Pe. Anderson Messina Perini
Pe. Geraldo Martins Dias
Lindolfo E. Ferreira Neto
Colaboradores no nº 172
Pe. José de Anchieta
Pe. Carlos Roberto dos Santos
Pe. Almir José Ramos
Pe. Paulo Leandro da Silva
Lindolfo E. Ferreira Neto
Diác. Amauri Moura
Ilustração e capa
Pe. Anderson Messina Perini
Editoração
Pe. Anderson Messina Perini
Revisão
Pe. Anderson Messina Perini
Pe. José de Anchieta M. Lima
Pe. Geraldo Martins Dias
Lindolfo E. Ferreira Neto
Expedição e Assinaturas
Diác. Amauri Moura
Diác. Gelson Pereira
Site Oficial da Fraternidade www.jesuscaritasbrasil.com.br
Responsável Internacional
Pe. Eric Lozada (Filipinas)
E-mail: ericlozada@yahoo.com
Equipe internacional
Pe. Fernando Tapia (Chile)
Pe. Honoré Sawadogo (Burkina Faso)
Pe. Matthias Keil (Áustria)
Pe. Tony Llanes (Filipinas)
Responsável Pan Americano
Pe. Carlos Roberto dos Santos
Equipe Pan Americana
Pe. Roberto Ferrari (Tino) – Argentina
Pe. Mártires Garcias de Óleo – RD
Pe. Alejandro Trejo - EUA
Responsável Nacional
Pe. José de Anchieta Moura Lima
Este Boletim nº 172 é uma publicação trimestral da Fraternidade Sacerdotal Jesus + Caritas no Brasil, e tem como objetivo criar laços entre as diversas Fraternidades por meio de estudos e comunicações entre seus membros espalhados em todo o território do país.
Pe. José de Anchieta Moura Lima – Lima Duarte/MG
Irmão de todos, como responsável nacional da FSJC
“Se nós não vivemos do Evangelho, Jesus não vive em nós”. (São Carlos de Foucauld)
CAROS LEITORES, AMIGOS E IRMÃOS DA FRATERNIDADE!
É com renovada alegria que entregamos em suas mãos a segunda edição deste ano de 2024 do Boletim das Fraternidades número 172. Ele é fruto de um trabalho coletivo escrito a várias mãos. Somos imensamente gratos pela colaboração da nossa equipe. Esperamos que todos possam desfrutar dos assuntos que servem também para ser compartilhados nas reuniões das Fraternidades locais, ou nos retiros regionais.
Neste número vamos ler o texto do Irmãozinho Lindolfo E. Ferreira Neto, que fez gentilmente a tradução da história das Fraternidades dos Irmãozinhos e Irmãzinhas da Encarnação; leremos sobre a promoção dos Exercícios Espirituais, com o Pe. Carlos Roberto, baseado nos textos de São Carlos, na Casa da Fraternidade em Goiás/GO e a partilha dos participantes. Os testemunhos do Pe. Paulão e Pe. Almir, respectivamente sobre a Pastoral com o Povo da Rua e a Pastoral Carcerária, alimentam a busca de uma prática pastoral sociotransformadora, frente aos graves e urgentes desafios sociais, no acolhimento, presença e apoio às pessoas em situação de rua em São Paulo e do trabalho junto à população carcerária em todo o território nacional. A partir deste número, atendendo aos pedidos em nosso último retiro, estamos apresentando a análise da conjuntura, feita pelo Diácono Amauri de Moura de BH. Recebemos e compartilhamos do Pe. Eric Louzada, das Filipinas, nosso responsável internacional, a “Carta de Pentecostes” e finalizamos com as informações do retiro Regional Leste, em Domingos Martins/ES, quando frei Gilberto Teixeira nos brindou fazendo a ligação da “Laudato si” com a vida e os textos do Ir. Carlos.
Que São Carlos de Foucauld interceda por cada um de nós para que possamos cada vez mais, viver a fraternidade universal com ele, sob a luz do Santo Espírito e no seguimento radical a Jesus e ao seu Evangelho.
Em tempo: Unimo-nos em preces a Deus Pai que acolheu em seu seio, ao fazerem a “Páscoa para a eternidade feliz”: Ir. Maria Dulcidéia Torres (Dulcita), Pe. Antônio Régis Brasil e Sr. Jerônimo Damian, pai de D. Edson Damian.
Pedimos a todos, que se organizem para a participação no retiro anual das Fraternidades, nos dias 07 a 14 de janeiro de 2025, em Florianópolis/SC sob a orientação do Pe. Fernando Tápia, da Fraternidade do Chile.
Desejamos a cada um, uma ótima leitura de nosso Boletim. Partilhada entre os irmãos, ela favoreça o fortalecimento das Fraternidades locais. Nosso abraço fraternal a todos vocês.
