BOLETIM 110-2002

Da redação

 Caros Leitores, Amigos e Irmãos da Fraternidade.

  

Já faz parte da tradição da Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas, realizar no início do ano civil o seu retiro anual, e o conteúdo do mesmo é publicado no primeiro Boletim das Fraternidades, do ano corrente. O retiro deste ano foi realizado de 4 a 11 de janeiro. Com o tema: Ser Igreja a Partir dos Atos dos Apóstolos, na cidade de Coronel Fabriciano, MG, o orientador foi o Pe. Mariano Puga, chileno, atual responsável Internacional da Fraternidade.

O local do retiro, privilegiado pela natureza, cercado por lindas e altas montanhas e muita água. Tudo isso contribuiu para o clima de oração e de fraternidade entre os participantes, que eram 80 pessoas, leigos, seminaristas, religiosas e padres provenientes dos quatro cantos do Brasil. Terminado o retiro deu-se início ao Mês de Nazaré, com a participação de três de nossos irmãos que permaneceram lá até o fim do mês, orientado e coordenado pelo nosso irmão Freddy, de Alagoinhas, BA.

Você, que participou do retiro, poderá em algum momento fazer sua Revisão de Vida a partir do conteúdo aqui publicado e aquelas pessoas que ficaram impossibilitadas de participar poderão agora aproveitar para fazer sua reflexão pessoal ou com sua fraternidade, graças aos esforços dos padres Edson e Manuel Godoy que anotaram as falas do Pe. Mariano.

Os participantes do Mês de Nazaré também muito contribuíram para com os leitores, relatando através de carta, mensagens, poesia e cordel suas experiências de Vida de Fraternidade, leia seus escritos.

Este números traz ainda outros temas como: artigo do Frei Betto sobre o Irmão Carlos, a Oração do Abandono, com melodia e partitura para animar os encontros das fraternidades, a prestação de contas do Pe. Eduardo, uma bibliografia extensa para você aprofundar na espiritualidade da Fraternidade Sacerdotal e os livros que foram mencionados no retiro, poderão ajudar você na sua leitura e reflexão do dia a dia.

Aqui publicamos, do retiro, somente as falas do Pe. Mariano e o material que os irmãos do Mês de Nazaré nos enviaram, deixamos de publicar as belíssimas experiências: das Irmazinhas de Jesus, do Pe. Gildo na África, a análise de conjuntura e tantas outras lindas experiências que foram partilhadas.

A equipe do Boletim deseja a você e a sua fraternidade uma boa leitura e espera sua reação e manifestação para que esse nosso meio de comunicação possa melhorar ainda mais, para tanto contamos com sua preciosa participação e colaboração.

 

RETIRO 

PREGADO PELO PE. MARIANO PUGA (FALECIDO EM 2020).

VEJAM-NO, POR FAVOR, NA NOSSA PÁGINA DE RETIROS: 

 

2. MÊS DE NAZARÉ 2002

 

2.1. CARTA

 

“...De Nazaré pode sair coisa boa?

...Venha e você verá”. Jo 1,46

 

          Caros companheiros da Fraternidade.

          Nós, participantes do Mês de Nazaré, estamos fortalecidos e animados pela graça de Deus, cuja experiência nestes dias fomos contemplados. Iniciamos o “Mês” com o retiro nacional da Fraternidade, e continuamos com a programação especial. Éramos quatro participantes: Mons. Aderson Neder (Arq. Belém - PA), Pe. Aldenor Claudino de Oliveira (D. Crateús - CE), Pe. Daniel Higino Lopes de Menezes (Arq. Brasília – DF) e Pe. José de Anchieta Moura (Arq. Juiz de Fora – MG). Como orientador: Pe. Freddy Goven (D. Alagoinhas – BA). Colaboradores: Pe. Jaime Jongmans (D. Alagoinhas – BA) e Pe. Günther (D. Rondonópolis – MT).

          O nosso encontro se deu na casa de retiro Recanto das Mangueiras em Cel. Fabriciano , região mineira conhecida como Vale do Aço, dominada por grandes empresas privatizadas (Vale do Rio Doce, Acesita, e Usiminas e as multinacionais Belgo Mineira e Cenibra). A diocese, Itabira - Coronel Fabriciano, governada por D. Lélis Lara, vive um momento de transição com a possível nomeação de um sucessor e do outro lado um tempo de Graça, por sediar em 2005 o 11º Intereclesial das CEB´s. O nosso Mês de Nazaré foi enriquecido não apenas pelo contato com a região (pessoas, natureza e comida mineira com seus queijos e cachaças) mas também com: a presença de seu bispo, a 2ª ampliada Nacional das CEB´s e o 5º Seminário Nacional das CEB´s, que ocorreram no mesmo local. Intercâmbio, que nos interpelou mais ardentemente o nosso compromisso com aquele “Novo jeito de Ser Igreja” que parte pela ótica preferencial pelos pobres.

