BOLETIM 138-2010

Da Redação

  

Prezados irmãos e amigos leitores do Boletim das Fraternidades:

 

O Boletim 138 quer partilhar com os nossos leitores o testemunho dos participantes do Mês de Nazaré, que aconteceu no Mosteiro da Anunciação, na diocese de Goiás, GO, nos dias 4 a 29 de janeiro de 2010, sob a orientação do Pe. Freddy Goven e da sua Equipe, a quem agradecemos pela incansável dedicação aos nossos irmãos presbíteros. 

O testemunho dos nossos irmãos de diferentes dioceses do Brasil e da Argentina é para nós, sem dúvida, um apelo para vivermos mais intensamente o Evangelho na espiritualidade do Irmão Carlos, e ao mesmo tempo um desafio para os que ainda não fizeram o Mês de Nazaré. O Mês é feito entre nós a cada dois anos para termos tempo de nos organizar e preparar para esse afastamento benéfico das atividades diárias. Os que já participaram de algum mês sempre podem participar de novo, é claro. 

Ainda nesse Boletim podemos ler o relatório do Retiro que a Fraternidade Sacerdotal ofereceu aos seminaristas como oportunidade de conhecerem a espiritualidade das Fraternidades do Ir. Carlos de Jesus. Fica aqui também registrado o nosso agradecimento ao bispo de Goiás, Dom Eugênio, que acolheu o grupo, aos Padres Valdir e Gildo, que orientaram e acompanharam o retiro partilhando seus conhecimentos e suas experiências pastorais. É bom lembrar que esse foi o quinto Retiro que a Fraternidade Sacerdotal, ofereceu a seminaristas da teologia que querem conhecer e aprofundar a Espiritualidade do Ir. Carlos.

Não deixe de olhar e ler a agenda e a indicação de alguns livros que poderão ajudar os nossos trabalhos pastorais e a vida presbiteral. Vale a pena sempre lermos bons livros, na certeza de que estaremos nos ajudando e ajudando as pessoas com as quais trabalhamos.

Nas noticias partilhamos com pesar o falecimento do Pe. Segundo Galilea, dos nossos primeiros da Fraternidade no Chile, que com o seu conhecimento e "testemunho vivente da radicalidade do Evangelho" ajudou a muitos na construção do Reino.

Desejamos a cada um e a todos os irmãos e amigos da Fraternidade boa leitura.

 

1. MÊS DE NAZARÉ

1º. MÊS DE NAZARÉ 

 

O mês de Nazaré oferece aos irmãos uma experiência mais ampla e mais profunda da vida de fraternidade. É uma oportunidade para se por em prática os valores e os meios da fraternidade. O mês pretende ser a ocasião para se experimentar de forma intensa e comunitária o que a fraternidade se propõe. Por isso o ambiente de simplicidade, de silêncio e oração contemplativa, de meditação da palavra, de co-responsabilidade na revisão de vida feita com tempo e atenção, do estudo da vida do irmão Carlos e do diretório da fraternidade, do trabalho manual no espírito de Nazaré. No Brasil, fazemos o retiro anual no início de janeiro. Os que fazem o mês de Nazaré participam desse retiro e continuam até o fim do mês, normalmente no mesmo lugar. O mês permanece um ideal para todos os membros da fraternidade. Sabendo que a fraternidade e a região se enriquecem quando um de seus membros participa do mês, é necessário que haja um esforço comum para apoiar financeiramente o padre participante e dar-lhe oportunidade de se ausentar de seu lugar de trabalho. A participação no mês é imprescindível para que alguém seja membro pleno da fraternidade sacerdotal. A organização pessoal também se faz necessária. Prever ao longo do ano os possíveis gastos e substituto, se for o caso. Participar do mês é uma boa e salutar maneira de se passar as férias. 

          As intuições do irmão Carlos e os meios propostos pela fraternidade precisam ser experimentados com tempo e com os irmãos que partilham os mesmos ideais. O mês de Nazaré faz com que a fraternidade adquira dimensões universais e não seja mera teoria. Estamos ligados a uma família e é preciso “comer um quilo de sal juntos” para dizer que sabemos conviver. A convivência prolongada aproxima os irmãos e universaliza o carisma. Nesse tempo de oração e convivência, nós nos descobrimos na mesma caminhada e nos tornamos uns aos outros estímulo e apoio. Sei que não estou sozinho nesta aventura. Há outros com as mesmas convicções fazendo o mesmo percurso.

 

2º. MENSAGENS 

 

          Aos amigos das fraternidades “Jesus+Caritas” do Brasil,

 

Chegamos ao fim de mais um mês de Nazaré, vivido em fraternidade com estudo, oração e trabalho manual, neste lugar tão acolhedor e bonito que é o mosteiro da “Anunciação do Senhor”, aqui, em Goiás. Mosteiro bem conhecido em todo território do Brasil, um privilegiado recanto de silêncio, acolhimento, espiritualidade profunda, vivência e prática de ecumenismo e diálogo inter-religioso, berço de nascimento do “Ofício Divino das Comunidades”…

Viemos de várias dioceses e regiões do país. Trazíamos na mente e no coração o desejo de fazer uma profunda experiência de Deus. Nas malas também estavam presentes os desafios e esperanças, derrotas e vitórias - nossos e do povo sofrido - as angústias e as expectativas – nossas e de tantos outros amigos presbíteros - as perplexidades diante da atual conjuntura social, política e eclesial. Participaram: Dom Eugênio, o bispo local, 13 padres (entre os quais 3 argentinos), dois seminaristas, um leigo e uma leiga, ambos consagrados.

Seguimos a programação simples do mês de Nazaré na Fraternidade Sacerdotal – eucaristia, adoração e meditação diárias, vigília noturna de oração, dias de deserto, revisão de vida e trabalho manual (limpamos o terreno e as casas do mosteiro). Aprofundamos as características da espiritualidade foucauldiana na perspectiva evangélica da libertação vivida na América Latina. Buscamos, sempre de novo, reler as intuições do irmão Carlos e seu testemunho de vida no contexto da nossa realidade. Ele nos testemunhou uma vida tão cheia de buscas, mas muito simples e silenciosa. Buscou viver, sempre, o último lugar na Trapa, Nazaré e no Saara do continente africano – sobretudo, em Béni Abbès e Tamanrasset. Aqui, viveu a sua vocação sacerdotal no meio dos Tuaregues, nômades, islâmicos, os mais pobres da região. A sua caminhada evidenciou a vivência de uma firme espiritualidade libertadora:

o        a descoberta de Jesus de Nazaré e o contato com Ele pela Palavra de Deus e pela Eucaristia;

o        a simplicidade de Nazaré no estilo de vida a partir do povo, como o povo e para o povo;

o        a acolhida a todos, com prioridade aos mais pobres e marginalizados;

o        a alegria em servir os pobres...

Refletimos sobre a espiritualidade presbiteral ou espiritualidade do presbítero diocesano – a nossa espiritualidade. Nós nos deixamos guiar, nas nossas meditações de madrugada, pelas reflexões de Dom Edson Damian, contidas nos seu livro: “Espiritualidade para o nosso tempo com Carlos de Foucauld”. De tarde, tomamos conhecimento mais aprofundado do “Diretório da Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas”, da vida do irmão Carlos, da Fraternidade e das pequenas fraternidades, espalhadas pelo mundo afora. Constatamos que vivemos num período de grandes desafios no nosso mundo (recentemente, por exemplo, o terremoto no Haiti) como também na nossa Igreja. A “Volta à Grande Disciplina” nos traz muita angústia. A nossa Igreja está se afastando do seu papel de “mãe amorosa” que acolhe, apóia e protege os seus filhos e filhas. Hoje nos deparamos com muitos sinais de autoritarismo e prepotência, de fortalecimento da “Instituição”. Parece que estamos voltando ao modelo presbiteral tridentino, nos afastando do modelo de presbítero conforme o Concílio Vaticano II. Esta revira-volta implica em sérias crises, cheias de sofrimentos, desanimação, escuridão, insegurança... Nós, porém, queremos continuar tentando perceber as exigências do Vaticano II para a América Latina. Queremos viver uma “Igreja Povo de Deus” numa espiritualidade que seja verdadeiramente libertadora. A Igreja “Povo de Deus” comunidade de cristãos que é ministerial e evangelizadora. Nós presbíteros somos nela ministros da unidade, animadores da missão das nossas comunidades com seus ministérios diversificados. O nosso ministério é serviço qualificado, dom do Senhor Jesus.

Continuamos acreditando que o nosso ministério presbiteral está constitucionalmente ligado ao ministério dos nossos pastores, nossos bispos, na prioridade à Evangelização, ao serviço da Igreja profética, na construção do Reino de Deus. E isso nos leva constantemente a redefinir nossa espiritualidade, centralizando-a na “caridade pastoral”, vivendo-a numa aproximação maior de Jesus de Nazaré e do povo, como irmão entre os irmãos. De irmão Carlos aprendemos a viver a caridade pastoral com o espírito de Nazaré: humildade e mansidão, entranhas de misericórdia e fome de justiça, ternura e vigor. Não somos burocratas de uma instituição poderosa e influente, nem funcionários de um culto ritualista e desencarnado, nem pregadores de uma doutrina que se julga superior às demais: somos pobres seguidores de Jesus de Nazaré. O sacerdócio do Antigo Testamento, ritualista e longe do povo, não responde aos apelos do Espírito. O Concílio Vaticano II na América Latina, através de Medellin e Puebla – e recentemente através de Aparecida - nos desafia a vivermos a experiência de Deus num mundo marcado pela injustiça e opressão, entendendo que já começamos a construir aqui e agora o Reino de Deus. No seguimento de Jesus de Nazaré, O descobrimos no “outro”, no pobre. Esta espiritualidade nasce do compromisso dos cristãos, no processo histórico. E desvelando a presença de Jesus no meio do povo, fazemos a correlação entre a oração e o empenho pela libertação – contemplativos na ação. Envolvidos como Jesus pela causa do Reino e pela causa dos pobres, o cristão presbítero, - numa sociedade de conflitos e de injustiças – em fraternidade com os outros cristãos - não pode deixar de lutar pela “nobre causa da justiça” e denunciar a opressão. Somos, também, aí, impelidos a exercer a dimensão do perdão, numa busca sincera de uma real reconciliação.