Por Lindolfo Euqueres Ferreira Neto
João Pessoa/PB
A Fraternidade dos Irmãozinhos e Irmãzinhas da Encarnação, que atualmente inclui cerca de uma centena de religiosos haitianos agrupados em 16 Fraternidades, foi fundada em 1976 e 1985, respectivamente, pelo Irmão Francklin Armand e Irmã Emmanuelle Victor nos arredores de Hinche (Haiti Central). A sua missão é “tornar-se camponês com os camponeses”, seguindo Jesus. Atualmente estão estabelecidas em seis dioceses do país: Hinche, Porto Príncipe, Les Cayes, Jérémie, Jacmel, Fort-Liberté e também em Santo Domingo. O Haiti sabe que, mais do que todos os outros povos da terra, é amado e querido por Deus porque é precisamente um dos mais pobres. Sua pobreza é riqueza, porque Deus não o abandona. O campesinato haitiano (mais de 3/4 da população nacional) é um dos mais desfavorecidos do mundo. Expulsos para as montanhas ou para as partes menos férteis das planícies, os camponeses pobres praticaram durante séculos uma agricultura de subsistência completamente rudimentar, que produz cada vez menos, enquanto a competitividade regula cada vez mais as relações econômicas. O desespero muitas vezes o leva ao êxodo em direção ao centro mais próximo, ou em direção à capital, onde povoará as favelas insalubres. Os mais ousados às vezes chegam ao ponto de tentar a aventura do mar ou da fronteira Haiti-Dominicana, aventura pela qual pagam mais de uma vez com a vida. Numa sociedade onde a pobreza de todos os tipos, a riqueza demasiado grande e a miséria indizível desumanizam os homens e as mulheres, a relação dos homens e das mulheres com Deus torna-se uma emergência e uma necessidade vital. A certeza da presença de um Deus próximo é o elemento estável, harmonioso e equilibrado do homem e da sociedade. Dar esperança ao agricultor, dar-lhe o gosto pela vida, reconciliá-lo com o seu ambiente: tal é a ambição das Fraternidades. Para conseguir isto, devem ser verdadeiras testemunhas de vida, esperança e liberdade. Combinar trabalho e oração, sentido de serviço e busca a longo prazo de uma certa autossuficiência para as Fraternidades: tornando-as unidas na necessidade, mas também na busca de um ideal de dignidade material e moral. Esforçam-se para ser verdadeiramente “sal e luz”, servos e servas em Cristo e para Cristo.
PROJETO FINALIZADO: Uma Fraternidade de irmãos ou irmãzinhas, no momento da sua fundação, propôs-se como objetivo passar os primeiros cinco anos à escuta da população, convivendo entre os camponeses, especialmente os excluídos e os marginalizados, face à Igreja e à sociedade. Ela participa de suas atividades: trabalhos comunitários, visitas aos enfermos, velórios, brigas de galos, etc. Estas experiências permitem as Fraternidade aproximarem-se das pessoas, compreender o seu ambiente, descobrir as forças motrizes da comunidade e identificar líderes naturais. Esta fase de presença prolongada no meio camponês dá à população tempo para expressar as suas necessidades e prioridades. É também nesse período que a Fraternidade faz a avaliação e o planejamento. É o momento de estabelecer organizações camponesas ou Comunidades Eclesiais de Base. A evangelização sempre anda de mãos dadas com o trabalho de desenvolvimento. Dar pão sem a Palavra de Deus é perigoso; assim como dar a Palavra de Deus sem o pão. O ser humano foi feito para andar com os próprios pés.
Posteriormente, os projetos das Fraternidades, tendo em conta a realidade de cada ambiente, respondem a quatro grandes objetivos fundamentais que permitem ao agricultor permanecer no seu ambiente e nele desenvolver-se:
Deter a erosão da fé: devolver aos homens e às mulheres a sua dignidade de filhos e filhas de Deus: Formação de formadores para evangelização / Formação permanente em comunidades / Acompanhamento de comunidades eclesiais de base de famílias, jovens, casais, mães solteiras / Retiros de grupos bíblicos / Retiros espirituais / Animação de grupos bíblicos / Apostolado através do canto espiritual / Promoção da justiça e do ser humano direitos.
Acabar com a erosão intelectual: alfabetizar, educar, criar uma educação adaptada às zonas rurais: Pré-escola / Ensino primário / Centro de nutrição / Técnico secundário / alvenaria / eletricidade / electrônica / corte e costura / calçado / cerâmica / agricultura (com vistas à formação de empreendedores no meio rural) / Biblioteca pública.
Acabar com a erosão da terra: desenvolver a agricultura e tornar os agricultores atores no seu próprio desenvolvimento: Construção de micro barragens/ Desenvolvimento de bacias hidrográficas / Captação de fontes de água potável / Gestão da água / Horticultura comercial / Piscicultura / Viveiros / Reflorestamento / Ferramentas de insumos de sementes para lojas agrícolas / Serviços jurídicos Cartório de registo civil.
Acabar com a erosão da economia camponesa: iniciar atividades econômicas e melhorar a habitação: Processamento e comercialização de produtos agrícolas / cana (caldo, rapadura) / frutos secos (manga, abacaxi) / milho e milheto (moído) mel de soja / Cooperativa de compra-venda-crédito-garantia / Criação de bovinos, caprinos, frangos / Apoio à produção / Criação de empregos para alunos formados nos centros técnicos secundários / Loja comunitária (produtos essenciais) / Melhorias residenciais / Clínica médica e farmácia. Todo o trabalho das Fraternidades quer ser um auxílio para que o mundo camponês possa se servir cuidando: da água, da terra, do fogo, do ar e assim trazer glória a quem é o autor de tudo isso. Desta forma, torna-se comunitário, consciente, desinteressado e solidário.
https://lincarnation.tripod.com/inchisteng.html
Fundadores: (VEJA AS FOTOS NA VERSÃO PDF DESTE SITE)
Por Pe. Carlos Roberto dos Santos
Responsável Pan-Americano – Goiás/GO
A Casa da Fraternidade Jesus Caritas, localizada na cidade de Goiás/GO, é um centro de difusão da espiritualidade de São Carlos de Foucauld, que estará promovendo uma série de exercícios espirituais para ministros ordenados, religiosos e religiosas, consagrados e leigos. Os primeiros Exercícios Espirituais de São Carlos de Foucauld (EESCF), dedicados aos ministros ordenados, aconteceram nos dias 20 a 24 de maio.
