BOLETIM 161
BOLETIM DA FRATERNIDADE SACERDOTAL JESUS + CARITAS -2020
(Quem preferir a versão em PDF, clique aqui: boletim 161 em pdf)
(O retiro foi extraído e pode ser lido aqui: RETIRO 2020-PE. CARLOS)
Este Boletim nº 161 é uma publicação trimestral da Fraternidade Sacerdotal Jesus Caritas no Brasil, e tem como objetivo criar laços entre as diversas fraternidades por meio de estudos e comunicações entre seus membros, espalhados em todo o território do país.
Equipe de organização e Redação
Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
Pe. Nelito Dornelas
Magda Melo
Colaboradores neste número 161
Equipe Internacional
Conselho da Fraternidade no Brasil
Pe. Carlos Roberto dos Santos
Pe. Éric Lozada
Pe. Nelito Dornelas
Magda Melo
Conceição Calderano
Pe Renan Takizawa
Pe. José de Anchieta
Maria Concilda Marques
Margareth Malfliet
Dom Eugenio Rixen
Ilustração e capa
Magda Melo
Editoração
Magda Melo
Revisão
Pe. Carlos Roberto dos Santos
Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
FAMÍLIA ESPIRITUAL DO IRMÃO CARLOS DE FOUCAULD NO BRASIL (CLIQUE PARA ACESSAR A LISTA DA FAMÍLIA C.F.)
CANONIZAÇÃO DO IRMÃO CARLOS
Há 104 anos atrás, o Irmão Carlos de Foucauld, o padre do deserto, foi morto em Tamanrasset (Saara argelino). Ele inspirou a Congreção dos irmãozinhos e das irmãzinhas de Jesus e muitas outras instituições religiosas. Seguindo suas intuições, também nós, da Fraternidade Sacerdotal, buscamos viver o encontro intimo com Jesus, e na simplicidade, ser serviço nos últimos lugares.
No dia 27 de maio de 2020, fomos surpreendidos com uma boa notícia: o Papa Francisco aprovou a cura inexplicada apresentada pela Congregação para a Causa dos Santos. Esta cura teve a intercessão do Bem aventurado Ir. Carlos, e abre as portas à canonização.
Cheios de alegria, nós, da Fraternidade Sacerdotal Jesus Caritas e todos da família foucauldiana aguardamos a data da cerimônia de canonização.
DA REDAÇÃO
APRESENTAÇÃO
Pe. Carlos Roberto dos Santos - Tupã/SP
Responsável nacional
Irmãos e irmãs de todo o Brasil,
Está chegando em suas mãos o Boletim da Fraternidade número 161, o primeiro de 2020.
Estamos vivendo um momento atípico. A pandemia, causada pelo coronavírus mudou toda nossa rotina, e, inclusive nossa espiritualidade. Mas não nos tira a esperança, ainda mais porque está mostrando os erros do sistema político que, sucessivamente, tem deixado muitos irmãos e irmãs à margem. Oxalá aprendamos uma boa lição com tudo isso.
Este boletim apresenta um relatório do Retiro de 2021, que aconteceu em Caucaia-CE. Contém, na seção: “eco dos participantes”: vários testemunhos de como vivenciaram este retiro. Na sequência traz duas cartas escritas por nosso responsável internacional, Padre Eric Lozada. Uma da Páscoa e outra de Pentecostes. Em ambas, ele se dirige aos irmãos do mundo todo.
Este boletim apresenta o texto sobre a Conferência Nacional dos Institutos Seculares Jesus Caritas, que foi escrito por Maria Concilda Marques e lido no dia da celebração da consagração da Maria de Fátima Sousa, que aconteceu durante o retiro, e registramos neste boletim. Por fim, Margaret Malfliet escreve um breve texto, apresentando o Sodalício ou União de irmãs e irmãos de Jesus, que é um dos ramos da família foucauldiana.
Em tempos de pandemia, o Irmão Carlos tem nos ensinado muito: fidelidade à oração, quietude, solidariedade aos irmãos. Tudo isso vai passar e sairemos mais fortes, e com a graça de Deus, mais comprometidos com Jesus e o Evangelho.
Um grande abraço a todos, e boa leitura.
Análise conjuntural
Às 20h no anfiteatro, foi realizado a análise conjuntural, o primeiro convidado foi o Pe. Jose Cobo, falou-nos sobre o mundo globalizado, sobre a grande distância entre ricos e pobres e sobre a solidariedade para com os imigrantes como sinal da presença de Deus.
O mundo está governado por Davos. Centralização e globalização do mercado. Multilateralismo: Davos e Pequim. O resto do mundo, no fundo do poço. Ideias economicistas. Controlar todas as fontes de renda que há no mundo. A sociedade dos indignados é sinal da presença de Deus.
O segundo convidado foi o Pe. Nelito Dornelas que expôs sobre os apontamentos para uma possível análise de conjuntura. 1- As causas do mal-estar, a partir de um ponto de vista mais amplo. 2- Atualmente, a participação em instituições políticas convencionais, como partidos e sindicatos, é vista por muitos com suspeita pelos altos níveis de corrupção e de clientelismo em vários países da América Latina, enquanto a grande maioria foi e continua sendo indiferente a estas instâncias de cidadania. 3- Existem instâncias da sociedade civil que pensam e planejam a política de forma global no continente. 4- No cenário atual assistimos ao avanço das ideologias ultra conservadoras de um lado, mas, ao mesmo tempo, os movimentos sociais emergentes, de protesto e de reivindicações sociais, promovem o elemento da subjetividade social como um de seus ingredientes principais. 5- A Igreja deve criar espaços de diálogo entre pastores e cristãos leigos e leigas, lideranças políticas, líderes de movimentos populares, intelectuais, empresários, jovens, mulheres e minorias. Já na segunda parte trabalhou sobre o balanço do primeiro ano do governo de Bolsonaro.
Aponta luzes sobre o que está acontecendo na América Latina e no Brasil. Convida-nos a ser pessimistas na razão e otimistas na vontade. Não vivemos numa época de mudanças, mas numa mudança de época. O problema está mais fundo e mais grave do que se imagina. “Quando dois elefantes brigam, quem perde é a grama”.
As pessoas do Mediterrâneo para baixo são descartadas. A Cristandade acabou, afirma o Papa Francisco. Do outro lado, estão aqueles com saudades da Cristandade, de uma Igreja que manda, outra Igreja que obedece. Fora dos pobres não há libertação.
A experiência dos primeiros cristãos foi barrada por Ratzinger. A singularidade virou clericalidade. Bento XVI disse que o Papa é o bispo de todas as dioceses. Isto é uma heresia. Nem o Concílio de Trento aceita isto. “Nenhuma geração faz duas colheitas em seu próprio plantio”.
A análise de conjuntura eclesial seria apresentada pelo Pe Ernanne Pinheiro, mas por motivo de saúde não pode participar, mas, deixou um texto escrito.
Partilha em Fraternidades
No anfiteatro, às 20h, os participantes se reuniram para um momento da partilha de experiências, para perceber os sinais de Deus em nossa vida.
Num primeiro momento quem conduziu foi o Padre Ernanne Pinheiro que falou sobre René Voillaume, afirmando que Charles de Foucauld propõe um projeto de vida, cujo amadurecimento se deu na Fraternidade dos Irmãozinhos e das Irmãzinhas de Jesus. Este livro Fermento na Massa que Padre Carlos está seguindo em suas meditações, contem escritos e textos do Irmão Carlos de Foucauld que provocaram grandes impactos sobre a espiritualidade do século XX.
Em seguida Padre Gunther, fez uma exposição sobre o seu trabalho Pastoral na periferia de Rondonopolis-MT, depois de ter permanecido muitos anos na Catedral de Santa Cruz.