Com nossos irmãos presbíteros, vivemos todos estes desafios e explicitamos nossas aspirações, através das nossas revisões de vida. Vejamos algumas:

-         superar o isolamento por um clima de fraternidade e verdadeira amizade com os outros padres e com o povo;

-         não nos acomodar mas permanecer sempre atentos aos sinais de Deus e atualizar-nos teológica e pastoralmente, acompanhando os passos da teologia na América Latina;

-         redescobrir sempre de novo a importância da oração/celebração da morte e ressurreição de Jesus na vida do povo – oração pessoal e comunitária;

-         colocarmo-nos em espírito de descoberta do que exige de nós de novo a opção pelos pobres e o seguimento de Jesus de Nazaré;

-         estarmos sensíveis aos apelos da história do povo brasileiro e do continente latino-americano.

Estas aspirações são, freqüentemente, também explicitadas pelos jovens que se preparam para o presbiterato. Tivemos no nosso meio a participação de dois seminaristas, e esses jovens merecem um carinho todo especial de nós. Eles se integram no presbiterato numa época de crise, uma chance para uma nova primavera para a Igreja, mas também um momento crucial para ser vivido.

Diante das reflexões e das constatações questionadoras parece-nos uma missão nossa, membros da Fraternidade Sacerdotal, ser, junto aos irmãos presbíteros das nossas dioceses, uma proposta viva de nossa experiência, de nossos instrumentos de espiritualidade. Quem sabe, ser para eles um novo chamado. Nossa melhor apresentação somos nós mesmos: nosso testemunho de fraternidade, lembrados da palavra do Irmão Carlos: “gritar o Evangelho com a vida”.

 

Pe. Freddy Goven

 

(Carta inspirada, trabalhada e adaptada a partir da carta do Pe. José Ernanne Pinheiro, escrita em São Lourenço de Fátima em 1989 no final do Mês de Nazaré, do qual participou.)

 

 

Terminado o Mês de Nazaré, olhamos para trás, e nos deparamos com o texto de Marcos 6,30-32 sinalizando as razões, as motivações, as perspectivas e o sentido de tudo aquilo que vivemos em Goiás, de 04 a 29 de janeiro de 2010, no mosteiro da Anunciação do Senhor.

 

                     “Os apóstolos se reuniram com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. Havia aí tanta gente que chegava e saía, a tal ponto que Jesus e os discípulos não tinham tempo nem para comer. Então Jesus disse para eles: ‘Vamos sozinhos para algum lugar deserto, para que vocês descansem um pouco.’  Então foram sozinhos, de barca, para um lugar deserto e afastado.”

 

Por causa de Cristo!

Sim! Foi ele quem nos chamou: “Vamos sozinhos para algum lugar deserto”; foi ele quem percebeu a nossa necessidade: “para que vocês descansem um pouco” e, foi ele, também, quem deu as condições e o meio: “foram sozinhos, de barca”.

Obrigado Jesus!

Obrigado porque, se dependesse somente de nós, do nosso tempo, dos nossos recursos, das nossas motivações e possibilidades... quem sabe, estaríamos “lá” (em nossas ocupações e preocupações) com “tanta gente que chegava e saia”, com a mesma falta de tempo “para comer” e, não teríamos vindo.

          Valeu a pena ter dado ouvido para esta necessidade; ter aberto espaço para este tempo especial da graça de Deus, em nós. Este tempo não foi para férias e, no entanto, não deixamos de descansar; não foi para passeio, mas, tivemos muitos encontros; não foi para curso, mas, pudemos estudar e rever a vida; não foi para uma missão, mas pudemos trabalhar e servir.

          Para nós, o ponto forte do mês foi a busca-encontro com Jesus, mediado pelos meios concretos da Fraternidade: a Eucaristia, adoração ao Santíssimo, a oração, a meditação, o trabalho manual e, sobretudo, a revisão de vida, verdadeiro espaço do amor-confiança, da auto-revelação, da descoberta do outro e dos inúmeros sinais da presença e ação de Deus em nossa história.

          Os dias por nós vividos prodigalizaram, em cada passo dado, o sentido da gratuidade de Deus, da vida, de cada irmão, da natureza, da cidade... que somente uma parada como essa, possibilitou ver, experimentar e gostar.

          Porque não dizer que também foi um beber na fonte da diversidade (cultural, ministerial...) sem imposição, choque ou ostentação. Pelo contrário, enxergamos nisso, um testemunho de abertura e de acolhida humilde, onde a Igreja se deixa ver construída por pessoas e histórias tão diferentes.

          O Mês de Nazaré, nós o levamos conosco, como provocação inquietante e presente de Deus. Mas, deixamos nestas linhas, como sementes, o registro de uma experiência que vale a pena ser repetida e, por que não dizer, buscada e experimentada por quem quer dar a sua vida de discípulo(a) do Bem-Amado Irmão e Senhor Jesus, as feições de irmão(ã) universal, como Charles de Foucauld.

 

          (Padres: Virgílio, Sá, Pepe e Didi)

  

Mês de Nazaré é, sem dúvida, uma experiência mística única para qualquer membro da fraternidade sacerdotal, como para membros da família de Foucauld e toda a família universal. No Mosteiro da Anunciação do Senhor, em Goiás, onde foi realizado, em janeiro de 2010, o mês de Nazaré, para a fraternidade sacerdotal, tudo contribuiu para que assim fosse. Conforme se propõe, o mês de Nazaré foi, para nós, uma vivência intensiva dos meios espirituais que oferecem a espiritualidade do irmão Carlos. Quatro semanas seguidas, com momentos de celebração, oração, leituras e adoração; silêncios e conversas; lazer e deserto; descanso e trabalhos manuais, tudo bem balanceado, permitiu-nos um crescente aprofundamento na nossa espiritualidade. Este ano, especialmente, com a presença de 18 participantes, de rincões mais distantes do interior do Brasil, das periferias, da floresta amazônica e até da Argentina, vivenciamos grande riqueza cultural e intelectual, a partir do conhecimento e da amizade, que crescia dia a dia. 

Foi bom, muito bom, contemplar a família de Nazaré a partir da vida e das intuições do irmão Carlos, em fraternidade vislumbrando a fraternura que desejamos alcançar, quando voltarmos, cada um para a sua diocese. 

O ambiente do Mosteiro e a bela cidade de Goiás - um patrimônio da humanidade, recortada por pequenos rios e circundada por montanhas muito verdes - muito contribuíram para a elevação do nosso espírito. Além de oferecerem variadas e belas possibilidades para os nossos dias de deserto. Os domingos de lazer nos levaram a visitar os presos, os assentados e os acampados sem terra, os jovens que lutam contra a dependência na chácara de recuperação, assim como as famílias do bairro e das comunidades de base. 

O nosso trabalho manual, bem variado, e concentrou-se no Mosteiro que há três meses está sendo administrado por irmãos ligados a nossa espiritualidade. Roçar, carpir, lavar, dedetizar, pintar, consertar, costurar, plantar, catar caramujo, cozinhar, tudo isso nos ajudou a confraternizar entre irmãos e edificar a espiritualidade. E, ainda nos alegra poder ter contribuído para esse novo projeto do Mosteiro que deixou de ser beneditino para tornar-se, no meio do povo pobre da periferia de Goiás, um local de espiritualidade de Charles de Foucauld, aberto a todas as religiões. E desejando expandir para todo o Brasil o nosso desejo de gritar o evangelho de Jesus de Nazaré com as nossas vidas. 

Marcio, Marcos Roberto Ferreira, Marcos Antonio Viana e Arcelina Helena 

 

 Querido irmãos:

          Somos dez padres de diferentes lugares do Brasil e Argentina, dois seminaristas e uma leiga, que acompanhados por uma equipe de padres compartilhamos o mês de retiro, reflexões, partilha da vida e trabalho. Uma característica valiosa do nosso grupo e a participação nas pastorais de fronteias e o contacto com os que estão no último lugar.

O nosso encontro foi realizado no Mosteiro da Anunciação do Senhor, na cidade de Goiás, GO. Mosteiro que tem uma historia e caminhada da Igreja junto aos pobres (Onde morou por muitos anos Marcelo Barros e Ione Buyst). Hoje desativado e apresentado à Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas com o desafio de revivê-lo. Desafio animador por ser um lugar propicia a vida fraterna, de oração e aberta aos mais pobres, com uma história de ecumenismo e macro-ecumenismo em comunhão com a Igreja local.

          Em nosso mês vivemos a experiência do deserto: eucarística e adoração diárias, revisão de vida e trabalhos manuais. Também reflexões sobre a vida e a mensagem do Irmão Carlos para viver o seguimento de Jesus em nossas vidas sacerdotais e nas tarefas pastorais que realizamos.

          Percebemos que muitas das nossas preocupações e angústia com a Igreja, o planeta e com o modo de viver o nosso ministério solitário, são comuns a todos do grupo e isso nos anima por nos sentir solidários e acompanhados.

          Realmente foi um tempo de fraternidade, que nos ajudou a assumirmos nossa história e entusiasmarmos para “não sermos cães mudos” e “a gritarmos o evangelho com nossas vidas”. Por isso, nos atrevemos a convidar-vos a viver esta experiência do mês de Nazaré.

