como por ejemplo negar o escapar a la realidad; o estar demasiado enredado en nuestra oscura realidad que llegamos a ser prisioneros de una triste y absoluta impotencia; o hacer todo lo posible para sobrevivir, pensando solo en nuestro bien personal sin mirar el bien común y el cuidado de nuestra Casa Común.
La esperanza no es volarse sino caminar a través del oscuro túnel de la realidad con un salto de confianza en el Dador de Vida y Luz, el Dios que está siempre más adelante y más allá. La esperanza es una entrega amorosa a la verdad de que la muerte no es la última palabra de todo, aun cuando el mal parezca tener la superioridad.
El desafío de la esperanza hoy día es construir fraternidades de esperanza, gente que camina junta, que se miran unos a otros de manera positiva, que se escuchan unos a otros con respeto y que disciernen donde la humanidad se ha convertido en parte del problema en vez de ser parte de la solución de las enfermedades de nuestro mundo. Como gente de esperanza, caminamos juntos con nuestros hermanos y hermanas hacia el sueño que Dios tiene para nuestro mundo en Cristo Resucitado. Los esfuerzos individuales no bastan. Nuestro mundo hoy está gimiendo por un nuevo orden mundial compartido por todos, enraizado en el mansaje pascual de la esperanza.
Pero primero es lo primero. Ante todo, reconozcamos juntos donde están las tumbas que Dios en Cristo Resucitado, está dispuesto a abrir con nosotros y a través de nosotros.
Guerras abiertas, pobreza, destrucción del medio ambiente, migraciones, división mundial, son síntomas de mala voluntad enterrados en las tumbas de los corazones humanos.
Codicia, indiferencia, violencia, resentimiento, odio son disposiciones humanas basadas en la falta de respeto, la desconfianza, la distorsión de los valores, la ceguera ante la bondad del otro y del mundo.
Estas disposiciones se convierten en actitudes mentales que fomentan estructuras de violencia, injusticia, abuso de poder que nublan la mente e insensibilizan el corazón de los individuos que están dentro del sistema.
Colectivamente, se convierten en una cultura donde la no-verdad se convierte en verdad y la oscuridad se convierte en luz de una manera muy distorsionada.
La esperanza tiene su raíz en la firme convicción que solo Dios en Cristo Resucitado puede abrir nuestras tumbas y transformar nuestra mala voluntad en buena voluntad. Dejados a nosotros mismos, somos demasiado ciegos, heridos, quebrados e indefensos.
De esta manera, esperamos juntos como hermanos y hermanas de camino. Partiendo por nuestras fraternidades locales, fieles a nuestras prácticas espirituales de revisión de vida, día de desierto, adoración, reunión de fraternidad, regalamos esperanza a nuestro mundo.
Nosotros dialogamos y discernimos juntos a dónde el Espíritu nos está conduciendo, personalmente, comunitariamente, globalmente. Ninguno permanece solo.
Cada escucha personal es una escucha global. Pero la acción es principalmente la de Dios en Cristo Resucitado. Lo nuestro es escuchar en profundidad y cooperar con la acción salvadora y reparadora de Dios en nuestro hermoso mundo.
La acción de esperanza se enraíza en el regalo de la pasión de Jesús (de la palabra latina passio, que significa no-actividad). Jesús salva el mundo primariamente desde su pasividad en la cruz más que desde su actividad de sanación y predicación.
Cuando nosotros nos sentimos golpeados, mal comprendidos, humillados, sin control, maltratados en nuestro ofrecimiento de amor y bondad a los otros, estamos sufriendo nuestra pasión como amantes de la humanidad.
Aquí y solo aquí, somos invitados a colocar la pregunta moral: ¿cómo responderemos al mal? ¿Qué tipo de vida estamos dispuestos a dar a nuestro mundo? ¿la que no perdona o la que perdona? ¿enojada o serena? ¿resentida o amorosa? Solamente cuando Jesús libremente ofrece su perdón a la humanidad que rechaza su ofrecimiento de amor, el Padre le da una vida nueva.
Somos invitados a ser mensajeros de esta vida nueva a nuestro mundo herido, violento y fragmentado. Nosotros mantenemos al mismo tiempo nuestras alegrías y nuestros dolores, nuestra indiferencia y nuestro cuidado, nuestros miedos y nuestra disponibilidad para ser enviados.
Que nuestro hermano universal, San Carlos de Foucauld, continúe inspirándonos y acompañándonos en nuestro deseo de gritar el Evangelio con nuestras vidas.