          O Significado, a importância desse “Mês”, dificilmente poderá ser transmitido por palavras, somente conseguirá captar o espírito de tanta contemplação diante da face terna do Pai, quem experimentar ou re-experimentar este  “Mês”. A integração dos diferentes aspectos e elementos do Mês de Nazaré, a Revisão de Vida, os Desertos e Vigílias, o período de convivência, este tempo restaurador, as  liturgias, o local, e a convivência diversificada, são interpretadas, com muita arte e com-paixão, num texto de cordel, pelo nosso irmão Pe. Aldenor. Na intensidade da força do Espírito vivificador que como uma ventania, faz agitar no profundo da alma a renovação do nosso compromisso com esta caminhada de discípulos de Jesus, vivida pelos apóstolos, pelo Ir. Carlos de Foucauld e tantos outros, servirá como um chamado a reflexão e um estímulo à participação de outros “Meses” que virão.

          Somos amavelmente gratos pela intensa preparação e dedicação do nosso irmão Pe. Freddy e seus colaboradores, que além de terem fornecido subsídios e informações satisfatórias, com um método condizente, se colocaram como irmãos entre nós, sem nenhuma expressão de superioridade. Contudo, para que cada “Mês”  possa suscitar experiências ricas como aquela que nos proporcionou, sugerimos algumas coisas.

          Queremos nos perguntar, se os momentos de exercícios nos “Meios da Fraternidade” consideram o silêncio necessário para a vivência do Mês de Nazaré? Notamos muitos momentos de partilha, reflexão e estudo diário, mas sentimos falta de mais espaço de tempo para interiorizar individualmente cada aspecto das etapas feitas juntos.

          Adoração ao Ssmo. feita  pela madrugada ou no término da noite, provoca sonolência e impede uma maior concentração. A sugestão é que fosse no horário das 11hs aproximadamente, antecedendo o horário do almoço. Isto favoreceria um maior tempo para a revisão de vida à noite, que poderia iniciar às 20hs com o término às 22hs, sendo o jantar às 19hs. Também percebemos que a nossa convivência fraterna à medida que se intensificou, levou a uma indisciplina na pontualidade.       Seria bom se nos próximos encontros fosse feita uma introdução dos “Meios da Fraternidade” para nos preparar melhor na vivência dos mesmos. Da mesma forma antes da realização de cada “meio”, haver uma preparação específica para cada.

          Algo que abalou o nosso tempo juntos foi a saída do Mons. Aderson no início do mês. Oramos durante todo o período pela recuperação de sua saúde, e a ele somos solidários e desejamos que possa realizar o seu sonho de participar do Mês de Nazaré.

          Nos alegrou imensamente a oportunidade de celebrarmos com a comunidade local (domingo, 27 de janeiro), e sugerimos que onde for possível, se repetir a experiência ao menos aos Domingos. 

          Finalmente, quanto à divulgação do Mês de Nazaré, seja no boletim ou ficha de inscrição incluir no convite o material a ser usado (anotação, bíblia, os  Atos dos Apóstolos, repelente...). Pois, com quanto mais instrumentos temos para o trabalho, mais seremos favorecidos no aprofundamento e na socialização de textos e outros.

          Pesou bastante o recebimento da notícia do assassinato do companheiro, CELSO DANIEL, prefeito de Santo André – SP, que levou por mais um momento a vivenciar o tempo do martírio, tantas vezes testemunhado na história da Igreja e também no nosso país. Nos perguntamos: Até quando Senhor haveremos de ver vidas ceifadas e sangue derramado pela causa da justiça? Por quê ouvimos o silêncio da Igreja neste momento? Onde estão as vozes proféticas que tantas vezes gritaram “de cima dos telhados” quando tínhamos as bocas amarradas pela ditadura? Estaremos hoje omissos, diante de tanta crueldade e situações de morte que gera exclusão?

          Concluímos, antecipando o desejo das futuras experiências partilhadas para aqueles que fizerem o Mês de Nazaré e renovamos o nosso convite “VENHA E VOCÊ VERÁ” se “DE NAZARÉ PODE SAIR COISA BOA” .

          Fraternalmente UAI!, dos companheiros:

 

Pe. José de Anchieta Moura,

Pe. Aldenor Claudino de Oliveira e 

Pe. Daniel Higino Lopes de Menezes.

 

Cel. Fabriciano, 29 de janeiro de 2002.

 

2.2. MENSAGENS

 

1)       de Daniel Higino Lopes de Menezes (Brasília-DF.)

Caros irmãos da Fraternidade,

nesta eucaristia, em que demos graças a Deus pelo mês de Nazaré, conseguimos dar uma resposta ao Evangelho que diz: “De Nazaré, pode sair alguma coisa boa? Venha e veja.” E com isso, pudemos reafirmar os nossos compromissos de batizados no discipulado de Jesus, bem como manifestar o nosso desejo de viver a fraternidade na “Fraternidade” e na fraternura com os pobres.

 

 

2)       de José de Anchieta Moura Lima (Juiz de Fora-MG.)

Olha gente,

quem ainda não fez o mês de Nazaré: não tenham medo! Foi para mim uma experiência riquíssima que vai me marcar por toda a vida! Vale a pena transformar umas férias da nossa vida em mês de Nazaré.

Agradeço a Deus por esta oportunidade e à coordenação da Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas.

Que aprendamos sempre com Jesus , o Bem-Amado, e com o Irmão Carlos de Foucauld a conquistar sempre o último lugar!

Abraços a todos, UAI!

3)       de Aldenor Claudino de Oliveira (Cratéus-CE.)

