Iluminação

Perguntas e Respostas

Questões 218 a 238 do livro "O Consolador", pelo Espírito Emmanuel

1) Qual a necessidade imediata do Espiritismo?

Não é a de multiplicar prosélitos, mas a de buscar incessantemente o conhecimento e aplicação legítima do Evangelho. O trabalho de cada um na iluminação de si mesmo deve ser permanente e metodizado.

2) Onde encontrar a fonte que nos oriente a iluminação?

As teses e conclusões espíritas em seu tríplice aspecto de filosofia, ciência e religião são deveras importantes. Contudo, para a iluminação do íntimo, só o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar.

3) Qual a diferença entre crença e iluminação?

O que crê, apenas admite; mas o que se ilumina vibra e sente.

4) Despois do desencarne, continuamos o processo de iluminação?

No além da vida, o Espírito prossegue nos seus labores de iluminação. A reencarnação no mundo tem por objetivo principal a consecução desse esforço.

5) Como entender a salvação da alma?

Fazendo uso do Evangelho de Jesus Cristo, pois o Evangelho de Jesus é a dádiva suprema do Céu para a redenção do homem espiritual, em marcha para o amor e sabedoria universais.

6) Como iniciar o trabalho de nossa iluminação?

Pelo autodomínio, procurando a disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores.

7) Em matéria de conhecimento, qual a maior necessidade do homem?

A maior necessidade da criatura humana ainda é a do conhecimento de si mesma.

8) Além do Evangelho, há outras fontes de conhecimento para a iluminação dos homens?

Há muitas, principalmente as que dizem respeito à educação do caráter e da vontade, mas, em se tratando de iluminação espiritual, não existe fonte alguma além da exemplificação de Jesus, no seu Evangelho de Verdade e Vida.

9) Como interpretar a fenomenologia ante essa necessidade de iluminação?

Devemos compreender que os fenômenos acordam a alma; mas somente o esforço opera a edificação moral, legítima e definitiva.

10) Há necessidade de inovação religiosa para acelerar o processo de iluminação?

Toda inovação é indispensável, mesmo porque a lição do Senhor ainda não foi compreendida. A cristianização das almas humanas ainda não foi além da primeira etapa.

https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/ilumina%C3%A7%C3%A3o-o-consolador


Texto Curto no Blog

Iluminação

“O que crê, apenas admite; mas o que se ilumina vibra e sente”.

A necessidade imediata do Espiritismo não é a de multiplicar prosélitos, mas a de buscar incessantemente o conhecimento e aplicação legítima do Evangelho. O trabalho de cada um na iluminação de si mesmo deve ser permanente e metodizado. “A palavra dos guias e mentores do Além ensina, mas não pode constituir elementos definitivos de redenção, cuja obra exige de cada um sacrifício e renúncias santificantes, no laborioso aprendizado da vida”.

A base da iluminação encontra-se nas teses e conclusões espíritas em seu tríplice aspecto de filosofia, ciência e religião. Contudo, para a iluminação do íntimo, só o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar. "Aliás, o Espiritismo em seus valores cristãos não possui finalidade maior que a de restaurar a verdade evangélica para os corações desesperados e descrentes do mundo".

Observações:

No além da vida, o Espírito prossegue nos seus labores de iluminação. A reencarnação no mundo tem por objetivo principal a consecução desse esforço.

O trabalho de nossa iluminação deve ser iniciado pelo autodomínio, procurando a disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores.

A maior necessidade da criatura humana ainda é a do conhecimento de si mesma.

Em se tratando de iluminação espiritual, não existe fonte alguma além da exemplificação de Jesus, no seu Evangelho de Verdade e Vida.

Questões 218 a 238 do livro "O Consolador", pelo Espírito Emmanuel

http://sbgespiritismo.blogspot.com/2021/12/iluminacao.html


Em Forma de Palestra

Iluminação

1. Introdução

O que se entende por iluminação? Buda era um iluminado? Quais são os aspectos relevantes na busca da iluminação?

2. Conceito

Iluminação é o conjunto de luzes que se instala num determinado lugar com a intenção de o iluminar. O conceito de iluminação permite-nos fazer alusão ao esclarecimento interior místico, experimental ou racional. É um novo conhecimento que nos proporciona a sensação de plenitude. Pode-se falar de iluminação intelectual como também de iluminação espiritual.

3. Considerações Iniciais

Este estudo tem por base as questões 218 a 238 do livro “O Consolador”, pelo Espírito Emmanuel.

Neste capítulo, o Espírito Emmanuel enfoca a necessidade, o trabalho e a realização.

A iluminação interior deveria ser uma das primeiras preocupações do ser humano aqui na Terra.

4. Necessidade

4.1. Proselitismo

A função primordial do Espiritismo não é a de multiplicar prosélitos, mas a de buscar incessantemente o conhecimento e aplicação legítima do Evangelho. O trabalho de cada um na iluminação de si mesmo deve ser permanente e metodizado.

4.2. Fonte Principal

A fonte primordial da iluminação é o Evangelho de Jesus Cristo. Numerosos filósofos deram importância aos três aspectos da Doutrina Espírita, ou seja, filosófico, científico e religioso. Contudo, deve-se enfatizar que sem as mudanças propostas por Cristo em seu Evangelho de nada adianta o avanço da filosofia, da ciência e da religião.

4.3. Crença e Iluminação

Todos, de uma maneira geral, creem em alguma coisa; poucos se iluminam. “O que crê, apenas admite; mas o que se ilumina vibra e sente”. Aquele que crê depende de elementos externos que incentivam a sua crença. O que se ilumina é livre das influências externas, visto ter carreado muita luz para o seu interior. Não basta apenas acreditar no fenômeno mediúnico; necessário senti-lo no âmago do ser.