Que este reconocimiento de su santidad sea un impulso para nuestra Iglesia que se está imaginando a sí misma como hermana de todos, misionera hacia las periferias y profeta del diálogo y del cuidado de nuestra Casa Común.
Eric Lozada
Responsable Internacional
(Original: Inglés; Traducción al español: Fernando Tapia)
FRANCISCO DE ASSIS (1181-1226)
E CHARLES DE FOUCAULD (1858-1916)
Para economizar espaço, por favor, acesse esse texto aqui:
A Páscoa do Irmãozinho Chico Pacheco
O último domingo de janeiro dia 29, recebemos a notícia de que, o irmãozinho Francisco (Chico) Pacheco celebrou sua páscoa deixando muitas saudades na vida daqueles que conviveram com ele. A vida humana encerra mistério. O agir, o aparecer e o conviver desvelam algo dessa profundidade, mas nunca a totalidade. Criamos símbolos e sinais para manifestar-nos. Visibilizam para os sentidos, realidade maior. Diante do irmãozinho Chico, somos desafiados a captar os símbolos que emitia para aproximar-nos da beleza interior que ele ocultava. Vale-se de todo ser humano, muito mais, ainda de pessoas privilegiadas que vivem a grandeza de Deus de maneira pensada, rezada, interiorizada. Assim esse fiel discípulo do padre de Foucauld viveu entre nós irradiando a luz do mistério divino. As pessoas ablativas, como foi, irmãozinho Chico Pacheco, se despojam de si e se descentram radicalmente para gerarem em torno de si outro sol. Pessoas dessa envergadura encantam-nos. Chico não viveu para si, mas somente para Deus e para os outros. Duas pilastras sustentavam o seu agir cotidiano: Deus e os pobres. O seu testemunho foi de uma beleza estonteante. A bússola do seu existir orientava-se para o norte do amor. Irmãozinho Chico reproduzia na sua vida o que Paulo disse de Deus, que não descriminava ninguém, estava sempre atento as necessidades dos irmãos e irmãs. Chico teve uma vida de serviço ao Reino, esteve na Argélia, no Vietnã, em São André e João Pessoa, onde como trabalhador da construção civil ajudou na organização do sindicato, na pastoral operária. Todo esse empenho de Chico tinha como propósito colocar em prática o Evangelho. Quem o conheceu sabia que Chico era apaixonado por Jesus, o pobre de Nazaré. Era cheio de Deus e os seus olhos denunciavam isso. Era um homem de oração e cheio da unção de Deus. Parecia viver na pura atmosfera religiosa dos santos do céu. A sua aparência, a profundidade do seu olhar, era o reflexo daquela beleza interior que ninguém consegue tirar. Era um fidelíssimo discípulo de Charles de Foucauld, e fez da verdade do Evangelho a história de sua vida. Por isso, sua vida caracterizou-se pela compaixão pelas vítimas desse mundo. Muito parecido com Jesus e com seu pai espiritual, o marabuto de Tamanrasset. Irmãozinho Chico, viveu o despojamento radical de si para ser livre para Deus. Sua docilidade no trato com as pessoas era a expressão de um homem extremamente humano e evangélico. Nos seus momentos de solidão com Deus, Chico mergulhava num oceano profundo e selava a sua comunhão com os irmãos e irmãs. Ele foi um homem espiritual e toda sua vida se orientou e se configurou a partir do seu bem amado e Senhor Jesus Cristo. Chico seguiu Jesus, perseguiu o seu caminho e prosseguiu a sua causa. Em tudo, Chico viveu as intuições de irmão Carlos, tudo como Jesus em Nazaré. Chico Pacheco traduziu em muitas palavras sua postura fundamental da vida. Com os anos os adjetivos e advérbios se esfolham e fica a árvore dos verbos e substantivos na solidez básica. As aparências e vaidades se desfazem para permanecer a substância resistente da vida. Por onde Chico andou deixou rastros de bondade e de verdade. Mesmo sabendo de suas qualidades, os elogios foram para ele adjetivos e advérbios que ele esvaziou para guardar a solidez do substantivo amor, do verbo amar. Que diferença de tantos que tropeçam nos tapetes das vaidades e das convenções mundanas. Chico ao longo de sua vida, mostrou pelas atitudes quem ele era, suas renúncias mostraram onde ele queria chegar e sua escolhas definiram o que ele queria da vida. Ele foi muito feliz porque se vestiu da verdade. O legado que irmãozinho Chico deixou para todos nós, é a coerência de vida, o sentido humanitário e a sede de justiça para os pequenos e pobres. Chico, querido irmão e companheiro de caminhada, você fechou os olhos para ver melhor. Você agora está com Deus e com o irmão Carlos de Jesus e com eles permanecerá para sempre.