Aos sacerdotes irmãos da Fraternidade Jesus+Caritas,

irmãos da Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas, eu, Aldenor Claudino de Oliveira, juntamente com Daniel e Anchieta, fizemos a experiência do Mês de Nazaré (2002).

De minha parte desejo simplesmente testemunhar para todos vocês: é uma porta que nos descortina incalculáveis possibilidades; a de uma sintonia real com a Trindade, e de disponibilização para a solidariedade com os pobres que Deus ama. E daí ouso desafiá-los: porque não fazer a experiência do mês de Nazaré? Não há nada a perdermos, só a ganhar, com a oportunidade de reabastecimento física e espiritual.

Com carinho e amor fraterno!

4)       de Freddy Goven (Alagoinhas-BA. – orientador)

Uma realidade nos deixa perplexos: por que Deus chamou a nós que somos frágeis como potes de barro, para transmitirmos um pedacinho do imenso mistério de Jesus? E por que será que alguns, apesar das suas limitações, respondem a esse chamado e outros não?

“Todavia, esse tesouro nós o levamos em vasos de barro, para que todos reconheçam que esse incomparável poder pertence a Deus e não é propriedade nossa. Somos atribulados por todos os lados, mas não desanimamos; somos postos em extrema dificuldade, mas não somos vencidos por nenhum obstáculo; somos perseguidos, mas não abandonados; prostrados por terra, mas não aniquilados. Sem cessar e por todo a parte levamos em nosso corpo a morte de Jesus, a fim de que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo.” (2Cor.4, 7-10)

Manifestar e transmitir o Cristo! Sermos pela nossa vida, reflexos e sinais do Ressuscitado! E entretanto, não o conhecemos sequer! Se tivéssemos de nos apoiar na nossa pouca fé ou nas nossas qualidades e dons pessoais, onde estaria a manifestação de Deus? Não é à-toa que Deus quis manifestar-se também a partir das nossas fragilidades humanas. Assim, se torna muito acessível para nós esta oração dos cristãos da Igreja primitiva: “Não olhes os nossos pecados, mas somente a fé da tua Igreja!”

Quem aceita, igual ao irmão Charles de Foucauld, transmitir por meio de sua vida uma parcela de mistério de Cristo, ... quem confia nele (“Meu Pai, a Vós me abandono...) até nos desertos da sua própria existência (“... porque nem sempre terei a coragem de Vo-lo pedir...), sabe que sua escolha pode levá-lo até a aproximar-se de modo invisível do martírio. Mas, para ele, aconteça o que acontecer, nunca há desastres irreparáveis: atribulado de todos os lados, não é esmagado; posto em extrema dificuldade, não é vencido. “Se o grão de trigo, caído na terra, não morrer...”

Quem vive até as últimas conseqüências o chamado de Cristo, vê universalizar-se o seu coração; sem ter pena de si mesmo, ele se torna capaz de tudo ouvir, de partilhar o sofrimento e a miséria dos homens. Longe de endurecer-se, longe de se acostumar ao sofrimento, o seu coração se alarga indefinidamente com o passar dos anos.

Embora tenha tudo para não agüentar mais, embora tenha aparentemente chegado ao fim das suas possibilidades, embora carregue dentro de si a agonia de Jesus, porque não se chega ao esgotamento total? O segredo é este: a cada momento, entrega tudo ao Cristo e ao seu Pai – as provações da humanidade, as suas próprias, aquilo que o agride. “Meu Deus, entrego a minha vida em vossas mãos, eu Vo-la dou com todo o amor do meu coração, porque eu vos amo!”. Sem oração também pelos opositores, uma parte da sua pessoa se acomodaria na escuridão. (O que não é redimido, não pode ser amado!). 

Nessa entrega contínua a Deus, tudo, até o corpo e a mente exaustos, são lançados Nele. E tudo revive, a tal ponto que o Ressuscitado se manifesta no nosso próprio corpo. Com o corpo nós O cantamos. Tudo em nós recomeça a cantar até atingir a plenitude: “Dai glória ao Senhor, dai glória ao Senhor, eternamente!”

Tudo isto significou para mim este mês de Nazaré, aqui em Coronel Fabriciano – MG. Como sonho que bem mais companheiros pudessem, um dia, fazer esta profundíssima experiência de fraternidade, inclusive sonho, com a mesma intensidade, que os mais velhos o refizessem de novo!

Abraços para todos!


2.3. POESIA

 

Pe. Freddy Goven

 

Da simplicidade do meu coração,

Ó Pai, eu quero viver mais intensamente;

Sem subterfúgios, sem falsidades, transparente,

Com um desejo ardente de descobrir o único desejo

Que se esconde atrás de tudo o que vive e o que é.

 

Da simplicidade do meu coração,

Ó Pai, estou pronto para me arriscar,

Deixando minha vida se realizar

Seguindo os trilhos que Tu colocaste,

Confiando que Tu me mostras o caminho,

Que Tu me carregas e empurras para frente.

 

Ó Pai, eu quero assumir minha vida,

Livre, aberto, transparente, sem medo

Grande em simplicidade,

Ouvindo, vendo e sentindo com o coração.

 

Ó Pai, eu quero ter uma esperança ilimitada,

Que vai mais longe do que posso imaginar,

Que vai mais fundo do que posso esperar,

Para dar a minha vida, … servindo.