Assistimos ainda, a apresentação do Padre Paulão sobre sua experiência com a pastoral do povo em situação de rua na diocese de Guarulhos. Relatou que trabalham de segunda a segunda à noite nas ruas e, aos sábados e domingos, oferecem café da manhã aos moradores de rua. São oito paróquias de sua diocese que fazem este trabalho voluntário, composto por 150 agentes pastorais. Contam ainda com a parceria de três casas de recuperação, com a UPA, IML e Secretaria da saúde realizando consultório de rua. Eles realizam duas formações diocesanas e um retiro anual. Celebram a Novena de Natal e a Via Sacra nas ruas com os moradores de rua. Fazem uma “ação social” a cada dois meses na qual oferecem café da manhã, banho, dentista, oftalmologista, teste de HIV e Sífilis, aferição de pressão e diabetes, atendimento psicológico e jurídico, kit higiene, roupas, almoço e celebração eucarística.
Foi uma noite muito proveitosa, com experiências contagiantes de quem vai ao encontro dos irmãos e irmãs que estão nas periferias existenciais.
Partilha de experiências
Maria Auxiliadora, Ana Maria, Idaliana, Margarete e Neid partilharam suas experiencias a partir da inspiração da Irz Madalena, a fundadora das Irmãzinhas de Jesus.
Ser pobre no meio dos pobres, vivendo a experiência do anonimato, não sendo vistas e nem reconhecidas enquanto participam de trabalho humilde, varrendo rua ou trabalhando em fábricas com tratamento desumano, ainda que suas formações acadêmicas lhes dessem seguir, Gildo falou sobre o mês de Nazaré como uma oportunidade de aprofundar a espiritualidade e o engajamento na Fraternidade.
Padre Carlos e Padre Didi partilharam a experiencia de participarem na Assembleia internacional da Fraternidade, que aconteceu de 15 a 30 de janeiro de 2019 – CEBU nas Filipinas. As informações se encontram no boletim nº 158.
Vigília Noturna
Em preparação para o dia de deserto, os participantes do retiro fizeram uma vigila noturna, como um momento de viver pessoalmente sua experiência de encontro consigo mesmo e com Deus.
Dia de deserto
Desde a manhã até o final da tarde os participantes do retiro vivenciaram seu dia de deserto, culminando com a celebração eucarística às 17h. A primeira parte da celebração iniciou-se na área externa do convento. Durante a celebração, houve o rito penitencial, com confissão individual presidida pelo Padre Paulão, da diocese de Guarulhos-SP. Em seguida, fez-se uma procissão luminosa até o auditório onde concluiu-se com a segunda parte da celebração.
Terminada a celebração, foi servido o jantar e, após o jantar, as fraternidades se reuniram para a partilha do deserto.
Encontro das Fraternidades por região
No encontro por regiões, considerando que Dom Beto Breis já está agendado para pregar o retiro em 2021, as fraternidades discutiram a data e local para o retiro nacional. E fizeram sugestões de pregador para o retiro nacional em 2022. Também se dedicaram a acertar as datas dos regionais para 2021. Na plenária, ficou assim:
Retiro Nacional
Data: de 05 a 12 de janeiro de 2021
Pregador em 2021: Dom Betto Breis
Local: Recanto Coqueiro d’Água – Santa Luzia-MG
Encontro / Retiro Regional
Leste – de 04 a 07 de maio de 2020 - RJ
Nordeste – de 05 a 07 de maio de 2020– Alagoinhas
Centro Oeste – de 15 a 18 de junho – Brasília
Sul – de 12 a 14 de julho – Santa Catarina
Sudeste – de 27 a 29 de junho de 2020 – Agudos - SP Norte – de 06 a 09 de julho Belém – Pará
Para orientar o retiro de 2022, foi sugerido os nomes de:
Pe. Raimundo Possidônio
Dom Sílvio Guterrez
Pe Maurício Jardim
Ir. João Batista
Dom Esmeraldo Farias
Dom Fernando Panico
Dom Angélico Sândalo
Prof. Faustino Couto Teixeira
Frei Éderson Queiroz
Pe Manuel Godoy
Pe Jeová Elias Ferreira
Pe Gildo Nogueira
Prof. Maria Clara Bingemer
Na segunda, dia 13, às 20h, foi realizada uma confraternização organizada por Padre Nelito, Padre Edivaldo e Magda Melo. Foi apresentada uma lista onde deveriam colocar o nome e o talento que apresentaria. A Confraternização foi marcada pela alegria, risos, descontração e revelação de muitos talentos como cantos, piadas e danças.
ECOS DO RETIRO
A VOZ DOS PARTICIPANTES
1. Pe. Milton Afonso do Nascimento - Diocese de Marília - SP Para mim foi a experiência de participar pela primeira vez do retiro; foi uma novidade pois nunca havia feito um retiro de oito dias. Valeu a pena. Foram dias de oração, de silencio, o dia de deserto, e de profunda interiorização. Além disso, foram dias de descanso para refazer as energias. Destaco, as meditações, que o pregador nos orientou, que foram de muito proveito e a convivência com os irmãos, como muito positivo. Gratidão por toda a equipe que preparou o retiro
2. Pe. Monte Alverne Q. Fraga - Diocese de Limoeiro do Norte – CE Em primeiro lugar, este retiro proporcionou-me um mergulho mais profundo em mim mesmo, como há muito não acontecia. O grupo de revisão de vida, com o qual partilhei, provocou tal espírito de abertura e comunhão, que me favoreceu um olhar sobre toda minha vida e minha história como nunca. E abri minha “caixa de segredos” aos irmãos e irmã, assim como acolhi as dos demais. Foi uma profunda contemplação da amorosa ação de Deus em minha vida e na vida dos demais. Obrigado à irmã e aos irmãos por esses dias de fraternidade alegre e profunda. O retiro também me possibilitou uma escuta clara e amorosa da voz de Deus e da presença do Senhor Jesus em minha vida e caminhada. Contei também com a escuta fraterna e solidária de outros irmãos da fraternidade nesta busca de “olhar os acontecimentos e meditá-los no coração”. De fato, a Mãe do Perpétuo Socorro provou, mais uma vez, minha consagração a ela desde meu nascimento! Os momentos de adoração ao Senhor Eucarístico foram fundamentais nesta escuta e iluminação.
Finalmente, apoiado pelas meditações que nosso responsável e pregador, Pe. Carlos nos ofereceu, fiz uma “volta as fontes” que me levaram ao compromisso com este caminho espiritual testemunhado pelo Irmão Carlos de Jesus, ainda como estudante de teologia.
Obrigado irmão Carlos e a todos que caminham inspirados por seu testemunho, os quais encontrei em minha vida e ministério.
3. Pe. Paulo Leandro da Silva - Diocese de Guarulhos - SP Por ser a primeira vez que participo deste retiro anual da Fraternidade, estou maravilhado com todos os momentos que aqui vivi.
No silencio, encontrei com Jesus; No silêncio pude rezar;
No silêncio meu coração ardeu;No silêncio ouvi o amado; No silêncio descansei minha mente e minha alma.
4. Pe. Gunther Lendbradl - Diocese de Rondonópolis - MT As meditações foram excelentes, ajudaram a descobrir ou aprofundar a espiritualidade do Ir. Carlos.
Muito obrigado por tudo.
5. Pe. Freddy Goven - Diocese de Alagoinhas - BA
Nosso retiro foi simplesmente, imensamente proveitoso, graças a: • Reflexões, meditações e contribuições do Carlos;
• Profundidade e confiança da revisão de vida em nossa pequena fraternidade;
• Vivência do silêncio, assumido por todos;
• Acolhida e disponibilidade das pessoas da casa;
• Os diversos exercícios espirituais: orações, eucaristia, dia de deserto, jejum, adorações...,
• O companheirismo entre os retirantes.
