BOLETIM 119-2004

 

Da Redação

 CAROS LEITORES, AMIGOS E IRMÃOS DA FRATERNIDADE.

  

Vocês sabem que o nosso irmão Edson Damian orientou o dia de recolhimento dos Bispos na última Assembléia Geral da CNBB. Gostaríamos de publicar todas as meditações em um só número do nosso Boletim, mas encarece muito. Por isso vamos colocar à disposição de todos em cada edição, a partir desta, uma das meditações do Edson. A que aparece hoje foi feita na celebração penitencial do dia de recolhimento. Continuamos apresentando as reflexões dos irmãos que participaram do Mês de Nazaré. Vocês podem perceber o entusiasmo de todos e o bem que o Mês lhes fez. Pense na sua participação na próxima vez. A propósito, no último número do Boletim Internacional encontramos traduzidas para o francês diversas das reflexões publicadas no último número da edição brasileira. O tradutor é Roger Lacroix que faz uma observação sobre nós. Ele escreve: “Estou admirado vendo a importância que os brasileiros dão aos precursores, de Foucauld e Voillaume, por exemplo. Somos mais ingratos na velha Europa”. 

Nas comunicações de retiros, o Boletim Internacional comunica a realização de um Mês de Nazaré em Beni-Abbes, na Argélia, onde viveu o Irmão Carlos. A fraternidade comporta 5 pessoas e a data do Mês é de 20 de outubro a 20 de novembro. 

          Veja nas nossas comunicações a notícia da nomeação episcopal de nosso irmão Sérgio, da fraternidade de Assis, SP. Será Bispo de Araçatuba. Há também ordenações presbiterais. Rezemos por todos. 

          Boa leitura. Permaneçamos fraternalmente unidos na Caridade de Jesus, na trilha do Irmão Carlos. 

 

1. MÊS DE NAZARÉ – Goiás, Go, Janeiro de 2004

 

Foi uma parada muito desejada faz tempo. Foi um tempo durante o qual pude intensificar minha intimidade com Jesus. As longas horas de oração contribuíram para isso. Sinto que estou ainda longe de Deus, apesar de que Ele está tão perto de mim. Mas quero alimentar meu desejo de encontrá-lo, mesmo passando por noites escuras.

A Espiritualidade do irmão Carlos é muito apropriada para minha vida sacerdotal-episcopal. A humildade, a pobreza, a procura da vontade de Deus e do último lugar, a espiritualidade de Nazaré são essenciais para viver com fidelidade e misericórdia o meu ministério. 

O retiro foi também um bom momento para fortalecer a Fraternidade Sacerdotal. O trabalho manual em conjunto, as refeições, os momentos de lazer, tudo isso propicia contatos informais e momentos de partilha. 

Outro ponto alto do mês de Nazaré - as “Revisões de vida”. Cada um coloca diante dos outros a sua vida, com suas alegrias e tristezas, angústias e esperanças. Os outros nos ajudam fraternalmente a questionar certas das nossas atitudes. 

O “Mês de Nazaré” é uma experiência muito proveitosa, que só pode ser recomendada a todos aqueles que querem viver com mais intensidade o seguimento de Jesus.

 

D. Eugênio Rixen

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Participei com alegria da última semana do mês de Nazaré – 22 a 29/01/04, em Goiás –GO.

O grupo era de 14 padres, contando com o coordenador, Pe. Freddy Goven. Um grupo heterogêneo, de diversos pontos do país, diverso ideais e experiências pessoais e pastorais. Porém todos estavam bem entrosados, alegres, participando ativamente das diversas atividades: celebração e adoração eucarísticas, refeições, lanches, trabalhos manuais, orações nas diversas horas, estudo, reflexão, tempo livre, revisão de vida, dia de laser em fraternidade, descanso, etc.

Tudo pareceu-me bastante bem neste mês muito chuvoso aqui, nesta terra de Cora Coralina.

Entretanto penso que faltou algum tipo de convivência com os pobres daqui e suas comunidades, o que se deu apenas em algumas celebrações e no mosteiro da “Anunciação do Senhor”, para que a experiência de Nazaré fosse completa. Num próximo Mês de Nazaré deveria pensar em incluir atividades junto à população local.

A participação de Dom Eugênio, nosso anfitrião, integralmente no mês de Nazaré foi muito positiva para todo o grupo, pois ele estava presente e ativo em tudo, inclusive nos trabalhos manuais.

Parabéns a todos os participantes e ao Freddy.

“Que Deus vos fortaleça sempre mais para aprofundarem esta espiritualidade em vossas vidas e ajudando outros presbíteros a viver mais intensamente o ministério que recebemos”.

Que a espiritualidade do Ir. Carlos e os meios de Fraternidade nos ajudem a seguir cada vez mais nosso Bem Amado irmão e Senhor Jesus Cristo, com a força do Espírito e o amor de nosso Pai.

Pe Gildo Nogueira Goés 

 

                                                              ***

 

Mês de Nazaré

O que significa para mim?

Uma parada em busca de Deus. Um jogar fora de todas as coisas que me disse o dia a dia, e que já porém, são paginas viradas.

Mesmo meus conceitos sobre Deus, já superados.

Aqui retirado do cotidiano pastoral, fiz um pouco de penitência no ato de levantar cedo, concelebrar a eucaristia , adorar a Jesus+Caritas e fazer boas meditações sob a direção do Pe Freddy, também me fez crescer. É o Deus encarnado!

Ao juntar-me aos 12 nazarenos no “ora et labora” muito me fez crescer na busca do Senhor e Irmão Jesus.

Os encontros da 14:30 com Pe Jaime, Pe Günther e Pe. Freddy Goven trouxeram ânimo espiritual e temporal para este pobre servo do Senhor.

Os escritos do e sobre o Irmão Carlos foram espiritual e pastoralmente muito densos.

Também o último lugar, o Cristo encarnado do evangelho, o Cristo na eucaristia, o Cristo nos irmãos , sobretudo no pobre , vividos pelo irmão C. de Foucauld,, me impelem para o meio dos mais necessitados, espiritual, social e pastoralmente.

A simplicidade dos padres, dos coordenadores é tocante. Muito obrigado também a D. Eugênio. Há sinais fortes da Trindade neste mês de Nazaré de 2004.

Obrigado ao coordenador.

Pe. Ademário Benevides de Souza

 

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Minhas impressões sobre o Mês de Nazaré

 

Todo retiro, para funcionar bem, tem que ter um mínimo de estrutura. Do jeito como foi planejado este mês de Nazaré, só tenho a dizer que seus organizadores foram muito felizes. 