 

Pobre, porém rico,

Solitário, porém não só,

Recebendo muito sem possuir,

Aceitando o que vem no meu caminho,

Indo para onde não quero,

Pela fidelidade a Ti.

 

Faça-se em mim segundo a tua Palavra!

 

2.4. Acróstico

 

 

M arcando profundamente a vida e a missão do Daniel, Aldenor e Anchieta,

E  excelente para quem quer aprofundar-se na fraternidade,

S em máscaras, num ambiente pautado pela contemplação, estudo, convivência e trabalho.

 

D e muito valeu a contribuição do Jaime e Günther,

E m especial o Freddy, com simplicidade, nos ajudou o mês todo.

 

N o “Recanto das Mangueiras” fizemos a experiência do Ir. Carlos,

A lguém que no meio dos pobres testemunhou com sua vida,

Z elando pela causa do Cristo e do seu Evangelho,

A legremente gritando-o com toda a sua vida,

R efletindo neste mês: Ir. Carlos, Atos, Diretório e Estatutos,

E  a revisão de vida após o tempo de deserto de cada um.

 

2 002 é o 2° ano do Milênio da era Cristã,

0 nde procuramos também ser Igreja libertadora,

0  que Atos cap. 15 a 28 nos ajudou na leitura orante

2 0 dias concluindo, nos engajando livremente na fraternidade, buscando o “último lugar”!

 

 

2.5. CORDEL

 

“... De Nazaré pode sair coisa boa?

... Venha e você verá”. Jo 1,46

Pe. Aldenor Claudino de Oliveira

  

I

Caros irmãos sacerdotes

Membros da “Fraternidade”

Acabamos de viver

Cremos que em profundidade

Mais um Mês de Nazaré

E agora a gente quer

Partilhar com amizade.

 

II

O “Mês” de 2002

Se deu na terra do “uai!”

Que é também de Tiradentes

De muito leite e aí vai;

Nas Minas Gerais, enfim

Com serras, montes sem fim

Obras do poder do Pai.

 

III

Começando a experiência

Éramos quatro companheiros.

Por doença um retirou-se

Logo nos dias primeiros.

Dos três que então ficamos

Os nomes apresentamos

Não houve mais entreveros.

 

IV

Anchieta e Daniel,

Sendo o terceiro, Aldenor

Ceará, Brasília e Minas

De trás pra frente “seor”!

Freddy Goven, da Bahia

Com esmero e energia

Foi nosso orientador

 

V

É sabido o que o “Mês” quer:

Como seja, exercitar

Pra vida em fraternidade

E aí vai encarar

Os “MEIOS” que levam a isto.

São vários, formando um misto

Vamos aqui recordar.

 

VI

EUCARISTIA diária

Consta da programação.

Temos também em comum

ESTUDO e REFLEXÃO

Da vida do inspirador

Irmão Carlos de Foucauld

Seu carisma e evolução

 

 

VII

ADORAÇÃO pessoal

De Jesus na Eucaristia

É um “meio” indescartável

Com uma hora por dia.

E VIGÍLIA semanal

Modelando o nosso “astral”

Pra com Deus ter sintonia.

 

VIII

Outro “meio” bem marcante

É o DIA DE DESERTO;

Experiência intensa

De solidão, no incerto:

Não se espera resultado

Pois Deus é o inesperado

Sabe a hora de ser perto.

 

IX

Tem a REVISÃO DE VIDA

Marco da Fraternidade

Cada um se apresenta

Com virtude e ambigüidade.

E ante certas vivências

Faz-se a pergunta intensa:

“Qual é de Deus a vontade?”

 

 X

Por fim vamos recordar

O TRABALHO MANUAL

Um tempo cada manhã,

Exercício especial:

Solidariza e aproxima

De quem vive a dura sina:

 Último lugar social.

 

XI

Depois de dado um retrato

Ou visão geral do mês

Queremos, irmãos amados

Traduzir para vocês

Como isso nos marcou,

De que modo nos tocou.

Vai aqui visão dos três.

 

XII

Sentimos que as Vigílias

Adoração prolongada,

Como os dias de Deserto

Despertaram, ó camaradas

Para maior abertura

À Trindade santa e pura

Razão da nossa jornada.

  

XIII

O espaço de partilha

Ou a Revisão de Vida

Muito significou,

Com transparência e acolhida.

Nos sentimos respeitados

Mas também questionados

De forma bem destemida.

 

XIV

A convivência informal

Completou a Revisão

Permitindo criar laços

Nos tornar um grupo irmão

Sem postura de hierarquia,

O que Jesus certo dia

Deu por recomendação (cf. Mt 23,8).

 

XV

Liturgias criativas

Com cada um assumindo

Procurando inculturar

Foi outro elemento lindo

Gerou co-responsabilidade

Ou a colegialidade

Coisas, hoje, se extinguindo

 

XVI

A programação inteira

Pareceu assustadora,

No começo deu impacto:

É “Supercarga opressora”.

Mas depois de adaptados,

Novos termos proclamados:

“É graça restauradora”.

 

XVII

Dentro dela, um elemento

Foi bem enriquecedor

Presença de Jaime e Günther

Junto ao orientador.

Conhecem a Fraternidade,

Do mundo bem a metade.

E isto nos ajudou.