Estava previsto a participação de 11 irmãos vindos de diversas regiões do Brasil, tendo o Dom Edson Damian e Pe. Carlos Roberto como orientadores. No entanto por causa das dificuldades nesse momento histórico do Brasil, a maioria não pode vir. Apesar de cogitada a possibilidade de cancelamento, insistimos em fazer os EESCF com os poucos que pudessem participar, tendo como exemplo a pequenez e simplicidade do dia a dia em Nazaré. Portanto este primeiro exercício espiritual segundo a espiritualidade do irmão Carlos de Foucauld aconteceu com aqueles que Deus quis: o Pe. Videlson, de Sergipe, e o Diácono Francisco, de Curitiba/PR.
Os EESCF foram muito produtivos. Com os voos alterados, Francisco chegou no sábado à noite e Videlson no domingo à tarde. De segunda à quinta feira vivenciamos os pontos essenciais da Fraternidade Sacerdotal Jesus Caritas, a saber: a busca do absoluto de Deus, do Bem Amado Jesus Cristo, seguindo as intuições espirituais e os passos do irmão Carlos; a leitura e meditação dos evangelhos; a celebração da Eucaristia com a comunidade local e a adoração eucarística silenciosa todos os dias; a meditação da história e de alguns momentos chaves na vida do irmão Carlos. Fizemos a experiência de uma noite de adoração silenciosa, seguida de um dia de deserto, e, também, fizemos uma hora de trabalho manual, todos os dias. Nosso objetivo era trilhar os passos de São Carlos de Foucauld em seu itinerário de vida. E assim, seguir o seu impulso de imitar Jesus, buscando viver de maneira simples, despojada, e, com alegria e bondade, estar sempre disponível para fazer a vontade de Deus, indo sempre ao encontro dos irmãos mais necessitados.
Vivenciar estes momentos nos EESCF nos ajudaram a “acalmar diante de Deus, esperar em Deus, confiar em Deus”. O nosso desejo é oferecer nossas vidas para fazer o que Deus quer de nós, como fez irmão Carlos.
De 22 a 27 de julho de 2024, a Casa da Fraternidade promoverá os EESCF para consagrados e consagradas, e serão orientados por Dom Eugênio Rixen. E ainda estamos programando um EESCF para leigos e leigas, em data a ser confirmada.
Segue abaixo o testemunho dos dois participantes:
Sou o Diácono Francisco Aparecido Ribeiro, religioso da Congregação Sagrada Família de Nazaré, fundada por São João Batista Piamarta, conhecido como o apóstolo da juventude. Moro em Curitiba numa paróquia de periferia, que tem Santa Edwiges como padroeira.
Desde o início do seminário me deparei com um livro de Carlos de Foucauld. Procurei ler e aprofundar nos estudos, na espiritualidade e na missão do irmão Carlos, mas ainda não havia feito um retiro ou algo parecido. Este ano, através do Pe. Carlos, surgiu a oportunidade e fiquei muito feliz.
Para mim, a experiência de estar aqui na Casa da Fraternidade nestes dias foi algo único. A dinâmica foi bem diferente dos retiros que já vivi, inserindo o trabalho manual, a vigília de uma noite toda e o dia de deserto. Devo destacar a acolhida do Pe. Carlos, que foi um verdadeiro irmão, e também a graça deste espaço da Casa da Fraternidade.
Viver os Exercícios Espirituais segundo São Carlos de Foucauld significou, para mim, um recomeço, repensar o silêncio, a escuta, a oração, a meditação da Palavra, e, sobretudo, a Santa Eucaristia presente na adoração e na celebração eucarística.
Outro ponto importante dos EESCF foi o apostolado da bondade, que tanto foi buscado pelo Irmão Carlos: “Gritar o Evangelho com a vida”!
O dia de deserto foi algo tocante, pois fiz a experiência, como Irmão Carlos, de me aproximar de Deus como um pobre que não tem nada, a não ser esperança nesse Deus pobre e pequeno, que se revela a mim como Deus amor, e me convida a apequenar.
Na vigília noturna, cada um de nós pode ficar duas horas em adoração, de forma intercalada durante toda a noite. Foi magnífico ficar ali, eu e Jesus, olhando um para o outro. Nessa noite, algo me chamou atenção e me edificou muito, quando eu estava ali. Já bem tarde da noite, chegou para a vigília o bispo diocesano de Goiás, Dom Jeová Elias, que ficou por muito tempo em adoração. Foi um momento muito especial para mim.
Tenho muito a agradecer e louvar a Deus por participar deste EESCF, que foi um momento muito marcante para mim. Obrigado ao Pe. Carlos e a toda a Fraternidade Sacerdotal.