Só me resta agradecer por esta experiência bem positiva.
6. Ir. Margaret Malfiet- Sodalício – Diocese de Crateús - CE Foi ótimo os irmãos e irmãs se reencontrarem com um mesmo desejo de oração, silêncio e fraternidade. Estes elementos estavam todos presentes, em equilíbrio.
• Assunto 100%: acendeu o fogo interior e o mergulho no AMOR ETERNO que nos criou, nos ama, acolhe e nos orienta para onde vamos!
• Presença das mulheres em todo o retiro, tanto nas tarefas como nas partilhas, pois os grupos de fraternidades foram mistos... e a delicada e amorosa atenção dos irmãos padres. Fez muito bem este convívio, pois nas paróquias é mais duro e difícil de viver.
• O lugar e acolhida das irmãs cordimarianas, sempre prontas para informar, ajudar. E a alimentação foi ótima e diversificada, com muita fruta e verdura.
• No refeitório poderíamos ter feito mesas mais familiares (as longas mesas e filas nos fizeram lembrar pensionatos), mas na última noite, deu para ver que era possível.
• Os espaços diversificados foram ótimos, inclusive para lavar e secar roupas.
7. Pe. Alirio Bervian - Diocese de Xingu - AM
Nosso retiro foi um tempo privilegiado de convívio, oração pessoal e comunitária, e aprofundamento.
• Pe. Carlos, admiramos o seu esforço para nos ajudar neste retiro. Foi uma grande surpresa.
• De minha parte, ainda falta tomar consciência “do grupo”. Vejo “este ser fermento” mais como um contagiar com minha presença o nosso presbitério, agora da Diocese de Xingu.
• Procuro viver o seguimento de Jesus “mais diretamente” pelos evangelhos, do que pela espiritualidade do Irmão Carlos de Foucauld. No entanto, vejo-o como alguém que é exemplo pra mim neste seguimento.
• Sinto que há um grupo muito bom, que consegue absorver melhor este seguimento. Vejo em minha vida algo parecido com o Irmão Carlos, de tal maneira que o seguimento já é algo vital para mim.
• Todo retiro é edificante e sempre poderia ser melhor, não por parte do pregador, mas por mim mesmo. Grato, Pe. Carlos
8. Pe. João Roberto Masiero - Diocese de Caxias do Sul - RS O conteúdo das meditações tocou em pontos-chaves da vida presbiteral e destaco: oração pessoal, que não se identifica com as práticas de oração; a possiblidade de viver a experiência de Nazaré em toda e qualquer realidade situação.
9. Pe. Hernesto Pereira de Oliveira - Diocese de Parnaiba -
PI 1º O local foi muito convidativo para a oração.
2º O pregador: firme e seguro no conteúdo transmitido, íntimo da espiritualidade foucauldiana.
3º Fraternidades: momentos enriquecedores e edificantes para minha caminhada
4º Celebrações / Liturgia: simples e profundas, favorecendo a oração pessoal.
5º A casa como um todo muito bem receptiva na pessoa das irmãs e funcionários.
6º às noites: muito boas as partilhas e as análises de conjuntura. Edificantes os testemunhos, principalmente do Pe. Paulão (que trabalha com moradores em situação de rua).
7º O conjunto: Fraternidade como deveríamos viver sempre. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
10. Pe. José de Anchieta Moura Lima - Diocese de Juiz de Fora - MG O retiro é tempo de:
Revitalização das fraternidades sob a luz de Deus!
Estabelecer novas ações concretas, solidárias e comunitárias! Todos unidos, numa só comunhão de vida!
Ir ao encontro dos “despossuídos!, como o fez o Irmão Carlos! Redefinir os caminhos da missão no “último lugar”
Organizar para transformar a sociedade do bem-viver
O retiro foi para mim:
Boa preparação do pregador, Amizade fraterna entre os irmãos e irmãs Bom acolhimento das irmãs cordimarianas e funcionárias da casa Intercambio com os leigos e leigas, Tempo de silêncio
Fraternidade entre todos, Reabastecimento para retornar à Base.
11. Magda Melo - Diocese de Uberlândia - MG
Realmente o retiro foi restaurador e profundo. As reflexões e orações, à luz do exemplo de Carlos de Foucauld, foram conduzidas com simplicidade, realismo e sabedoria!
O retiro foi um período forte de contato com Jesus de Nazaré na espiritualidade do Irmão Carlos de Foucauld e na convivência fraterna entre os irmãos e irmãs.
A vida em fraternidade teve um destaque, chamando a atenção da corresponsabilidade. A revisão de vida nos encoraja e fortalece, pois a partilha torna o fardo mais leve e ilumina as decisões.
As adorações, a partir dessa entrega e o receber essa luz irradiadora da paz e alegria, se transformaram em combustível para os nossos dias. O lugar, espaços, organização, coordenação e as várias equipes foram excelentes.
O orientador, Pe. Carlos, na coordenação nacional, nos brindou com reflexões profundas e inquietantes.
Que tenhamos a graça de viver dessa fonte que bebemos nos fortalecendo a cada dia.
Gratidão e um grande abraço.
12. Pe. José Cobo Fernandes - Diocese de Rondonópolis – MT As colocações foram magníficas: atingiram o essencial; têm uma sequência clara e que ajuda; fundamentadas sobre Irmão Carlos e Papa Francisco e René Voillaume; tempo suficiente.
O silêncio foi muito bem exigido e bem praticado por todos. A fraternidade: foi profundamente fraterna; de todos e todas encorajadora.
Não é necessário fazer “análise de conjuntura”: nem mundial, nem do Brasil e nem da Igreja. Mas fazer como Francisco, um “discernimento evangélico, pois “é preciso ressaltar todas as causas e tendências da alegria da evangelização”.
É preciso questionar e insistir em nossa postura “eclesiástica” para “profetizar”. A Fraternidade é uma maneira de vivermos a Igreja e sua missão. Nem atitudes contestatórias, nem denuncismos, nem desânimos, mas ressaltar a presença de Deus e do Seu Reino na Igreja e além da Igreja (para os muçulmanos e para Irmão Carlos, que são “mestres” nisso).
13. Maria Célia Sigliano Pinto - Diocese de Juiz de Fora - MG Anualmente, sinto-me agraciada por participar do Retiro da Fraternidade Sacerdotal Jesus + Caritas. Necessário retirar-me e desacelerar para refazer o itinerário da minha vida. É um retomar a vida interior que me estimula, dá novo ânimo e, consequentemente, me rejuvenesce... eu, que me sentia árida, vazia, mesmo procurando estar na presença Dele! Saio daqui com esperança renovada.
Apesar das meditações terem sido voltadas, quase todas, aos sacerdotes, fiz a seleção dos temas (e frases) que me tocaram o coração e as assimilei como para mim dirigidas. O deserto e a penitência foram o ápice do meu encontro com Jesus! O silêncio propiciou a reflexão e os refrãos meditativos contribuíram para isso.
“Quero ser como folha ao vento que se deixa transportar sem temor, sem saber onde pousará”, porque desejo fazer a vontade de Deus e nesse caminhar, sofrer ou cantar é sempre amor”
14. Pe. Nelito Dornelas - Diocese de Governador Valadares - MG Os participantes comprometeram-se de corpo e alma com o retiro e suas orientações. O pregador demonstrou zelo, dedicação, competência e muito cuidado com sua missão. O conteúdo apresentado foi de muita valia e proveito para nossa espiritualidade.
