BOLETIM 161

BOLETIM DA FRATERNIDADE SACERDOTAL JESUS + CARITAS -2020

(Quem preferir a versão em PDF, clique aqui: boletim 161 em pdf)

(O retiro foi extraído e pode ser lido aqui: RETIRO 2020-PE. CARLOS)


Este Boletim nº 161 é uma publicação trimestral da Fraternidade  Sacerdotal Jesus Caritas no Brasil, e tem como objetivo criar laços  entre as diversas fraternidades por meio de estudos e comunicações entre  seus membros, espalhados em todo o território do país. 


Equipe de organização e Redação 

Pe. Edivaldo Pereira dos Santos 

Pe. Nelito Dornelas 

Magda Melo 


Colaboradores neste número 161 

Equipe Internacional 

Conselho da Fraternidade no Brasil 

Pe. Carlos Roberto dos Santos 

Pe. Éric Lozada 


Pe. Nelito Dornelas  

Magda Melo 

Conceição Calderano 

Pe Renan Takizawa 

Pe. José de Anchieta 

Maria Concilda Marques 

Margareth Malfliet 

Dom Eugenio Rixen 


Ilustração e capa 

Magda Melo 


Editoração 

Magda Melo 


Revisão 

Pe. Carlos Roberto dos Santos 

Pe. Edivaldo Pereira dos Santos 


Responsáveis da Fraternidade  (CLIQUE PARA ACESSAR OS NOMES DOS RESPONSÁVEIS)

CONSELHO  (CLIQUE PARA ACESSAR A LISTA DO CONSELHO)


SERVIÇOS (CLIQUE PARA ACESSAR A LISTA DE SERVIÇOS)


FAMÍLIA ESPIRITUAL DO IRMÃO CARLOS DE FOUCAULD NO BRASIL  (CLIQUE PARA ACESSAR A LISTA DA FAMÍLIA C.F.)



CANONIZAÇÃO DO IRMÃO CARLOS 

Há 104 anos atrás, o Irmão Carlos de Foucauld, o padre do  deserto, foi morto em Tamanrasset (Saara argelino). Ele inspirou a  Congreção dos irmãozinhos e das irmãzinhas de Jesus e muitas outras  instituições religiosas. Seguindo suas intuições, também nós, da  Fraternidade Sacerdotal, buscamos viver o encontro intimo com Jesus,  e na simplicidade, ser serviço nos últimos lugares.  

No dia 27 de maio de 2020, fomos surpreendidos com uma boa  notícia: o Papa Francisco aprovou a cura inexplicada apresentada pela  Congregação para a Causa dos Santos. Esta cura teve a intercessão do  Bem aventurado Ir. Carlos, e abre as portas à canonização.  

Cheios de alegria, nós, da Fraternidade Sacerdotal Jesus Caritas e  todos da família foucauldiana aguardamos a data da cerimônia de  canonização.


DA REDAÇÃO


APRESENTAÇÃO 

Pe. Carlos Roberto dos Santos - Tupã/SP  

Responsável nacional 


Irmãos e irmãs de todo o Brasil,  

Está chegando em suas mãos o Boletim da Fraternidade número 161,  o primeiro de 2020. 

Estamos vivendo um momento atípico. A pandemia, causada pelo  coronavírus mudou toda nossa rotina, e, inclusive nossa espiritualidade. Mas não nos tira a esperança, ainda mais porque está mostrando os erros  do sistema político que, sucessivamente, tem deixado muitos irmãos e  irmãs à margem. Oxalá aprendamos uma boa lição com tudo isso. 

Este boletim apresenta um relatório do Retiro de 2021, que aconteceu  em Caucaia-CE. Contém, na seção: “eco dos participantes”: vários  testemunhos de como vivenciaram este retiro. Na sequência traz duas  cartas escritas por nosso responsável internacional, Padre Eric Lozada.  Uma da Páscoa e outra de Pentecostes. Em ambas, ele se dirige aos irmãos  do mundo todo. 

Este boletim apresenta o texto sobre a Conferência Nacional dos Institutos Seculares Jesus Caritas, que foi escrito por Maria Concilda Marques e lido no dia da celebração da consagração da Maria de Fátima Sousa, que aconteceu durante o retiro, e registramos neste boletim. Por fim, Margaret Malfliet escreve um breve texto, apresentando o Sodalício ou União de irmãs e irmãos de Jesus, que é um dos ramos da família foucauldiana. 

Em tempos de pandemia, o Irmão Carlos tem nos ensinado muito: fidelidade à oração, quietude, solidariedade aos irmãos. Tudo isso vai passar e sairemos mais fortes, e com a graça de Deus, mais comprometidos com Jesus e o Evangelho. 

Um grande abraço a todos, e boa leitura. 


Análise conjuntural  

Às 20h no anfiteatro, foi realizado a análise conjuntural, o  primeiro convidado foi o Pe. Jose Cobo, falou-nos sobre o mundo  globalizado, sobre a grande distância entre ricos e pobres e sobre a  solidariedade para com os imigrantes como sinal da presença de Deus. 

O mundo está governado por Davos. Centralização e  globalização do mercado. Multilateralismo: Davos e Pequim. O resto  do mundo, no fundo do poço. Ideias economicistas. Controlar todas as  fontes de renda que há no mundo. A sociedade dos indignados é sinal  da presença de Deus. 

O segundo convidado foi o Pe. Nelito Dornelas que expôs sobre  os apontamentos para uma possível análise de conjuntura. 1- As causas  do mal-estar, a partir de um ponto de vista mais amplo. 2- Atualmente,  a participação em instituições políticas convencionais, como partidos  e sindicatos, é vista por muitos com suspeita pelos altos níveis de  corrupção e de clientelismo em vários países da América Latina,  enquanto a grande maioria foi e continua sendo indiferente a estas  instâncias de cidadania. 3- Existem instâncias da sociedade civil que  pensam e planejam a política de forma global no continente. 4- No  cenário atual assistimos ao avanço das ideologias ultra conservadoras  de um lado, mas, ao mesmo tempo, os movimentos sociais emergentes, de protesto e de reivindicações sociais, promovem o elemento da  subjetividade social como um de seus ingredientes principais. 5- A  Igreja deve criar espaços de diálogo entre pastores e cristãos leigos e  leigas, lideranças políticas, líderes de movimentos populares,  intelectuais, empresários, jovens, mulheres e minorias. Já na segunda  parte trabalhou sobre o balanço do primeiro ano do governo de  Bolsonaro. 

Aponta luzes sobre o que está acontecendo na América Latina e  no Brasil. Convida-nos a ser pessimistas na razão e otimistas na  vontade. Não vivemos numa época de mudanças, mas numa mudança  de época. O problema está mais fundo e mais grave do que se imagina.  “Quando dois elefantes brigam, quem perde é a grama”. 

As pessoas do Mediterrâneo para baixo são descartadas. A  Cristandade acabou, afirma o Papa Francisco. Do outro lado, estão  aqueles com saudades da Cristandade, de uma Igreja que manda, outra  Igreja que obedece. Fora dos pobres não há libertação. 

A experiência dos primeiros cristãos foi barrada por Ratzinger.  A singularidade virou clericalidade. Bento XVI disse que o Papa é o  bispo de todas as dioceses. Isto é uma heresia. Nem o Concílio de  Trento aceita isto. “Nenhuma geração faz duas colheitas em seu  próprio plantio”. 

A análise de conjuntura eclesial seria apresentada pelo Pe  Ernanne Pinheiro, mas por motivo de saúde não pode participar, mas, deixou um texto escrito. 


Partilha em Fraternidades 

No anfiteatro, às 20h, os participantes se reuniram para um  momento da partilha de experiências, para perceber os sinais de Deus  em nossa vida. 

Num primeiro momento quem conduziu foi o Padre Ernanne  Pinheiro que falou sobre René Voillaume, afirmando que Charles de  Foucauld propõe um projeto de vida, cujo amadurecimento se deu na  Fraternidade dos Irmãozinhos e das Irmãzinhas de Jesus. Este livro  Fermento na Massa que Padre Carlos está seguindo em suas  meditações, contem escritos e textos do Irmão Carlos de Foucauld que  provocaram grandes impactos sobre a espiritualidade do século XX. 