Diácono Francisco Aparecido Ribeiro, FN
25 de maio de 2024
Casa da Fraternidade – Cidade de goiás
OUTRO DEPOIMENTO:
“Senhor, decoração vos darei graças, as vossas maravilhas cantarei” (Sl 9,2)
Participar do primeiro EESCF foi um tempo de graça para mim. Dedicar este momento ao Senhor foi um presente que Ele me concedeu ao celebrar 25 anos de ordenação presbiteral este ano.
Tive a oportunidade de estar em vigília, momento orante especial, que me trouxe recordações de vigílias passadas há muito tempo diante do Senhor eucarístico.
As adorações em silêncio também foram marcantes por sua simplicidade. Gostei muito do dia de deserto, onde pude dialogar com o Senhor, a partir das “confissões” do profeta Jeremias.
Foi bom aprofundar alguns aspectos da espiritualidade do Irmão Carlos a partir das meditações compartilhadas.
O espaço da Casa da Fraternidade favorece o recolhimento e nos convida ao encontro com o Senhor.
Creio que colherei muitos frutos das sementes que foram lançadas e germinaram ocultamente em meu coração.
Pe. Videlson Teles de Menezes
Por Pe. Paulo Leandro da Silva – Pe. Paulão - Diocese de Guarulhos/SP
A HONRA DE CONVIVER COM OS PREDILETOS DO CRISTO POBRE
Sou Pe Paulão da Diocese de Guarulhos/SP e há dez anos convivo com os irmãos e irmãs em situação de rua. Importante deixar clara a diferença entre trabalhar e conviver com eles. As ONGs trabalham diretamente com eles, pois executam várias tarefas que terminam no final do expediente ou quando as portas são fechadas. Como Pastoral de Rua convivemos com eles além do horário, além dos espaços. Sabemos seus nomes, suas histórias de vida, o que gostam de comer, beber, suas profissões, seus sonhos. De segunda a segunda estamos, à noite, pelas ruas de Guarulhos, indo até suas casas (vielas, becos, praças, marquises, ruas), levando dentro de cada marmita, esperança, amor e respeito. Como é gratificante a acolhida e o respeito que têm conosco, tudo de forma sincera e verdadeira uma vez que eles não têm nada para dar em troca.
São vários os testemunhos que vivenciamos nesses dez anos. Vou relatar alegrias e tristezas que aconteceram.
Pandemia: um dos momentos mais difíceis vividos até hoje. Tudo fechado. Eles andavam pelas ruas como zumbis. Fomos até eles com a cara e a coragem, touca, luva, camisa de manga e máscaras. Eles implorando um abraço, que nos sentássemos com eles que não fossemos embora. Fomos fiéis a eles e nos dois anos de pandemia estivemos todos os dias com eles. Uma das cenas mais fortes foi no dia em que chegamos à ponte principal da cidade e depois de pedir abraços a todos da equipe, um irmãozinho, quando íamos saindo com a kombi, pulou no para-brisa e abraçou a kombi e disse: “se não podem me abraçar eu abraço vocês”. Um fato triste: sabe por que poucos irmãos de rua pegaram covid? Para pegar precisa de contato!!!
As pessoas nas ruas nos ensinam diariamente. Muitos, ao receber a marmita, rezam antes de comer, pedem outra marmita para um amigo que não está ali quando entregamos as marmitas. Sempre perguntam como estamos.
Marmitas vêm com frango cozido, com macarrão, fígado, panqueca. Sempre ouvimos lembranças de suas famílias, das mães, saudade dos almoços de domingo.
Não olhamos para eles como coitados, criminosos, prostitutas, homossexuais. Como pastoral, olhamos e enxergamos “PESSOAS”, “HISTÓRIAS”, “PROFISSÕES”, SONHOS.
Uma das alegrias dos irmãos de rua é poder conviver com um padre, de poder dizer “nosso padre”, de poder ir as missas, tomar bênção, beijar a mão do padre, coisas normais, porém distantes para eles. Uma das coisas que aprendi na convivência com eles:
• Quando me abraçam com força sei que é para mim;
• Quando me abraçam e encostam a cabeça no meu peito, estão abraçando o Cristo!
São tantos nomes, são tantos momentos com o Cristo pobre, que quando conheci São Carlos de Foucauld, reconheci a rua como minha Nazaré; a aproximação e o convívio com os irmãos, como meu deserto, e fez nascer a ânsia de levar o Cristo a eles e querer que aceitassem a experiência com os muçulmanos. Com a convivência na Fraternidade pude a cada dia aprender o que necessita para evangelizá-los: “gritar o evangelho com minha vida” a partir de uma verdadeira vida de pobreza interior e oração silenciosa, tendo sempre o Cristo pobre como guia.
Por Pe. Almir José Ramos
Arquidiocese de Florianópolis/SC
Atuo na Pastoral Carcerária desde 2006,
quando fui convidado pelo Pe. Ney Brasil Pereira a visitar a Galeria dos Containers no Complexo da Agronômica, em Florianópolis/SC. Fui a primeira vez e nunca mais deixei de ir. Com o tempo fui assumindo algumas funções como Coordenador estadual, assessor da questão da saúde da Pastoral Carcerária Nacional e, nos últimos anos vice coordenador nacional. Como agente da pastoral carcerária, visito, semanalmente, o Hospital de Custódia, onde se encontram os presos conhecidos como “Loucos Infratores”, a galeria LGBTQIA+ e a Colônia Penal Agroindustrial em Palhoça/SC.