Ninguém pode se queixar: houve tempo prolongado para nossas orações individuais e comunitárias; tempo livre para cada um dispor do jeito que lhe aprouvesse; tempo de convivência e lazer; tempo para trabalhos manuais; estudo e aprofundamento da vida de Ir. Carlos e sua espiritualidade; saídas de ambientes fechado do retiro e espaço amplo para os dias de deserto. 

Poderíamos dizer que foi um retiro sério sem ser carrancudo e austero sem ser pesado.

O local maravilhoso, alimentação muito boa, instalações ótimas e olhar atento de D.Eugênio e Freddy para que nada viesse a faltar aos participantes do retiro. A presença de um bispo em nosso meio, participando de nossas orações, reflexões, trabalhos manuais e até de nossas revisões de vida revelou-nos a face de uma igreja renovada, simples, em busca de caminhos novos de aperfeiçoamento no seu itinerário espiritual.

O entrosamento entre os membros da fraternidade foi excelente. É maravilhoso, nos encontramos juntos, vindos de varias regiões do país e podermos falar a mesma linguagem e constatarmos que temos muito em comum. Isto fortalece a nossa caminhada e nos dá muita esperança e ânimo para continuarmos enfrentando os desafios que teremos pela frente.

Por tudo isso Deus seja louvado!

Pe. Jaime Pereira

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Significou para mim a ESCUTA de um Deus que age e fala: 

 

-         no despojamento do deserto e da adoração;

-         na revisão de vida em fraternidade;

-         na pessoa do irmão(ã) e na convivência fraterna;

-         no trabalho simples do cotidiana;

-         na opção pelos mais necessitados;

-         na estreita relação do estilo de vida e de missão do Ir. Carlos na busca contraditória do ultimo lugar.

-         na criação, na natureza, nas caminhadas e no descanso;

atitude básica de serviço no seguimento a Jesus na busca do Reino de Deus e sua justiça em primeiro lugar.

 

Pe. Maurício Jardim

 

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Significou para mim:

-         Um bom tempo de fraternidade, ficando atentos uns aos outros nas pequenas coisas do dia a dia.

-         Um tempo forte de fraternidade com Deus por meio da oração, do silêncio, da adoração e da meditação.

-         A partilha das realidades eclesiais numa vista positiva e construtiva nas revisões de vida e os conselhos a partir das experiências de cada um.

-         O tempo muito rico de profundidade humana, ser mais humano como foi Jesus no tempo da vida dele em Nazaré.

-         Uma grande chance e oportunidade de poder viver este mês de Nazaré numa verdadeira fraternidade e fase na minha vida e rezar, repensar as orientações da minha vida de padre, de irmão, com outros padres e outros irmãos na fé.

Pe. Paulo

 

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O que significou, para mim, este Mês de Nazaré?

 

Em primeiro lugar este mês foi uma dádiva, um verdadeiro presente de Deus que viu o meu cansaço, escutou o meu clamor e me chamou para ficar com ele, num repouso, no amor, na compreensão de minha missão como pessoa e como Padre.

Vim buscar a Deus! O encontrei no mais profundo de minha existência e de minha caminhada e nos desdobramentos da vida da Igreja no Brasil e no mundo. Deus jamais me abandonou e nestes dias pude sentir, novamente, a alegria de sua presença: como é bom estar com o Bem Amado.

Vim buscar a paz! Encontrei-a. Mas uma paz inquieta que desinstalou muitos dos meus conformismos e comodismos e me jogou na ciranda da vida ao sabor da ação do Espírito Santo.

Vim buscar descanso! Descansei e volta para minha vida mais leve, mais sereno e mais disposto. Só espero, com a graça de Deus, manter este ritmo.

Este tempo privilegiado no mês de Nazaré está sendo um tempo de reencontro com Deus que tanto amo, comigo mesmo em meus dons e minhas misérias, com os ideais que nortearam meu “ser igreja” até aqui e de maneira especial a Igreja Povo de Deus; também para rever e avaliar o compromisso que assumi com a igreja e com o presbitério, ao ser ordenado presbítero. 

Nestes dias tive um grande privilégio de conhecer melhor a Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas e os meios que ela oferece ao clero diocesano para viver uma autentica espiritualidade.

A força da testemunha do Irmão Carlos de Foucauld

Vimos, detalhadamente, a vida, a conversão, o testemunho e o legado deste irmão universal que viveu só para o AMOR desde quando o conheceu.

O seu amadurecimento constante (pessoal, cristão, evangélico e missionário) grito como um sinal para este mundo globalizado em constantes mudanças. 

O saber escutar: a Deus, seu orientador espiritual, os sinais dos tempos, os movimentos do Espírito grito bem forte a maneira pura e simples de se colocar, sem medida, nas mãos do Pai.

A Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas, seguindo os passos do irmão Carlos, nos oferece um estilo de vida voltado para: a)imitação de Jesus em Nazaré, no cotidiano de novas vidas; b)adoração eucarística diariamente; c)dia de Deserto; d)revisão de vida em Fraternidade. Assim, conhecendo a história da Fraternidade desde seu inicio e o que ela nos oferece compreenderemos melhor o compromisso que assumimos com esta força e vigor que vem de testemunho de uma verdadeira fraternidade que é solidária, é luz, é discernimento, é amizade, é AMOR.

Vivi tudo isto no mês de Nazaré. Foi muito profunda a experiência de partilha. Eu apresentei aos irmãos a minha vida com minhas desgraças e fraquezas. Eles me ouviram e me amaram, simplesmente. Se preocuparam comigo e com minha integridade física, psíquica e espiritual e me orientaram. Ouvi tantas coisas boas de acalento, estimulo e esperança como críticas construtivas. Com certeza ecoarão muito tempo pela minha vida. Obrigado, irmãos.

Compreendi melhor a necessidade de viver o perdão perdoando os outros e a mim mesmo. Não somente a nível espiritual mas a nível psicológico consciente e inconsciente para não carregar as terríveis amarras do ressentimento. O perdão é o grande dom da fé para nos libertar e para derrotar o mal. Do mesmo jeito a falta de perdão é o alimento para viver na escravidão de mágoas, rancores e ressentimentos, carregando este peso pela vida afora.

Viver o mês de Nazaré foi voltar a ter esperança. Esperança esta que brota no retorno ao primeiro amor da paixão por Jesus Cristo, pelo projeto do Pai e pelos irmãos numa Igreja fraterna, solidária com o pobre.