Saímos daqui confirmados em nossas opções de seguimento a Jesus, na opção pelos pobres e no testemunho do evangelho pela construção do Reino. O retiro está na linha do pensamento do Papa Francisco, na perspectiva de uma igreja pobre e para os pobres.
Muito obrigado!
15. Diác. José Gomes Batista - Arquidiocese da Paraíba – PB Este retiro foi para mim mais uma dádiva da graça de Deus, inspirado no carisma da espiritualidade do Irmão Carlos de Foucauld, que nos ajudará na caminhada procurando “gritar o Evangelho com a vida”. O pregador Pe. Carlos Roberto foi excelente em suas colocações que muito nos ajudará na nossa vida de fraternidade.
No Bem amado e Senhor Jesus de Nazaré, o irmão menor
16. Pe. Zacarias de Souza Lima Neto - Diocese de Crateus – CE Muito bom o conteúdo das pregações, foi feliz considerar os escritos do irmão Carlos e do Papa Francisco. O local do encontro: acolhedor, aconchegante e orante. A convivência fraterna extra padres, religiosos e leigas. O assumir com gesto de trabalho manual. A organização da confraternização: ambiente, comida e apresentações
17. Pe. Geovane Saraiva - Arquidiocese de Fortaleza - CE Somos chamados, como canais de graça, dom de Deus, em um mundo em mudança.
Foi possível perceber nesse retiro, animado pelo Pe. Carlos, que o Espírito de Deus quer descer, soprar sobre a minha pessoa (Jo 3,16). Todo o retiro quis dizer algo sobre o meu chamamento, minhas respostas, a busca da bondade, a mesma semeada por Jesus de Nazaré. Aproveitai o deserto, o deserto de Jesus, como um prelúdio, no sentido do compromisso mais sério com a missão: na paróquia, nas pastorais e no empenho maior para com minha fraternidade.
Diante da seriedade do pregador, penso que nos levou a uma maior clareza, responsabilidade e convicção, que muito nos edificou. Amém!
18. Côn. Jaime Pereira - Arquidiocese de Belém do Pará - PA Sem dúvidas este foi um dos melhores retiro que participei. Rico em conteúdo e num clima de seriedade e empenho.
O ambiente espaçoso, limpo e organizado também ajudou muito, oferecendo a todos um clima de recolhimento, meditação e oração. Os temas abordados – todos ligados ao espírito da fraternidade – também nos ajudaram, e muito, a revermos nossos compromissos já assumido há tanto tempo ... um voto de louvor ao pregador do retiro, Pe. Carlos, pela seriedade com que preparou os conteúdos das exposições. O Clima de respeito e de verdadeira fraternidade entre nós sempre esteve presente nestes dias do encontro.
Temos de destacar também o empenho das irmãs que dirigem a casa, e seus auxiliares, que tudo fizeram para que nada faltasse na nossa mesa de refeições. A elas o nosso sincero agradecimento.
O tempo foi bem distribuído e levado a sério por todos os participantes.
19. Pe. Edivaldo Pereira dos Santos - Diocese de Oeiras - PI Para mim o retiro foi um sopro do Espírito.
Além de nos colocar diante dos apelos de Deus, para o seguimento e a conversão pessoal, nos trilhos do Ir. Carlos, fez-nos mergulhar na espiritualidade que move a vida em fraternidade pelo Reino de Deus.
Ajudou-nos: A estrutura da casa de encontros e retiros; a acolhida as irmãs; a convivência fraterna; as fraternidades; as orações, a adoração, as celebrações eucarísticas e a condução firme, pontual e decidida do pregador, na verdade, uma revelação.
Chamou-nos a atenção a adesão ao silêncio pela insistência diária, quanto ao tempo e a urgente necessidade.
20. Pe. José Ernanne Pinheiro - Arquidiocese de Brasília - DF Aspectos mais positivos: a presença de grande número de padres jovens; a representação das fraternidades de quase todos os estados do Brasil; a presença das mulheres (irmãzinhas, leigas consagradas, leigas em sintonia com a espiritualidade do Ir. Carlos); o esforço do pregador preparando por escrito as meditações; o clima de fraternidade e amizade; as boas condições da casa para o evento; a bela preparação e realização da confraternização.
Limites: faltou, nas meditações, a dimensão da espiritualidade da América Latina. As conclusões de Medellín, Puebla e Aparecida não fizeram parte das meditações como estando em sintonia com o Ir. Carlos. Senti falta de alguns colegas em maior experiência nas fraternidades: Dom Eugênio, Pe. Maurício, Pe. Virgílio, Pe. Manoel Godoy.
21. Irmãzinha Maria Auxiliadora de Jesus – Belo Horizonte - MG O clima de fé e alegria em todo o retiro
O compromisso da Fátima na FJC, com muita simplicidade A seriedade no seguimento de Jesus com a espiritualidade do Ir. Carlos. É o terceiro retiro que participo.
Foi muito boa a participação das mulheres.
Foi ótima a preocupação de uma tradução acessível aos jovens de hoje: até na “oração do abando” como “oração de confiança”.
Sobre a pobreza teria gostado que falasse um pouco mais sobre a solidariedade, também.
Fiquei impressionada com o chamado especial do Paulão.
A importância de novas expressões: “oração da confiança”, “irmãos em situação de rua”
O lugar muito bom, muito simples
Obrigada por nos incluir sempre nos retiros.
22. Neid Duarte Ferreira – Pará de Minas – MG
Gostei demais desse retiro. A maneira do Carlos conduzir, suas reflexões profundas e provocadoras ao mesmo tempo. O clima de silêncio e oração e ao mesmo tempo as partilhas, foram luz para minha vida. Gostei que as orações foram na capela menor, pois cria mais unidade e a gente se escuta melhor.
Toda a estrutura da casa contribui para que fosse tudo tão bem. Agradeço tudo e a todos todas. Foi muito bom ter vindo. Me sinto muito acolhida e amada.
23. Idaliana Marinho de Azevedo – Óbidos - PA
“Que retribuirei ao Senhor por tudo o que me tem feito?”
Como cheguei aqui:
• Desgarrada, apreensiva, desconfiada, atrofiada espiritualmente, mas no profundo do meu ser com uma esperança, confiante de que algo novo viria.
• Contando com o apoio e incentivo dos irmãos com quem contatei (Pe. Anchieta, Pe. Carlos, irmãzinhas, diante das dificuldades financeiras, Deus mostrou o caminho e ... a viagem saiu... cheguei)
• Enfim Caucaia... acolhida a mais fraterna possível. Quantos padres, Deus meu! Irmãzinhas senhoras com cabelos brancos como os meus, jovens comprometidas.
• Aos poucos o círculo de novos irmãos e irmãs foi se ampliando, mas não consegui um conhecimento maior com todos, além dos cumprimentos habituais, superficial. Com a fraternidade de trabalho foi legal.
• Repito com toda gratidão: foi uma bênção. Os momentos de oração desde o ofício pela manhã, até à noite nos envolveu num clima de união e presença com Deus a quem, confiança expressávamos a Oração do Abandono.
• Que dizer das meditações com o Ir. Carlos Roberto, seguidas da reflexão pessoal e conversa com o Cristo Eucarístico. Foram centelhas luminosas que acompanharão minha vivência diária daqui por diante na busca de uma espiritualidade nas pegadas do Irmão Carlos de Jesus, nesse amor apaixonado a Deus e aos irmãos, em especial aos mais esquecidos deste mundo.
• E o que dizer das Celebrações Eucarísticas com seu ápice na consagração, onde os padres, numa atitude de fé e de manifestação plena de seu sacerdócio, tornam ou trazem com suas palavras o Cristo, verdadeiramente entre nós.