Em seguida Padre Gunther, fez uma exposição sobre o seu  trabalho Pastoral na periferia de Rondonopolis-MT, depois de ter  permanecido muitos anos na Catedral de Santa Cruz. 

Assistimos ainda, a apresentação do Padre Paulão sobre sua  experiência com a pastoral do povo em situação de rua na diocese de  Guarulhos. Relatou que trabalham de segunda a segunda à noite nas  ruas e, aos sábados e domingos, oferecem café da manhã aos  moradores de rua. São oito paróquias de sua diocese que fazem este  trabalho voluntário, composto por 150 agentes pastorais. Contam ainda  com a parceria de três casas de recuperação, com a UPA, IML e  Secretaria da saúde realizando consultório de rua. Eles realizam duas formações diocesanas e um retiro anual. Celebram a Novena de Natal  e a Via Sacra nas ruas com os moradores de rua. Fazem uma “ação  social” a cada dois meses na qual oferecem café da manhã, banho,  dentista, oftalmologista, teste de HIV e Sífilis, aferição de pressão e  diabetes, atendimento psicológico e jurídico, kit higiene, roupas,  almoço e celebração eucarística.  

Foi uma noite muito proveitosa, com experiências contagiantes  de quem vai ao encontro dos irmãos e irmãs que estão nas periferias  existenciais. 


Partilha de experiências 

Maria Auxiliadora, Ana Maria, Idaliana, Margarete e Neid  partilharam suas experiencias a partir da inspiração da Irz Madalena, a  fundadora das Irmãzinhas de Jesus. 

Ser pobre no meio dos pobres, vivendo a experiência do  anonimato, não sendo vistas e nem reconhecidas enquanto participam  de trabalho humilde, varrendo rua ou trabalhando em fábricas com  tratamento desumano, ainda que suas formações acadêmicas lhes  dessem seguir, Gildo falou sobre o mês de Nazaré como uma  oportunidade de aprofundar a espiritualidade e o engajamento na  Fraternidade. 

Padre Carlos e Padre Didi partilharam a experiencia de  participarem na Assembleia internacional da Fraternidade, que  aconteceu de 15 a 30 de janeiro de 2019 – CEBU nas Filipinas. As  informações se encontram no boletim nº 158. 

Vigília Noturna 

Em preparação para o dia de deserto, os participantes do retiro  fizeram uma vigila noturna, como um momento de viver pessoalmente  sua experiência de encontro consigo mesmo e com Deus. 

Dia de deserto  

Desde a manhã até o final da tarde os participantes do retiro  vivenciaram seu dia de deserto, culminando com a celebração  eucarística às 17h. A primeira parte da celebração iniciou-se na área  externa do convento. Durante a celebração, houve o rito penitencial,  com confissão individual presidida pelo Padre Paulão, da diocese de  Guarulhos-SP. Em seguida, fez-se uma procissão luminosa até o  auditório onde concluiu-se com a segunda parte da celebração. 

Terminada a celebração, foi servido o jantar e, após o jantar, as  fraternidades se reuniram para a partilha do deserto.  


Encontro das Fraternidades por região 

No encontro por regiões, considerando que Dom Beto Breis já  está agendado para pregar o retiro em 2021, as fraternidades discutiram  a data e local para o retiro nacional. E fizeram sugestões de pregador  para o retiro nacional em 2022. Também se dedicaram a acertar as  datas dos regionais para 2021. Na plenária, ficou assim: 

Retiro Nacional  

Data: de 05 a 12 de janeiro de 2021 

Pregador em 2021: Dom Betto Breis  

Local: Recanto Coqueiro d’Água – Santa Luzia-MG 


Encontro / Retiro Regional  

Leste – de 04 a 07 de maio de 2020 - RJ 

Nordeste – de 05 a 07 de maio de 2020– Alagoinhas 

Centro Oeste – de 15 a 18 de junho – Brasília 

Sul – de 12 a 14 de julho – Santa Catarina 

Sudeste – de 27 a 29 de junho de 2020 – Agudos - SP Norte – de 06 a 09 de julho Belém – Pará 


Para orientar o retiro de 2022, foi sugerido os nomes de:

 Pe. Raimundo Possidônio 

Dom Sílvio Guterrez 

Pe Maurício Jardim 

Ir. João Batista  

Dom Esmeraldo Farias 

Dom Fernando Panico 

Dom Angélico Sândalo 

Prof. Faustino Couto Teixeira 

Frei Éderson Queiroz  

Pe Manuel Godoy 

Pe Jeová Elias Ferreira 

Pe Gildo Nogueira 

Prof. Maria Clara Bingemer 


Na segunda, dia 13, às 20h, foi realizada uma confraternização organizada por Padre Nelito, Padre Edivaldo e Magda Melo. Foi  apresentada uma lista onde deveriam colocar o nome e o talento que  apresentaria. A Confraternização foi marcada pela alegria, risos,  descontração e revelação de muitos talentos como cantos, piadas e  danças. 


ECOS DO RETIRO 

A VOZ DOS PARTICIPANTES 

1. Pe. Milton Afonso do Nascimento - Diocese de Marília - SP Para mim foi a experiência de participar pela primeira vez do retiro; foi  uma novidade pois nunca havia feito um retiro de oito dias. Valeu a pena. Foram dias de oração, de silencio, o dia de deserto, e de  profunda interiorização. Além disso, foram dias de descanso para refazer  as energias. Destaco, as meditações, que o pregador nos orientou, que  foram de muito proveito e a convivência com os irmãos, como muito  positivo. Gratidão por toda a equipe que preparou o retiro 

  

2. Pe. Monte Alverne Q. Fraga - Diocese de Limoeiro do Norte – CE Em primeiro lugar, este retiro proporcionou-me um mergulho mais  profundo em mim mesmo, como há muito não acontecia. O grupo de  revisão de vida, com o qual partilhei, provocou tal espírito de abertura e  comunhão, que me favoreceu um olhar sobre toda minha vida e minha  história como nunca. E abri minha “caixa de segredos” aos irmãos e  irmã, assim como acolhi as dos demais. Foi uma profunda contemplação  da amorosa ação de Deus em minha vida e na vida dos demais. Obrigado  à irmã e aos irmãos por esses dias de fraternidade alegre e profunda. O retiro também me possibilitou uma escuta clara e amorosa da voz de  Deus e da presença do Senhor Jesus em minha vida e caminhada.  Contei também com a escuta fraterna e solidária de outros irmãos da  fraternidade nesta busca de “olhar os acontecimentos e meditá-los no  coração”. De fato, a Mãe do Perpétuo Socorro provou, mais uma vez,  minha consagração a ela desde meu nascimento! Os momentos de  adoração ao Senhor Eucarístico foram fundamentais nesta escuta e  iluminação. 

Finalmente, apoiado pelas meditações que nosso responsável e  pregador, Pe. Carlos nos ofereceu, fiz uma “volta as fontes” que me  levaram ao compromisso com este caminho espiritual testemunhado  pelo Irmão Carlos de Jesus, ainda como estudante de teologia. 

Obrigado irmão Carlos e a todos que caminham inspirados por seu  testemunho, os quais encontrei em minha vida e ministério.


3. Pe. Paulo Leandro da Silva - Diocese de Guarulhos - SP Por ser a primeira vez que participo deste retiro anual da Fraternidade,  estou maravilhado com todos os momentos que aqui vivi. 

No silencio, encontrei com Jesus; No silêncio pude rezar; 

No silêncio meu coração ardeu;No silêncio ouvi o amado; No silêncio descansei minha mente e minha alma. 


4. Pe. Gunther Lendbradl - Diocese de Rondonópolis - MT As meditações foram excelentes, ajudaram a descobrir ou aprofundar a  espiritualidade do Ir. Carlos. 

Muito obrigado por tudo. 