 

XVIII

Pra postura universal

Em Irmão Carlos inspirada,

Bastante contribuíram.

Para nós foi resgatada

A história, cada etapa,

Conferida até em mapa

Nossa longa caminhada

  

XIX

Assim mostrou-se países

Com particularidades

Onde já temos presente

Uma ou mais fraternidades;

Seus modos de inserção

Busca de inculturação

E também dificuldades.

 

XX

Intercâmbio de culturas

Portanto, aconteceu.

Mais riqueza transbordou

E dela a gente bebeu.

Tudo não dá pra contar

“Venha” ao “Mês”, então “verá”

O quanto é marcante, “ó meu”.

 

XXI

O exercício dos “meios”

Educa na integração

Evita dicotomia

Entre vida e oração:

Reza-se para lutar

Melhor luta quem rezar

Clareia a motivação

 

XXII

No fim de tudo se fez

O chamado “ENGAJAMENTO”

É simples, mas por escrito.

Expressa o sopro do “Vento”,

Apelo do Espírito Santo,

Propósito lá para o canto

Onde seremos fermento.

 

XXIII

Tocante, neste sentido

E queremos registrar,

A atitude de Günter

Decidindo renovar

O feito de trinta anos:

“Não estava nos meus planos,

Mas quero reengajar”.

 

XXIV

A convivência do “Mês”

Com seu clima fraternal

Animou o irmão Günter

Reergueu o seu “astral”.

Isto fica por lição.

Insistimos: venha irmão,

Prove um tempo especial.

 

2.6. O PROTAGONISMO DO ESPÍRITO SANTO

 

 

Mons. Aderson Neder

 

          O assunto principal desenvolvido pelo Pe. Mariano Puga, no retiro da Fraternidade Sacerdotal “Jesus Caritas”, em Coronel Fabriciano, foi o protagonismo de Espírito Santo, tanto em relação à Igreja primitiva, relatada nos Atos dos Apóstolos, como à toda a sua história, inclusive a de nossos dias. Apresento aqui, com as minhas reflexões pessoais, alguns pontos de uma de suas meditações. 

          Como protagonista, o Espírito de Jesus tem um papel  primordial na Igreja. Sem sua vinda, em Pentecostes, a Igreja seria tão somente uma instituição como qualquer outra, fria e sem vida. Muitas vezes, na história eclesiástica, isso aconteceu ou ameaçou acontecer, precisamente pela falta de uma atenção maior à presença divina da terceira Pessoa de Deus na Igreja.. 

          Assim como o Espírito assumiu em tudo a encarnação do Verbo de Deus, - foi por Ele que Este foi concebido no seio de Maria Santíssima, Ele se fez presente no batismo e em todos os momentos da vida do Mestre, Ele o acompanhou na paixão, na morte de cruz e na ressurreição, - também agora Ele continua sua Missão no Corpo Místico de Cristo que é precisamente sua Igreja. 

          Atualmente quando se fala em recriar a Igreja, a partir da primitiva vivência dela, conforme nos relata o livro dos Atos dos Apóstolos, isso só será possível com a ação direta do Espírito Divino que faz com que a Igreja renasça, num renovar-se evangelizador contínuo e mais radical. É por obra dele, que é o Amor do Pai e do Filho, que se dará de fato a nova evangelização. . 

          Nós, que somos essa Igreja de Jesus, não podemos esquecer que passamos a participar dela, como uma verdadeira Família de Deus, precisamente porque o Amor, que faz parte essencial da  Vida, foi derramado em nossos corações pelo mesmo Espírito. É Ele quem produz a comunhão eclesial, pois, para realizar isso, Ele, de um certo modo, saiu da intimidade do Pai para se introduzir no povo. Foi algo semelhante à própria Encarnação do Filho. No entanto, essa comunhão eclesial só é possível quando assumimos em nós as Bem-aventuranças, ensinadas por Jesus, especialmente aquela que exige de nós o autêntico espírito da pobreza. Este nos leva a optar pela própria pobreza, porque, sem ela, nos seria impossível realizar a comum união com os irmãos e irmãs, dando à Igreja a sua dimensão indispensável de fraternidade. Se não for fraterna, a Igreja não será a autêntica comunidade de Jesus. 

          Jesus colocou esse amor fraterno como o sinal de credibilidade da própria fé nele:     “ Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. 

          Aqueles que não conseguem ter o verdadeiro espírito de pobre, que não sabem compartilhar, que vivem no egoísmo como uma opção de ter mais e sempre mais, não podem realmente ser Igreja do Senhor. A igualdade, base da genuína fraternidade, tem que ser radical. Meias medidas não se coadunam com o verdadeiro Cristianismo. Por isso, nos dizia Pe. Mariano, o Espírito chega a nos fazer amar também os inimigos, pondo em prática o mais difícil e quase irrealizável dos mandamentos de Jesus. Esse amor, essencialmente fraterno, também nos leva a incluir nele, não só os inimigos, mas também aqueles que são “distintos” de nós pela cultura, pela raça, pela religião, pela ideologia, etc. elementos que, muitas vezes, são a causa da maior divisão. É assim que o Espírito recria a Igreja e, através dela, também “renova a face da terra”. 