Obrigada Freddy, coordenador deste mês de Nazaré, e seus colaboradores: Jaime, Günther e Gildo. Que Deus os abençoe.

 

Agradeço a Deus a pertencer a esta fraternidade

 

 Pe. Carlos Roberto dos Santos.

 

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O que significou para mim o mês de Nazaré?

Sou há 34 anos agente de pastoral e há 28 anos agente de pastoral na qualidade de presbítero. 

Felizmente, Deus me deu a graça de encontrar muito cedo, minha caminhada, a espiritualidade do irmão Carlos de Jesus.

A atividade pastoral é extremamente absorvente. São muitas as solicitações do ministério pastoral. Graças a Deus tenho a oportunidade de constantemente me exercer na generosidade, na entrega da minha vida a Deus e aos irmãos através das inúmeras ocasiões que me são oferecidas no cotidiano da caminhada.

Entretanto o perigo de me tornar um mero ativista é grande. A Igreja é formada de homens e mulheres reais, inseridos numa sociedade que imprime a sua marca. A condução que o espírito dá não elimina a sua humanidade. Por isso somos continuamente tentados a sermos super eficientes, simplesmente, a apresentarmos resultados estatisticamente demonstrados, enfim a sermos em tudo os melhores.

É verdade que Deus e o povo merecem o melhor de nós; competência, tempo, criatividade, sobre tudo a vida.

Sou feliz em ser agente da pastoral em qualidade de presbítero. 

Mas eu não quero apenas fazer, eu quero ser.

É aqui que entra a espiritualidade. Ela me ajuda em meio as mais diversas atividades, aos mais diversos compromissos ser feliz por entregar livremente a minha vida na construção do Reino. 

Os retiros que fiz na fraternidade me deram esta convicção. E agora o mês de Nazaré me faz crescer nesta certeza de que viver é amar a vida, com a sensibilidade do artista, é se oferecer, se entregar com generosidade dos mártires, é irradiar felicidade com a candura das crianças, é cantar incansavelmente como os passarinhos da chácara do bispo, local abençoado onde estamos fazendo esta experiência, é ter tempo para ouvir atentamente os irmãos sem pressa e sem preconceito tentando perceber em cada vida que se expõe, que se faz partilha e comunhão os rastros de Deus que nunca nos abandona.

O meu desejo é sair daqui um pouco mais artista, um pouco mais entregue, um pouco mais criança, um pouco mais cantor, um pouco mais irmão, um pouco mais pronto para abrir a porta quando Ele bater e então nos sentaremos à mesa para a serena e feliz refeição, a ceia do Senhor.

Pe. Eliésio dos Santos 

 

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Ação de graças à Trindade Santa!

Início do ano jubilar da ordenação presbiteral (Roma, 8.12.54) onze anos do compromisso do primeiro Mês de Nazaré, em 1993, em Tapera, Curitiba.

Está sendo um aprofundamento dos valores da Fraternidade Jesus+Caritas. Acolhida dos irmãos(ãs), bondade, amizade fraterna, perdão no fundo do coração.

Recriar a experiência de Jesus com os discípulos: intimidade com o Pai, na ternura e vigor do Espírito. Oração contemplativa, na escuta e silêncio.

Diálogo com os diferentes de todo o Brasil e Europa.

Revisão de vida prolongada. 

Adoração de Jesus – Eucarístico com vigília noturna.

Valorização dos dias de deserto; das mantras como pacificação interior.

Experiência de partilha, de trabalho manual saudável. Oficio Divino das comunidades favorece a oração comunitária inculturada. 

O dia da Fraternidade, para relaxar, equilibra o ritmo. Oportuniza conhecer a cidade, o povo e a região.

A presença de D. Eugênio, também no batente do trabalho manual, foi benéfica e estimulante.

Pe. Freddy manteve clima sereno e descontraído. A entrega dos subsídios, sem palestra, foi pedagógica e produtiva. 

A figura, o testemunho de Ir. Carlos se agigantou em nossos corações.

Um grande Mês de Nazaré, obrigado.

 

Pe. Fioravante Antonio Moreschi 

 

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O que significa para mim o mês de Nazaré

 

“Vinde a mim vós todos que estais cansados e encontrareis Repouso e Paz”.

Estas palavras de Jesus resumem para mim o mês de Nazaré 

No cotidiano do mês encontrei repouso, paz e fraternidade.

O espírito me conduziu a aprofundar e rever a minha vida sob a luz de esperança de Ir. Carlos.

Alguns temas me marcaram profundamente.

1) A espiritualidade de Nazaré é a autêntica Evangelização Libertadora, vivida e praticada por Jesus de Nazaré pela amizade e pelos meios pobres, não pela força, nem pelo poder ou pelo prestigio. 

Não há estratégia para a autêntica evangelização, há apenas: ENTREGA, TESTEMUNHO, DOAÇÃO DESINTERESSADA E ENCONTRO PESSOAL, é o apostolado da BONDADE.

Ao lado do mais pobre a nossa vocação não é pregar o evangelho com as palavras, mas com a nossa amizade e com a nossa bondade.

Descubro a importância de ser bom, paciente, carinhoso com todos para revelar com a minha vida a bondade de Jesus.

2)Voltei a fonte da minha vocação quando meditei, preparando-me pela revisão de vida (R.D.V), as perguntas: Como sou homem de Deus? E como recebo e vivo o fogo de Deus?

A minha busca de Deus meditada através das palavras do cântico dos cânticos:

Buscar a Deus como uma amante busca o seu amado!

Somos amantes loucos de Amor por Jesus, não somos burocratas, funcionários! 

Buscamos a Deus sem nos cansar, porque FOMOS FERIDOS PELO SEU AMOR. NOSSA VOCAÇÃO É SER HOMEM QUE AMA.

Para assumir este amor louco por Jesus, sinto a necessidade de alimenta-lo com a Adoração, o Deserto e a R.D.V. “NUNCA AMAREI BASTANTE”

3)As escolha dos pobres como amigos e companheiros de viagem deixando-me evangelizar por eles que são a presença viva de Jesus.

A escolha livre da pobreza como estilo de vida, como sinal de desprendimento das coisas, como forma de liberdade e de imitação de Jesus:

“Discípulo não é mais que o mestre”; a pobreza é o lugar privilegiado do Divino.

Fazemos bem aos outros não tanto pelo que fazemos, mas pelo que somos. 