5. Pe. Freddy Goven - Diocese de Alagoinhas - BA 

Nosso retiro foi simplesmente, imensamente proveitoso, graças a: • Reflexões, meditações e contribuições do Carlos; 

• Profundidade e confiança da revisão de vida em nossa pequena  fraternidade; 

• Vivência do silêncio, assumido por todos; 

• Acolhida e disponibilidade das pessoas da casa; 

• Os diversos exercícios espirituais: orações, eucaristia, dia de deserto,  jejum, adorações..., 

• O companheirismo entre os retirantes. 

Só me resta agradecer por esta experiência bem positiva. 


6. Ir. Margaret Malfiet- Sodalício – Diocese de Crateús - CE Foi ótimo os irmãos e irmãs se reencontrarem com um mesmo desejo de  oração, silêncio e fraternidade. Estes elementos estavam todos  presentes, em equilíbrio.  

• Assunto 100%: acendeu o fogo interior e o mergulho no AMOR  ETERNO que nos criou, nos ama, acolhe e nos orienta para onde  vamos! 

• Presença das mulheres em todo o retiro, tanto nas tarefas como nas  partilhas, pois os grupos de fraternidades foram mistos... e a delicada  e amorosa atenção dos irmãos padres. Fez muito bem este convívio,  pois nas paróquias é mais duro e difícil de viver.

• O lugar e acolhida das irmãs cordimarianas, sempre prontas para  informar, ajudar. E a alimentação foi ótima e diversificada, com  muita fruta e verdura. 

• No refeitório poderíamos ter feito mesas mais familiares (as longas  mesas e filas nos fizeram lembrar pensionatos), mas na última noite,  deu para ver que era possível. 

• Os espaços diversificados foram ótimos, inclusive para lavar e secar  roupas. 


7. Pe. Alirio Bervian - Diocese de Xingu - AM 

Nosso retiro foi um tempo privilegiado de convívio, oração pessoal e  comunitária, e aprofundamento. 

• Pe. Carlos, admiramos o seu esforço para nos ajudar neste retiro. Foi  uma grande surpresa. 

• De minha parte, ainda falta tomar consciência “do grupo”. Vejo “este  ser fermento” mais como um contagiar com minha presença o nosso  presbitério, agora da Diocese de Xingu. 

• Procuro viver o seguimento de Jesus “mais diretamente” pelos  evangelhos, do que pela espiritualidade do Irmão Carlos de  Foucauld. No entanto, vejo-o como alguém que é exemplo pra mim  neste seguimento. 

• Sinto que há um grupo muito bom, que consegue absorver melhor  este seguimento. Vejo em minha vida algo parecido com o Irmão  Carlos, de tal maneira que o seguimento já é algo vital para mim. 

• Todo retiro é edificante e sempre poderia ser melhor, não por parte  do pregador, mas por mim mesmo. Grato, Pe. Carlos 


8. Pe. João Roberto Masiero - Diocese de Caxias do Sul - RS O conteúdo das meditações tocou em pontos-chaves da vida presbiteral  e destaco: oração pessoal, que não se identifica com as práticas de  oração; a possiblidade de viver a experiência de Nazaré em toda e  qualquer realidade situação. 


9. Pe. Hernesto Pereira de Oliveira - Diocese de Parnaiba -

 PI 1º O local foi muito convidativo para a oração.

2º O pregador: firme e seguro no conteúdo transmitido, íntimo da  espiritualidade foucauldiana. 

3º Fraternidades: momentos enriquecedores e edificantes para minha  caminhada 

4º Celebrações / Liturgia: simples e profundas, favorecendo a oração  pessoal. 

5º A casa como um todo muito bem receptiva na pessoa das irmãs e  funcionários. 

6º às noites: muito boas as partilhas e as análises de conjuntura.  Edificantes os testemunhos, principalmente do Pe. Paulão (que  trabalha com moradores em situação de rua). 

7º O conjunto: Fraternidade como deveríamos viver sempre. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! 


10. Pe. José de Anchieta Moura Lima - Diocese de Juiz de Fora - MG O retiro é tempo de: 

Revitalização das fraternidades sob a luz de Deus! 

Estabelecer novas ações concretas, solidárias e comunitárias! Todos unidos, numa só comunhão de vida! 

Ir ao encontro dos “despossuídos!, como o fez o Irmão Carlos! Redefinir os caminhos da missão no “último lugar” 

Organizar para transformar a sociedade do bem-viver 

O retiro foi para mim: 

Boa preparação do pregador, Amizade fraterna entre os irmãos e irmãs Bom acolhimento das irmãs cordimarianas e funcionárias da casa Intercambio com os leigos e leigas, Tempo de silêncio 

Fraternidade entre todos, Reabastecimento para retornar à Base. 


11. Magda Melo - Diocese de Uberlândia - MG 

Realmente o retiro foi restaurador e profundo. As reflexões e orações, à  luz do exemplo de Carlos de Foucauld, foram conduzidas com  simplicidade, realismo e sabedoria! 

O retiro foi um período forte de contato com Jesus de Nazaré na  espiritualidade do Irmão Carlos de Foucauld e na convivência fraterna  entre os irmãos e irmãs.

A vida em fraternidade teve um destaque, chamando a atenção da  corresponsabilidade. A revisão de vida nos encoraja e fortalece, pois a  partilha torna o fardo mais leve e ilumina as decisões. 

As adorações, a partir dessa entrega e o receber essa luz irradiadora da  paz e alegria, se transformaram em combustível para os nossos dias. O lugar, espaços, organização, coordenação e as várias equipes foram  excelentes. 

O orientador, Pe. Carlos, na coordenação nacional, nos brindou com  reflexões profundas e inquietantes. 

Que tenhamos a graça de viver dessa fonte que bebemos nos  fortalecendo a cada dia.  

Gratidão e um grande abraço. 


12. Pe. José Cobo Fernandes - Diocese de Rondonópolis – MT As colocações foram magníficas: atingiram o essencial; têm uma  sequência clara e que ajuda; fundamentadas sobre Irmão Carlos e Papa  Francisco e René Voillaume; tempo suficiente. 

O silêncio foi muito bem exigido e bem praticado por todos. A fraternidade: foi profundamente fraterna; de todos e todas  encorajadora. 

Não é necessário fazer “análise de conjuntura”: nem mundial, nem do  Brasil e nem da Igreja. Mas fazer como Francisco, um “discernimento  evangélico, pois “é preciso ressaltar todas as causas e tendências da  alegria da evangelização”. 

É preciso questionar e insistir em nossa postura “eclesiástica” para  “profetizar”. A Fraternidade é uma maneira de vivermos a Igreja e sua  missão. Nem atitudes contestatórias, nem denuncismos, nem desânimos,  mas ressaltar a presença de Deus e do Seu Reino na Igreja e além da  Igreja (para os muçulmanos e para Irmão Carlos, que são “mestres”  nisso). 


13. Maria Célia Sigliano Pinto - Diocese de Juiz de Fora - MG Anualmente, sinto-me agraciada por participar do Retiro da  Fraternidade Sacerdotal Jesus + Caritas. Necessário retirar-me e  desacelerar para refazer o itinerário da minha vida. É um retomar a vida  interior que me estimula, dá novo ânimo e, consequentemente, me rejuvenesce... eu, que me sentia árida, vazia, mesmo procurando estar na  presença Dele! Saio daqui com esperança renovada. 

Apesar das meditações terem sido voltadas, quase todas, aos sacerdotes,  fiz a seleção dos temas (e frases) que me tocaram o coração e as assimilei  como para mim dirigidas. O deserto e a penitência foram o ápice do meu  encontro com Jesus! O silêncio propiciou a reflexão e os refrãos  meditativos contribuíram para isso.  

“Quero ser como folha ao vento que se deixa transportar sem temor, sem saber onde pousará”, porque desejo fazer a vontade de Deus e nesse  caminhar, sofrer ou cantar é sempre amor” 


14. Pe. Nelito Dornelas - Diocese de Governador Valadares - MG Os participantes comprometeram-se de corpo e alma com o retiro e suas  orientações. O pregador demonstrou zelo, dedicação, competência e  muito cuidado com sua missão. O conteúdo apresentado foi de muita  valia e proveito para nossa espiritualidade. 