          Quando Jesus nos advertiu que não veio trazer a paz, essa paz, à qual Ele se referiu,  não é a  autêntica, mas a que significa a inércia, a omissão, a não realização da missão que Ele nos confiou e tudo aquilo que se torna negação na vida eclesial. O Espírito Santo, ao contrário, é fogo que queima e que purifica, é vento que arrebata e que arrasta, é legítima revolução que refaz a Igreja e lhe provoca um perene renascer. Ele é a energia que nos projeta no futuro e nos faz entregar, se preciso for, a própria vida, como Jesus entregou a sua, pela redenção do mundo. 

          Se o Espírito Divino é o protagonista da renovação do mundo, a começar pela Igreja, nós somos os seus coadjuvantes, pois muita coisa depende de nós. Sob muitos aspectos o Espírito se condiciona a nós, a cada um de nós. Ele depende da nossa entrega, da nossa criatividade, do nosso assumir a missão. Por isso devemos estar disponíveis a Ele, inteiramente, como Maria continuamente esteve. Em hipótese alguma devemos “amarrá-lo” à nossa mentalidade, ao nosso modo de ser e de agir, como se nós é que fôssemos os verdadeiros protagonistas.

 

3- ORAÇÃO DO ABANDONO                                          Oración del Hermano Carlos 

Adaptação e música:                         

Irz Auxiliadora de Jesus                    

Nacarágua                                                      

 

Meu Pai, ó nosso Pai                         Oh Padre, Padre nuestro

a vós eu meu abandono                     a ti nos entregamos,

o que de mim fizerdes                                    ponemos nuestras vidas

o que de mim fizerdes                                    penemos nuestras vidas

ó Pai, vos agradeço.                           oh Padre entre tus manos

 

A tudo estou disposto                        Haz de mí lo que quieras

é tudo o que o desejo,                       y yo te lo agradezco,   

contanto que se faça                          estoy dispuesto a todo

em mim vossa Vontade                      estoy dispuesto a todo

e em todas criaturas.                          Señor todo lo acepto.

                                                           

Ó Pai, em vossas mãos                       Con tal que se haga en mi

entrego a minha vida                           y en toda creatura 

com todo o meu amor                         tu voluntat, Dios mio!

de todo o coração                               es todo lo que quiero, 

meu Deus, porque vos amo               solo eso yo deseo.

 

Pra mim amar é dar-me                     Entre tus manos, Padre

entregar-me sem medida                   encomiendo mi vida

com infinita confiança                                   yo te la doy, Dios mio 

com infinita confiança                                   y quiero entregarla

por que vós sóis o meu Pai.               Señor porque te amo.

 

                                                           Para mi amarte es darme.

                                                           es ponerme en tus manos

                                                           con inmensa confianza,

                                                           con inmensa confianza

                                                           porque eres tu mi Padre.

 


4. CHARLES de FOUCAULD, HOMEM de DEUS

 

Frei Betto

 

          O homem que dá título a este artigo morreu assassinado na Argélia, em 1916. Tinha 58 anos de idade, era francês, fora oficial do Exército e comandara as tropas de ocupação da África. Descendente de família nobres, tinha hábitos refinados.

          Aos 28 anos, converteu-se ao evangelho de Jesus. Ingressou num mosteiro trapista, em busca de oração e solidão. O conforto monástico o incomodou. O rigor das regras, a segurança de vida, a fartura da mesa eram detalhes que o faziam sentir-se distante dos pobres e, portanto, do Jesus dos Evangelhos.

          Insatisfeito, Foucauld abandonou a vida comunitária e empregou-se, como servente, no convento das irmãs clarissas, em Nazaré. Queria mergulhar na vida oculta do jovem Jesus, sobre cujos anos pré-missionários nada se sabe, exceto o que sugerem uns poucos relatos de infância.

          Mais tarde, Foucauld retornou à Argélia, disposto a testemunhar Cristo entre os muçulmanos. Como militar, levara submissão e repressão àquele povo. Agora, anunciava a salvação. Obcecado pela solidão e premido pela busca franciscana do anonimato, retirou-se para Tamanrasset, no centro do Saara, a fim de compartilhar da vida dos tuaregues, um povo nômade e pobre. O fundamentalismo arraigado de alguns grupos islâmicos ceifou-lhe a vida.

          Monge sem convento, Charles de Foucauld pautou sua espiritualidade pelo seguimento radical de Jesus. Costumava justificar-se: Cristo ocupou de tal modo o último lugar que isso ninguém consegue tirar dele.

          Quase 20 anos depois de sua morte, Charles de Foucauld foi redescoberto por outro francês, René Voillaume. Nasceu a Fraternidade Irmãozinhos e Irmãzinhas de Foucauld e, na mesma linha espiritual, os Irmãozinhos do Evangelho, que hoje se espalham pelos cinco continentes. Há também a Fraternidade Leiga, integrada por aqueles que não fazem votos religiosos, mas abraçam a espiritualidade do místico francês, sobretudo no serviço anônimo aos mais pobres.

          No Brasil, há irmãozinhos e irmãzinhas entre os índios Tapirapés, no Araguaia, e nas favelas do Rio, como metalúrgicos no ABC paulista e na periferia de João Pessoa, e em muitos outros lugares. Não costumam pregar, não dão cursos nem se ordenam sacerdotes. Irradiam os valores evangélicos pelo testemunho de vida, a amizade, a integração com os núcleos populacionais nos quais vivem e trabalham. Todos meditam pelo menos uma hora por dia. Onde moram, há sempre uma capelinha na qual se recolhem em oração.