 

Pe. Ernesto, Pe. Valdir e Pe. Roberto

 

 Nós,

Pe. Alírio, do Xingu, PA, Pe.Martin, de Mendonza, da Argentina, Pe.Luis, de Macapá-AP, Apóstolos de Cristo Jesus, a serviço do Reino de Deus, enviamos saudações!

Nos dias 04 a 29/01/2010, no Mosteiro da Anunciação do Senhor, na cidade de Goiás – Go, realizamos o “Mês de Nazaré”, ligado à Fraternidade Sacerdotal de Charles de Foucauld sob o nome Jesus+Caritas.

Queremos partilhar com todos quantos estão sintonizados conosco, que foi uma experiência única pela relação fraterna que suscitou através do trabalho manual, várias horas por dia; da maneira encarnada na realidade, nas celebrações e orações; no alimentar da esperança numa igreja comprometida com os pobres - não estamos sós -; na partilha da história e da vida de cada um, sentindo o forte chamado de Deus e o grito do povo na decisão vocacional e caminhada ministerial; no silêncio ao longo do mês, na semana de retiro, nas adorações, vigílias e desertos. Tudo isso aprofundava nossa convivência. O lugar era propício para a experiência e que convidava à oração. O Mosteiro é denso de energia pelas pessoas que aqui passaram e viveram, como Marcelo Barros, D. Tomás e tantas outras. A aproximação com o povo nas celebrações dominicais nas comunidades e em momentos especiais (como enterro...) deixou uma marca bem profunda no nosso coração.

Por fim, o confronto com a vida de Irmão Carlos de Foucauld: sua espiritualidade, a escolha do último lugar na imitação de Jesus Cristo, a vida em Nazaré e no meio de um povo estranho (povo Tuaregue - Muçulmano), a centralidade da Eucaristia e o total despojamento...

Sentimos a alegria de ter vivido um mês de convivência internacional com a presença de três irmãos padres argentinos.

Graças sem cessar damos a Deus por esta oportunidade!

          Fica aqui o nosso convite: “Faça também esta experiência!”

E, não se esqueça, é preciso “Gritar o Evangelho com a vida !”

Pe. Alírio, Pe.Martin e Pe.Luis

 

3º. COMPROMISSOS

 

           Diante de Deus, uno e Trino, e dos companheiros e companheira que participaram deste “Mês de Nazaré” quero, aqui e agora, renovar, mais uma vez, o meu compromisso definitivo com a “Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas”, conforme as intuições do Irmão Carlos.

          Esforçar-me-ei, na medida do possível, imitar Jesus, na intimidade com o Pai e na ternura do Espírito. Quero crescer sempre mais na amizade com Jesus e com todos os irmãos e irmãs, através da oração, da eucaristia, da adoração, da meditação da palavra de Deus, da prática do deserto, da revisão de vida e da vivência da prática da fraternura.

          Continuarei tentando viver a mística da busca do “último lugar”, sobretudo no meio das crianças, dos adolescentes e dos jovens, em grave situação de risco pessoal e social; de maneira toda concreta com os da região de Alagoinhas (Ba).

          Aceitando os meus limites pessoais, quero participar, com muitas outras pessoas, na construção do mundo novo, justo, solidário e de Paz. Quero vivê-lo plenamente com uma infinita confiança em Deus, porque Ele é o nosso Pai, Irmão e Força/Espírito.

Freddy Goven

  

          Eu, Luigi Carlini (Luís), padre, vivendo este Mês de Nazaré e olhando para Jesus, iluminado pela vida do Irmão Carlos e pelo testemunho e convivência dos que aqui comigo, nestes dias, participaram do Mês de Nazaré, só posso agradecer ao Senhor.

          Por isso, me comprometo com a Fraternidade Sacerdotal “Jesus+Caritas”.

          Pelos meios que a Fraternidade propõe quero, como irmão Carlos, celebrar e adorar Jesus na Eucaristia, para procurar sempre mais o último lugar, na atenção aos “pequenos”.

          Aprendendo o jeito de “partir do povo” na defesa da Vida plena, conforme o Evangelho, quero superar todas as formas de paternalismo e de autoritarismo, com ternura, buscando viver a Fraternidade sempre mais universal.

          Que o Senhor Jesus, pelo seu Espírito, me ajude,

 

Pe. Luís Carlini

 

           Vivendo, do dia 04 ao 29 de janeiro de 2010, no Mosteiro da Anunciação do Senhor Jesus, na cidade de Goiás, GO, realizei o meu mês de Nazaré. Tempo de encontro com outros companheiros: padres, seminaristas e leigos comprometidos com a orientação de Charles de Foucauld, no seguimento de Jesus Cristo, foi um tempo de oração, meditação, trabalhos manuais, revisão de vida e muita partilha de vida. Tempo de renovação do compromisso cristão/sacerdotal com Jesus despossuído, marginalizado, injustiçado nos irmãos e irmãs abandonados.

          Quero, aqui, fazer o meu compromisso de estender o mês de Nazaré, vivendo, de uma forma mais intensa o testemunho de Jesus Cristo nos porões da humanidade.  Comprometo-me a assumir o compromisso de apóstolo da ressurreição, defendendo com a minha vida onde a vida é machucada, negada. Não me calando, não sendo cão mudo, indiferente à dor e à violência, mas, sim, clamando por justiça e promovendo a fraternidade e a igualdade no mundo dos cárceres e na sociedade em que vivo. 

Peço ao bom Deus, que me dê a sabedoria e a serenidade necessárias, e ao bem aventurado Irmão Charles de Foucauld, a perseverança e o despojamento para viver este compromisso, no dia a dia da minha vida. Amem. 

Amem.

 Pe. Valdir João Silveira

 

 Eu, Arcelina Helena Públio Dias, oblata beneditina desse Mosteiro de Goiás, renovo os votos assumidos através da minha consagração e acrescento novos compromissos, motivada pela minha participação neste mês de Nazaré da Fraternidade Sacerdotal de 2010. 

Para reforçar o meu compromisso com os pobres e excluídos inspirado no Evangelho de Jesus, me proponho a caminhar, humildemente, no sentido de colocar mais amor, cuidado e ternura em tudo que eu faço.  Em cada passo, em cada fala, em cada olhar, em todas as minhas ações, desejo realizá-las com plena consciência para que efetivamente sejam amorosas, cuidadosas e ternas. Tanto na intimidade da Casinha do Menino Jesus, como nos trabalhos pastorais, das comunidades e da paróquia e, também fora da cidade, no relacionamento com os meus parentes e amigos, desejo ser uma presença leve e, principalmente, muito verdadeira. 

Para crescer em amor a Jesus de Nazaré quero aumentar, paulatinamente, os meus momentos de intimidade com a Sagrada Eucaristia e as meditações diárias do Evangelho. 

Minha meta é efetivamente gritar o evangelho com a minha vida e poder rezar, com sinceridade de coração, a oração do Abandono.  

Arcelina

 

 Señor Jesús, vos sos el gran Amor de mi vida!

Tu Evangelio, tu Reino: la pasión de mi corazón, que me mueve a siempre estar en búsqueda de su realización.

Gracias Señor, por mis hermanos y hermanas más pobres: ellos son sacramento tuyo… y me enseñan a vivir en la fe y a descubrir el Reino que crece modesto, casi imperceptible, pero con fuerza transformadora, en lo sencillo y cotidano de la vida.

Al concluir el Mes de Nazareth, renuevo ante mis hermanos de la Fraternidad Sacerdotal Jesus+Caritas, mi deseo de crecer como discípulo misionero de Jesús procurando ser, con mayor docilidad, instrumento de tu Amor Misericordioso y de tu Vida, que es “vida abundante, plena y digna para todos”.

Es por eso que me comprometo a llevar el Evangelio a los que no lo conocen, a los más alejados y abandonados. También a trabajar incansablemente por la promoción humana, la justicia y la paz.

Como Jesús Buen Pastor, deseo llevar su presencia a los más pobres y excluidos, en mi Iglesia Diocesana de Mendoza o más allá de las fronteras, si lo quisieras.

          Así poder vivir mejor espíritu de Nazareth, pobre entre los pobres, hermano de todos, evangelizador sencillo entre mis vecinos, compartiendo su suerte y su vida cotidiana, llevando la Palabra, el Perdón y la Eucaristía a los últimos.

          Quiero seguir participando de la Fraternidad Sacerdotal en mi diócesis y país, para vivir con mayor fidelidad estos propósitos, ahondando en la vivencia de sus medios: los encuentros mensuales de fraternidad, retiros anuales, revisión de vida, desierto, adoración eucarística.

          A nuestro Hermano Mayor Carlos de Foucauld le confío mis propósitos, junto a todos los compañeros de camino que buscamos seguir a Jesús tras sus huellas.

Pbro. José Martin

           

          “Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 13,1)”.

 

          “Uma só coisa é necessária: amar a Jesus, seguir os seus passos, apoiar-nos, na sua mão, viver a sua vida (Irmão Carlos de Foucauld).”

 

          A experiência do Mês de Nazaré marca o meu compromisso de continuar a caminhar com Jesus.

          A misericórdia e a bondade, de quem sempre ama, permitiram-me até aqui chegar, desde que me chamou ao dom da vida, à graça batismal e ao serviço presbiteral.

          Confiante no amor fiel de Jesus, que me amou por primeiro até o fim, reafirmo o meu desejo de estar atento à vida e aos irmãos na perseverança da conversão contínua.

Já há dez anos participo dos retiros da fraternidade, da fraterna revisão de vida, dos momentos de deserto e de constante abandono à presença de Jesus na adoração Eucarística.

Comprometo-me a intensificar a fidelidade a estes instrumentos de crescimento no seguimento de Jesus.