• Marcante também foi o “cantar” ecoando, vibrante. Que beleza! Em nossas liturgias o canto deve ser a culminância de uma evangelização e uma demonstração em quem acredito.
Como saio deste retiro? Agora escrevo a título de avaliação pessoal • Encontrei IRMÃOS e amigos. Não estou só...
• Confiante de que, com a ajuda dos irmãos, posso divulgar mais a espiritualidade do e com o Irmão Carlos de Jesus.
• Estimulada e de mãos dadas GRITAR O EVANGELHO COM A VIDA
• Grata a todos que foram LUZ neste caminho de busca de uma Vida e Vida em plenitude.
A cada um (a) meu bem querer de irmã menor e sempre amiga. Louvado seja Deus!
24. Pe. Francisco Leonidas da Silva – João Pessoa - PB Carlos: Pax et Bonum!
Parabéns pelo Retiro. Primeiramente, pela organização. A sua equipe é boa. Segundo, pelas reflexões, simples, porém, suculentas. Volto para a João Pessoa mais animado para seguir Jesus com a ajuda do Ir. Carlos de Foucault. Que nos abençoe e Ir. Carlos interceda por nós retirantes. Amém.
FRATERNIDADE SACERDOTAL JESUS + CARITAS CARTA DE PASCOA AOS IRMÃOS DO MUNDO INTEIRO1
Filipinas, 12 de abril de 2020
Eu ressuscitei e estou com vocês. Aleluia. (cf. Sl 139,18)
Queridos irmãos,
Como muitos de vocês, estou vivendo em quarentena, e é daqui, deste meu eremitério, que escrevo para vocês. Este claustro imposto é um excelente convite para a adoração diária, para a meditação do Evangelho, para o dia de deserto, para a revisão de vida, para rezarmos pelo mundo, em particular pelos pobres, com fidelidade, intensidade e concentração. Uma vida de solidão e oração de qualidade é nosso humilde ato de caridade para com nosso mundo que vive esta pandemia.
Olhando pela minha janela, observo os sinais de uma nova vida na natureza. Aqui está seco e úmido, no entanto, os pássaros estão tocando e cantando seu único repertório de canções, as borboletas voam lentamente de flor em flor em busca de néctar, as árvores estão verdes e dão sombra, apesar do calor escaldante. É maravilhoso como a natureza tem sua própria maneira de anunciar a ressurreição. Sem preocupações e abandonando-se completamente em Deus que cuida dela.
Nós, humanos, deveríamos ser uma raça superior por causa de nossa razão, mas esta mesma razão tem enfraquecido sistematicamente nossa confiança em Deus no dia a dia, e acabamos confiando mais em nosso pensamento egoísta. Esta forma de pensar tem sido a causa da violência, do ódio e da desconfiança. A ressurreição oferece o perdão, o amor e a confiança. O mundo deve escolher.
1 Tradução de Carlos Roberto dos Santos
Estamos em quarentena comunitária até o dia três de maio, mas os padres tem passe livre para trabalhos litúrgicos e de caridade. Eu os utilizo todos os dias para visitar pessoas que me convidam a acompanhar os moribundos e as famílias enlutadas, para facilitar o diálogo nas famílias e dar comida e dinheiro àqueles que foram demitidos de seus trabalhos. Alguém me pediu para dar atenção a estas pessoas desamparadas, principalmente porque elas não podiam ir à igreja e rezar. A Presença, levada pela minha presença no meio delas, é um bálsamo que as conforta.
Ao mesmo tempo, estou tendo muito cuidado, seguindo os protocolos de higiene e distanciamento para não prejudicar ainda mais a comunidade. Hoje de manhã, meu amigo Lemuel chegou ao eremitério com muita fome, parecendo abatido, pedindo comida para seus quatro filhos famintos. Lemuel foi demitido. Enquanto lhe dava alguma coisa para comer, me senti abençoado por sua alegria, mas também senti a incerteza em seus olhos.
Após a oração desta manhã, dou uma longa olhada no mapa que está na minha parede. Meus olhos se fixam sobre os quatro continentes: África, Europa, Ásia e Américas. O vírus é realmente um grande equalizador, porque os países ricos e pobres estão sofrendo da mesma maneira. Vejo rosto de médicos, enfermeiros, pacientes e suas famílias, preocupados, assustados, mas lutando pela vida. (Enquanto lhes escrevo, recebo a notícia que minha irmã, que trabalha como enfermeira nos Estados Unidos, testou positivo para Covid19. E agora sua família está em risco).
O mundo está vivendo sua paixão. Vejo rostos desamparados, preocupados, com medo, tristeza, ódio e violência em todos os lugares, e com múltiplos disfarces. Eu me pergunto: qual é a mensagem de Cristo ressuscitado para o nosso mundo hoje? O que Deus convida-nos a ver?
Até onde isso nos levará? A ressurreição significa que Ele vai nos salvar de tudo isso? Qual é a resposta de Deus ao seu povo diante de uma pandemia? Como devemos ouvir a doce mensagem da ressurreição diante de tantas notícias avassaladoras de morte, sofrimento e conflito? Onde está o caminho da esperança e de uma vida nova nestes momentos difíceis?
Irmãos, por favor, sofram comigo estes questionamentos. Eu preciso de vocês, nós precisamos uns dos outros, as pessoas precisam de nós. A ressurreição não é uma alegria barata nem palavras doces para nos salvar de nosso sofrimento. Nós devemos abrir nossos ouvidos e alargar nossos corações para compreender a Mensagem. Lutamos com Deus por respostas, mesmo que a resposta d'Ele esteja escondida em Seu silêncio.
Acho que a leitura do relato da ressurreição segundo São João, deste ano, é um Kairós. Certos detalhes do texto de João poderiam ajudar-nos a ver e ouvir a Mensagem. Como não sou muito bem formado em hermenêutica bíblica, confio em uma reflexão orante do texto. Por favor, sejam generosos se isto lhes parecer ingenuidade.
Permita-me enfatizar apenas três coisas. Primeiro, João fala que a ressurreição aconteceu "no primeiro dia da semana, quando ainda estava escuro" (João 20,1a). A ressurreição irrompe dos fundamentos de nossa humanidade e do mundo, nas trevas da ignorância. Isso nos lembra a gênese, quando o mundo estava escuro e sem forma e o Espírito pairava sobre as águas escuras. Então Deus disse: "Haja luz e houve luz" (Gn 1,2-3).
Hoje, o mundo está na escuridão da pandemia. Para muitos, o futuro parece ainda mais sombrio. Como as empresas, o governo e o povo vão se recuperar? Nossos planejamentos estratégicos, nossas previsões otimistas encontrarão o remédio e a luz suficiente para nos dar um futuro brilhante? No meio desta imensa escuridão, na qual os fundamentos do mundo parecem abalados, brilha a Luz Cristo. Podemos vê-la? Ver não vem da nossa lógica humana, porque esta é facilmente derrotada pela escuridão. A luz vem do Cristo ressuscitado. Deus nos salvará deste mal? De maneira alguma, porque o mal faz o que faz. Deus salva. Ele, finalmente, reivindica a virtude, a bondade e a fidelidade enquanto atravessamos o mal e o sofrimento, exatamente como Ele fez com Jesus. Finalmente, é Deus e o Cristo ressuscitado que controlam [a vida], e não o mal e a morte. É o nosso credo. Simplesmente devemos confiar em sua verdade e vivê-la dia após dia.