          Neste mês, a Fraternidade comemora a sua fundação. Sempre nutri uma ponta de santa inveja dessa gente que escolheu a senda obscura de Nazaré. Convivi com Chico, médico, em Belo Horizonte; com Serafim, operário, nas greves do ABC; com as irmãzinhas de Roças Novas (MG); com Arturo Paoli, profeta de Deus, hoje entregue à contemplação nas cercanias de Foz de Iguaçu.

          Quem mais me marcou foi o irmão François, cujo carisma era ser andarilho de Deus. Pegou carona num navio cargueiro, onde trabalhou na faxina, e desembarcou no Rio, em 1965. Seu propósito era chegar à Serra de Piedade em Minas. Caminhou até Petrópolis, onde pediu hospedagem numa casa paroquial. Ao fitar aquele homem com aspecto de mendigo, cabelos fartos, mochila às costas e sandálias de couro cru, o padre teve medo e bateu-lhe a porta na cara.

          François dormiu no jardim defronte à igreja. Pouco depois, a polícia o despertou, levando-o preso por vadiagem. No dia seguinte, o delegado conferiu os documentos dele e o liberou. “Não quero ir embora”, disse o monge, para espanto do delegado. “Gostaria de ficar por aqui uns três dias, para falar de Jesus aos presos.”

          Terminado o tríduo. François andou até Pedro do Rio, onde sentiu fome. Entrou num bar de beira de estrada e indagou do dono se poderia lavar o chão em troca de um prato feito. A proposta foi aceita. Ali, um caminhoneiro deu-lhe carona até Belo Horizonte, onde convivemos alguns dias no convento dominicano do bairro da Serra, antes que ele partisse para a montanha que abriga o santuário da padroeira de Minas.

          Passei anos sem notícias dele. Até que, em 1976, quando eu morava na favela, em Vitória, ele bateu inesperadamente à minha porta. Contou que andara por muitos países, vivera inusitadas experiências e pregara um retiro para o papa Paulo VI. Foram dias de muita fé e afeto. 

          Num tempo em que a religiosidade se orna de ruídos e jogos de efeito, a espiritualidade de Foucauld é um contraponto para quem se sente mais evangélico no silêncio da oração, no serviço aos pobres, no anonimato inspirado na vida oculta de Jesus em Nazaré. A busca da fama é incompatível com a fome de Deus. Como ensinou João, o Batista, é uma arte saber recolher-se para que Jesus possa sobressair.

 

Artigo publicado no Jornal O Estado de São Paulo, no dia 05 de setembro de 2001.

 

5. PRESTAÇÃO DE CONTAS


Balancete Anual - 2001

Fraternidade Sacerdotal Jesus+Cáritas

 Pe. Alfieri Eduardo Bompani 

 

HISTÓRICO                                                              DÉBITO            CRÉDITO             SALDO                 

Doações do ano de 2001                                                               1.020,00       

Contribuições do Retiro de Coronel Fabriciano                            2.178,00       

Boletim da Fraternidade 107 e 108                       1.813,00                                       

Boletim da Fraternidade 109 e Santinho               1.686,00                                   

Despesas do Retiro                                                      400,00                             

Total                                                                         3.899,00       3.198,00       

Saldo em janeiro de 2001  .........................................................................       2.061,00

Saldo Atual                                                                                                           1.360,00

 

 

6. AGENDA

 

1. Retiro

De 7 a 14 de janeiro de 2003

Início:           dia 7, com o jantar

Término:       dia 14, com o almoço

 

Orientador: Pe. Antônio Regis Brasil

 

Local: Centro de Treinamento de Líderes 

Rua Alves Ribeiro s/n

Salvador – BA – Praia de Itapoã 

          Fones: (71) 374-9037 e 374-7635

 

Diária: R$ 35,00 por pessoa (valor de hoje - fevereiro/2002)

 

Levar: Ofício Divino das Comunidades e Bíblia

Comida típica de sua região para a confraternização

Não é preciso levar roupa de cama e banho

 

 

2. ENCONTROS REGIONAIS

 

 

Região Sudeste

 

Data: 25 e 26 de novembro de 2002

          Início 25 com o jantar

Término 26 com o almoço

 

Local: Casa e Encontro Arrozal

          Rua Dona Isaura Rosa, 695 – Piraí, RJ

 

Informações: Pe. Gildo Nogueira Gomes

                     Tel.: (24) 2431.1291

 

 

Região Norte

 

Data: 01 a 04 de julho de 2002

Local: São Luís, MA

Informações: Pe. Franco Manetti

Tel.: (98) 232.2030   Fax.: (98) 232.6145

 

 

Região Sul

 

Data: 07, 08 e 09 de julho de 2002

Local: Porto Alegre, RS

Informações: Pe. Maurício da Silva Jardim

                     Tel. (51) 3225.5542 e 9951.0314

 

Região Nordeste

 

Data:  30 de julho a 01 de agosto de 2002

Local: Itapipoca, CE

Informações: Pe. Antônio Lopes Ferreira

Tel. (88) 696.1160

 

 

3. MÊS DE NAZARÉ

 

Argentina     Janeiro de 2003

Aguardando confirmação devido à atual situação do país.