Quero ser discípulo de Jesus na fraternidade dos irmãos e irmãs, no presbitério local para: 

•         Garantir o futuro da fé e da contemplação do absoluto de Deus na vida e na história das mulheres e homens, dos jovens e das crianças, que no meu caminho estiverem;

•         Viver e ensinar como são relativas as instituições humanas e religiosas;

•         Crescer em aliança com os que não tem poder, nem prestígio, nem riqueza, ou seja, com os que realmente são pobres e os excluídos de todos e de tudo;

•         Exercitar e aperfeiçoar, sempre, a partilha de bens, de saberes, da própria vida tornando-a livre, despojada e simples;

•         Gastar energias e iniciativas para superar a mediocridade, a preguiça e o desânimo;

•         Estar atento aos desafios e não deixar de militar na construção do Reino de Deus;

•         Ter a certeza do que o único importante e definitivo é o fato de ser fraterno com todas e todos;

•         Ser paciente e perseverante na certeza de que o definitivo e absoluto só acontecem no fim da caminhada;

•         Enfim, assumir os conflitos, as contradições das pessoas, das instituições e da história da minha vida como a minha parte na construção fraterna.

Com Maria de Nazaré, com São José seu esposo, sob ação do Espírito Santo, confiante em Jesus, modelo e amigo, abandono nas mãos do Pai este meu compromisso.

 

Pe. Virgílio Leite Uchoa, aos 72 anos de vida e 45 de ordenação presbiteral

 

 

Eu, Pe. Sebastião Sá Lima, incardinado na Diocese de Rio Branco, Estado do Acre, e com uso de ordem na Arquidiocese de Fortaleza, Estado do Ceará e membro da Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas, faço meu compromisso de ser assíduo a esta referida fraternidade contando com as graças de Deus e as bênçãos da Virgem de Nazaré, mãe e mestra.

Na busca do Bem-Amado Senhor Jesus, chamado a gritar o Evangelho com a vida e tendo como preferência o último lugar, à luz da Palavra de Deus, do testemunho e da Espiritualidade do Bem Aventurado Charles de Foucauld, após ter participado do Mês de Nazaré, no Mosteiro da Anunciação do Senhor, Diocese e Cidade de Goiás – GO, de 04 a 29 de janeiro de 2010, assumo o seguinte compromisso:

-         Viver uma espiritualidade de íntima amizade com Cristo e de serviço aos irmãos mais abandonados;

-         Olhar e seguir o Bem-Amado Senhor Jesus, à luz dos seus ensinamentos: “Tudo o que fizerdes aos menores dos meus irmãos é a Mim que o fazeis!” (Mt. 25,40);

-         Procurar pôr em prática e ser assíduo aos meios da Fraternidade; Dia da Fraternidade, Adoração, Dia de Deserto, Revisão de Vida e Vida em Fraternidade.

Jesus Cristo, Luz dos Povos, seja nossa força e nossa esperança,

Pe. Sebastião Sá Lima

 

 

Finalizando el mês de Nazareth, yo Pe. Martín Gozmán, quiero asumir el compromiso con la fraternidad sacerdotal Jesus+Caritas. Pido al Señor la Gracia de poder poner en práctica en mi diario vivir los medios que esta espiritualidad me ofrece y procuraré:

 

-         1. Ser fiel a la oración, adoración y días de desierto;

-         2. Buscar e fomentar la fraternidad entre las personas;

-         3. Salir al encuentro de los más pobres, últimos y marginados;

-         4. Vivir austera y pobremente;

-         5. Respetar las diferencias.

 

Pido al Señor Iesús y a María, nuestra Madre, que me asistan en este camino y fortalezcan para ser fiel a este proyecto. Conciente de mis debilidades me abandono en las manos del Dios Padre – Madre de Amor

Pe. Martín H. Guzmán

 

 

 Oh Trindade, Comunhão de Amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo, com os irmãos que comigo caminharam nestes dias, quero me comprometer com a fraternidade consciente dos meus limites, mas confiando na Tua Graça.

Quero amar Jesus, cada vez mais e melhor. Frequentar o Bem Amado Jesus, na adoração eucarística e na escuta da Palavra. Viver os meios da espiritualidade do Irmão Carlos naquilo que me for possível na atual circunstância.

Ajuda-me a ser disponível e empenhar-me para viver a fraternidade com meus companheiros de seminário e por onde eu passar. Que eu busque sempre o último lugar guardando-me de todo e qualquer espírito de competição ou ambição.

Dá-me a graça de imitar Jesus na pobreza, na castidade, na obediência e na opção preferencial pelos pobres. Acolher, a partir do chão da vida, o teu Reino de Amor, de Justiça e de Paz.

Torna meu coração sensível e aberto à novidade do Espírito no clamor do teu povo, dos pequeninos e dos jovens, assumindo com eles seus anseios e suas lutas mais legítimas. Que com o Irmão Carlos de Foucauld eu possa “gritar o Evangelho com a vida”.

Entrego-me com esses propósitos em tuas mãos, seja feita a tua vontade. Amém.

 

Marcos Antonio Viana

  

Al finalizar el Mês de Nazaret, acompañado de mis hermanos: presbíteros, laicos y seminaristas que compartieron conmigo este tiempo; deseo poner a los pies de Jesús este compromiso.

Comprometo-me a cuidar y respetar los tiempos y espacios necesarios para la oración, encuentro amistoso con el Señor, en su Palabra, en la Eucaristía y en los tiempos de desierto.

Asumo el compromiso de buscar, en la medida de mis posibilidades, una vida más pobre y sencilla, junto a los pobres y olvidados, para ir junto a ellos, al encuentro de Jesús, en el “último lugar”.

Reconociendo el valor de la amistad, deseo crecer en la capacidad de acogida fraterna; y me propongo cuidar todos los espacios donde crezca una verdadera amistad.

Asumiendo la necesidad de una fraternidad para seguir creciendo en esta espiritualidad que nos anima; ver como necesario, y estoy dispuesto a trabajar para la conformación de una fraternidad sacerdotal, con la que pueda compartir esperanzas y valores en el seguimiento de Jesús de Nazaret.

 

Roberto José Ferrari Loján.

  

Eu, padre Edivaldo Pereira dos Santos, quero reafirmar meu compromisso com o Evangelho, por Cristo, com Cristo e em Cristo. Porque foi Ele quem, por ocasião do meu Nascimento e Batismo, me chamou para uma esperança viva, em seu amor, que brota do Mistério da Encarnação, Paixão, Morte e ressurreição.

Sabendo que o Senhor me consagrou com a unção do seu Espírito, apesar de todas as minhas limitações, próprias da Natureza Humana, quero ampliar meus votos, promessas, convicções e compromissos evangélicos, aceitando como luzes, os valores e meios da Fraternidade, segundo as intuições do Irmão Carlos de Foucauld. De um lado, a busca do absoluto de Deus e do último lugar e, do outro, a prática da revisão de vida, da adoração Eucarística, da Oração Mariana, dos retiros fraternos, do deserto, do dia da fraternidade e dos meios pobres de afirmação da vida e da fé.

Assim creio; assim espero em Deus!

Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

 

Eu, Marcos Roberto Ferreira, seminarista do 4° ano de teologia, da Diocese de Joinville – Santa Catarina, diante da Santíssima Trindade e de meus irmãos aqui presentes, nesta capela do mosteiro da Anunciação do Senhor, de Goiás, expresso meu profundo desejo de fazer parte da Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas, conforme as intuições do Irmão Carlos.

Na condição de seminarista e futuro presbítero da Igreja de Cristo “Bom Pastor”, procurarei vivenciar mais intensamente a mística da busca do “último lugar”, sobretudo no meio das pessoas mais excluídas e marginalizadas da sociedade, os pobres de Deus. Porém, em primeiro lugar, buscarei ser testemunha na comunidade do seminário, onde morro atualmente.

Desejo vivenciar mais intensamente a humildade e a caridade ao próximo, sem nada esperar em troca, consciente que tudo que tenho é o que doei.

Por fim, Senhor, se for de tua vontade, concede-me a graça de me tornar santo, sábio e solidário, um sacerdote a serviço de Deus e dos irmãos, na construção do reino definitivo, que em Cristo já se tornou o nosso também.

          Fraternalmente, seu e sempre servo,

Marcos Roberto Ferreira

 

 

Eu, Márcio da Silva, quero de todo o meu coração, assumir este compromisso com a Fraternidade. Estou pronto a doar a minha vida, a exemplo do Irmão Carlos, que doou a sua vida para anunciar o Evangelho pelo mundo. Peço a sua intercessão, também da nossa mãe Maria, para poder seguir o exemplo de Nazaré, viver na simplicidade e no serviço do amor em união com Dom Eugênio, para que eu possa trilhar o verdadeiro caminho de vida e santidade em busca de Deus e assim como diz o Irmão Carlos “devemos gritar o Evangelho com a vida”. 

Assim, de hoje em diante quero me entregar, cada vez mais, à vontade de Deus. Quero ser o barco de Deus, o leme que vai me mostrar o que devo fazer e como devo agir segundo os objetivos que a Fraternidade apresenta para cada um de nós.

Quero estar unido com todos, através das orações diárias, das adorações e da santa Missa. Entrego-me nas mãos de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo e assim, como Maria e José, na vida simples de Nazaré, assumiram o compromisso de trazer Jesus ao mundo, assumo hoje o compromisso de trazer Jesus para a humanidade através dos meus serviços e da minha doação.

Irmão Márcio de Jesus.

 

 

Ao som da água do Rio Vermelho, da cidade de Goiás, penso no compromisso com a Fraternidade Jesus+Caritas.

