Irmão Carlos escreve a Henri de Castries, em 23 de junho de 1901 expondo-lhe sua maneira de evangelizar: “Com esta finalidade, para fazer por esses infelizes o que gostaríamos que fosse feito por nós se estivéssemos em seu lugar, gostaríamos de fundar na fronteira marroquina não uma trapa, não um mosteiro grande e rico, não uma em[resa agrícola, mas uma espécie de ermida, pequena e humilde, onde alguns monges pudessem viver de algumas frutas e um pouco de cevada, colhidas com suas mãos, em rigorosa clausura, penitência e adoração ao Santíssimo Sacramento, sem sair do seu claustro, sem pregar, mas oferecendo hospitalidade a quem chegar, bom ou mau, amigo ou inimigo, muçulmano ou cristão. É a evangelização não pela palavra mas pela presença do Santíssimo Sacramento, pela oferenda do divino sacrifício, pela oração, pela penitência, pela prática das virtudes evangélicas, pela caridade, uma caridade fraterna e universal, repartindo até o último pedaço de pão, com qualquer pobre, com qualquer hóspede, com qualquer desconhecido que se apresente, recebendo qualquer ser humano como um irmão bem-amado”.