 

Brasil            Janeiro de 2004

Mesmo local do retiro.

 

7. UM LIVRO UM AMIGO 

 

1.       Recuperar a Criação - por uma religião humanizadora

Andrés Torres Queiruga

São Paulo - Paulus, 1999.

 

2.       O Cristianismo no mundo de hoje

Andrés Torres Queiruga

São Paulo - Paulus, 1994.

 

3.       O Jesus que eu nunca conheci

Philip Yacey

Editora Vida

 

4.       Diálogos na Sombra - bispos e militares, tortura e justiça social na ditadura

Kenneth P. Serbin

Companhia das Letras, 2001.

 

5.       O Vaticano por dentro

Thomas J. Reese

EDUSC - Bauru, 1999.

 

8. BIBLIOGRAFIA

 

ASI, Emmanuel, Deus em Nazaré, A Face Humana de Deus. São Paulo, Loyola, 1995.

 

BENITO, Cassier (Org.), Fraternidade Carlos de Foucauld, Eu Sou Teu Irmão, No Seguimento de Jesus de Nazaré. São Paulo, Loyola, 1993.

 

BIBOLLET, Bruno, Padres Diocesanos, São Paulo, Paulinas, 2000.

 

CARRETO, Carlo, El-Abiodh, Diário Espiritual 1954-1955. São Paulo, Paulinas, 1993.

 

CARRETO, Carlo, Deserto na Cidade. São Paulo, Paulinas, 1976.

 

CHATELARD, Antoine, La Mort de Charles de Foucauld. Paris, Karthala, 2000.

 

DANIELOU, Jean, Cristo Rezava Assim, Espiritualidade para o nosso tempo.

 

ENZO, Santangelo, O Irmão Universal. São Paulo, Loyola, 1983.

 

FOUCAULD, Carlos de, Obras Espirituales, Antologia de Textos, Madrid, San Pablo, 1998.

 

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FOUCAULD, Charles de, Commentaire de Saint Matthieu. Paris, Nouvelle Cité, 1989.

 

FOUCAULD, Charles de, Carnets de Tamanrasset 1905-1916. Paris, Nouvelle Cité, 1986.

 

FOUCAULD, Charles de, Considérations, Sur les Fêtes de I ‘année. Paris, Nouvelle Cité, 1987.

 

FOUCAULD, Charles de, Opere Spirituali. Roma, Paoline, 1984.

 

FOUCAULD, Charles de, Deus é Amor. Roma, Cittá Nuova, 1994.

 

GALILEIA, Segundo, O Caminho da Espiritualidade. São Paulo, Paulinas, 1985.

 

GALILEIA, Segundo, Responsabilidade Missionária da América Latina. São Paulo, Paulinas, 1983.

 

GIGORD, J, Charles de Foucauld, Textos Espirituais. Coimbra, Aster.

 

GULA, Richard M., Ética no Ministério Pastoral. São Paulo, Loyola, 2001.

 

GUERRE, René, Espiritualidade do Sacerdote Diocesano. São Paulo, Paulinas, 1987.

 

KAUFMANN, Ludwig, Tres Pioneros del Futuro. Madri, Paulinas, 1986.

 

LEPETIT, Charles, O Parceiro Invisível. São Paulo, Paulinas, 1982.

 

LORIT, Sergio C., Carlos de Foucauld, La Llamada del Desierto, Madrid, Ciudad Nueva, 1986.

 

LEDOUX, Richard, Un Project Por Notre Temps, Les Fraternités Charles de Foucauld. Québec, Anne Sigier, 1995.

 

MARCHESI, Pe. José, Em Busca do Último Lugar. Macapá, 2001.

 

MARTINI, Carlos M., Presbítero Pastores do Povo. São Paulo, Paulinas, 1987.

 

PAOLI, Arturo, Fraternidade no Mundo. São Paulo, Paulinas, 1980.

 

PAOLI, Arturo, Converte-se. São Paulo, Paulinas, 1976.

 

PERRON, Margerite Castillon du, Charles de Foucauld. Milano, Jacabook, 1986.

 

RANDLE, Guilhermo, Interioridad de Carlos de Foucauld, Madrid, Claretianas, 1995.

 

SIBILIA, Gian Carlo, Carreto, Contemplativo pelos Caminhos do Mundo. São Paulo, Paulinas, 2000.

 

SIX, Jean François, Carlos de Foucauld, Itinerário Espiritual, Barcelona, Herder, 1978.

 

SPINK, Kathryn, Chamado do Deserto, Biografia de Ir. Madalena de Jesus. São Paulo, Loyola, 1997.

 

VOLPI, Domenico, Charles de Foucauld. Padova, EMP, 1987.

 

VOILLAUME, René, Fermento na Massa. Rio de Janeiro, Agir, 1963.

 

VOILLAUME, René, Rezar para Viver, Petrópolis, Vozes, 1961.

 

VOILLAUME, René, Onde Está Vossa Fé? São Paulo, Paulinas, 1976.

 

ZUBIZARRETA, Ion Etxezzarreta, Irmão Carlos de Foucauld, ao Encontro dos Mais Abandonados. São Paulo, Loyola, 1999.

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