À primeira vista sinto-me muito identificado com essa espiritualidade: sempre preferi ir à missão nos locais mais difíceis, onde ninguém queria ir ou onde nunca ninguém foi. Gosto de colocar os pobres, os desprezados, os excluídos em destaque e conviver com eles, acolhê-los, valorizá-los e fazer a minha casa ser a casa deles.

Na vida espiritual não consigo desligar a vida cotidiana: unir fé e vida na oração pessoal como seja o ofício, tendo dois momentos fortes por dia de mística “cedo e à tarde”. Passo o dia com o povo em partilha, convívio e celebração. A eucaristia está permanente comigo, pois, não tenho casa para morar. “Minha casa é a casa do povo e o carro”. Assim sinto-me constante na presença de Deus.

Como missionário diocesano no Xingu, desde 1976, senti-me enviado para aquela Igreja irmã da Arquidiocese de Porto Alegre, dispondo-me onde fosse necessário, sem pretensões, fazendo esforço para desinstalar-me constantemente. Tudo que foi feito, foi feito com o povo, para o povo, sendo eles os protagonistas. As minhas posses ou salários estão colocados a serviço da missão e dos pobres. Vejo como compromisso fundamental o batismo, o resto é desdobramento desta semente de fé.

O que vejo como especial neste compromisso é o entrosamento com um grupo que tem um ideal comum no seguimento de Jesus de maneira mais radical. Nisto quero aprofundar-me e ampliar o ministério da Fraternidade.

          Não vai ser fácil introduzir na minha caminhada a hora diária de adoração, o dia semanal de deserto, o grupo da fraternidade para revisão de vida e mais coisas que Deus, em Cristo Jesus, vai exigindo de mim.

          Com a graça de Deus, sou o que sou e vou colaborando! Glorifico a Deus por tudo!

 

Pe. Alírio Bervian.

 

4º. AVALIAÇÃO GERAL

 

PONTOS POSITIVOS

  

        Local adequado, acolhedor, sempre havia alguma coisa a ser feita como trabalho;

        Locais adequados para os dias de deserto;

        Boa alimentação, dedicação do Márcio, Marcos e auxiliares, com a participação de todos;

        A dedicação do Freddy auxiliado pelo Anchieta (retiro) e Jaime;

        Bons conteúdos: retiro e documentos distribuídos;

        Presença da Arcelina e espontânea participação da comunidade local;

        O preparo do espaço de adoração nos dias de deserto;

        Clima de respeito mútuo, sem conflitos, de acolhimento, apesar da diversidade de personalidades e culturas;

        Momentos de rica sinalização: de silêncio, palavra, partilha revisão de vida;

        O preparo das celebrações litúrgicas;

        A escolha do mês de janeiro;

        Ritmo das ações: pausadas e bem dosadas;

        Participação em situações pastorais da Diocese: Missa na Catedral, visita aos acampamentos, visita à casa de Recuperação;

        As revisões de vida foram muito ricas.

        O filme, da Irmã Dorothy foi muito bom.

        Nossas confraternizações foram muito agradáveis.

        A presença de Dom Eugênio.

        A participação do povo nas celebrações.

  

PONTOS NEGATIVOS 

 

        Pouco tempo para reflexão, assimilação e oração;

        Falta de adequados momentos de lazer diante da densidade de assuntos;

        O momento de desequilíbrio conjuntural diante do problema de saúde do Paulo, apesar de ter sido uma boa ocasião para o exercício de compaixão;

        Revisão de vida: longas e num horário de cansaço;

        Trabalho pesado pelo menos para alguns;

        Impasse em certos momentos que não se sabia como se comportar (silêncio ou não?);

        Comida, só melhorou na segunda parte quando chegou mais verdura;

        Pouco tempo para se conseguir digerir o material;

        O Rafael ter ido embora.

 

A avaliação final foi que valeu a pena e que este mês vai servir se Deus quiser!

 

 

SUGESTÕES 

 

        Prever um dia de total lazer;

        Prever, no ritmo de cada dia, pequenos momentos de distensão e lazer;

        Talvez fosse melhor fazer a Revisão de Vida mais curta e em mais vezes;

        Equilibrar o cardápio alimentar e, ao menos uma vez por semana, prever comidas típicas do local;

        Mais filmes relacionados aos temas do retiro. 

 

Mosteiro da Anunciação

 Goiás, 27 de janeiro de 2010.  

 

5º. AVALIAÇÕES PARTICULARES

 

 

O QUE SIGNIFICOU PARA MIM?

 

O mês de Nazaré significou para mim um tempo de:

o        Parada em minha vida para avaliação, reflexão e tomada de novos dinamismos para o dia-a-dia;

o        Rever as minhas relações pessoais, com as instituições e Ongs que fazem parte do trabalho pastoral que realizo;

o        Refazer, ou fazer, o programa de vida contendo um tempo, mais organizado para a espiritualidade, saúde, família, lazer e vida social;

o        Descoberta de que mais sacerdotes encontram-se solitários nas pastorais de fronteiras que realizam, enfrentando os mesmos desafios e falta de compreensão, de apoio por parte dos colegas no sacerdócio e de confronto constante com os poderes que machucam e desprezam a vida;

o        Descoberta, coletiva, que os desafios, para os sacerdotes engajados no compromisso com a justiça social e na construção do Reino de Deus, partilham das mesmas angústias e sofrem as mesmas indiferenças dos colegas não comprometidos, que agem como funcionários do sagrado e tem no seu agir o consumismo e o sonho de carreirismo.

o        Construção de novos relacionamentos, novos amigos no sacerdócio.

o        Descanso. Afastamento do ativismo. Fazia 8 anos que eu não tinha férias de um mês.

 

A Revisão de vida me colocou, mais, em harmonia com a minha historia pessoal.

 

Pe. Valdir João Silveira

 

 

          En primer lugar quiero dar gracias al Señor por haber me permitido realizar este mes, donde he profundizado más mi convicción en el Amor que El nos tiene, desde esta gran espiritualidad que nos ha dejado el hermano Carlos.

 

          Ha sido una experiencia donde Dios nuevamente se manifestó en lo senallo, en lo cotidiano, como en Nazareth...

Viene a mi mente y a mi corazón las palabras de nuestro Pastor, Profeta y Martir, Monseñor Enrique Angelelli: “No tengan medo de meter las manos en el barro, el oleo sagrado no se borra...”; y eso ha sida para mi este mes, ha significado también buscar a Jesús en el trabajo cotidiano, en la oración, en el profundo compartir a través de las revisiones de vida, el contacto con las personas que son del lugar... en fin, todo me ha hablado del Dios que se abajó, se sorprende (Kénosis) y nos ama infinitamente (Ágape).

 

          Puede decir con cereza, que este mes ha renovado mi corazón.

Pe. Martín H. Guzmán

 

 

          Tempo de graças, de muitas graças.

Ajudou-me a mergulhar em mim mesmo para melhor olhar e seguir o Bem Amado Senhor Jesus, no acolhimento e atenção fraterna aos irmãos e irmãs mais necessitados.

          O tempo de convivência fraterna com todos e todas durante o mês de Nazaré abriu-me novos horizontes para saber ocupar corajosamente o ultimo lugar com Jesus de Nazaré.

          O tempo de estudos, reflexões, orações, contemplações e trabalhos diversos proporcionou-me grande oportunidade de formação para a vida fraterna e espiritual para com todos.

          Tudo valeu como reflexão e mais conhecimentos para discernir a vontade de Deus nos acontecimentos da vida, sendo mais aberto e transparente.

 

Pe. Sebastião Sá Lima

 

           O mês de Nazaré de 2010 serviu para mim como oportunidade - diria Graça - para, de maneira tranquila, dar uma parada e repensar a minha vida.

          Senti-me à vontade!

          Mesmo no diferente, ou naquilo que eu achava de não poder concordar, me senti livre de respeitar o outro e de ser respeitado.

          Foi um “tempo para mim” para repassar o filme da minha vida e nisso o irmão Carlos ajudou muito.

          Seria mentira se dissesse que a oração e o deserto foram momentos fáceis. Não! Foram experiências novas para mim, mesmo que eu já as tivesse vivido com Carlos Carretto, na minha juventude. Exatamente por causa disso valeu a pena retomá-las. Foi um tempo oportuno, mas de fadiga.

          A convivência, sem duvida, ajudou pela experiência de cada um. Ajudou a ver com outros olhos a nossa própria realidade.

          Os desafios são grandes, seja pelas pressões do mundo, seja, muito mais ainda, pelo rumo da Igreja nesses nossos dias.

          Não se trata de fazer guerras, mas ir mais a fundo, viver com honestidade o evangelho da caridade a partir do pequeno. A proposta de irmão Carlos, a partir do esforço da conversão, de sua própria vida, convida-nos a Gritar o Evangelho com nosso testemunho...

          Os meus dias não são mais tantos, estou mais perto do encontro definitivo com o Senhor do que quando começou a caminhada... Está na hora de uma conversão que vai fundo no caminho de discípulo de Jesus, custe o que custar.

          Retorno à casa de maneira serena, pronto para viver a realidade e realizar as mudanças necessárias sem criar problemas inúteis, fazendo os passos possíveis, buscando salvaguardar os meios necessários para minha caminhada de fé e confiando muito mesmo na Misericórdia daquele que pode me salvar.

 

Pe Luis Carlini (Luigi)

 

 

Já há mais de dez anos que participo dos Retiros da Fraternidade Irmão Carlos de Foucauld.

A descoberta da espiritualidade do Irmão Carlos aconteceu, bem antes, em minha vida. Ela fez parte da minha experiência e vivência na Juventude Universitária Católica (JUC) e da minha definição vocacional.

Acolhi como vocação o serviço presbiteral pelos meados de 1957. Este chamado interior brotou sob o forte impacto da militância na Ação Católica, quando tive oportunidade de reavivar, como verdadeira confirmação, a graça e a misericórdia de Deus recebida no Batismo e na catequese familiar.