Saímos daqui confirmados em nossas opções de seguimento a Jesus, na  opção pelos pobres e no testemunho do evangelho pela construção do  Reino. O retiro está na linha do pensamento do Papa Francisco, na  perspectiva de uma igreja pobre e para os pobres. 

Muito obrigado! 


15. Diác. José Gomes Batista - Arquidiocese da Paraíba – PB Este retiro foi para mim mais uma dádiva da graça de Deus, inspirado  no carisma da espiritualidade do Irmão Carlos de Foucauld, que nos  ajudará na caminhada procurando “gritar o Evangelho com a vida”. O  pregador Pe. Carlos Roberto foi excelente em suas colocações que muito  nos ajudará na nossa vida de fraternidade. 

No Bem amado e Senhor Jesus de Nazaré, o irmão menor  

16. Pe. Zacarias de Souza Lima Neto - Diocese de Crateus – CE Muito bom o conteúdo das pregações, foi feliz considerar os escritos do  irmão Carlos e do Papa Francisco. O local do encontro: acolhedor,  aconchegante e orante. A convivência fraterna extra padres, religiosos e  leigas. O assumir com gesto de trabalho manual. A organização da  confraternização: ambiente, comida e apresentações


17. Pe. Geovane Saraiva - Arquidiocese de Fortaleza - CE Somos chamados, como canais de graça, dom de Deus, em um mundo  em mudança.  

Foi possível perceber nesse retiro, animado pelo Pe. Carlos, que o  Espírito de Deus quer descer, soprar sobre a minha pessoa (Jo 3,16). Todo o retiro quis dizer algo sobre o meu chamamento, minhas  respostas, a busca da bondade, a mesma semeada por Jesus de Nazaré. Aproveitai o deserto, o deserto de Jesus, como um prelúdio, no sentido  do compromisso mais sério com a missão: na paróquia, nas pastorais e  no empenho maior para com minha fraternidade.  

Diante da seriedade do pregador, penso que nos levou a uma maior  clareza, responsabilidade e convicção, que muito nos edificou. Amém! 


18. Côn. Jaime Pereira - Arquidiocese de Belém do Pará - PA Sem dúvidas este foi um dos melhores retiro que participei. Rico em  conteúdo e num clima de seriedade e empenho. 

O ambiente espaçoso, limpo e organizado também ajudou muito,  oferecendo a todos um clima de recolhimento, meditação e oração. Os temas abordados – todos ligados ao espírito da fraternidade – também  nos ajudaram, e muito, a revermos nossos compromissos já assumido há  tanto tempo ... um voto de louvor ao pregador do retiro, Pe. Carlos, pela  seriedade com que preparou os conteúdos das exposições. O Clima de respeito e de verdadeira fraternidade entre nós sempre esteve  presente nestes dias do encontro.  

Temos de destacar também o empenho das irmãs que dirigem a casa, e  seus auxiliares, que tudo fizeram para que nada faltasse na nossa mesa  de refeições. A elas o nosso sincero agradecimento. 

O tempo foi bem distribuído e levado a sério por todos os participantes. 


19. Pe. Edivaldo Pereira dos Santos - Diocese de Oeiras - PI Para mim o retiro foi um sopro do Espírito. 

Além de nos colocar diante dos apelos de Deus, para o seguimento e a  conversão pessoal, nos trilhos do Ir. Carlos, fez-nos mergulhar na  espiritualidade que move a vida em fraternidade pelo Reino de Deus.

Ajudou-nos: A estrutura da casa de encontros e retiros; a acolhida as  irmãs; a convivência fraterna; as fraternidades; as orações, a adoração,  as celebrações eucarísticas e a condução firme, pontual e decidida do  pregador, na verdade, uma revelação. 

Chamou-nos a atenção a adesão ao silêncio pela insistência diária,  quanto ao tempo e a urgente necessidade. 


20. Pe. José Ernanne Pinheiro - Arquidiocese de Brasília - DF Aspectos mais positivos: a presença de grande número de padres jovens;  a representação das fraternidades de quase todos os estados do Brasil; a  presença das mulheres (irmãzinhas, leigas consagradas, leigas em  sintonia com a espiritualidade do Ir. Carlos); o esforço do pregador  preparando por escrito as meditações; o clima de fraternidade e amizade;  as boas condições da casa para o evento; a bela preparação e realização  da confraternização. 

Limites: faltou, nas meditações, a dimensão da espiritualidade da  América Latina. As conclusões de Medellín, Puebla e Aparecida não  fizeram parte das meditações como estando em sintonia com o Ir. Carlos. Senti falta de alguns colegas em maior experiência nas fraternidades:  Dom Eugênio, Pe. Maurício, Pe. Virgílio, Pe. Manoel Godoy. 


21. Irmãzinha Maria Auxiliadora de Jesus – Belo Horizonte - MG O clima de fé e alegria em todo o retiro 

O compromisso da Fátima na FJC, com muita simplicidade A seriedade no seguimento de Jesus com a espiritualidade do Ir. Carlos. É o terceiro retiro que participo. 

Foi muito boa a participação das mulheres. 

Foi ótima a preocupação de uma tradução acessível aos jovens de hoje:  até na “oração do abando” como “oração de confiança”. 

Sobre a pobreza teria gostado que falasse um pouco mais sobre a  solidariedade, também. 

Fiquei impressionada com o chamado especial do Paulão. 

A importância de novas expressões: “oração da confiança”, “irmãos em  situação de rua” 

O lugar muito bom, muito simples 

Obrigada por nos incluir sempre nos retiros.


22. Neid Duarte Ferreira – Pará de Minas – MG 

Gostei demais desse retiro. A maneira do Carlos conduzir, suas reflexões  profundas e provocadoras ao mesmo tempo. O clima de silêncio e oração  e ao mesmo tempo as partilhas, foram luz para minha vida. Gostei que as orações foram na capela menor, pois cria mais unidade e  a gente se escuta melhor. 

Toda a estrutura da casa contribui para que fosse tudo tão bem.  Agradeço tudo e a todos todas. Foi muito bom ter vindo. Me sinto muito  acolhida e amada. 


23. Idaliana Marinho de Azevedo – Óbidos - PA 

“Que retribuirei ao Senhor por tudo o que me tem feito?” 

Como cheguei aqui: 

• Desgarrada, apreensiva, desconfiada, atrofiada espiritualmente, mas  no profundo do meu ser com uma esperança, confiante de que algo  novo viria. 

• Contando com o apoio e incentivo dos irmãos com quem contatei  (Pe. Anchieta, Pe. Carlos, irmãzinhas, diante das dificuldades  financeiras, Deus mostrou o caminho e ... a viagem saiu... cheguei) 

• Enfim Caucaia... acolhida a mais fraterna possível. Quantos padres,  Deus meu! Irmãzinhas senhoras com cabelos brancos como os meus,  jovens comprometidas. 

• Aos poucos o círculo de novos irmãos e irmãs foi se ampliando, mas  não consegui um conhecimento maior com todos, além dos  cumprimentos habituais, superficial. Com a fraternidade de trabalho  foi legal. 

• Repito com toda gratidão: foi uma bênção. Os momentos de oração  desde o ofício pela manhã, até à noite nos envolveu num clima de  união e presença com Deus a quem, confiança expressávamos a  Oração do Abandono. 

• Que dizer das meditações com o Ir. Carlos Roberto, seguidas da  reflexão pessoal e conversa com o Cristo Eucarístico. Foram  centelhas luminosas que acompanharão minha vivência diária daqui  por diante na busca de uma espiritualidade nas pegadas do Irmão  Carlos de Jesus, nesse amor apaixonado a Deus e aos irmãos, em  especial aos mais esquecidos deste mundo.

• E o que dizer das Celebrações Eucarísticas com seu ápice na  consagração, onde os padres, numa atitude de fé e de manifestação  plena de seu sacerdócio, tornam ou trazem com suas palavras o  Cristo, verdadeiramente entre nós. 