Inicialmente, fui ao encontro desses irmãos pensando em visitar a ovelha perdida, desgarrada, extraviada, vendo nelas o próprio Jesus encarcerado. Depois, ao me deparar com a espiritualidade de Nazaré, de Charles de Foucauld, encontrei elementos necessários para ir ao encontro dos últimos.
Aos poucos fui percebendo que, do interior das galerias e das celas escuras e com mau cheiro, ressoam vozes e gemidos de homens e mulheres que no dizer de Santa Tereza de Calcutá, vivem nos porões da humanidade. Parafraseando o texto do Servo Sofredor de Isaías (Is 52.13-53.12), essas pessoas perderam toda a sua aparência humana, e já não conseguem atrair o olhar de ninguém.
A Pastoral Carcerária procura ser uma pastoral em saída, pois, precisamos sair física e geograficamente, mas também precisamos sair de nós mesmos, dos nossos apegos, das nossas seguranças, das nossas certezas, superando preconceitos, quebrando paradigmas. Para desempenhar bem essa missão é preciso, sobretudo, de uma conversão pessoal e pastoral.
A Pastoral Carcerária é uma pastoral exigente e desafiadora, uma pastoral de fronteira. Seus agentes vão ao encontro da ovelha perdida com o intuito de arrebatá-la e trazê-la de volta ao redil. Esses agentes são convidados a ser uma Igreja, no dizer do Papa Francisco, enlameada porque saiu pelas estradas. Estradas essas que, muitas vezes, são formadas pelas galerias das unidades prisionais, indo até a última cela, o castigo, o seguro, a enfermaria. Nesses espaços, procurando aqueles homens e mulheres que vivem amontoados em condições sub-humanas nos presídios superlotados que, muitas vezes, perderam toda a sua aparência humana e já não interessam a quase ninguém. Para atuar na Pastoral Carcerária, é preciso, sobretudo, uma postura e atuação profética, pois não é possível encontrar tanta desumanidade e ficar calado. O profetismo, juntamente com o anúncio da Palavra de Deus, são os dois grandes pilares que sustenta a missão e dão sentido à vocação do agente da Pastoral Carcerária.
Sinto que para viver bem minha vocação e missão preciso renovar o encantamento pela vida e ter sempre uma dose bem grande de esperança, perseguindo o sonho de Deus, a utopia de que um dia a humanidade possa olhar para trás e dizer: ‘no passado, em um período triste e cruel de sua história, homens e mulheres viveram encarcerados em condições degradantes’. Essa utopia é o sonho de Deus, o mundo sem cárceres!
Análise de Conjuntura Julho 2024, exposta na 61ª Assembleia da CNBB
Adaptada por Diác. Amauri Dias de Moura, Arquidiocese de Belo Horizonte/MG
A Análise de Conjuntura apresentada no último dia 12 de abril de 2024, para servir de base para as reflexões e decisões dos bispos na 61ª Assembleia da CNBB, fruto de trabalho do Grupo de Análise de Conjuntura da CNBB – Padre Thierry Linard, traz 04 pontos gerais.
- Primeiro ponto: uma sociedade global dividida, bem como na América Latina e no Brasil
A divisão social atual é fortemente “marcada pelo ódio na sociedade e na política, inclusive na Igreja, que vive uma mudança de época, que demanda “construir novas estruturas de análises sociais”. Esta realidade exige-nos “entender a reconfiguração histórica da visão do mundo”, ainda mais em uma conjuntura em que “o cidadão é objeto de um constante bombardeio informacional e desinformacional”, a guerra de narrativas. Assoma-se a esse cenário, “os desastres naturais são cada vez mais frequentes, e no Brasil faltam políticas públicas para enfrentá-los”, haja vista a catástrofe climática no RS, e as guerras marcam negativamente a conjuntura econômica, requerendo “estratégias económicas transformadoras”, são cerca de 56 conflitos ativos, envolvendo quase uma centena de países. As estimativas indicam baixo crescimento econômico global e daí uma desesperança generalizada entre as pessoas para o futuro.
- Segundo ponto: polarização política e sectarismo
O papel político da América Latina, no cenário mundial segue fragilizado, devido às instabilidades políticas na região, com tentativas recentes de golpes: Brasil 08/01/2023, Bolívia 26/06/2024, Peru em 2022, Venezuela em 2019, só para ficar nos eventos dos últimos 05 anos. Essa instabilidade tende a aumentar m vista de eleições regionais em diversos países para presidente e recebe ainda influências, mesmo que indiretas das eleições presidenciais dos EUA em novembro próximo e as recentes eleições parlamentares da União Europeia, Reino Unido e França. Aposta-se num enfraquecimento da democracia com sociedades divididas ideologicamente e crises de projetos de inclusão social e maior autonomia a região frente aos colonialismos estadunidense e europeu. Fica evidente a urgência e a importância da construção de espaços de resistência, com base em formação de consciência crítica da população, tendo ainda como mais um obstáculo a alienação popular via redes sociais, fonte inesgotável de fake News. A atual a polarização, no Brasil encontra terreno fértil, inclusive nas Igrejas e Comunidades de Fé. E “identitarismo ou sectarismo”, que provoca a constituição de “uma política de exclusão e antagonismo, que impede o diálogo e a superação das divergências”, que fez com que as pessoas se tornaram de adversários em inimigos, permitindo-se discussões de ódio, intolerância, violência e até a aniquilação do outro, do diferente.