A marca principal do Mês de Nazaré, que agora concluo, foi mais um momento privilegiado desta caminhada de amor.

Sim, tenho consciência de que é, pelo amor recebido do Pai, pelo Filho que se entregou por mim, sob a iluminação do Espírito Santo, que concluo esta rica experiência.

Ela aprofundou em mim a importância de estar juntos e partilhar a vida, o trabalho e a diferença, a união e a originalidade de cada irmão.

Numa palavra, confirmou-me esta experiência do mês de Nazaré a certeza da vida fraterna e despojada, entre irmãos e irmãs, de ser o caminho do ser Igreja na realidade onde vivo e atuo pastoralmente.

Sinto, cada vez mais, que o “gritar o evangelho pela vida” passa pela humilde e fraterna experiência do encontro dos irmãos e irmãs como pessoas, em particular com os irmãos presbíteros.

Vejo, agora, melhor, que a presença de Jesus-Palavra-Eucaristia torna-se uma única realidade na presença fraterna dos irmãos e irmãs.

Levo como forte marca desta experiência do Mês de Nazaré o priorizar a minha vida em torno dessa presença fraterna com os outros.

Convenci-me de que para isto acontecer preciso alternar, com fidelidade e perseverança, os momentos de gratuidade, oração contemplativa, adoração, deserto, iluminados pela palavra do Evangelho e pela presença do Espírito Santo.

Cresceu em mim, nestes dias, a convicção de como é importante ser humilde, perder atitudes que sejam só aparências, vencer a timidez para concretizar a vida fraterna.

Reconheço que há muito por caminhar e, nesta etapa da minha vida, já não há tempo a perder.

O Mês de Nazaré foi uma graça, conquistada e acolhida, uma experiência que ninguém pode deixar de fazer ou desprezar.

Esta graça teve como um dos pontos altos a revisão de vida fraterna.

Apesar da diversidade a vivência destes dias juntos e o aprendizado da confiança mútua, fizeram-me ver como a vida partilhada nos ensina, e muito, os caminhos de Deus.

Foi emocionante sentir as alegrias e tristezas de vidas partilhadas.

Esta experiência deixou-me uma forte lição de vida.

O serviço aos irmãos e irmãs começa pelo acolhimento, pela escuta atenta, por sentir a presença neles de um Deus que nos ama, igualmente e infinitamente, a todos e a todas.

Compreendo, agora, melhor, como isso é desafiante e significativo.

Crescer no serviço é crescer na partilha da vida fraterna.

O Mês de Nazaré é um instrumento simples, eficaz, exige definição da nossa parte, mas é gratificante para a vida de quem aceita arriscar na busca da fraternidade.

É uma grande experiência, vital para dar um passo a mais, com qualidade, no seguimento de Jesus.

Ilustro este sentimento, como conclusão, com a palavra do Irmão Carlos:

“Uma só coisa é necessária: amar a Jesus, seguir os seus passos, apoiar-nos na sua mão, viver a sua vida.”

Pe. Virgílio Leite Uchôa

 

 

Llegué, a Goiás, al me de Nazaret, buscando un lugar y un tiempo que me permitan encontrarme más íntimamente con Jesús, recuperar la alegría de la vida y las fuerzas para el servicio ministerial, que me ayuden a reconstituirme como persona y como cura.  

          Desde mis búsquedas, desde el amor de Dios y desde la experiencia de trabajo, oración y fraternidad pude renovarme en la opción de vivir un ministerio con un estilo alegre, misionero y cercanos a los más pobres.

          Esto se dio especialmente acompañado por algunos descubrimientos o redescubrimientos que me renovaron en la confianza en Dios y me ayudaron a recuperar la paz: 

        El encuentro con Jesús en la Palabra de Dios, especialmente en la lectura serena del Evangelio. Me volvió a recordar (pasar por el corazón) tantos momentos de encuentro con el Maestro de Nazaret, y lo experimento como una invitación a gozar de este encuentro para mi vida personal, en primer lugar, y para la misión y tarea pastoral también (Is 55,10-11),. 

        Me llamó la atención sobre la importancia de la amistad, con varones y mujeres, con laicos, laicas, curas, religiosos y religiosas, creyentes y no creyentes, con adultos y con jóvenes… Por eso me siento invitado a cuidar especialmente los espacios de amistad y fraternidad. A no permitir que se pierdan mis viejas amistades y a ayudar a crecer aquellas otras que la misión me fuer regalando en este tiempo.

        Por eso  mismo, también me cuestionó en mis esfuerzos por llevar adelante una vida de fraternidad, y me comprometió a buscar los medios para poder hacer posible este hecho junto a otros sacerdotes.

        Renovó en mí el deseo de buscar momentos de oración personal, como tiempos que me vuelven a centrar en mis convicciones más profundas y me ayudan a permanecer fiel a lo que soy.

        Este tiempo no me quitó los temores al futuro y al fracaso, pero me ubica en mi vocación de hijo de Dios, llamado a ser hermano de mis hermanos y me invita a confiar más en el Dios, que Amor (1 Jn 4,8) y misericordia.

        Fue un espacio para poder encontrarme con una Iglesia que viene haciendo un camino de trabajo por el Reino, desde un compromiso más organizado y más amplio que la Iglesia Argentina.

        Me renovó en el deseo, aunque aparecen los temores que ello implica, de una vida más sencilla y pobre, en medio de los que sufren la pobreza y buscando una evangelización con medios adecuados a esa realidad (como los servidores de las Bodas de Caná quiero ser testigo del signo que Jesús hace en la vida de mis hermanos y hermanas). Creo que esta es una cosa a tener en cuenta a la hora de pensar próximos destinos.

        Por último, me invitó a revivir el gusto por la celebración y el encuentro con Jesús en la Eucaristía, donde puedo poner mi vida y la de mi pueblo en manos de Dios, junto a la vida de Jesús.

Tino

 

 

        Fue una relectura calma, serena, llena de fe, de mi propia historia personal, acompañado de hermanos y hermanas con quienes vibramos con los mismos ideales del Hermano Carlos.

        Significó una renovación de mi vocación sacerdotal, al cumplir 15 años de sacerdocio, y en estos momentos de la mitad de la vida en que me detengo a revisar la vida para proyectarla.

        Fue una renovación de mi seguimiento como discípulo misionero de Jesús, hecha desde la originalidad, desde los momentos y aspectos fundantes de mi vocación… “la seduciré y la llevaré al desierto y le hablaré a su corazón. Allí responderá como en los días de su juventud” (Oseas 1, 16-17).

        Y también ha sido una renovación de mi ser hijo y pastor de una Iglesia que es comunión y participación, Pueblo de Dios peregrino y servidor de la humanidad. Iglesia sencilla, pobre, evangelizadora, al servicio de la Vida de los Pueblos, con la misma opción preferencial de Jesús: los pobres.

        Significó alimentar el corazón, la vida, los sueños, la vocación con la Palabra de Dios que resonó en cada momento, en los muchos espacios de oración prolongada, en la Palabra compartida fraternalmente (Palabra hecha vida en las vidas de los hermanos), en los desiertos…

        Experimenté Nazareth como vida sencilla, ordinaria, hecha trabajo, oración, y vida fraterna.

        Significó disfrutar con corazón siempre agradecido el don de la fraternidad universal, en los hermanos y hermanas con quienes compartí la vida. Sus gestos, servicios, silencios, sonrisas, charlas, testimonios silenciosos…fueron “gritos desde los tejados” que alimentaron nuestras luchas cotidianas por la comunión. Comunión hecha de diversidad y diálogo respetuoso, de apertura y acogida agradecida.

        Finalmente, me he sentido impulsado a llevar, como Jesús Buen Pastor, su presencia salvadora a los más pobres y excluidos, viviendo mi sacerdocio en medio de los últimos. Según el espíritu de Nazareth, me siento movido a renovar mi compromiso por vivir pobre entre los pobres, hermano de todos, evangelizador sencillo entre mis vecinos, compartiendo su suerte y vida cotidiana y llevando a los últimos de la sociedad la Palabra de Dios, la Misericordia y la Eucaristía, Vida Plena y Digna para todos.

Pepe

 

 

          Para mim o “Mês de Nazaré” significou um tempo de revelação, de revisão de vida, de redescoberta da fraternidade, enfim, de revigoramento espiritual.

          Vendo e sentindo a vida com nossos companheiros e companheira, fomos experimentando o Deus, Ele mesmo se revelando nas alegrias e sofrimentos dos nossos povos, particularmente dos mais pobres e sofredores. Toda essa realidade, nós pudemos contemplar à luz da vida de Jesus de Nazaré e do seu Evangelho, apoiados pelo testemunho e intuições do Irmão Carlos.

          Além disso, foi realmente um tempo de revisão de vida e caminhada. Diante do Absoluto de Deus e do seu Reino, pudemos rever nossas opções e nossas contradições para, com humildade, retomar o caminho. Isso foi importante também para nos encorajarmos para realizar as rupturas necessárias e urgentes.

          Finalmente, tocou-me profundamente o espírito fraterno em todas as nossas vivências, o que guardamos, até hoje, na esperança de que se estenda pela vida. Nosso relacionamento foi marcado pela igualdade e liberdade na cooperação mútua. Foi uma experiência única de fraternidade. Inspirados em Jesus em Nazaré e no Irmão Carlos nós tomamos as refeições, nós trabalhamos, nós rezamos e nos divertimos; com nossos irmãos choramos e nos alegramos. Juntos, vivemos a fraternidade. 

          Desse modo, vivenciamos um verdadeiro revigoramento que nos dispõe para uma renovada adesão a Jesus e ao seu Reino.