• Marcante também foi o “cantar” ecoando, vibrante. Que beleza! Em  nossas liturgias o canto deve ser a culminância de uma evangelização  e uma demonstração em quem acredito. 

Como saio deste retiro? Agora escrevo a título de avaliação pessoal • Encontrei IRMÃOS e amigos. Não estou só... 

• Confiante de que, com a ajuda dos irmãos, posso divulgar mais a  espiritualidade do e com o Irmão Carlos de Jesus. 

• Estimulada e de mãos dadas GRITAR O EVANGELHO COM A  VIDA 

• Grata a todos que foram LUZ neste caminho de busca de uma Vida  e Vida em plenitude. 

A cada um (a) meu bem querer de irmã menor e sempre amiga. Louvado  seja Deus! 


24. Pe. Francisco Leonidas da Silva – João Pessoa - PB Carlos: Pax et Bonum! 

Parabéns pelo Retiro. Primeiramente, pela organização. A sua equipe é  boa. Segundo, pelas reflexões, simples, porém, suculentas. Volto para  a João Pessoa mais animado para seguir Jesus com a ajuda do Ir. Carlos  de Foucault. Que nos abençoe e Ir. Carlos interceda por nós retirantes.  Amém.


FRATERNIDADE SACERDOTAL JESUS + CARITAS CARTA DE PASCOA AOS IRMÃOS DO MUNDO INTEIRO1 

Filipinas, 12 de abril de 2020 

Eu ressuscitei e estou com vocês. Aleluia. (cf. Sl 139,18) 

Queridos irmãos, 

Como muitos de vocês, estou vivendo em quarentena, e é daqui,  deste meu eremitério, que escrevo para vocês. Este claustro imposto é  um excelente convite para a adoração diária, para a meditação do  Evangelho, para o dia de deserto, para a revisão de vida, para rezarmos  pelo mundo, em particular pelos pobres, com fidelidade, intensidade e  concentração. Uma vida de solidão e oração de qualidade é nosso  humilde ato de caridade para com nosso mundo que vive esta  pandemia. 

Olhando pela minha janela, observo os sinais de uma nova vida na  natureza. Aqui está seco e úmido, no entanto, os pássaros estão tocando  e cantando seu único repertório de canções, as borboletas voam  lentamente de flor em flor em  busca de néctar, as árvores estão  verdes e dão sombra, apesar do  calor escaldante. É maravilhoso  como a natureza tem sua própria  maneira de anunciar a  ressurreição. Sem preocupações  e abandonando-se  completamente em Deus que  cuida dela.  

Nós, humanos, deveríamos ser uma raça superior por causa de  nossa razão, mas esta mesma razão tem enfraquecido sistematicamente  nossa confiança em Deus no dia a dia, e acabamos confiando mais em  nosso pensamento egoísta. Esta forma de pensar tem sido a causa da  violência, do ódio e da desconfiança. A ressurreição oferece o perdão,  o amor e a confiança. O mundo deve escolher.  

1 Tradução de Carlos Roberto dos Santos


Estamos em quarentena comunitária até o dia três de maio, mas os  padres tem passe livre para trabalhos litúrgicos e de caridade. Eu os  utilizo todos os dias para visitar pessoas que me convidam a  acompanhar os moribundos e as famílias  enlutadas, para facilitar o diálogo nas famílias e  dar comida e dinheiro àqueles que foram demitidos de seus trabalhos. Alguém me pediu  para dar atenção a estas pessoas desamparadas,  principalmente porque elas não podiam ir à igreja  e rezar. A Presença, levada pela minha presença no meio delas, é um  bálsamo que as conforta. 

Ao mesmo tempo, estou tendo muito cuidado, seguindo os  protocolos de higiene e distanciamento para não prejudicar ainda mais  a comunidade. Hoje de manhã, meu amigo Lemuel chegou ao  eremitério com muita fome, parecendo abatido, pedindo comida para  seus quatro filhos famintos. Lemuel foi demitido. Enquanto lhe dava  alguma coisa para comer, me senti abençoado por sua alegria, mas  também senti a incerteza em seus olhos. 

Após a oração desta manhã, dou uma longa olhada no mapa que  está na minha parede. Meus olhos se fixam sobre os quatro continentes:  África, Europa, Ásia e Américas. O vírus é realmente um grande  equalizador, porque os países ricos e pobres estão sofrendo da mesma  maneira. Vejo rosto de médicos, enfermeiros, pacientes e suas famílias,  preocupados, assustados, mas lutando pela vida. (Enquanto lhes  escrevo, recebo a notícia que minha irmã, que trabalha como  enfermeira nos Estados Unidos, testou positivo para Covid19. E agora  sua família está em risco). 

O mundo está vivendo sua  paixão. Vejo rostos desamparados,  preocupados, com medo, tristeza, ódio  e violência em todos os lugares, e com  múltiplos disfarces. Eu me pergunto:  qual é a mensagem de Cristo  ressuscitado para o nosso mundo  hoje? O que Deus convida-nos a ver?  

Até onde isso nos levará? A  ressurreição significa que Ele vai nos salvar de tudo isso? Qual é a  resposta de Deus ao seu povo diante de uma pandemia? Como devemos ouvir a doce mensagem da ressurreição diante de tantas  notícias avassaladoras de morte, sofrimento e conflito? Onde está o  caminho da esperança e de uma vida nova nestes momentos difíceis? 

Irmãos, por favor, sofram comigo estes questionamentos. Eu  preciso de vocês, nós precisamos uns dos outros, as pessoas precisam  de nós. A ressurreição não é uma alegria barata nem palavras doces  para nos salvar de nosso sofrimento. Nós devemos abrir nossos  ouvidos e alargar nossos corações para compreender a Mensagem.  Lutamos com Deus por respostas, mesmo que a resposta d'Ele esteja  escondida em Seu silêncio. 

Acho que a leitura do relato da ressurreição segundo São João,  deste ano, é um Kairós. Certos detalhes do texto de João poderiam  ajudar-nos a ver e ouvir a Mensagem. Como não sou muito bem  formado em hermenêutica bíblica, confio em uma reflexão orante do  texto. Por favor, sejam generosos se isto lhes parecer ingenuidade. 

Permita-me enfatizar apenas três coisas. Primeiro, João fala que a  ressurreição aconteceu "no primeiro dia da semana, quando ainda  estava escuro" (João 20,1a). A ressurreição irrompe dos fundamentos  de nossa humanidade e do mundo, nas trevas da ignorância. Isso nos  lembra a gênese, quando o mundo estava escuro e sem forma e o Espírito pairava sobre as águas escuras. Então Deus disse: "Haja luz e  houve luz" (Gn 1,2-3). 

Hoje, o mundo está na escuridão da pandemia. Para muitos, o  futuro parece ainda mais sombrio. Como as empresas, o governo e o  povo vão se recuperar? Nossos planejamentos estratégicos, nossas  previsões otimistas encontrarão o remédio e a luz suficiente para nos  dar um futuro brilhante? No meio desta imensa escuridão, na qual os  fundamentos do mundo parecem abalados, brilha a Luz Cristo.  Podemos vê-la? Ver não vem da nossa lógica humana, porque esta é  facilmente derrotada pela escuridão. A luz vem do Cristo ressuscitado.  Deus nos salvará deste mal? De maneira alguma, porque o mal faz o  que faz. Deus salva. Ele, finalmente, reivindica a virtude, a bondade e  a fidelidade enquanto atravessamos o mal e o sofrimento, exatamente  como Ele fez com Jesus. Finalmente, é Deus e o Cristo ressuscitado  que controlam [a vida], e não o mal e a morte. É o nosso credo.  Simplesmente devemos confiar em sua verdade e vivê-la dia após dia.