4) Enfim a humildade através do qual “Deus quer nos fazer ver que a pequenez e a humildade são as condições da grandeza; Jesus Cristo não quis outra coisa para si mesmo.”

A humildade consiste precisamente em ser a pessoa que se é aos olhos de Deus.

Se somos incapazes de humildade somos incapazes de alegria porque só a humildade pode destruir o egocentrismo que impossibilita a alegria.

A Humildade é atrelado a Virtude do bom humor e sabe aproveitar as alegrias de cada dia.

 

Nosso maior pecado consiste em pretender de algum modo e em alguma medida ser salvadores de algo ou alguém;

SÓ DEUS SALVA.

 

*No final deste mês de Nazaré sinto o coração cheio de amor de Deus para mim, sinto-me amado pelo Senhor Jesus; isto faz brotar um profundo: OBRIGADO ao Senhor da vida pelo dom da graça, da paz e da alegria que me deu nestes dias.

Dias de renovação, de fraternidade, de graça.

 

Pe. Ricardo

 

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O que foi para mim o Mês de Nazaré

 

Para mim o Mês de Nazaré foi um Kairós, um tempo de benção de muitas graças.

Tive a oportunidade de fazer uma revisão da minha vida pessoal e sacerdotal. E pude perceber os pontos negativos e positivos, e o que posso fazer para superar estas falhas.

Foi também um tempo de muita oração, de contemplação da presença de Deus através do sacramento da eucaristia, da natureza dos fatos e dos acontecimentos atuais.

Os pontos negativos que eu preciso melhorar mais e mais são: o meu tempo de trabalho e a minha vida de oração pessoal.

Todo o mês de Nazaré para mim foi uma benção de Deus, que há muito tempo eu estava esperando receber.

As orações, as celebrações eucarísticas, os momentos de adoração ao Santíssimo, as vigílias, os períodos dos trabalhos manuais, as caminhadas, as visitas no Mosteiro da Anunciação, a Fazenda da Esperança, as reflexões que foram feitas tanto na capela como também no estudo do livro do autor José Luiz Vazquez Borau que trate da espiritualidade do Irmão Carlos de Foucauld, as apostilas que foram distribuídas durante o retiro, as colocações que foram feitas pelos padres Günther, Pe. Marcelo Barros, Pe. Jaime e Pe. Gildo. Um dos pontos mais marcantes para mim no mês de Nazaré foi a revisão de vida; não só a minha mas de todos os irmãos padres e também a de D. Eugênio, Bispo da diocese de Goiás, que nos acolheu com muito amor e carinho. O que mais me marcou foram também os padres que vieram partilhar conosco suas experiências na Fraternidade e na vida sacerdotal, o coordenador do mês de Nazaré Pe. Freddy, que coordenou com muita sabedoria todos os momentos deste mês de Nazaré para que o mesmo obtivesse o êxito que teve, as nossas queridas irmãs que deram-nos o prazer de termos alimento tão bom, através dos seus dons culinários que só o povo de Goiás sabe fazer. Enfim, dos irmãos que colaboraram de uma maneira direta ou indireta para que este mês de Nazaré acontecesse, do Sr. Domingos, pela sua disponibilidade, do Sr. José pelo seu companheirismo. Que o Deus da vida vos abençoe, hoje e sempre. Amém!

Posso afirmar do íntimo do meu coração que volto para minha paróquia muito feliz por ter alcançado o objetivo esperado do mês de Nazaré. Resta-me colocar em prática tudo que aprendi de bom nestes dias de adoração, vigílias, partilhas de vida, deserto e trabalhos manuais.

Um abraço fraterno para todos os irmãos da Fraternidade Jesus+Caritas.

 

Pe. Antonio Lopes Ferreira

 

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Experiência de Deus, na experiência de cada um

 

O mês de Nazaré estava nos meus planos desde 1997 e sempre alguma coisa mim impedia de realiza-lo, porém com o convite e articulação do ano passado até aqui fui me organizando, pensando positivo e pedindo a Deus esta graça. Estava muito ansioso e agora estou satisfeito de tê-la alcançada.

Minha avaliação:

1-Quanto ao local, não podia ter sido melhor. Foi ótimo, simples e aconchegante, com o cantar dos pássaros, paisagem bela e muita tranqüilidade; 

Quanto ao grupo, uma turma de irmãos que mesmo na diversidade se entrosou muito bem e assumiu com empenho as tarefas propostas e colocaram com simplicidade suas vidas em revisão com os irmãos.

Quanto ao conteúdo, nosso irmão Freddy foi cuidadoso e não deixou faltar bons conteúdos para alimentar nossas meditações pessoais e em grupo. Assim também com nossos facilitadores: Jaime Günther e Gildo, dando-nos o prazer de suas presenças gratuitas.

Quanto ao trabalho manual, foi muito gratificante ver que todos os irmãos se empenharam nos trabalhos. O testemunho de D. Eugênio na coordenação e execução dos trabalhos, a dedicação das cozinheiras, do senhor Domingos e do Zé, cuidando da chácara dos animais, comandando a limpeza do pasto, nos mostraram que o trabalho dignifica a pessoa humana.

Quanto a espiritualidade, favoreceu o encontro mais intimo com o Bem Amado Senhor Jesus e comigo mesmo. Sinto-me mais animado para continuar a missão junto aos meus lá no Piauí. Os espaços abertos neste mês de Nazaré foram propicio ao reabastecimento espiritual e fortalecimento das convicções proféticas da minha missão de cristão e irmão universal que devo ser.

Sintetizando posso dizer que o mês de Nazaré é um manancial no qual e do qual adquirimos força para a caminhada. É o posto da graça no qual abastecemos o carro da nossa vida para continuar na estrada da prática da caridade e vivência em fraternidade doada aos irmãos por causa de Jesus e de seu evangelho que liberta e conduz a vida em abundância.

 

Pe. Hernesto Pereira de Oliveira

 

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Pela quarta vez participei aqui no Brasil de um mês de Nazaré (Esperantina, PI 1985, Hidrolândia, GO 1997, Coronel Fabriciano, MG 2002, e agora aqui em Goiás, GO, 2004.). Foi também a segunda vez que ajudei na coordenação.

Antes de mais nada foi um tempo prolongado de muita graça e plena felicidade. Comecei com um certo temor diante de um grupo tão grande de participantes. Mas graças a Deus tudo fluiu tranqüilamente. Me sinto muito feliz.

Esta nova experiência foi uma nova descoberta dos benefícios de participar de uma espiritualidade “pé no chão”, que nos conduz a uma vida evangélica sem muito barulho mas com profunda entrega.