Marcos Antonio Viana.

 

 

 

Foi um tempo forte de renovação espiritual, de graças.

Ajudou-me a mergulhar no mais profundo do meu ser, e rever meus próprios conceitos que tinha a respeito do seguimento de Jesus Cristo.

Nesse tempo de convivência com os irmãos pude perceber: o acolhimento e atenção fraterna, a disponibilidade no servir sem esperar nada em troca, desde serviço mais simples, porém não menos importante. Vi o carinho e dedicação de todos.

O tempo de convivência fraterna, durante o mês de Nazaré, despertou- me um profundo desejo de fazer parte dessa experiência vivida pelo irmão Carlos, amar a Deus nas pessoas mais pobres, mais abandonadas, esquecidas pela sociedade. Abriu-me novos horizontes para saber ocupar corajosamente o último lugar, com Jesus de Nazaré.

Todo o tempo dedicado aos estudos, reflexões, orações, contemplações e trabalhos diversos proporcionou-me uma experiência agradável e motivadora, no seguimento do discipulado de Cristo Bom Pastor.

Levo para minha vida toda esta experiência única e insubstituível, no discernimento da vontade de Deus nos acontecimentos da vida.

Obrigado a toda coordenação deste mês de Nazaré, por sua dedicação, paciência e testemunho, o qual nos proporcionou a oportunidade de conhecer mais profundamente Cristo na pessoa do Irmão Carlos.

Seminarista: Marcos Roberto Ferreira

 

  

          Em primeiro lugar quero agradecer a Deus por ter me chamado aqui para esta missão. Peço a Ele coragem para continuar.

          Para mim o “Mês de Nazaré” foi o óleo que sustenta a lamparina acesa, assim foi pois reacender a chama do amor, da união, da fraternidade e também reacender a chama da minha vocação que venho buscando desde os meus 19 anos.

          Agora eu sei que Deus me chama para estar no último lugar para amar e reunir e entregar minha vida nas mãos de seu Filho Jesus. E assim estar em união com Dom Eugênio e caminhar nos caminhos do Senhor e viver aquela vida que o Irmão Carlos escolheu viver.

          Viver a vida de Nazaré! Peço em primeiro lugar a Deus forças para eu continuar. Peço também à minha Mãe Maria que nunca me deixe caminhar sozinho. Este mês para mim, não tenho palavras para explicar, foi muito bom para mim. Obrigado a todos que comigo conviverem durante este mês.

          Continuaremos unidos através da comunhão e das adorações, pois, buscamos trilhar o nosso caminho. Um grande abraço a todos,

Irmão Márcio de Jesus.

 

  

          Avalio o “Mês de Nazaré” pela presença das pessoas. Senti a emoção do Pe. Marthin. Para ele foi algo emocionante e que vai repercutir muito na sua vida; Pe. Luigi disse que vai voltar melhor do que aqui chegou; Pe. Virgílio, uma “personalidade”, com essa humildade no meio de nós e com essa carga de profetismo, nunca fez uma experiência tão longa e forte; os Pés. Pepe, Toni e Marthin, da Argentina, tinham algo que nos questiona; os jovens de Joinville – Marcos Antonio e Marcos Roberto – suas histórias nos mostram que Deus não abandona o seu povo - que o Senhor os conserve; as posições dos Pés. Valdir e Ernesto, frente à pastoral carcerária foi algo de grande valor, pois, somos desligados desta caminhada; Pe. Sá é um bom companheiro – “Pároco de Aldeia”; Pe. Didi com a sua história, abertura e dedicação para dar conta da pintura da casa que foi marcante; Márcio com Roberto na cozinha; Arcelina, como apoio, Gilson, Frederico e Roberto, leigos, foram presenças valiosas. D. Eugênio e o problema do mosteiro. Foi destaque o Pe. Freddy – cheguei a conhecê-lo, um pouco mais, como coordenador e participante e o mesmo tenho a dizer de Pe. Anchieta e de Pe. Jaime.

Sou grato por tudo, meu bom Deus! Foram dias lindos, mas não foi fácil – programa pesado para quem levou a sério. Para mim foi uma experiência única pela duração e pelos assuntos. Vou continuar ruminando. Que Deus nos abençoe!

Pe. Alírio Bervian

 

 

Valeu!

Quatro semanas de mês de Nazaré se assemelham a vida monástica que conheci, aqui mesmo, neste mosteiro da Anunciação, e em outros tantos mosteiros pelo mundo. Levantamos muito cedo e também vamos cedo para a cama. Rezamos, celebramos, meditamos a palavra de Jesus e de outros santos e santas que seguiram suas pegadas, fazemos trabalhos manuais. E gostamos de comer, sempre na hora certa, admirar o belo e a natureza. Eu gosto da vida monástica... por tanto gostei desses dias.

O mês de Nazaré trouxe, no entanto, muitas e boas novidades para mim. Agradou-me conhecer esses “meios” da espiritualidade de Charles de Foucauld que segue um sentido todo oposto aos “meios” com os quais normalmente eu lido. Estou falando dos meios de comunicação de massa, a serviço das classes privilegiadas, do consumismo, da concentração de renda e do poder. Os meios de Foucauld nos aproximam dos excluídos e dos mais pequeninos e nos permitem vislumbrar um outro mundo possível... Ah! Se o mundo soubesse como podem ser eficientes esses “meios”!

Valeu muito, para eu aprofundar meus conhecimentos sobre a Fraternidade Sacerdotal e um pouco, também, sobre a grande família de Foucauld. Esse conhecimento, seguramente me ajudará a viver esse novo caminho que se traça para o Mosteiro da Anunciação. Acho que poderei servir melhor se entendo melhor.

E, acima de tudo, agradou-me a convivência fraterna, tão rica com tantos irmãos de jeitos, culturas e lugares tão diferentes.

Arcelina

 

 

6- RETIRO PARA SEMINARISTAS

 

2. Retiro Anual da Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas para seminaristas

 

          De 5 a 9 de julho, aconteceu na diocese de Goiás o retiro para seminaristas promovido pela Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas. A finalidade desse retiro é buscar conhecer a vida e a espiritualidade do padre de Foucauld, além de criar nos participantes laços de fraternidade. 

          O retiro foi orientado pelo padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da pastoral carcerária e, antes de tudo, um irmão da fraternidade, que com muita disponibilidade aceitou esse convite e ajudou para que esse retiro se tornasse algo marcante nas nossas vidas. Tivemos, ainda, a presença do padre Gildo, também da fraternidade, que partilhou conosco suas experiências de missão na África e participou de todos os momentos do retiro.

          No primeiro dia, como já era noite, o padre Valdir apenas apresentou a programação para a semana e deu para cada um o livro “Irmão Carlos de Foucauld ao encontro dos mais pobres”, de Ion Etxezarreta Zubizarreta, que acabou se tornando um dos nossos companheiros durante o retiro, uma vez que, com sua leitura, adentramos no mundo de Carlos de Foucauld.

          No segundo dia, começamos, de fato, o nosso retiro e, em uma de suas primeiras colocações, o padre Valdir nos apresentou um Carlos que buscou o último lugar, já ocupado por Jesus Cristo; um homem que fora ao encontro dos abandonados, desenvolvendo, assim, a sua espiritualidade. O Carlos que nos foi apresentado é aquele que teve uma vida turbulenta, mas que, em determinado momento, fez o encontro pessoal com Cristo, por incrível que pareça, através do islã, e que, daí em diante, buscou configurar a sua vida à vida de Cristo. 

          No terceiro dia, meditamos sobre a frase do Irmão Carlos: “Se Deus existe, eu não posso viver, senão só para Ele”. A entrega total ao projeto do Reino de Deus e a opção pelos mais abandonados foram as características da vida e da espiritualidade do Irmão Carlos. Em seu retiro em Nazaré, o Irmão Carlos fez a experiência do nazareno, daquele sujeito simples, trabalhador, sofredor, que vive em uma terra de clima seco e que, por isso, não pode ter tido uma vida de luxo; é a experiência do Cristo abandonado, do justo sofredor. 

          O quarto dia foi, para nós, a pérola de todo o retiro, pois tivemos a graça do deserto. Logo após o café da manhã, padre Valdir nos deu algumas orientações para que fizéssemos uma boa experiência de deserto. Uma de suas palavras que nos chamou a atenção foi: “No deserto, nos encontramos conosco mesmo, restaurando o que está dividido”. Era um momento não apenas de silêncio, mas de encontro pessoal com Deus e conosco. Terminada a sua orientação, pegamos o lanche que nos alimentaria durante o dia: uma maçã, um pão e uma garrafinha de água; saímos do ambiente em que estávamos e fomos para o deserto.

          Nesses dias de retiro, o encontro com pessoas de outras regiões do país foi outra riqueza, pois tivemos a chance de conhecer outras culturas através dos irmãos seminaristas que ali estavam. Não podemos esquecer também da presença amiga de Dom Eugênio Rixen, bispo de Goiás, que foi nos dar as boas vindas, celebrou a missa conosco e, no último dia, foi despedir-se de nós.

          Os momentos de adoração ao Santíssimo também foram instantes de diálogo e de entrega total a Deus, dando ênfase à adoração noturna que, para alguns, foi uma novidade. O silêncio também fez parte do nosso retiro, dando lugar, às vezes, à convivência fraterna entre os seminaristas.

          O local, mosteiro da Anunciação, ajudou muito na espiritualidade. É um lugar sereno, que nos leva à oração e nos convida, dessa forma, a um encontro pessoal com Deus. A presença dos irmãos da fraternidade, Ir. Marcelo, Ir. Mauro e Ir. Márcio, assim como dos beneditinos, Ir. Ildebrando e Ir. Guilherme, que chegaram dias antes para arrumar a casa, foi de especial alegria; eles fizeram questão de participar de todos os momentos do retiro.