Em segundo lugar, João ressalta que  Maria Madalena foi a primeira a ver o  túmulo aberto (Jo 20, 1b). Ela ficou triste  porque ainda não conseguia estabelecer o  elo entre o túmulo aberto e a ressurreição.  Foi só depois de chorar que ela viu o  Ressuscitado (cf. Jo 20, 11ss). É um convite  a todos nós para vermos nossa realidade  através da suave lente do feminino - na  tristeza e nas lágrimas. Ambas preparam o  coração para ver a Verdade. Hoje em dia há  muita coisa que nos entristece quando  olhamos nossa realidade. Estamos  chorando porque, de um jeito ou de outro, fazemos parte deste mundo  ferido, quebrado e violento e, de muitas maneiras, contribuímos para a  existência dessa violência e destas feridas. 

Finalmente, Maria contou a Pedro e João o que tinha visto. Pedro  e João viram por si mesmos. Pedro viu. João viu e acreditou. Eles ainda  não entendiam todo o significado da ressurreição (cf. Jo 20,2-9). Esse  detalhe nos ensina que, para experimentar uma nova vida, precisamos  ir ao encontro uns dos outros e caminhar juntos como uma comunidade  de buscadores da verdade.  

Nossa realidade é uma visão compartilhada e ninguém  monopoliza o todo ou absolutiza sua parcela do todo. Todos  contribuem. Cada um acredita que o outro tem algo a contribuir. A  verdade nos torna humildes porque, em vez de possuí-la, é ela que nos  possui. Sempre está além de nós. Então, precisamos da contribuição de  todos. A verdade é um presente gratuito revelado a uma dinâmica  comunidade de peregrinos que buscam com esperança. Infelizmente,  em nosso mundo pós-moderno, o poder é confundido com a verdade.  Assim, as pessoas se tornam arrogantes com sua parte da verdade e a  absolutiza, como se fosse a verdade total. É a mesma mentalidade que  cria guerra e violência. A ressurreição dá paz e perdão. Nós temos que  escolher.

Irmãos, continuemos partilhando  nossa busca da verdade no Senhor  ressuscitado, na solidão de nossa  oração e em nossas atividades  fraternas e missionárias. O irmão  Carlos nos mostra o caminho e  também caminha conosco, em nosso  desejo de seguir Jesus de Nazaré, de ser irmão de todos, viver Nazaré,  estar presente no meio dos pobres, fazer a revisão de nossas vidas,  gritar o Evangelho com nossas vidas, nos sentir como as ovelhas em  nossa missão nas periferias, para viver o Evangelho antes de pregar.  

Esta é a nossa espiritualidade como sacerdotes diocesanos que  seguem os passos do irmão Carlos. É também nosso presente para o  nosso mundo e para a nossa Igreja hoje. Enquanto presente, não é um  mérito, mas devemos reajustá-lo constantemente pela prática.  

Nisto, somos todos iniciantes e companheiros de luta, mas juntos  nos encorajamos uns aos outros para continuarmos voltando à nossa  prática. 

Minha humilde oração por cada um de vocês. Por favor, rezem  também por mim. 

 Eric LOZADA  Responsável Internacional 


CARTA DE PENTECOSTES DO RESPONSÁVEL  INTERNACIONAL -

 AOS IRMÃOS DA FRATERNIDADE  SACERDOTAL JESUS CARITAS2 

“Vem Espírito Santo, enchei os nossos corações e enviai do céu o raio de luz! Vem  a nós, Pai dos pobres, vem distribuidor de dons, vem luz dos nossos corações.  Consolador soberano, doce hóspede de nossas almas, ... vem encher, até a  profundezas, o coração de todos seus fiéis, lave o que está sujo, irrigue o que está  árido e cure o que está ferido. Dobre o que é rígido, aqueça o que é frio e endireite  o que está torto” (de Veni Sancte Spiritus). 

2 Tradução de Carlos Roberto dos Santos 

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Irmãos bem amados, Rezo com vocês esta oração ao  Espírito Santo, com muita atenção no mais profundo do meu coração. O  coronavírus nos forçou a parar e  apreciar profundamente o que  aconteceu local e globalmente, o que  nos levou a esta situação que estamos  vivendo agora, para que o Espírito possa nos guiar por caminhos novos  e criativos. A pandemia nos ensina que nosso mundo precisa ser  renovado, caso contrário todos nós pereceremos. Nossa consideração  por cada pessoa humana, e pelos sistemas operacionais familiares,  pelas comunidades vizinhas, pelas escolas, igrejas, religiões, política,  economia, tecnologia, mídia social, nossos cuidados com nossa Mãe,  a Terra, tudo isso deve ser refundado em princípios mais universais e  inclusivos, equitativos, menos condenatórios e contraditórios, para que  possamos progredir novamente como uma civilização do amor e da  vida. 

Mais uma vez acolhemos o Espírito em Pentecostes, mas, de  alguma forma, esquecemos que o Espírito existe desde o início,  segundo o Gênesis (cfr. Gn 1,2).  

O movimento do Espírito  sempre foi trazer de ordem em  meio ao caos, dar vida, levar nos a toda a verdade, ensinar nos tudo o que precisamos saber  (cfr. Jo 16,13). Mas o mesmo Espírito sopra onde quer e não  podemos dizer de onde veio ele  vem nem para onde vai (cfr. Jo 3,8). Nossa teologia, nosso pensamento  e nosso planejamento bem calculado não podem prever nem obstruir o  caminho do Espírito. Ele nos surpreende sempre, ampliando nossa  visão e libertando cada vez mais nossos corações de todos obstáculos,  para que sejamos livres para Deus em nosso mundo. Assim como não  podemos ver o ar e o silêncio, o Espírito Santo renova o nosso mundo  de uma maneira que ultrapassa nossa visão. Temos apenas de estar  presentes em sua presença em todos os momentos.

Nosso mundo, incluindo nossa Mãe Terra, está no momento do  parto, dando à luz aquilo que será o futuro após a pandemia. A grande  mística Julienne da Inglaterra, em sua 13ª revelação, diz: "Tudo ficará  bem e todo tipo de coisa ficará bem". Ela explicou isso para que  estejamos alegres em todas  as circunstâncias, mesmo  desfavoráveis, porque no  último momento Cristo  recapitulará todas as coisas.  

Precisamos ter cuidado com  a forma como recebemos essa mensagem. Isso significa simplesmente  cruzarmos os braços e ficar esperando tudo de Deus? É um tipo de  teologia suave que promete maná do céu em meio ao nosso  sofrimento? A pandemia nos ensina a ter esperança. A esperança é a  nossa capacidade de colocar o futuro nas mãos do Deus de amor. A  esperança não é algo fácil; é uma luta!. Lutamos porque parece que o  mal, a tirania, a violência, o medo, a morte dominam mais do que a  bondade, a paz, a unidade, o amor, a vida. A resposta de Deus ao mal  está oculta no Cristo ressuscitado. Ele não salvou seu Filho do  momento crucial do sofrimento, mas o justificou com uma vida nova,  depois que passou o desamparo, o medo, a violência e a morte. Ao final  de contas, Deus nos justificará e mostrará ao mundo, e a todos os seus  sistemas, o quão equivocado estavam de várias maneiras (cfr. Jo 16,  8).  

Mas temos que tomar uma decisão. Diante do mal e do sofrimento,  permitiremos que nossos corações sejam dominados pelo medo, o  desespero, a indiferença, a amargura, a raiva e a decepção, ou seremos  mais abertos, receptivos, cheios de amor, perdão e vida? O Espírito  renova nosso mundo e toda a criação de uma maneira mais paciente,  amável e humilde. Somos convidados a não contrariar o seu caminho,  mas a seguir os desígnios de Deus para o nosso mundo. 