Foram dias, horas, momentos de reavaliação de toda a minha caminhada vocacional, pastoral e existencial.

Proporcionou-me também a purificação salvífica, rumo ao concerto de meus muitos erros.

Deu-me a satisfação substancial em saber que eu estava contribuindo na ajuda dos outros companheiros na sua procura de maior interiorização e sentido da vida.

Reabasteceu a minha vontade de continuar a luta dura e diária rumo a construção de uma Igreja cada vez mais inserida no mundo e na realidade do dia a dia e todos os seus desafios. Nesta experiência renovei o meu encontro pessoal com nosso Irmão Maior, Jesus. Foi igualmente uma renovada descoberta do bem que a Fraternidade Jesus+Caritas me faz.

 

Pe. Freddy Goven

 

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Valores e apelos: 

Um dos maiores valores foi a fraternidade experimentada: na partilha da vida (revisão da vida, trabalho manual e oração) comum na amizade entre os participantes que cresceu. 

Como apelo levamos a luz de vivenciarmos o perdão e a amizade onde agimos pastoralmente.

Outro valor que levamos foi o estudo, a meditação sobre o itinerário espiritual de Charles de Foucauld e suas implicações sobre a nossa vida pessoal e vida da comunidade (Igreja).

Como apelo vivenciarmos com mais empenho a espiritualidade de Nazaré (seguir Jesus, experimentando-o na convivência diária com os irmãos) e nos empenharmos por uma Igreja comunitária, participativa, pobre e em diálogo com o mundo.

E o outro valor foi o contato pequeno mas significativo que tivemos com a Igreja de Goiás. Isso percebemos pelo testemunho do seu Bispo D.Eugênio, pelo espaço ocupado por mulheres no ministério litúrgico e pela busca da inculturação no Mosteiro da Anunciação.

Como apelo temos abertura para valorizar o novo de cada Igreja particular na linha ministerial, na inculturação e na luta pela vida.

 

Pe. Zacarias de Souza Lima Neto

 

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O que significou o mês de Nazaré?

Significou uma vivência profunda da palavra de Deus na vida. À medida que fazíamos a revisão de vida a palavra de Deus (a Bíblia) ressoava com mais profundidade, como uma corda de violino afinada. A proximidade entre os participantes numa atitude fraterna de escuta e respeito aos limites, porém numa disposição a valorização da pessoa numa perspectiva de esperança, ou seja, do novo que esta chegando. O tempo de silêncio em adoração ao Deus trino (Pai, Filho e Espírito Santo), a celebração da Eucaristia (Jesus Cordeiro de Deus que se oferece em alimento), o trabalho manual (na roça) nos situaram em nosso mês de Nazaré com suas alegrias, desafios e inquietações.

 

Pe.Jailson Alves de Oliveira

 

Próximo Mês de Nazaré

Janeiro de 2006

Goiás, GO

 

2. AVALIAÇÃO DO MÊS DE NAZARÉ

  

          Como última atividade do “Mês de Nazaré”, realizado no mês de janeiro deste ano de 2.004 em Goiás, tivemos a avaliação desta experiência espiritual. Eis aqui, resumidamente, algumas das colocações:

  

1.: O que foi positivo:

 

•         As “Revisões de Vida” foram muito “pé no chão” – vindo do coração – indo lá fundo – com muita abertura – bem à vontade, com todo o tempo que foi preciso – com boa participação – o que animou sobremaneira foi a ajuda do grupo;

•         Presenças de          Jaime – Assembléia do Cairo e vida de Ch. De Foucauld;

Günther – Fraternidade Universal e as grandes figuras da Fraternidade;

Gil – Testemunha pessoal de amizade e espírito de serviço durante sua convivência no dia a dia;

•         O tempo mais ou menos chuvoso ajudou na interiorização, sem atrapalhar, porém o trabalho manual;

•         O percorrer e o andamento “tranqüilo” da experiência. Neste sentido deve ser admitido que o número grande de participantes não atrapalhou;

•         Foi um “Big Brother” ao avesso, não teve a eliminação de pessoas,… ao contrário!

•         Vivemos profundamente a experiência de fraternidade dando prova que ela é possível e que de fato ela existe;

•         A coragem do Freddy em trazer a jovem Márcia, menina em tratamento parapsicológico;

•         As liturgias muito bem preparadas e vivas;

•         O valor das mantras. Sem dúvida foi um ponto alto do “Mês de Nazaré”;

•         Graças às cartas mandadas durante o ano anterior à realização do mês de Nazaré, o grupo de participantes veio preparado e disposto, o que facilitou bastante o desenrolar da experiência. Trouxe a necessária tranqüilidade e seriedade;

•         O tempo disponível para saborear a natureza (caminhadas,…);

•         Ao final de cada “Revisão de Vida” o grupo todo trouxe momentos de animação, correção e força para o irmão. Logo apos, na capela, todos rezaram pelo mesmo;

•         A separação do “Retiro Anual” e do “Mês de Nazaré” trouxe, segundo todos os participantes, muito mais vantagens do que desvantagens. Todos opinaram unanimemente que devemos perseverar nesta nova modalidade. Devemos distinguir bem as duas coisas - Retiro é Retiro e Mês de Nazaré é Mês de Nazaré!;

•         A dinâmica do “Mês de Nazaré” há de ficar nos moldes atuais. A carta de Geraldo Gereon e seus companheiros da Fraternidade de Juazeiro (BA) foi estudada com muito carinho e muita seriedade. O grupo porém questionou as diversas colocações feitas por eles através dos seguintes questionamentos:

o        O “Mês de Nazaré” é normalmente uma experiência única na vida presbiteral dos companheiros;

o        Será que os membros da Fraternidade local não podem, de uma ou outra maneira, assumir as diversas necessidades do irmão que queira participar da experiência?

        Tarefas pastorais;

        Gastos financeiros;

        Outras dificuldades…

o        Parece-nos que a regionalidade limita excessivamente a universalidade diante desta experiência espiritual e que ela enfraquece demais o espírito de irmandade entre os irmãos;

o        Dividir o “Mês de Nazaré” em parcelas quebra a dinâmica;

o        A vida já é tão corrida… porque dificultar mais ainda em reduzir a experiência para 19 dias (já que 24 a 25 dias já fica tão apertado!).