Em segundo lugar, João ressalta que Maria Madalena foi a primeira a ver o túmulo aberto (Jo 20, 1b). Ela ficou triste porque ainda não conseguia estabelecer o elo entre o túmulo aberto e a ressurreição. Foi só depois de chorar que ela viu o Ressuscitado (cf. Jo 20, 11ss). É um convite a todos nós para vermos nossa realidade através da suave lente do feminino - na tristeza e nas lágrimas. Ambas preparam o coração para ver a Verdade. Hoje em dia há muita coisa que nos entristece quando olhamos nossa realidade. Estamos chorando porque, de um jeito ou de outro, fazemos parte deste mundo ferido, quebrado e violento e, de muitas maneiras, contribuímos para a existência dessa violência e destas feridas.
Finalmente, Maria contou a Pedro e João o que tinha visto. Pedro e João viram por si mesmos. Pedro viu. João viu e acreditou. Eles ainda não entendiam todo o significado da ressurreição (cf. Jo 20,2-9). Esse detalhe nos ensina que, para experimentar uma nova vida, precisamos ir ao encontro uns dos outros e caminhar juntos como uma comunidade de buscadores da verdade.
Nossa realidade é uma visão compartilhada e ninguém monopoliza o todo ou absolutiza sua parcela do todo. Todos contribuem. Cada um acredita que o outro tem algo a contribuir. A verdade nos torna humildes porque, em vez de possuí-la, é ela que nos possui. Sempre está além de nós. Então, precisamos da contribuição de todos. A verdade é um presente gratuito revelado a uma dinâmica comunidade de peregrinos que buscam com esperança. Infelizmente, em nosso mundo pós-moderno, o poder é confundido com a verdade. Assim, as pessoas se tornam arrogantes com sua parte da verdade e a absolutiza, como se fosse a verdade total. É a mesma mentalidade que cria guerra e violência. A ressurreição dá paz e perdão. Nós temos que escolher.
Irmãos, continuemos partilhando nossa busca da verdade no Senhor ressuscitado, na solidão de nossa oração e em nossas atividades fraternas e missionárias. O irmão Carlos nos mostra o caminho e também caminha conosco, em nosso desejo de seguir Jesus de Nazaré, de ser irmão de todos, viver Nazaré, estar presente no meio dos pobres, fazer a revisão de nossas vidas, gritar o Evangelho com nossas vidas, nos sentir como as ovelhas em nossa missão nas periferias, para viver o Evangelho antes de pregar.
Esta é a nossa espiritualidade como sacerdotes diocesanos que seguem os passos do irmão Carlos. É também nosso presente para o nosso mundo e para a nossa Igreja hoje. Enquanto presente, não é um mérito, mas devemos reajustá-lo constantemente pela prática.
Nisto, somos todos iniciantes e companheiros de luta, mas juntos nos encorajamos uns aos outros para continuarmos voltando à nossa prática.
Minha humilde oração por cada um de vocês. Por favor, rezem também por mim.
Eric LOZADA Responsável Internacional
CARTA DE PENTECOSTES DO RESPONSÁVEL INTERNACIONAL -
AOS IRMÃOS DA FRATERNIDADE SACERDOTAL JESUS CARITAS2
“Vem Espírito Santo, enchei os nossos corações e enviai do céu o raio de luz! Vem a nós, Pai dos pobres, vem distribuidor de dons, vem luz dos nossos corações. Consolador soberano, doce hóspede de nossas almas, ... vem encher, até a profundezas, o coração de todos seus fiéis, lave o que está sujo, irrigue o que está árido e cure o que está ferido. Dobre o que é rígido, aqueça o que é frio e endireite o que está torto” (de Veni Sancte Spiritus).
2 Tradução de Carlos Roberto dos Santos
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Irmãos bem amados, Rezo com vocês esta oração ao Espírito Santo, com muita atenção no mais profundo do meu coração. O coronavírus nos forçou a parar e apreciar profundamente o que aconteceu local e globalmente, o que nos levou a esta situação que estamos vivendo agora, para que o Espírito possa nos guiar por caminhos novos e criativos. A pandemia nos ensina que nosso mundo precisa ser renovado, caso contrário todos nós pereceremos. Nossa consideração por cada pessoa humana, e pelos sistemas operacionais familiares, pelas comunidades vizinhas, pelas escolas, igrejas, religiões, política, economia, tecnologia, mídia social, nossos cuidados com nossa Mãe, a Terra, tudo isso deve ser refundado em princípios mais universais e inclusivos, equitativos, menos condenatórios e contraditórios, para que possamos progredir novamente como uma civilização do amor e da vida.
Mais uma vez acolhemos o Espírito em Pentecostes, mas, de alguma forma, esquecemos que o Espírito existe desde o início, segundo o Gênesis (cfr. Gn 1,2).
O movimento do Espírito sempre foi trazer de ordem em meio ao caos, dar vida, levar nos a toda a verdade, ensinar nos tudo o que precisamos saber (cfr. Jo 16,13). Mas o mesmo Espírito sopra onde quer e não podemos dizer de onde veio ele vem nem para onde vai (cfr. Jo 3,8). Nossa teologia, nosso pensamento e nosso planejamento bem calculado não podem prever nem obstruir o caminho do Espírito. Ele nos surpreende sempre, ampliando nossa visão e libertando cada vez mais nossos corações de todos obstáculos, para que sejamos livres para Deus em nosso mundo. Assim como não podemos ver o ar e o silêncio, o Espírito Santo renova o nosso mundo de uma maneira que ultrapassa nossa visão. Temos apenas de estar presentes em sua presença em todos os momentos.
Nosso mundo, incluindo nossa Mãe Terra, está no momento do parto, dando à luz aquilo que será o futuro após a pandemia. A grande mística Julienne da Inglaterra, em sua 13ª revelação, diz: "Tudo ficará bem e todo tipo de coisa ficará bem". Ela explicou isso para que estejamos alegres em todas as circunstâncias, mesmo desfavoráveis, porque no último momento Cristo recapitulará todas as coisas.
Precisamos ter cuidado com a forma como recebemos essa mensagem. Isso significa simplesmente cruzarmos os braços e ficar esperando tudo de Deus? É um tipo de teologia suave que promete maná do céu em meio ao nosso sofrimento? A pandemia nos ensina a ter esperança. A esperança é a nossa capacidade de colocar o futuro nas mãos do Deus de amor. A esperança não é algo fácil; é uma luta!. Lutamos porque parece que o mal, a tirania, a violência, o medo, a morte dominam mais do que a bondade, a paz, a unidade, o amor, a vida. A resposta de Deus ao mal está oculta no Cristo ressuscitado. Ele não salvou seu Filho do momento crucial do sofrimento, mas o justificou com uma vida nova, depois que passou o desamparo, o medo, a violência e a morte. Ao final de contas, Deus nos justificará e mostrará ao mundo, e a todos os seus sistemas, o quão equivocado estavam de várias maneiras (cfr. Jo 16, 8).
Mas temos que tomar uma decisão. Diante do mal e do sofrimento, permitiremos que nossos corações sejam dominados pelo medo, o desespero, a indiferença, a amargura, a raiva e a decepção, ou seremos mais abertos, receptivos, cheios de amor, perdão e vida? O Espírito renova nosso mundo e toda a criação de uma maneira mais paciente, amável e humilde. Somos convidados a não contrariar o seu caminho, mas a seguir os desígnios de Deus para o nosso mundo.