A análise de conjuntura em questão, faz eco ao alerta do Papa Francisco em sua última mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, sobre os cuidados com as redes sociais e mais ainda agora com a Inteligência Artificial (IA/AI).
Destaca-se a forte instrumentalização da religião pela política e vice-versa, tendo como ferramentas o uso político da intolerância religiosa, e a oposição à voz profética do Papa Francisco, dentro da igreja Católica, contra suas denúncias de uma economia capetalista que mata e os processos de desumanização em marcha.
- Terceiro ponto: crescente individualização e pluralização na Igreja A análise alerta “o novo momento que o Brasil vive em todas as suas instâncias, inclusive na instância religiosa, chamado de ethos religioso atual, marcado por fortíssima individualização e pluralização”. Nessa conjuntura eclesial, “nenhum dos modelos de pastoral que hoje circulam pelo Brasil são capazes de responder total e unicamente” e avalia-se trabalhar com os três modelos de pastoral atual, enquanto se busca um caminho novo, “esse caminho significa uma Igreja mais missionária, uma Igreja em pequenas comunidades e uma Igreja marcada pela iniciação à Vida Cristã”.
- Quarto ponto: alargar a tenda, ampliar os horizontes
Essa análise de conjuntura social e eclesial quer ser ajuda construção das novas Diretrizes para a Ação Evangelizadora na Igreja do Brasil (DGAE), previstas para 2025, esperando que essas já abracem os desafios e as conclusões do Sínodo sobre a Sinodalidade. Dentre os desafios já vislumbrado, a conjuntura social e eclesial, com suas incidências políticas, vice-versa e outros como a IA na evangelização e das novas gerações. A exemplo da 1ª sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade, a assembleia da CNBB, busca “escutar os sinais dos tempos, seguindo o método da conversação no Espírito; conversão pastoral, sem medo de deixar uma pastoral de manutenção para uma pastoral essencialmente missionária; e propor caminhos para a missão, recordando a transversalidade desta em todo ser e agir da Igreja.
- Ainda desdobramentos do processo sinodal
As análises indicam que a CNBB, a partir do caminho sinodal recente, prepara suas novas Diretrizes, que chegando às comunidades, adotem uma metodologia de avaliação dos processos pastorais, considerando a realidade brasileira, marcada pela violência, a pobreza, a polarização política que criou raízes nas comunidades e a realidade religiosa recente, acentuadamente individualista, com o enfraquecimento do aspecto comunitário da fé. Algumas pistas aqui: reconhecer todo tipo de comunidades, não uniformizar e rever a iniciação cristã, as questões ligadas a espiritualidade e liturgia, a questão de solidariedade, caridade, a ecologia, e por fim, a questão urgente da missão, saindo da autorreferencialidade e de “uma pastoral atrás do balcão”, igreja em saída, indo ao encontro.
Concluindo a análise, a CNBB destaca os sujeitos de sinodalidade, a serem escutados pela hierarquia: as juventudes, as mulheres, pessoas com deficiência, os idosos.
Por Eric Lozada, Filipinas,
responsável internacional
"Vem Espírito Santo ...
e renova a face da terra..."
“Vem, Espírito Santo, vem ...
Vem, Pai dos pobres!
Vem, fonte de toda a nossa vida ...
Ó, bendita Luz divina,
resplandece em nossos corações ...
Cura as nossas feridas, renova as nossas forças;
derrama o teu orvalho sobre a nossa secura...
Dobra o coração e a vontade teimosos;
Derrete o congelado, aquece o frio e guia os passos que se desviam...” Amém.
Queridos irmãos:
Saudações de paz e fogo no Espírito!!
Como você está? Quais foram suas alegrias e desolações no ministério? É importante dedicar um tempo para nomeá-los e atendê-los, para um serviço ministerial mais equilibrado e cheio de alegria. Levo-te em meu coração enquanto escrevo esta carta, aqui no Centro Galileia em Tagaytay, nas Filipinas, onde estou fazendo Treinamento de Pastores para vigários e sacerdotes e formadores de seminários.
Pergunto: qual é o rosto ou quais são os rostos da terra que pedimos ao Espírito que venha renovar? Pode ser bom para nó parar e dar uma longa olhada no nosso mundo fluido de hoje, com os olhos da fé e da razão. Quando não vemos, deixamos que uma visão muito politizada seja a única absoluta. Há a tentação de ceder a visão da fé à visão reducionista do secularismo e de abandonar a razão à lente determinista do materialismo desenfreado. Quando convidamos o Espírito a vir, admitimos que, por nós mesmos, é difícil ver, que somos cegos em nossas formas de ver e compreender não redimidas, feridas, congeladas, secas e obstinadas. Então, enquanto oramos, Vem, ó Espírito Santo, pedimos a Ele que intervenha em nossas vidas, para renovar nossos corações e mentes para que possamos ver como Ele quer que vejamos, para que possamos responder adequadamente às realidades de nossos mundo. Os convites proféticos do Papa Francisco para sermos missionários alegres do Evangelho, ir às periferias, cuidar coletivamente da Mãe Terra, ser todos irmãos e irmãs, são pontos de vista cheios de Espírito, a partir dos quais vemos e respondemos ao porquê, onde está, o que e como está o nosso mundo hoje, à luz do Evangelho.