•         A distribuição dos horários;

•         Uma boa idéia foi, sem dúvida, o fato de receber de manhã as meditações, sem palestra, mas por escrito. Deveria porém em outro momento ter tido a possibilidade de colocar as reflexões em comum;

•         Foi um “Mês de Nazaré” muito bom – bem preparado e programado – nos colocando bem à vontade – com bastante tempo para a oração;

•         Zacarias como cronometrista;

•         A coordenação de Freddy já começou bem com as três cartas de convite, anteriores à realização – continuou com a distribuição diária de material para meditação – a escolha e o uso do livro usado (Charles de Foucauld e a Espiritualidade de Nazaré). Bom também foi uma pequena avaliação depois dos primeiros quatro dias – ele se fez muito irmão e foi delicado nas diversas colocações;

•         A acolhida e o jeito de ser de Dom Eugênio – muitíssimo amigo e atencioso;

•         Momentos fortes, como por exemplo:

o        O dia semanal da Fraternidade (nos domingos);

o        O dia semanal do Deserto (nas segundas-feiras);

o        A Vigília semanal (dos domingos para as segundas-feiras). Todos eles foram elementos que nos animaram muito no decorrer do mês e que contribuíram para o nosso crescimento rumo ao compromisso.

 

 

2.: O que foi negativo:

 

•         A comida foi forte e farto demais, um pouco menos teria sido melhor;

•         Como nordestino senti uma falta de atenção com o uso da água, houve certo desperdício;

•         Falta de um cuidado maior com o silêncio, sobretudo nos momentos indicados, necessários e propostos;

•         Mesmo que houve uma boa distribuição do tempo, pessoalmente senti um pouco falta de tempo pessoal, de silêncio maior (sobretudo à noite);

•         Todos os textos de aprofundamento e de meditação foram ótimos e cheios de conteúdos. Alguns, porém densos demais. Melhor seria retrabalhar estes;

•         Sentimos falta de certa inserção no meio da Igreja local e suas comunidades. O povo ficou muito distante. A participação nas celebrações eucarísticas aos domingos e a visita à casa de recuperação não preencheram esta lacuna;

•         Algumas poucas Revisões de Vida deram demasiadamente tempo à “autobiografia” o que prejudicou o tempo para aprofundar as dificuldades, desafios, decepções, etc…;

 

 

3.: Quais são as sugestões?

 

•         Estudar a possibilidade de uma maior inserção na Igreja local, suas comunidades e seu povo;

•         Continuar o uso do livro usado;

•         Tentar melhorar a contextualização de “Nazaré” do tempo de Jesus, seus elementos, símbolos, etc…;

•         Usufruir melhor do tema da “Campanha da Fraternidade” referente ao ano da realização do “Mês de Nazaré”;

•         O coordenador do “Mês de Nazaré” visitar durante o ano anterior o lugar da realização a fim de discutir por lá e preparar melhor a realização de certas dinâmicas, trabalho junto ao povo, dia da Fraternidade, dia do deserto,…;

•         Anteriormente à realização do “Mês de Nazaré” fazer certa apresentação da região onde se vai fazer a experiência do “Mês de Nazaré”;

•         Realizar dentro do mês um explícito retiro de 3 a 4 dias. Não ficou claro para os participantes quando este deveria acorrer, no início, no meio ou no fim;

•         Ver a possibilidade de incluir mais um dia, em cada semana, de jejum (por exemplo, nas sextas-feiras) dando a este acréscimo um sentido de solidariedade para com o nosso povo pobre, explorado e excluído.

 

 

4.: O que foi programado entre os participantes!

 

•         Uma comunicação e um reencontro entre os companheiros durante o ano;

o        Comunicação através de carta, de e-mail, telefone,…;

o        Foi combinado que em cada mês durante este ano um ou outro companheiro escrevesse aos outros – foi feito um rodízio;

o        A respeito de um possível reencontro foi combinado que todos irão participar do Retiro Anual em Hidrolândia. Depois do retiro os companheiros irão estender a estadia por mais dois ou três dias em Caldas Novas;

•         Interessante colocação de alguns foi sem dúvida estudar a possibilidade de organizar a experiência da “Oração contemplativa” com o companheiro Günther. Freddy se comprometeu de ver a possibilidade, a partir de setembro, a fim de realizá-la durante o ano de 2005. O lugar previsto seria a chácara das Irmãs Oblatas de Goiás;

 

 

5.: Um pedido à Equipe Nacional!

 

•         Ver a possibilidade e a disponibilidade de fazer, em breve,  um número especial do nosso boletim, preferencialmente numa cor diferente, com o tema único: “O Mês de Nazaré”.

 

 

Os participantes do “Mês de Nazaré” de 2004.

 

 Próximo Mês de Nazaré

Janeiro de 2006

Goiás, GO

 

3. ENCONTROS DE FRATERNIDADES

 

Região Sudeste - 17 a 19 de Maio de 2004 – Valença – RJ

 

          Realizamos o nosso retiro regional na data prevista de 17 a 19 de Maio de 2004, na “Chácara Pentagna” da diocese de Valença – RJ.

          O orientador do retiro foi o Pe. José de Anchieta, membro de nossa fraternidade e teve a contribuição de outros padres. Éramos 14 (quatorze) pessoas.

          A avaliação foi bastante positiva para todos: o encontro, o tema meditado, a adoração, a convivência ficamos bem unidos, a simplicidade, a participação de todos, as celebrações e a orações e a revisão de vida. Porém o número de participantes foi pequeno, a casa é muito grande e um pouco cara e faltou tempo para o deserto.

          Ficou combinado a data e local do próximo retiro regional: 16 a 18 de Maio de 2005, no sítio do Ipê, em Piraí, RJ.

          Desejamos uma boa caminhada a todos os membros, fraternidades e regional. Que o Senhor nos faça cada vez mais unidos no mesmo rumo.

 

Pe. Gildo Nogueira Gomes

 

 

Região Centro-Oeste – 31 de maio a 3 de junho de 2004 – Goiânia - GO

 

De 31/05 a 02/06/04, as Fraternidades Sacerdotais Jesus+Caritas, do Centro Oeste, se encontraram para o retiro regional. O Centro Dom Fernando, em Goiânia, nos acolheu de braços abertos e com muita simpatia. Estavam presentes as fraternidades de Goiânia: 02 padres e a irmãzinha Neid de Jesus; de Goiás: quatro padres (inclusive o bispo – dom Eugênio); de Brasília; 04 padres. Infelizmente, as estradas e as distâncias não nos deram a alegria de contarmos com os irmãos do Mato-Grosso. Dialogamos sobre o fato e já nos propusemos fazer o retiro, do ano seguinte, em Rondonópolis-MT (se o grupo de Mato Grosso concordar, claro).