Então o que devemos fazer? Quais são as possibilidades e os desafios que nos são dados e que devemos enfrentar com renovada coragem e esperança? Alguém disse uma vez: "Hoje não precisamos de homens grandes com corações pequenos, mas de homens pequenos com corações grandes, porque apenas os pequenos e os minúsculos podem passar pelo buraco de uma agulha'. Pequenos atos de bondade realizados com corações comprometidos e dedicados. Hoje em dia, nosso novo princípio é a necessidade de voltar ao essencial da vida segundo Evangelho, às obras de misericórdia corporais e espirituais. Nosso próprio Irmão Carlos nos deixou uma espiritualidade: imitar Jesus em Nazaré, procurar o último lugar, viver simplesmente, fazer o apostolado de bondade para uma pessoa de cada vez, ser irmão e amigo de cada pessoa, independentemente de cor, crença, de status, ser próximo dos pobres. O Papa Francisco nos exorta a ir para as periferias, ser anunciadores da alegria do Evangelho, a proteger os menores e os adultos em situação de vulnerabilidade, a comprometer-nos com a formação permanente, a proteger nossa Mãe Terra, nossa casa comum. Devemos, também, retornar com novo entusiasmo aos elementos básicos de nossa prática espiritual: adoração cotidiana, meditação diária do evangelho, revisão da vida, dia mensal do deserto, encontros de fraternidade. Renovamos nossa fidelidade à estas práticas não para aperfeiçoarmo-nos, mas para assumir uma maior responsabilidade pelo dom recebido e permitir que seus frutos fluam para os outros infinitamente, até que Deus seja glorificado em suas próprias vidas.
Irmãos, neste período de pandemia recebemos um presente especial de nossa Mãe Igreja: o decreto de santidade do irmão Carlos. Com os outros membros da família espiritual, incluindo aqueles que foram inspirados pelo irmão Carlos, mas não são membros "canonizados" da família espiritual, agradecemos ao Espírito por esse presente.
Esperamos e rezamos para que a vida, a mensagem, as intuições e a herança do Irmão Carlos estejam mais disponíveis e sejam uma inspiração para muitas pessoas, conforme a vontade do Espírito. Por nós mesmos, rezemos por maior determinação em testemunhar com nossas vidas e nosso ministério aquilo pelo qual o Irmão Carlos viveu.
Termino minha carta com oração coleta da missa de hoje: “Pai, santifique sua Igreja entre todos os povos e todas as nações; derrame os dons do Espírito Santo na imensidão do mundo.”
Muito obrigado. Continuemos rezando uns pelos outros e rezemos também pelo nosso mundo. Por favor, rezem por mim também.
Seu irmão e servidor responsável,
Eric LOZADA
Responsável Internacional
Filipinas, 21 de maio de 2020
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS INSTITUTOS SECULARES
Maria Concilda Marques
Uma forma de vida consagrada na igreja hoje. A consagração se expressa pela profissão dos Conselhos Evangélicos e é consequência da radicalidade na opção pelo seguimento de Jesus Cristo.
O reconhecimento jurídico da consagração secular pela Igreja se deu em 1947, pela Constituição Apostólica Pro-vida mater ecclesia, por Pio XII.
O consagrado secular deve levar vida de perfeição em todo tempo e lugar. Tem uma missão de recristianizar as famílias, as profissões, a sociedade, exercendo seu apostolado de múltipla forma: “onde Deus me chama”.
O Instituto Secular Fraternidade Jesus Caritas
“O chamado a gritar o Evangelho com a vida” teve como fundadores o Padre René Voillaume Marguerite Poncet-Francês. Nossa vocação particular é “ser salvadores como Jesus”, agindo como fermento na massa”. Nosso amor deve ser fraternal, humilde e respeitosamente universal” seguindo nosso único modelo: Jesus, que nos indica a Santa Virgem como exemplo, nos ministérios de Nazaré e da visitação
O instituto secular FJC reúne mulheres celibatárias ou viúvas que sentem no íntimo de si mesmas o “chamado para seguir o Bem-amado Jesus”. Elas abraçam o compromisso de viverem sua consagração em suas famílias, assumindo a vida leiga em pleno mundo, exercendo as suas profissões, mas com seus olhares voltados para Jesus. Elas vivem esta consagração no cotidiano de suas vidas, em suas respectivas profissões, onde se tornam sinais do “do Bem-Amado Jesus”.
A responsável nacional, Maria Concilda Marques, dirige-se a todos nós afirmando: “dentro de cada paróquia existe uma pedra preciosa que os padres vão descobrindo nas confissões e que precisam ser orientadas na espiritualidade. Pois cada pessoa tem um chamado específico”, e atualmente existem 76 Institutos seculares no Brasil, e o Instituto FJC, que foi reconhecido pela Igreja em 1991, é um deles. Em sua organização tem Estatuto e Diretório dentro das normas canônicas, um Conselho internacional e um Conselho Nacional.
CONSAGRAÇÃO DA MARIA DE FÁTIMA
Abaixo, apresentamos uma cópia da Ata de Consagração de Maria de Fatima Sousa, leiga consagrada no Instituto Secular Fraternidade Jesus Caritas.
Ela consagrou-se na missa de encerramento do Retiro nacional. Pe. Carlos Roberto dos Santos, responsável nacional da Fraternidade, e Pe. Monte Alverne Q. Fraga, o padre que a enviou para o Instituto, juntamente com todos os irmãos e irmãs, acolhemos seu voto, professado solenemente na Eucaristia.
SODALÍCIO OU UNIÃO DE IRMÃOS E IRMÃS DE JESUS Margaret Malfliet
Esta confraria tem a origem numa noite de oração de 21- 22/02/1909 em Paris, na basílica de Sacré-Coeur de Montmartre do irmãozinho Carlos de Foucauld e um amigo leigo Louis Massignon. Ao morrer o irmãozinho em 1916 tinha cerca de 40 membros espalhados em diversos países em situação de linha de frente. E no início do século XXI cerca de 1.000 membros. A ligação entre os diversos “missionários isolados” se faz por meio de boletim (duas vezes no ano), não dando diretivas, mas, relembrando “Fins e Meios” confiados à consciência, discernimento, espírito criativo de cada um e uma, sendo livres para avançar na missão de seguimento de Jesus e evangelizando pelo testemunho e o amor às pessoas onde vivem. Sempre abrindo caminhos rumos aos mais distantes, abandonados e excluídos em que reconhecem a presença de Jesus. Todo cristão leigo pode ser membro, casado ou solteiro, homem ou mulher, padre ou religioso(a) e etc... com fé na “comunhão dos santos” (invisível, mas real).
Desde a década de 80, está presente no Brasil. Quem corresponde para a informação aos novos membros é a Irmã Margaret Malfliet e o bispo que em nome do coordenador geral recebo o pedido e encaminho para a União (na sede em Paris) é Dom Eugênio Rixen da cidade de Goiás.
Margaret Malfliet:
Dom Eugênio Rixen:
O coração tem que ser um com o Coração de Jesus para ser útil ao outro, por amor
Carlos de Foucauld
NOTÍCIAS
Pascua de Pe Mariano Puga
Carta de Hta Donata
Pero esta carta era para contarle más de la partida de Mariano. Lo replanté a las htas, porque me parece que en poco tiempo surgieron tantas otras cosas relacionada al Covid-19 que me parecía que ya no tenía importancia.
Pero ella me dijeron: “bien, justamente para salir de esto”… Igual no salimos de esto, porque al funeral de Mariano había más de 3000 personas y varias estaban con el virus y contagiaron. Una de ella ha sido una religiosa que a alguien se le ocurrió dar la identidad, y les dejo imaginar lo que pasó…exponiéndola al arbitrio de todos… Ya recibieron la homilía de Juan Barraza y el testimonio de Paolo Álvarez. Les enviaré lo que escribió Nico Viel SSCC y entre los tres me parece que dan la idea de lo que ha sido la vida de Mariano, aun que muchas de nosotras la conocen. No puedo enviarlo desde aquí, lo haré en cuanto pueda…
Cinco jóvenes, que formaban con él, la comunidad de “La Minga” lo acompañaron hasta el final, y sé que no ha sido fácil manejar una situación tan compleja. Se esmeraron en cumplir todo los que él deseó para su enfermedad, agonía, muerte y funeral…con una lucidez impresionante.