Muitos de nós estamos em situações de injustiça, de pobreza, de destruição, de violência, de migração, de minoria e é um pouco míope ver o mundo a partir de uma lente pessimista e impotente. Ou alguns de nós podem estar em situações de maiores oportunidades, abundância, poder, privilégio, honra, e a tentação é olhar o mundo através das lentes de um espectador indiferente. Sinto que é importante para nós, depois de termos esclarecido a nossa identidade, em Cebu em 2019, que somos discípulos missionários de Jesus de Nazaré inspirados nos passos do Irmão Carlos, que peçamos especificamente ao Espírito que nos ressuscite dos túmulos do conforto, narcisismo, indiferença, clericalismo e reavive em nossos corações a simplicidade, a ternura, a preocupação fraterna e a generosidade para que nos tornemos autênticos agentes do Espírito na transformação do nosso mundo exatamente lá onde estejamos colocados. Também sonhamos juntos para sermos construtores e forjadores de fraternidade, que é o tema da nossa próxima assembleia mundial.
Em nossa prática dos meios espirituais da adoração diária, a meditação diária do Evangelho, o dia mensal do deserto e o encontro fraterno mensal junto com a espiritualidade da simplicidade de Nazaré, podemos não ser muito consistentes, mas continuamos a ser inspirados pelos nossos irmãos mais velhos que têm testemunhado toda a sua vida. Tocados pelo Espírito, nossa pobreza é também nossa força. No caminho espiritual, o número e a idade não importam muito, mas sim a qualidade do testemunho, ainda que sejamos poucos.
Nosso constante retorno às nossas práticas espirituais treina nossas mentes e suaviza nossos corações para que nossos compromissos missionários com o mundo venham de nossa proximidade com Deus em Jesus de Nazaré e nossos encontros formativos com os pobres, uma pessoa de cada vez. Quando o Papa Francisco nos convidou a nos deixarmos surpreender pelo Espírito em nosso caminhar juntos e em nossa escuta uns aos outros nesta igreja sinodal, o processo se tornou a mensagem. Quando sonhamos juntos com um mundo mais pacífico e fraterno, comprometemo-nos com processos pacíficos e fraternos em todos os níveis e em todas as frentes. Porque não pode haver paz a partir da violência e não pode haver paz nas comunidades quando as pessoas têm corações amargos e irreconciliáveis. Foi Mahatma Gandhi quem disse que a paz é a arma dos fortes, enquanto a violência é a arma dos fracos. A violência é a arma daqueles que mascaram os seus medos, inseguranças, invejas, impotências com armaduras que ameaçam a vida de todo ser humano, incluindo a da Mãe Terra. Por isso, oramos com convicção, Vem Espírito Santo, enche os corações dos teus fiéis, renova as nossas forças, dobra o nosso coração teimoso e a nossa vontade, guia os passos que se extraviam.
Que a intercessão do nosso irmão mais velho, São Carlos de Foucauld, fortaleça a nossa determinação de ser discípulos missionários de Cristo ressuscitado e forjadores de fraternidade no nosso mundo tão volátil. Por favor, ore por mim, seu irmãozinho, enquanto continuo a mantê-lo perto do meu coração em oração.
O teu irmão servidor,
Eric LOZADA, responsável internacional
Encontro Regional da Fraternidade Charles de Foucauld (Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo), em Domingos Martins/ES
Durante o retiro, realizado no estado do Espírito Santo, além da espiritualidade própria da Fraternidade São Charles de Foucauld: oração, adoração, deserto, revisão de vida e eucarística; fomos agraciados com a orientação de Frei Gilberto que que refletiu conosco o tema da encíclica do Papa Francisco Laudato Si, tratando temas baseados na realidade do seu trabalho como Igreja na luta pela preservação do meio ambiente e dos mais desfavorecidos. Os desafios enfrentados como ameaças de vida, fizeram fortalecer ainda mais a sua fé e agregaram mais pessoas e instituições de bem à sua luta na defesa do planeta terra, contra a degradação ambiental promovida pelas grandes mineradoras, o uso descontrolado de agrotóxicos na produção de alimentos e do plantio de café, cultura predominante na região em que vive.
A reflexão foi aprofundada com temas do livro “Cuidar da Casa Comum – Chaves de leitura teológica e pastoral da Laudato Si”, incluindo um texto de Luiz Carlos Susin, Conversão ecológica: “conversão da conversão”. Lembrou a Laudato Si do Papa Francisco ao tratar de pontos como: o marco de Aparecida e o apelo à conversão pastoral da Igreja, a conversão propriamente ecológica, a convenção franciscana que a inspira, em termos práticos, para o aprendizado na nova espiritualidade integração da eco alfabetização de uma nova linguagem ecológica e conversão à fraternidade das criaturas de Francisco de Assis. Frei Gilberto também nos levou a refletir sobre a espiritualidade proposta pela Encíclica “Louvado seja”, aprofundada pelo texto de frei Beto, a cultura do Cuidado. A espiritualidade ecológica mesma é definida como sendo uma espiritualidade integral, de reconciliação com a criação, crítica ao consumismo, capaz de cuidar da natureza e do bem comum, contemplativa, de profundo senso comunitário, cidadã e política, eucarística, trinitária, e por fim, uma espiritualidade Mariana. Frei Gilberto destacou que a encíclica Laudato Si, não é dirigida apenas aos católicos, mas a todas as pessoas de boa vontade, conforme disse o próprio Papa Francisco. Todos que participamos do retiro saímos mais fortalecidos, com novas perspectivas de vida e com um olhar diferente não só para o nosso próximo, mas também como para a criação como um todo. Este cuidado fez parte da vida contemplativa do nosso irmão São Charles de Foucauld que nos ensina o abandono total no Pai.