          Algo que não podemos deixar de citar aqui foi o testemunho do padre Valdir junto à pastoral carcerária. Suas histórias envolviam-nos e faziam-nos enxergar o Cristo no rosto daqueles detentos, que, muitas vezes, já haviam desanimado ou até ensaiado perder a fé em Deus. Com certeza, esse testemunho do padre Valdir marcou o retiro deste ano.

          Na noite do quarto dia, fizemos uma avaliação do retiro e algumas sugestões surgiram: 1ª que se fizesse o retiro num lugar de mais fácil acesso, porque as pessoas chegam no retiro cansadas, mas, quanto a isso, dom Eugênio ofereceu transporte para o próximo ano de Goiânia até Goiás, o que agradou a todos, porque, de fato, gostamos muito do lugar; 2ª Dom Eugênio sugeriu que, em vez de cinco dias, o retiro passasse para sete dias, porque acaba ficando pouco tempo para aprender sobre a espiritualidade do Irmão Carlos e, ao mesmo tempo, rezar a sua vida (essa foi uma proposta aprovada pela maioria dos seminaristas); 3ª que o retiro tivesse também um caráter de encontro, para que, através do contato com pessoas de outro canto do pais, tivéssemos a oportunidade de crescer mais culturalmente e espiritualmente; 4ª que, mesmo tendo os irmãos que ajudaram na preparação do retiro, a liturgia ficasse por conta dos seminaristas e que se utilizasse a Liturgia das Horas; 5ª que se criasse uma espécie de assessoria nacional dos seminaristas, que trabalhariam conjuntamente com os coordenadores nacionais da fraternidade,  para preparar o próximo retiro.

          Quanto à última sugestão, foram escolhidos alguns nomes que ficariam responsáveis por transmitir e organizar as propostas da Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas aos seminaristas que participaram do retiro, além de manter o devido contato com a coordenação nacional da fraternidade, a saber: região norte, seminarista Ricardo Pontes, de Manaus, Amazonas; região nordeste, seminarista Ricardo dos Santos, de Salvador, Bahia; região centro-oeste, seminarista Fernando, de Goiás, Goiás; região sudeste, seminarista Welder, de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, e seminarista Dayvid, de Santo André, São Paulo; região sul, seminarista Almir, de São José, Santa Catarina. 

          Por fim, no quinto dia, no café da manhã, encerrou-se o retiro e todos voltaram para os seus Estados, levando consigo a saudade dos amigos que fizeram, mas também a certeza de uma amizade fraterna.

 

Seminarista Dayvid da Silva

 

7. NOTICIAS

 

3.1. Queridos irmãos sacerdotes Jesus Caritas,

Estou recebendo constantemente o Boletim das Fraternidades e outros testemunhos de comunhão fraterna e foucauldiana. A fraternidade é por muitos motivos uma boa referência para essa comunhão que sonhamos. Muitas referências de  comunhão e de saudade ver o nome do querido Padre Celso  Pedro (aí o inesquecível  CENFI).

Para toda a fraternidade um forte abraço na paz subversiva do Evangelho.

                      + Pedro Casaldáliga

 

3.2. Irmãzinhas de Jesus lançam site

Com objetivo de partilhar “o tesouro mais importante de suas vidas” as Irmãzinhas de Jesus, lançaram uma página na internet, com um só objetivo: “Compartilhar com todos o tesouro mais importante de nossas vidas”. 

As Irmãzinhas se sentem “convidadas a viver uma vida contemplativa em plena massa humana – informa a ZENIT Ir. Donata Cairo –, no mundo dos pobres”, como “mulheres consagradas que pertencem a Deus.

As irmãzinhas de Jesus têm “na Igreja a missão específica de dar testemunho, com toda sua vida, do mistério de salvação, oferecido a todos, que se manifesta em Belém e Nazaré”. No site www.hermanitasdejesus.org é possível encontrar informações de seus fundadores (Irmão Carlos da Foucauld e Irmã Magdalena de Jesus), os fundamentos do carisma e de sua missão, assim como notícia de cada uma das fraternidades nos vários países como Chile, Argentina, Uruguai, Brasil, Peru, México e Cuba.

O site conta ainda com material para download (como por exemplo: Caminho de Oração com irmão Carlos de Jesus) e uma ampla galeria de imagens.

 

 

3.3. Lembranças de Segundo Galilea, dois meses após sua morte

Autor de vários livros sobre missão e espiritualidade

Um sacerdote claro, simples e profundo em suas reflexões: foi assim que Maria Barbagallo recordou na edição de ontem do L'Osservatore Romano Segundo Galilea, sacerdote e escritor chileno falecido no último dia 27 de maio. 

"Se queremos uma Igreja mais missionária, mais coerente e testemunhal, mais participativa na comunhão - dizia o Pe. Galilea -, significa que queremos uma Igreja mais espiritual, mais orante e mais contemplativa, isto é, mais bela." 

 

Sua vida

Segundo Galilea nasceu na capital chilena no dia 3 de abril de 1928. Foi ordenado sacerdote em 1956. No início da década de 60, trabalhou na preparação de missionários em Cuernavaca (México).

O Conselho Episcopal Latino-Americano o convocou para dar a conhecer o Concílio Vaticano II em um instituto de pastoral itinerante, do qual se converteu em diretor nas cidades de Medelhim e Bogotá (Colômbia).

Até 1975, percorreu a América Latina, comprometido em propor reflexões, retiros e exercícios espirituais. Depois, começou uma relação com as Pontifícias Obras Missionárias (POM) e, junto a outros sacerdotes, organizou um instituto missionário para o exterior.

Várias vezes viajou até as Filipinas e à Coreia do Sul. Trabalhou nos Estados Unidos, com as comunidades imigrantes. Também colaborou com importantes revistas de teologia nesse continente.

Doava dinheiro arrecadado pelos direitos autorais e por suas conferências ao arcebispado de Santiago do Chile, para financiar retiros espirituais nos setores mais pobres do seu país.

Em 1997, o arcebispo de Santiago do Chile lhe pediu para fazer parte do grupo de especialistas para redigir as conclusões do 9º sínodo diocesano.

Em 2000, partiu para Cuba, onde serviu como diretor espiritual do seminário de São Carlos, no mesmo país.

"Em Cuba se trabalha com poucos meios, poucos sacerdotes e religiosos, mas se aprende a viver o melhor da vida, viver o tudo e o pouco, valorizar o essencial", disse o sacerdote em uma entrevista realizada em 2001. Depois voltou a Santiago do Chile, por razões de saúde.

 

Ação com oração

Alguns defendem o Pe. Galilea como um "teólogo da libertação", devido a que pertence ao período em que esta corrente se difundiu pela América Latina. No entanto, "jamais foi um extremista nem se deixou manipular por correntes ferventes ou por polêmicas estéreis e superficiais", recorda Maria Barbagallo. 

A autora lembrou como este sacerdote "viveu seu compromisso na adesão fiel a Jesus Cristo e à Igreja e, em sua pregação incansável, tinha seu centro em Jesus de Nazaré, na Igreja, na missão e na evangelização".

Barbagallo destacou também o conteúdo dos seus escritos, "densos de mística missionária, de adesão a Jesus, pobre e obediente, de tentativas de levar as pessoas da Igreja a perceber que não existe dinamismo missionário sem uma adesão radical a Jesus Cristo".

O Pe. Galilea encontrou uma grande sintonia com as missionárias do Sagrado Coração de Jesus, fundadas por Santa Francisca Cabrini (1874-1914), e começou a viajar pelo Brasil, Argentina, Itália e Estados Unidos, dando-lhes conferências sobre missão e espiritualidade, assim como exortando-as a vincular mais leigos em sua missão.

Em seu funeral, o Pe. Fernando Tapia Miranda disse que sua vida poderia ser resumida em uma frase: "testemunho vivente da radicalidade do Evangelho".

"Ele não tinha nada próprio - recordou o sacerdote. Nos últimos anos, ocupava um pequeno quarto em nosso seminário pontifício. Nunca vimos que tivesse um carro. Viajava com sua pequena maleta nas mãos e seu eterno cachimbo." 

 

8. UM LIVRO UM AMIGO

 

VOEGELIN, Eric, Israel e a Revelação, Ordem e História – Vol. I, Ed. Loyola, São Paulo, 2010.

 

VOEGELIN, Eric, O Mundo da Pólis, Ordem e História – Vol. II, Ed. Loyola, São Paulo, 2010.

 

VOEGELIN, Eric, Platão e Aristóteles, Ordem e História – Vol. III, Ed.Loyola, São Paulo, 2010.

 

VOEGELIN, Eric, A Era Ecumênica, Ordem e História – Vol. IV, Ed. Loyola, São Paulo, 2010.

  

 

9. AGENDA

 

Retiro Anual

04 a 11 de janeiro de 2011

Casa de Retiro Monsenhor Domingos Pinheiro aos pés da Serra da Piedade, em Caetés.  

Á 53 Km de BH, MG – No Santuário Estadual de N. S. da Piedade

Diária  R$ 35,00 (trinta e cinco reais) 

Resp. Pe. Celso Pedro da Silva

Pregador: D. Paulo Roberto Beloto, Bispo de Formosa, GO

 

Região Leste – Rio de janeiro

30/11 a 01/12 de 2010

Pirai - RJ

Resp. Pe. Hideraldo V. Vieira

 

Região Leste – Minas Gerais

22 a 24 de novembro de 2010

Roças Novas, MG

Resp. Pe. Hideraldo V.Vieira

 

Equipe de Coordenação

18 a 22 de outubro de 2010

Porto Alegre, RS

Resp. Pe. Celso Pedro da Silva

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