Bem-Aventurados os Mansos e Pacíficos

Perguntas e Respostas

1) Quais são as máximas sobre as injúrias e violências? 

Os mansos possuirão a Terra, os pacíficos serão chamados filhos de Deus, e quem matar será réu em juízo. 

2) O que Jesus nos ensinou sobre essas máximas?

Jesus estabeleceu como lei a doçura, a moderação, a mansuetude, a afabilidade e a paciência. Consequentemente, condenou a violência e cólera. 

3) Como explicar a frase: "Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra?" 

Ao esperar os bens do céu, o homem necessita dos bens da terra para viver. O que ele recomenda, portanto, é que não se dê a estes últimos mais importância que aos primeiros.

4) Qual outra interpretação?

Até agora os bens da terra foram açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos mansos e pacíficos. Quando imperar a lei de amor e caridade, não haverá mais egoísmo.

5) O que produz a afabilidade e a doçura?

A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Necessário que essa afabilidade não seja apenas uma máscara. 

6) O que se observa em muitos lares?

Não podendo ser tirânicos fora do lar, descontam a sua violência dentro do lar, dizendo: "Aqui eu mando e sou obedecido”.

7) Qual o papel da dor na evolução do Espírito?

Não devemos nos afligir, pois a  dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos. 

8) Por que o apelo à paciência? 

Porque a paciência é também caridade. Por isso, o exercício do perdão aos que Deus colocou em nossos caminhos. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra.

9) Como entender a obediência e a resignação ensinada por Cristo? 

A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração. Ambas são forças ativas, porque levam o fardo das provas que a revolta insensata deixa cair.

10) Como surge a cólera? 

O orgulho leva-nos a nos julgarmos mais do que somos. Qualquer contrariedade pode nos ferir. E o que acontece, então? Entregamo-nos à cólera.

11) Devemos culpar o organismo pelo estado de cólera?

O corpo não dá impulsos de cólera a quem não os tem. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. Sem isso, onde estariam o mérito e a responsabilidade?

https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/bem-aventurados-os-mansos-e-pac%C3%ADficos


Texto Curto no Blog

“Bem-Aventurados os Mansos e Pacíficos” é o título do capítulo IX de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, e trata dos seguintes assuntos: Injúrias e Violências — Instruções dos Espíritos: — A Afabilidade e a Doçura — A Paciência — Obediência e Resignação — A cólera.

As máximas sobre as injúrias e violências podem ser resumidas: os mansos possuirão a Terra, os pacíficos serão chamados filhos de Deus e quem matar será réu em juízo. Nessas máximas, Jesus estabeleceu como lei a doçura, a moderação, a mansuetude, a afabilidade e a paciência. Consequentemente, condenou a violência e a cólera. 

A frase "Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra" pode ser entendida da seguinte maneira: ao esperar os bens do céu, o homem necessita dos bens da terra para viver. O que ele recomenda, portanto, é que não se dê a estes últimos mais importância que aos primeiros. Em outras palavras, até agora os bens da terra foram açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos mansos e pacíficos. Quando imperar a lei de amor e caridade, não haverá mais egoísmo.

A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Necessário que essa afabilidade não seja apenas uma máscara. Em muitos lares, observa-se: chefes de família não podendo ser tirânicos em suas atividades costumeiras, descontam a sua violência dentro do lar, dizendo: Aqui eu mando e sou obedecido”.

Em se tratando da evolução do Espírito, a dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos. “Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo-poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu”.

Neste capítulo há um apelo à paciência, visto que a paciência é também caridade. Por isso, o exercício do perdão aos que Deus colocou em nossos caminhos. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra.

Quanto à obediência e à resignação ensinadas por Cristo, entendamos: a obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração. Ambas são forças ativas, porque levam o fardo das provas que a revolta insensata deixa cair.

Quanto à cólera, anotemos: “O orgulho vos leva a vos julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, de tal maneira acima de vossos irmãos, seja na finura de espírito, seja no tocante à posição social, seja ainda em relação às vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e vos fere. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera”.

O corpo não dá impulsos de cólera a quem não os tem, como não dá outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. Sem isso, onde estariam o mérito e a responsabilidade?

https://sbgespiritismo.blogspot.com/2021/07/bem-aventurados-os-mansos-e-pacificos.html


Em Forma de Palestra

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Considerações Iniciais. 3. Injúrias e Violências: 3.1. As máximas de Jesus; 3.2. O Problema da Raca; 3.3. A Afabilidade e a Doçura. 4. Paciência: 4.1. A dor; 4.2. As Dificuldades; 4.3. Coragem. 5. Obediência e Resignação: 5.1. Entendendo os Termos; 5.2. O Modelo da Perfeita Obediência; 5.3. Obediência e Resignação. 6. Conclusão.