Encontro Regional de São Paulo na cidade de Jales/SP
Ocorreu, dos dias 29 de abril a 01 de maio, o encontro anual Fraternidade Jesus+Cáritas da região de São Paulo. O encontro aconteceu na cidade de Jales. Ao todo, participaram nove padres de quatro dioceses.
O primeiro dia foi dedicado para a chegada, acomodação, acolhida e apresentação no período da tarde. E, à noite, foi preparado um momento de confraternização. “Leigos da diocese de Jales nos prepararam um churrasco e uma bela refeição”, disse Pe. Willians.
No segundo dia, foram apresentadas duas propostas para leitura e meditação no período da manhã. O grupo preferiu a leitura de um trecho do livro “Luz das Nações”, que reúne anotações e retiros vivenciados pelo irmão Carlos. A leitura foi conduzida pelo Pe. Marrom. Durante o dia, houve a vivência dos vários meios da fraternidade: adoração, partilhas e pequenas fraternidades. À noite, o Pe. Milton Afonso apresentou a proposta da Igreja para o jubileu da esperança.
No terceiro dia, houve a continuação da leitura do livro “Luz das Nações” sob a perspectiva do Mês de Nazaré. Após a leitura, aconteceu uma pequena assembleia para avaliar o encontro, planejar o encontro de 2025 e dar os diversos comunicados a respeito da fraternidade. Na assembleia, decidiu-se que o próximo encontro será de 05 a 07 de maio de 2025, com local a definir.
Início: 07 de janeiro de 2025, terça-feira, às 18h, com a Celebração Eucarística. Término: 14 de janeiro com almoço.
Orientador: Pe. Fernando Tápia da fraternidade do Chile.
Local: CASA DE ENCONTRO MÃE DE JESUS
Rua Franz Volles, 1750 - Bairro Itoupava Central 89.066-100 - BLUMENAU SC
Contato da Casa de Retiro: Iria Voltolini (47) 3334-6861
Hospedagem: R$1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) quartos duplos. Está incluso roupa de cama e banho, bem como as despesas com o pregador. (Quem chegar antes do dia, favor confirmar com a Iria Voltolini: (47) 99118-7940, ou Residencial: (47) 3334-6861 poderão fazer o pagamento antes pela chave PIX: fsjcbrasil@gmail.com e enviar o comprovante para o Pe. Willians Brito: 14 99907 2143
Levar: Ofício Divino das Comunidades e Bíblia, algo de sua região para a confraternização. Remédios de uso contínuo. Comunicar se tem restrições alimentar.
⇨ Favor enviar sua inscrição com seu endereço completo, até o dia 07 de dezembro 2024, para o e-mail: fsjcbrasil@gmail.com
Convide também Padres simpatizantes da Fraternidade, seminaristas teólogos, irmãos(as), consagrados(as) e leigos(as) ligados à espiritualidade de São Carlos de Foucauld.
Fraternalmente, no bem-amado Senhor, o irmão de vocês:
Pe. José de Anchieta Moura Lima - Pelo Conselho Nacional da FSJC
COLABORAÇÃO ANUAL COM A FSJC
Lembramos aos membros das diversas fraternidades do Brasil o compromisso de colaborar financeiramente, uma vez ao ano, com 10% do seu salario mensal, para a manuteção da Fraternidade.
Calcule o valor e faça sua colaboração no Encontro Regional da sua fraternidade. No entanto, se necessário, sua colaboração também pode ser feita no Retiro Anual, com o tesoureiro da Fraternidade.
Não se esqueça de enviar comprovante ao tesoureiro nacional
BOLETIM DA FRATERNIDADE
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OU RENOVE SUA ASSINATURA
• O investimento para cada assinatura -três edições ao ano -é de R$ 50,00 (cinquenta reais), pago de uma única vez ao tesoureiro da Fraternidade
Colabore com a Fraternidade Sacerdotal Jesus + Caritas depositando na conta: ASSOCIAÇÃO JESUS CARITAS FSJC CNPJ: 47.659.405/0001-08 Banco do Brasil Agência: 277-1 Conta Corrente: 30457-3 Chave PIX: fsjcbrasil@gmail.com (e-mail) Comunique ao Pe. Willians, por mensagem Tel. (14) 3415-1543; WhatsApp (14) 99907-2143 vivo e-mail
• Voce pode fazer um presente a um amigo simpatizante da Fraternidade Sacerdotal Jesus Caritas, ou àquele que há tempos não está participando, ou outra pessoa.
• Se quiser fazer uma doação para colaborar com os custos dos boletins que forem impressos para circulação gratuita, é só acrescentar, ao valor da assinatura, o quanto a mais quer doar.
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• Você pode fazer uma colaboração mensal. Entre em contato conosco pelo email: casadafraternidade22@gmail.com
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