Naturalmente, os meios de espiritualidade oferecidos pela tradição da nossa Fraternidade tiveram lugar especial: a adoração, o deserto, a reflexão pessoal e grupal, o clima de fraternidade... Tomamos tempo para aprofundar 2 dos textos que o Pe. Edson Damian preparou para o retiro dos bispos: o perfil emergente do presbítero do novo milênio; e Fraternidade e pastoral presbiteral. Também tentamos refletir um pouco sobre o atual momento da nossa Igreja (conjuntura eclesial) a partir dos temas estudados na assembléia de Itaici. À noite, não podia faltar a análise de conjuntura com o chute inicial do Pe. Virgílio Uchôa; buscamos discernir para onde vai o nosso país e como nos colocar neste emaranhado. 

Na avaliação, o pessoal estava contente. Só lamentava ter sido pouco o tempo sobretudo para o deserto. Foi valorizado o clima de fraternidade, os momentos de silêncio, a troca de experiência e a tranqüilidade do local onde nos reunimos.

 

Padre Ernanne Pinheiro

  

Região Nordeste - 27 a 29 de julho de 2004 – Alagoinhas - BA

 

Nosso encontro ocorreu na Comunidade Ecumênica de Taizé, mergulhado nesta atmosfera de oração e paz. Deu-se início com o jantar, logo após participamos na oração com os monges.

No primeiro dia foi apenas bate-papo com as apresentações, os presentes da Fraternidade de Alagoinhas, um membro de Salvador, um de Alagoas e pela primeira vez um padre de Sergipe está começando uma pequena Fraternidade em Aracajú.

O tema do nosso encontro foi a Pastoral Prebiteral. Como subsídio tivemos o encarte da 3º edição do 10°E.N.P que tratou de mostrar aos presbíteros que é possível apesar das mazelas em um mundo globalizado frente aos desafios da evangilização, uma Fraternidade entre os Presbitéros

Entre luzes e sombras a Fraternidade Jesus Caritas pode contribuir para se criar ou efetivar uma pastoral Presbiteral.

O encontro se desenvolve nesta ótica: como trazer novas luzes para a vida e Ministério dos Presbiteros. Utilizamos também o vídeo Presbíteros: “Pessoal e Missão” do 9º E.N.P. Foi de bom aproveito.

O resultado foi positivo apesar das ausências justificadas dos irmãos do Piauí, Ceará e Juazeiro – BA. Todos garantiram presença no nacional em Janeiro de 2005. Encerramos o encontro com almoço.

Para o próximo ano, em virtude da nova semente que está surgindo em Sergipe da Fraternidade, o encontro será em Salgado, nos dias 26 e 28 de Junho de 2005.

 

Pe. Silvano

 

 

4. NOSSOS IRMÃOS

  

Ordenações: Diaconal, Presbiteral e Episcopal

 

A Fraternidade Sacerdotal se alegra com as ordenações dos nossos irmãos, e ao mesmo tempo eles podem contar com todo apoio e oração dos irmãos da Fraternidade.

 

 

Gescione  Dias de Araújo 

  

No dia 5 de maio, às 07h00 na catedral Basílica N.S das Neves receberá a Ordenação Diaconal nosso irmão Gescione  Dias de Araújo e mais 10 seminaristas da Arquidiocese da Paraíba, ele esteve no retiro de janeiro conosco. 

 

 

Diácono Arnaldo José Gomes Teixeira

 

No dia 18 de julho, 2004 à 9h00 no Ginásio de Esportes de Macaraí, SP será ordenado presbítero Diácono Arnaldo da Diocese de Assis-SP, ele esteve no retiro de janeiro conosco.

  

Diácono Edi Wilson Pereira Ruiz

 

A Diocese de Assis, a Comunidade Paroquial Nossa Senhora da Boa Esperança, minha família e eu Diácono Edi Wilson Pereira Ruiz temos a alegria de convidar sua Comunidade, para participar da Celebração Eucarística, na qual serei ordenado Presbítero, pela imposição das mãos e oração Consecratória de Dom Antônio de Sousa, Bispo Diocesano de Assis, 02 de julho de 2004, às 19h 30 no Ginásio de Esportes “João Barquilha Molina”, Lutécia – SP

 

Diácono Eugênio Lemos

A Diocese de Pemba, nossos parentes e nós, Diáconos Beato Cornélio, Desidério Z.G. Zacarias e Eugénio Lemos temos a alegria de convidá-los para a Celebração Eucarística na qual seremos ordenados Presbíteros, pela oração da Igreja e a imposição das mãos de D. Francisco Chimoio, Arcebispo de Maputo e Administrador Apostólico de Pemba.

 

Data da Ordenação: 11 de Julho de 2004.

Local: Paróquia Maria Auxiliadora - Cidade de Pemba.

Horário: 8H00.

 

 

Pe. Sérgio Krzywy

Foi nomeado bispo pelo Papa João Paulo II, no dia 26 de maio de 2004, para a diocese de Araçatuba, SP. A sua Ordenação Episcopal foi no dia 14 de agosto, na Catedral de Assis

 

Nas suas orações reze por eles

  

Pe. Antonio de Oliveira, no dia 14 de Junho de 2004,  recebeu o Título de Cidadão Soteropolitano.

 

Nasci em Tucano, sertão da Bahia, em 1947. Desde 1970 moro em Salvador onde vim para fazer o curso de Filosofia e Teologia no instituto de Salvador. Em 1976 fui ordenado padre.

Nestes 28 anos de padre vivi sempre na área do subúrbio ferroviário de Salvador. Não sei se vocês têm notado, porém nestes 28 anos de padre, 25 anos vivendo em Periperi, eu quis estar com vocês primeiro como ser humano e como cidadão, na minha maneira de agir, de viver, de pensar, de sentir.

Faz parte da minha busca como cidadão, a minha luta política, no apoio às organizações e movimentos populares, no apoio as lutas sindicais, na política partidária, sempre em defesa dos mais pobres e excluídos.

Foi importante nesta Bahia negra, o fato  de assumir minha negritude, a luta contra toda a espécie de discriminação, pela igualdade étnica numa palavra, fez parte neste ser cidadão a luta pela cidadania, a luta pelos direitos humanos.

Apesar de ser padre, eu quis também  estar com vocês como cristão comum, valorizando o meu batismo e o batismo de todos. Reunidos no amor do Pai, Filho e Espírito Santo, temos a mesma dignidade de filhas e filhos amados do  Pai. Somos todos chamados a ser discípulos e discípulas de Jesus, somos todos animados pela força do Espírito Santo.