1. INTRODUÇÃO

Quem são os mansos e pacíficos? Quais são os assuntos relacionados ao tema? Como Allan Kardec trata deste assunto? Onde buscar mais informações?

2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Jesus na sua época descortinou-nos muitas lições extraídas dos dia-a-dia das pessoas.  

A maioria dos seus ensinamentos veio por meio das parábolas e das bem-aventuranças.

Nesse sentido, os pilares da sua doutrina podem ser vistos nas bem-aventuranças e nas parábolas, cujo objetivo era a obtenção do reino de Deus, o terceiro pilar.

Hoje faremos um estudo do capítulo IX Bem-Aventurados os Mansos e Pacíficos, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Debruce-nos na teoria e na prática do Doutrina do Cristo. 

Lembremo-nos de que os exemplos corrigem mais que as repreensões.

3. INJÚRIAS E VIOLÊNCIAS

3.1. AS MÁXIMAS DE JESUS

1. Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra. (Mateus, V: 4).

2. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Mateus, V: 9).

3. Ouvistes o que foi dito aos antigos? Não matarás, e quem matar será réu no juízo. Pois eu vos digo que todo o que se ira contra o seu irmão será réu no juízo; e o que disser a seu irmão: raca, será réu no conselho; e o que disser: és louco, merecerá a condenação do fogo do inferno. (Mateus, V:21-22).

3.2. O PROBLEMA DA RACA

Raca era entre os hebreus uma expressão de desprezo, que significava homem reles, e era pronunciada cuspindo-se de lado. Jesus combateu esta e outras palavras, pois toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei de amor e caridade, que deve regular as relações entre os homens, mantendo a união e a concórdia. É um atentado à benevolência recíproca e à fraternidade, entretendo o ódio e a animosidade.

3.3. A AFABILIDADE E A DOÇURA

Sobre este assunto, os Espíritos nos advertem que o mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração. “Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se pode enganar os homens pelas aparências, não pode enganar a Deus”.

4. PACIÊNCIA

4.1. A DOR

"A dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo-poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu".

4.2. AS DIFICULDADES

"A vida é difícil, bem o sei, constituindo-se de mil bagatelas que são como alfinetadas e acabam por nos ferir. Mas é necessário olhar para os deveres que nos são impostos, e para as consolações e compensações que obtemos, pois então veremos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra".

4.3. CORAGEM

"Coragem, amigos: o Cristo é o vosso modelo. Sofreu mais que qualquer um de vós, e nada tinha de que se acusar, enquanto tendes a expiar o vosso passado e de fortalecer-vos para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos: esta palavra resume tudo".

5. OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO

5.1. ENTENDENDO OS TERMOS

Obediência. Do lat. oboedientia, significa submeter-se à vontade, às ordens de outrem, e executá-las. Resignação. Do lat. resignatione, é o ato ou o efeito de resignar-se; renúncia espontânea de um cargo; submissão paciente aos sofrimentos da vida.

5.2. O MODELO DA PERFEITA OBEDIÊNCIA

Jesus Cristo é o modelo da perfeita obediência. Obedeceu a Deus, aos pais terrestres e aos seus superiores. Contudo, não foi conivente com a corrupção do povo de sua época. Forneceu-nos o exemplo da humildade, da paciência e da renúncia, a fim de atender aos desígnios do Alto. Sua resignação ante o Pai fê-lo morrer na cruz. Ainda aí não arredou o pé, preferindo o martírio, no sentido de enaltecer a verdade e com isso iluminar os nossos corações endurecidos.

5.3. OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO

A obediência é o consentimento da razão, enquanto a resignação é o consentimento do coração. Essas duas virtudes são companheiras da doçura e muito ativas, e a maioria dos homens confundem-nas com a inércia. Muito pelo contrário, há que se ter muita força interior para resistir aos desejos, às paixões ou à revolta ante uma ofensa. O verdadeiro resignado chega até a renunciar ao direito de queixa.

6. CONCLUSÃO

Sejamos mansos, pacíficos e moderados. Obedeçamos a Deus com todas as nossas forças e resignemo-nos aos infortúnios que se nos apresentarem. Não pensemos que a ascensão espiritual vem por um decreto divino. Ela é fruto de um árduo trabalho.

São Paulo, 2020. 

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