Como você cumpriu bem a função da vida, amigo, agora viverá para sempre em Deus, com Deus e por Deus. Obrigado Chico por tudo o que você viveu, as relações que você teceu em várias partes do mundo, mas queremos agradecer a Deus pela beleza da sua vida e do seu testemunho. Quem o conheceu poderia dizer: EU VI DEUS EM UM HOMEM.
Encontro da FSJC Região São Paulo
Data: 2 a 5 de maio 2023
Local: Jundiaí - SP
Encontro da FSJC Região Leste
Data: 15 a 18 de maio 2023
Local: Belo Horizonte - MG
Encontro da FSJC Região Sul
Data: 2 a 4 de julho 2023
Local: Cachoeira do Sul-RS
Encontro da FSJC Região Norte
Data: 24 a 28 de julho de 2023
Local: Belém do Pará- PA
Encontro da FSJC Região Nordeste
Data: 28 a 31de agosto de 2023
Local: Juazeiro–BA
Encontro da FSJC Região Centro Oeste
Data: 21 a 23 de agosto de 2023
Local: Chapada dos Guimarães, MT
Encontro do Conselho Nacional da FSJC
Data: 14 a 18 de agosto de 2023
Local: Centro de Conviv. Mãe Bom Conselho - Jundiai - SP
Encontro da Equipe Panamericana 2023
Data: 20 a 28 setembro de 2023
Local: Ouaxaca – México
Data: 23 a 30 de janeiro 2024
Local: Centro de Conviv. Mãe Bom Conselho - Jundiai – SP
Pregador: Pe. Antônio Regis Brasil
Lembramos aos membros das diversas fraternidades do Brasil o compromisso de colaborar financeiramente, uma vez ao ano, com 10% do seu salario mensal, para a manuteção da Fraternidade.
Calcule o valor e faça sua colaboração no Encontro Regional da sua fraternidade. No entanto, se necessário, sua colaboração também pode ser feita no Retiro Anual, com o tesoureiro da Fraternidade.
Não se esqueça de enviar comprovante ao tesoureiro nacional
· O investimento para cada assinatura - três edições ao ano - é de R$ 50,00 (cinquenta reais), pago de uma única vez ao tesoureiro da Fraternidade (veja Pe. Willians, na página 83).
· Você pode fazer um presente a um amigo simpatizante da Fraternidade Sacerdotal Jesus Caritas, ou àquele que há tempos não está participando, ou outra pessoa.
· Se quiser fazer uma doação para colaborar com os custos dos boletins que forem impressos para circulação gratuita, é só acrescentar, ao valor da assinatura, o quanto a mais quer doar.
· Você pode colaborar com uma doação expontânea, fazendo um pix para o número 47.659.405/0001-08 – CNPJ e envie comprovante para o email: casadafraternidade22@gmail.com
· Você pode fazer uma colaboração mensal. Entre em contato conosco pelo email: casadafraternidade22@gmail.com
INDICAÇÃO DE LIVROS
O Método Ver Julgar Agir - Da ação Católica a Teologia da Libertação – Agenor Brighenti – Editora Vozes
Discernir a Pastoral em Tempos de Crise – Realidades, Desafios. Tarefas – Contribuições do 1º Congresso Brasileiro de Teologia Pastoral = Geraldo De Mori – Editora Paulinas
O Novo Humanismo – Paradigmas Civilizatórios para o século XXI a partir do Papa Francisco–Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, Robson Savio Reis Souza, Claudemir Francisco Alves e Adriana Maria Brandão Penzim – Organização - Editora Paulus
Por uma Paroquia Sinodal – Projeto Pastoral – Celso Pinto Carias – Editora Vozes
A amorosidade do Deus-Abba e Jesus de Nazaré – Leonardo Boff – Editora Vozes
INDICAÇÃO DE SITES
https://sites.google.com/site/jesuscaritascarlosdefoucauld
https://sites.google.com/view/saocarlosdefoucauld
https://gritaroevangelho.blogspot.com/
blog:www.hermanitasdejesus.org/brasil/brasilnuestrahistoria.htm
htpp://agencia.ecclesia.pt/portal/2020/02/
htpp://www.portalcatolico.org.br