Vivi  estes 28 anos tentando me unir com cristãos de outras Igrejas como também com outras denominações religiosas. Temos muitos pontos em comum na luta pela vida, na luta por cidadania.

Em nosso país os direitos humanos são violados pelas condições de extrema pobreza, fruto das estruturas econômicas e sociais injustas geradoras de desigualdades. Nesta luta pela cidadania, como ser humano, cidadão, cristão e padre, procurei realizá-la não na busca de privilégios (na luta pela cidadania temos que renunciar privilégios), na busca de poder, mas no serviço aos irmãos, na construção de um mundo novo. Durante estes 28 anos de padre tive sempre presente este trecho da carta de São Paulo aos Filipenses 2,3-11. 

Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios, mas sejam humildes e cada um considere os outros superiores a si mesmo. Que cada um procure os interesses dos outros e não somente os seus próprios interesses. Tenham entre vocês o mesmo modo de agir que Cristo Jesus tinha.

Ele sempre teve a mesma natureza de Deus, mas não insistiu em ser igual a Deus ao contrário, pela sua própria vontade abandonou tudo que tinha e tomou a natureza de servo. Ele se tornou semelhante ao ser humano e apareceu na semelhança humana. Ele se rebaixou, andando nos caminhos da obediência até a morte a morte na cruz. Por isso Deus lhe deu a mais alta honra e o nome que é superior a qualquer outro nome. E assim em homenagem a Jesus, todos no céu, na terra e no mundo dos mortos cairão de joelhos e anunciarão publicamente que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai”.

 

 

Nota de Falecimento

 

Ao Pe. José Bizon e  aos irmãos  e amigos da Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas

 

        Com pesar eu vos comunico o falecimento de nosso querido irmão Pe. Wilson Antônio da Silva, sepultado no Rio, dia 11 de Agosto de 2004.

        Pe. Wilson foi encontrado morto no banheiro do apartamento onde morava, asfixiado pelo gás do próprio banheiro. Ele foi encontrado pela empregada no dia 10 de Agosto, mas provavelmente morreu no dia 09-08 á tarde.

        Pe Wilson, filho do casal cristão, Denira e Israel, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 01 de fevereiro de 1968, foi ordenado na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro em 08 de Agosto de 1992. Era pároco da Paróquia São Bartolomeu, no Itanhangá.

        Era nosso amigo há muitos anos, eu o conhecia desde os tempos que ele estudava no seminário. Ele tinha muitos amigos, estava animado e num bom momento nas pastorais e com as comunidades.

         Que os irmãos que o antecederam o ajudem a ser introduzido entre os filhos de Deus na Casa do Pai, com os anjos e santos. Agradecemos a Deus, nosso Pai, presente que foi o Pe. Wilson passando por nossas vidas, mesmo neste tempo tão curto.

         Nós ficamos com a saudade deste nosso jovem irmão e na certeza da Ressurreição, caminhamos com nosso Bem Amado irmão e Senhor Jesus.

 

 

Canonização-Beatificação da Irz. Madalena

 

Recebemos da Irz. Edith de Jesus a carta de 03/06/04 comunicando a decisão das irmãzinhas abrir o processo de canonização-beatificação da Irz. Madalena, atendendo a uma consulta que fora proposta para a Congregação. E a Irmãzinha conclue a carta dizendo: “queremos partilhar com vocês esse caminhar. Confiantes que foi para aquelas que disseram “sim” à abertura desse processo, uma decisão de fé “encarnada”.

 

5. AGENDA

 

1 Retiro Anual

04 a 11 de janeiro de 2005

Local: Hidrolândia - GO

Tema: Carta de São Paulo aos Filipenses

Assessor: Pe. Edson Damian

 

2.  Região Sudeste

16 a 18 de maio de 2005

Sítio do Ipê - Pirai, RJ

Responsável: Pe. Gildo

 

3. Equipe de Coordenação

3 a 7  de outubro de 2005

Porto Alegre – RS

Responsável: Pe. José Bizon

 

4.  Região Nordeste

26 a 28 de julho de 2005

Salgado, SE

Resp. Pe. Silvano Moura Cerqueira

 

5. Região Centro-Oeste

1 e 2 de junho de 2004

Local: Goiânia, GO

Responsável: Pe. Ernanne Pinheiro

 

6. O QUE LER 

 

SIEPIERSKI, Paulo D.  (org). Religião no Brasil, Enfoques, Dinâmicas e Abordagens. Ed. Paulinas, São Paulo, 2003. “acreditamos que a publicação deste segundo volume da coleção Estudos da ABHR contribuíra tanto para todos os que estudam a importância da temática religiosa, como condicionante à compreensão da realidade brasileira, como para todos os leitores que se interessam por religião, que é um tema sempre cativante”.

 

GONÇALVES, Paulo Sérgio Lopes (org). Concílio Vaticano II – Análise e prospectivas, Ed. Paulinas, São Paulo 2004 “o diálogo com outras religiões é marca característica do pontificado de João Paulo II, vários foram os encontros realizados, como o de Assis, buscando a reconciliação. No campo teológico, não acontece o mesmo. As sanções criam um clima amistoso nas relações inter-religiosas que já foram favoráveis nos tempos próximos ao Vaticano II”. 

 

 MARCHESI, Pe. José, Em busca do último lugar. Ed. Loyola, São Paulo, 2004. “Nazaré então é um itinerário, um caminho que Carlos é chamado a iniciar e que outros deverão, depois, percorrer e completar. Mas esse caminho tem um preço: impõe a Carlos ser amigo de todos, amigo que dá a vida; amigo que, como o grão de trigo, desaparece debaixo da terra para dar fruto na estação certa”.

 

KUNG, Hans, Religiões do mundo – Em busca dos pontos comuns, Verus Editora, Campinas 2004. “é uma  obra  que resulta de uma vida inteira de experiência. Investigando Deus em seus múltiplos aspectos, Hans Kung viajou o mundo todo, pesquisando e compilando dados para este livro. Com um olhar analítico, o autor percorre s grandes religiões para oferecer uma visão do presente e seu significado quando confrontado com o  passado”.

 

Breve Lançamento – BIZON, José e DRUBI, Rodrigo (Org.) A Unidade na Diversidade. Comemorando o 40 Aniversário do Decreto Unitatis redintegratio. Ed. Loyola, São Paulo,  2004.

  

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