Nosotras en los últimos días, hemos intentado estar lo más cercanas posible. Yo fui con Algelika y pudimos despedirnos de él. Nos reconoció, se alegró muchísimos, pudimos decirle todo el cariño de las htas y no faltó la talla sobre mi italianidad… Después de unos días ya no pudo recibir a nadie, pero todas las noches había un gran grupo de personas en el patio de su casa donde nos encontrábamos para rezar, o para celebrar… A veces nos dimos cita con María Inés que nos alcanzó allá y después volvimos juntas a la casa. Al parecer en la última semana se despidió por lo menos de 2000 personas que llegaron de todo el país… Lo raro es que varias veces los medios lo dieron por muerto y se tuvo que desmentir la noticia. No era muy “estimado” por las autoridades actuales, porque ha sido muy crítico al sistema y ya en silla de rueda, celebró la Eucaristía en las afuera del los Tribunales, con los familiares de los detenidos del actual estallido social. Yo no participé, pero escuché comentarios y testimonios de gente que se dice no-creyente de verdad muy profundos.
También un par de veces se hizo acompañar en auto a Pza de la Dignidad para participar con nosotros de la celebración…y lo hizo desde el auto, porque tenía que estar listo en arrancar en el caso que llegaran los carabineros con los carros lanza agua.
Eh si, murió como vivió, “con las botas puestas” como se dice en Chile. Rodeado de gente y siendo signo de contradicción. Su funeral, preparado por él mismo en los mínimos detalles ha sido un acontecimiento nacional. Él mismo lo pensó en tres etapas: Una de más recogimiento en la Iglesia de Villa Francia, población donde murió. Ahí se dio más espacio a las comunidades cristianas de Stgo. Nosotras pudimos ir en la mañana, cuando no había todavía mucha gente, para poder ir con Marina, sin mayor problema. En la noche volvimos con la comunidad cristiana de la Victoria, en procesión, con lienzo, cruz, cantos, oraciones etc… Ha sido un momento muy emotivo. Lo mismo hicieron las varias comunidades de las poblaciones de Stgo y provincias. También, el ataúd, ha sido dibujado y pintado por un grupo de niños, y otra gente dirigidos por Mico, un artista muralista. El dibujo, lo habían visto antes con él así como el método para pintarlo. Hay que decir que de veras ha sido muy original y muy bonito.
Otra etapa ha sido la Celebración de la Cena del Señor en la Iglesia de San Francisco. Para llegar, se llegó a la gran Alameda, en los Héroes y de ahí se siguió a pies hasta la Iglesia cortando todo el tráfico de la Alameda. Ni un disturbio, ni un carabinero… (¡¡¡!!!). En la San Francisco la Misa multitudinaria al estilo del Mariano. Obvio que se cambió la disposición de las bancas poniéndolas más comunitarias… Duró más de dos horas, con grupos de reflexión, signos, cantos. Juan Barraza la presidió, y arriba del altar estaban los curas designados por Mariano mismo, los más cercanos a él. Abajo habían decenas de curas, revestidos y non, que han concelebrado. Entre ellos 4 Obispos que al final le dieron la bendición.
Después en procesión de a pie a Pza de la Dignidad y de ahí hasta Villa Grimaldi, lugar donde él ha estado detenido y torturado durante la dictadura. ¡¡¡Había una multitud impresionante!!! Y ahí, ha habido espacio para las varias expresiones artísticas, culturales, testimonios… duró toda la noche hasta la mañana siguiente cuando se llevó al cementerio para su cremación. Nosotras nos quedamos hasta el primer concierto de música clásica que le ofreció su sobrino que es director de orquestra. Seguían los Illapu…pero nuestras fuerza llegaron hasta ahí… Mariano tenía más cuerda que nosotras…
Y se fue este gran hombre, original, signo de contradicción, radical a su manera, y sobre todo “chiflado” por Jesús de Nazaret. Muchos han conocido a Jesús gracias a él, en su manera de ser, de amar, de comprometerse. Muchos se sienten “huérfanos” porque hay pocas voces que se levantan en esta situación tan compleja que vivimos.
Y no puedo terminar sin expresar la preocupación y el dolor por lo que se está viviendo en mi país… hoy más de 900 muertos… Sentí algunos y la oración de Francisco le llegó al profundo del corazón…
Las dejo. Un abrazo entrañable para cada una…y que Mariano ruegue por nosotras…
Angostura 27/3/2020
COLABORAÇÃO ANUAL
DO MEMBRO DA FRATERNIDADE
Lembramos aos membros das diversas fraternidades do Brasil o compromisso de colaborar financeiramente, uma vez ao ano, com 10% do seu salario mensal, para a manuteção da Fraternidade.
Calcule o valor e faça sua colaboração no Encontro Regional da sua Fraternidade. No entanto, se necessário, sua colaboração também pode ser feita no Retiro Anual, com o tesoureiro da Fraternidade.
AGENDA 2019 - 2020
Reunião do Conselho da Fraternidade
Data: 17 a 20 de agosto 2020
Local: Casa do Con. Celso Pedro - São Paulo - SP
Encontros das Regiões
Datas: Foram alteradas por causa da pandemia causada pelo Covid-19
Retiro Nacional
Data: 5 a 12 de janeiro de 2021
Local: Belo Horizonte – MG
Pregador: Dom Beto Breis
Mês de Nazaré - 2021
Data: 5 de janeiro a 2 de fevereiro de 2021
Local: Mosteiro em Goiás – GO
Coordenador do MN: Dom Eugênio Rixen
FAÇA SUA ASSINATURA ANUAL DO BOLETIM OU RENOVE SUA ASSINATURA
• O investimento para cada assinatura - três edições ao ano - é de R$ 30,00 (trinta reais), pago de uma única vez ao tesoureiro da Fraternidade (veja Pe. Willians, na página 4 ).
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• Se quiser fazer uma doação para colaborar com os custos dos boletins que forem impressos a mais, para circulação gratuita, é só acrescentar, ao valor da assinatura, o quanto a mais quer doar.
LI, ASSISTI e INDICO
INDICAÇÃO DE LIVROS
O Espírito do Senhor: força dos fracos, Victor Codina, sj. Ed Paulinas, 2019.
Uma vida para a Liturgia, autobiografia do Padre Gregório Luiz CSSp, (1931-2019). Ed Loyola, 2019.
Um bispo contra todas as cercas, a vida e as causas de Pedro Casaldáliga, Ana Maria Tavares. Ed Vozes, 2019.
21 lições para o século XXI, Yuval harari. Ed Companhia das Letras, 2018.
INDICAÇÃO DE SITES
https://sites.google.com/site/jesuscaritascarlosdefoucauld
https://gritaroevangelho.blogspot.com/
blog:www.hermanitasdejesus.org/brasil/brasilnuestrahistoria.htm
https://agencia.ecclesia.pt/portal/2020/02/
https://www.portalcatolico.org.br/
INDICAÇÃO DE FILMES
Filme: Superação – O milagre da fé
Joyce Smith, juntou toda sua Sinopse: John Smith, um menino de 14 anos, passeava com a família em uma manhã de inverno no Lago St Louis, no Missouri, quando, acidentalmente, sofreu uma queda e se afogou. Chegando ao hospital, John foi considerado morto por mais de 60 minutos até que sua mãe, Joyce Smith, juntou todas as suas forças e pediu a Deus para que seu filho sobrevivesse. Sua prece poderosa foi responsável por um milagre inédito.