Então o que devemos fazer? Quais são as possibilidades e os  desafios que nos são dados e que devemos enfrentar com renovada  coragem e esperança? Alguém disse uma vez: "Hoje não precisamos  de homens grandes com corações pequenos, mas de homens pequenos  com corações grandes, porque apenas os pequenos e os minúsculos  podem passar pelo buraco de uma agulha'. Pequenos atos de bondade  realizados com corações comprometidos e dedicados. Hoje em dia, nosso novo princípio é a necessidade de voltar ao essencial da vida  segundo Evangelho, às obras de misericórdia corporais e espirituais.  Nosso próprio Irmão Carlos nos deixou uma espiritualidade:  imitar Jesus em Nazaré, procurar o último lugar, viver simplesmente,  fazer o apostolado de bondade para  uma pessoa de cada vez, ser irmão e  amigo de cada pessoa, independentemente de cor, crença, de status, ser  próximo dos pobres. O Papa  Francisco nos exorta a ir para as periferias, ser anunciadores da alegria  do Evangelho, a proteger os menores e os adultos em situação de  vulnerabilidade, a comprometer-nos com a formação permanente, a  proteger nossa Mãe Terra, nossa casa comum. Devemos, também,  retornar com novo entusiasmo aos elementos básicos de nossa prática  espiritual: adoração cotidiana, meditação diária do evangelho, revisão  da vida, dia mensal do deserto, encontros de fraternidade. Renovamos  nossa fidelidade à estas práticas não para aperfeiçoarmo-nos, mas para  assumir uma maior responsabilidade pelo dom recebido e permitir que  seus frutos fluam para os outros infinitamente, até que Deus seja  glorificado em suas próprias vidas. 

Irmãos, neste período de pandemia recebemos um presente  especial de nossa Mãe Igreja: o decreto de  santidade do irmão Carlos. Com os outros  membros da família espiritual, incluindo  aqueles que foram inspirados pelo irmão  Carlos, mas não são membros "canonizados"  da família espiritual, agradecemos ao Espírito  por esse presente. 

Esperamos e rezamos para que a vida, a  mensagem, as intuições e a herança do Irmão  Carlos estejam mais disponíveis e sejam uma  inspiração para muitas pessoas, conforme a vontade do Espírito. Por nós mesmos,  rezemos por maior determinação em  testemunhar com nossas vidas e nosso  ministério aquilo pelo qual o Irmão Carlos  viveu.

Termino minha carta com oração coleta da missa de hoje: “Pai,  santifique sua Igreja entre todos os povos e todas as nações; derrame  os dons do Espírito Santo na imensidão do mundo.” 

Muito obrigado. Continuemos rezando uns pelos outros e rezemos  também pelo nosso mundo. Por favor, rezem por  mim também. 

Seu irmão e servidor responsável,  

  

 Eric LOZADA 

 Responsável Internacional 

Filipinas, 21 de maio de 2020 


CONFERÊNCIA NACIONAL DOS INSTITUTOS SECULARES 

Maria Concilda Marques 

Uma forma de vida consagrada na igreja hoje. A consagração se  expressa pela profissão dos Conselhos Evangélicos e é consequência  da radicalidade na opção pelo seguimento de Jesus Cristo. 

O reconhecimento jurídico da consagração secular pela Igreja se  deu em 1947, pela Constituição Apostólica Pro-vida mater ecclesia,  por Pio XII. 

O consagrado secular deve levar vida de perfeição em todo  tempo e lugar. Tem uma missão de recristianizar as famílias, as  profissões, a sociedade, exercendo seu apostolado de múltipla forma:  “onde Deus me chama”. 

O Instituto Secular Fraternidade Jesus Caritas 

“O chamado a gritar o Evangelho com a vida” teve como  fundadores o Padre René Voillaume Marguerite Poncet-Francês.  Nossa vocação particular é “ser salvadores como Jesus”, agindo como fermento na massa”. Nosso amor deve ser fraternal, humilde e  respeitosamente universal” seguindo nosso único modelo: Jesus, que  nos indica a Santa Virgem como exemplo, nos ministérios de Nazaré  e da visitação 

O instituto secular FJC reúne mulheres celibatárias ou viúvas que  sentem no íntimo de si mesmas o “chamado para seguir o Bem-amado  Jesus”. Elas abraçam o compromisso de viverem sua consagração em  suas famílias, assumindo a vida leiga em pleno mundo, exercendo as  suas profissões, mas com seus olhares voltados para Jesus. Elas vivem  esta consagração no cotidiano de suas vidas, em suas respectivas  profissões, onde se tornam sinais do “do Bem-Amado Jesus”.  

A responsável nacional, Maria Concilda Marques, dirige-se a  todos nós afirmando: “dentro de cada paróquia existe uma pedra  preciosa que os padres vão descobrindo nas confissões e que precisam  ser orientadas na espiritualidade. Pois cada pessoa tem um chamado  específico”, e atualmente existem 76 Institutos seculares no Brasil, e o  Instituto FJC, que foi reconhecido pela Igreja em 1991, é um deles. Em  sua organização tem Estatuto e Diretório dentro das normas canônicas,  um Conselho internacional e um Conselho Nacional. 


CONSAGRAÇÃO DA MARIA DE FÁTIMA 

Abaixo, apresentamos uma cópia da Ata de Consagração de  Maria de Fatima Sousa, leiga consagrada no Instituto Secular  Fraternidade Jesus Caritas.  

Ela consagrou-se na missa de encerramento do Retiro nacional.  Pe. Carlos Roberto dos Santos, responsável nacional da Fraternidade,  e Pe. Monte Alverne Q. Fraga, o padre que a enviou para o Instituto, juntamente com todos os irmãos e irmãs, acolhemos seu voto, professado  solenemente na Eucaristia.


SODALÍCIO OU UNIÃO DE IRMÃOS E IRMÃS DE JESUS Margaret Malfliet  

Esta confraria tem a origem numa noite de oração de 21- 22/02/1909 em Paris, na basílica de Sacré-Coeur de Montmartre do  irmãozinho Carlos de Foucauld e um amigo leigo Louis Massignon.  Ao morrer o irmãozinho em 1916 tinha cerca de 40 membros  espalhados em diversos países em situação de linha de frente. E no  início do século XXI cerca de 1.000 membros. A ligação entre os  diversos “missionários isolados” se faz por meio de boletim (duas  vezes no ano), não dando diretivas, mas, relembrando “Fins e Meios”  confiados à consciência, discernimento, espírito criativo de cada um e  uma, sendo livres para avançar na missão de seguimento de Jesus e  evangelizando pelo testemunho e o amor às pessoas onde vivem.  Sempre abrindo caminhos rumos aos mais distantes, abandonados e excluídos em que reconhecem a presença de Jesus. Todo cristão leigo  pode ser membro, casado ou solteiro, homem ou mulher, padre ou  religioso(a) e etc... com fé na “comunhão dos santos” (invisível, mas  real).  

Desde a década de 80, está presente no Brasil. Quem corresponde  para a informação aos novos membros é a Irmã Margaret Malfliet e o  bispo que em nome do coordenador geral recebo o pedido e encaminho  para a União (na sede em Paris) é Dom  Eugênio Rixen da cidade de Goiás.  


Margaret Malfliet:  

margaretporanga@hotmail.com  


Dom Eugênio Rixen:  

domeugeniogoiais@gmail.com 


O coração tem  que ser  um com o  Coração de  Jesus  para ser útil  ao outro,  por amor 

Carlos de Foucauld


NOTÍCIAS

Pascua de Pe Mariano Puga 

Carta de Hta Donata 

Pero esta carta era para contarle más de la partida de Mariano.  Lo replanté a las htas, porque me parece que en poco tiempo surgieron  tantas otras cosas relacionada al Covid-19  que me parecía que ya no tenía importancia.  

Pero ella me dijeron: “bien, justamente para  salir de esto”… Igual no salimos de esto,  porque al funeral de Mariano había más de  3000 personas y varias estaban con el virus  y contagiaron. Una de ella ha sido una  religiosa que a alguien se le ocurrió dar la identidad, y les dejo  imaginar lo que pasó…exponiéndola al arbitrio de todos… Ya recibieron la homilía de Juan Barraza y el testimonio de Paolo  Álvarez. Les enviaré lo que escribió Nico Viel SSCC y entre los tres  me parece que dan la idea de lo que ha sido la vida de Mariano, aun  que muchas de nosotras la conocen. No puedo enviarlo desde aquí, lo  haré en cuanto pueda… 

Cinco jóvenes, que formaban con él, la comunidad de “La  Minga” lo acompañaron hasta el final, y sé que no ha sido fácil manejar  una situación tan compleja. Se esmeraron en cumplir todo los que él  deseó para su enfermedad, agonía, muerte y funeral…con una lucidez  impresionante. 

Nosotras en los últimos días, hemos intentado estar lo más  cercanas posible. Yo fui con Algelika y pudimos despedirnos de él.  Nos reconoció, se alegró muchísimos, pudimos decirle todo el cariño  de las htas y no faltó la talla sobre mi italianidad… Después de unos  días ya no pudo recibir a nadie, pero todas las noches había un gran  grupo de personas en el patio de su casa donde nos encontrábamos para  rezar, o para celebrar… A veces nos dimos cita con María Inés que nos  alcanzó allá y después volvimos juntas a la casa. Al parecer en la  última semana se despidió por lo menos de 2000 personas que llegaron  de todo el país… Lo raro es que varias veces los medios lo dieron por  muerto y se tuvo que desmentir la noticia. No era muy “estimado” por  las autoridades actuales, porque ha sido muy crítico al sistema y ya en  silla de rueda, celebró la Eucaristía en las afuera del los Tribunales,  con los familiares de los detenidos del actual estallido social. Yo no  participé, pero escuché comentarios y testimonios de gente que se dice  no-creyente de verdad muy profundos.  

También un par de veces se hizo acompañar en auto a Pza de la  Dignidad para participar con nosotros de la celebración…y lo hizo  desde el auto, porque tenía que estar listo en arrancar en el caso que  llegaran los carabineros con los carros lanza agua. 

Eh si, murió como vivió, “con las botas puestas” como se dice en  Chile. Rodeado de gente y siendo signo de contradicción. Su funeral, preparado por él mismo en los mínimos detalles ha  sido un acontecimiento nacional. Él mismo lo pensó en tres etapas: Una de más recogimiento en la Iglesia de Villa Francia,  población donde murió. Ahí se dio más espacio a las comunidades  cristianas de Stgo. Nosotras pudimos ir en la mañana, cuando no había  todavía mucha gente, para poder ir con Marina, sin mayor problema.  En la noche volvimos con la comunidad  cristiana de la Victoria, en procesión, con  lienzo, cruz, cantos, oraciones etc… Ha sido un  momento muy emotivo. Lo mismo hicieron las  varias comunidades de las poblaciones de Stgo  y provincias. También, el ataúd, ha sido  dibujado y pintado por un grupo de niños, y  otra gente dirigidos por Mico, un artista  muralista. El dibujo, lo habían visto antes con él así como el método  para pintarlo. Hay que decir que de veras ha sido muy original y muy  bonito. 

Otra etapa ha sido la Celebración de la Cena del Señor en la  Iglesia de San Francisco. Para llegar, se llegó a la gran Alameda, en  los Héroes y de ahí se siguió a pies hasta la Iglesia cortando todo el  tráfico de la Alameda. Ni un disturbio, ni un carabinero… (¡¡¡!!!). En  la San Francisco la Misa multitudinaria al estilo del Mariano. Obvio  que se cambió la disposición de las bancas poniéndolas más  comunitarias… Duró más de dos horas, con grupos de reflexión, signos, cantos. Juan Barraza la presidió, y arriba del altar estaban los  curas designados por Mariano mismo, los más cercanos a él. Abajo  habían decenas de curas, revestidos y non, que han concelebrado. Entre  ellos 4 Obispos que al final le dieron la bendición.  

Después en procesión de a pie a Pza de la Dignidad y de ahí hasta  Villa Grimaldi, lugar donde él ha estado detenido y torturado durante  la dictadura. ¡¡¡Había una multitud impresionante!!! Y ahí, ha habido  espacio para las varias expresiones artísticas, culturales, testimonios…  duró toda la noche hasta la mañana siguiente cuando se llevó al  cementerio para su cremación. Nosotras nos quedamos hasta el primer  concierto de música clásica que le ofreció su sobrino que es director de  orquestra. Seguían los Illapu…pero nuestras fuerza llegaron hasta  ahí… Mariano tenía más cuerda que nosotras… 

Y se fue este gran hombre, original, signo de contradicción,  radical a su manera, y sobre todo “chiflado” por Jesús de Nazaret.  Muchos han conocido a Jesús gracias a él, en su manera de ser, de  amar, de comprometerse. Muchos se sienten “huérfanos” porque hay  pocas voces que se levantan en esta situación tan compleja que  vivimos.  

Y no puedo terminar sin expresar la preocupación y el dolor por  lo que se está viviendo en mi país… hoy más de 900 muertos… Sentí  algunos y la oración de Francisco le llegó al profundo del corazón… 

Las dejo. Un abrazo entrañable para cada una…y que Mariano  ruegue por nosotras… 

Angostura 27/3/2020 


COLABORAÇÃO ANUAL  

DO MEMBRO DA FRATERNIDADE 

Lembramos aos membros das diversas fraternidades do Brasil o  compromisso de colaborar financeiramente, uma vez ao ano, com 10% do seu  salario mensal, para a manuteção da Fraternidade. 

Calcule o valor e faça sua colaboração no Encontro Regional da sua  Fraternidade. No entanto, se necessário, sua colaboração também pode ser  feita no Retiro Anual, com o tesoureiro da Fraternidade.



AGENDA 2019 - 2020 

Reunião do Conselho da Fraternidade 

Data: 17 a 20 de agosto 2020 

Local: Casa do Con. Celso Pedro - São Paulo - SP 


Encontros das Regiões 

Datas: Foram alteradas por causa da pandemia causada pelo  Covid-19 


Retiro Nacional  

Data: 5 a 12 de janeiro de 2021 

Local: Belo Horizonte – MG 

Pregador: Dom Beto Breis 


Mês de Nazaré - 2021  

Data: 5 de janeiro a 2 de fevereiro de 2021 

Local: Mosteiro em Goiás – GO 

Coordenador do MN: Dom Eugênio Rixen 


FAÇA SUA ASSINATURA ANUAL DO BOLETIM OU RENOVE SUA ASSINATURA  


• O investimento para cada assinatura - três edições ao ano - é de R$ 30,00  (trinta reais), pago de uma única vez ao tesoureiro da Fraternidade (veja Pe.  Willians, na página 4 ). 

• Voce pode fazer um presente a um amigo simpatizante da fraternidade, ou  àquele que há tempos não está participando, ou outra pessoa.  

• Se quiser fazer uma doação para colaborar com os custos dos boletins que  forem impressos a mais, para circulação gratuita, é só acrescentar, ao valor  da assinatura, o quanto a mais quer doar.



LI, ASSISTI e INDICO

INDICAÇÃO DE LIVROS 

O Espírito do Senhor: força dos fracos, Victor Codina, sj. Ed Paulinas,  2019. 

Uma vida para a Liturgia, autobiografia do Padre Gregório Luiz CSSp,  (1931-2019). Ed Loyola, 2019. 

Um bispo contra todas as cercas, a vida e as causas de Pedro Casaldáliga,  Ana Maria Tavares. Ed Vozes, 2019. 

21 lições para o século XXI, Yuval harari. Ed Companhia das Letras, 2018. 


INDICAÇÃO DE SITES 

https://sites.google.com/site/jesuscaritascarlosdefoucauld

https://gritaroevangelho.blogspot.com/

www.vatican.va

blog:www.hermanitasdejesus.org/brasil/brasilnuestrahistoria.htm

https://www.ihu.unisinos.br

https://www.cartacapital.com

https://agencia.ecclesia.pt/portal/2020/02/

https://www.portalcatolico.org.br/ 


INDICAÇÃO DE FILMES 

Filme: Superação – O milagre da fé 

Joyce Smith, juntou toda sua Sinopse: John Smith, um menino de 14 anos,  passeava com a família em uma manhã de inverno no Lago St Louis, no  Missouri, quando, acidentalmente, sofreu uma queda e se afogou. Chegando  ao hospital, John foi considerado morto por mais de 60 minutos até que sua  mãe, Joyce Smith, juntou todas as suas forças e pediu a Deus para que seu  filho sobrevivesse. Sua prece poderosa foi responsável por um milagre  inédito.