5. Trabalho

5.1. Salvação da Alma

Ser salvo é ser tirado dum perigo onde se corria risco de perecer. Salvar-se é libertar-se dos erros, das paixões insanas e da ignorância. Ensinar para o bem, através do pensamento, da palavra e do exemplo, é salvar. Para tanto, devemos fazer uso do Evangelho de Jesus Cristo, pois o Evangelho de Jesus é a dádiva suprema do Céu para a redenção do homem espiritual, em marcha para o amor e sabedoria universais. Não nos percamos: Jesus é o nosso modelo.

5.2. Guias Espirituais

Os nosso guias espirituais podem nos ajudar com conselhos e advertências, mas não irão fazer por nós o trabalho que pertence a cada um de nós. Imagine um professor que decifrasse os problemas comuns dos seus alunos. Ele não estaria contribuindo para o progresso de seu discípulo. Lembremo-nos de que os guias espirituais não são espíritos beatíficos. Eles caminham ao nosso lado, mas suas atividades e deveres são maiores que os nossos. “Trabalhai sempre. Essa é a lei para vós outros e para nós que já nos afastamos do âmbito limitado do círculo carnal. Esforcemo-nos constantemente”.

5.3. Iniciar o Trabalho de Purificação

O trabalho de purificação deve começar com a disposição de ânimo, envidando todo o esforço individual no autodomínio, disciplinando os sentimentos egoísticos e inferiores, no sentido de exterminar as próprias paixões. Nesse caso, em nenhuma hipótese deveríamos nos prescindir dos ensinamentos de outras almas mais evoluídas que a nossa — “água pura de consolação e de esperança, que poderemos beber nas páginas de suas memórias ou nos testemunhos de sacrifício que deixaram no mundo”.

6. Realização

6.1. Conhecimento de Si Mesmo

A tônica apontada pelos filósofos antigos, principalmente Sócrates no seu nosce te ipsum, ainda é a necessidade premente do ser humano. A lentidão nessa solução pela humanidade prende-se ao seguinte: “Somente agora, a alma humana poderá ensimesmar-se o bastante para compreender as necessidades e os escaninhos da sua personalidade espiritual”.

6.2. Fontes de Conhecimento para a Iluminação

O mundo está repleto de elementos educativos. Buda, por exemplo, há 2.500 anos, em suas tentativas de iluminação, já nos alertava para a supressão de todo o sofrimento. Os seus ensinamentos se basearam nas Quatro Nobres Verdades. Hoje, temos uma série de autores falando sobre a purificação da alma. “Mas, em se tratando de iluminação espiritual, não existe fonte alguma além da exemplificação de Jesus, no seu Evangelho de Verdade e Vida”.

6.3. Doutrinar e Evangelizar

“Para doutrinar, basta o conhecimento intelectual dos postulados do Espiritismo; para evangelizar é necessária a luz do amor no íntimo. Na primeira, bastarão a leitura e o conhecimento, na segunda, é preciso vibrar e sentir com o Cristo. Por estes motivos, o doutrinador, muitas vezes não é senão o canal dos ensinamentos, mas os sinceros evangelizados serão sempre o reservatório da verdade, habilitado a servir às necessidades de outrem, sem privar-se da fortuna espiritual de si mesmo”.

7. Conclusão

A fenomenologia, os guias espirituais e os diversos pensadores da humanidade apenas acordam a alma. Contudo, somente o esforço opera a edificação moral da alma.

São Paulo, janeiro de 2022.



Notas do Blog

Facetas da Mente

A mente tem duas facetas: iluminação e ilusão. A iluminação é o estado da mente pura. Suas experiências são autênticas, ou seja, sem ilusão. A ilusão é o estado da mente impura, que está condicionada pelas ilusões. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2011/03/dez-notas-sobre-o-contraste-entre.html)

Iluminação Súbita

A iluminação súbita de uma alma traz como consequência o desejo de convencer os outros a pensar de forma semelhante. Paulo de Tarso é um exemplo clássico. Certa feita, o perseguidor dos cristãos, estando a caminho de Damasco, vislumbra a presença de Jesus e fica cego. Dias depois, recupera a sua visão, entra em contato com os textos evangélicos e quer transmitir a "boa nova" aos demais. Teve uma grande decepção. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2020/07/evangelho-e-pregacao.html)

A iluminação súbita pode ser verificada pesquisando a biografia dos grandes pensadores. O filósofo Sócrates que viveu no século V a. C. teve seu insight depois de uma visita que fizera ao Oráculo de Delfos, quando, a partir daí, passou a ensinar o conteúdo da autoconsciência do homem. René Descartes (1596-1650) teve sonhos que lhe indicaram sua missão divina: construir o método para a nova ciência. O íntimo da maioria dos grandes pensadores mostra essa relação com o divino.

Quem Precisa de Quem?

É o Espiritismo que precisa da ciência ou a ciência que precisa do Espiritismo? O Espírito Emmanuel, na pergunta 1 de O Consolador, esclarece-nos que, embora a necessidade não seja absoluta, a ciência é sempre útil. Na realidade, a ciência é que tem necessidade do Espiritismo, cuja finalidade é a iluminação dos sentimentos morais das criaturas. Neste livro, psicografado por Francisco Cândido Xavier, Emmanuel faz uma análise das ciências fundamentais: a Química, a Física, a Biologia, a Psicologia e a Sociologia. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2019/01/ciencias-e-espiritismo.html)

Buda e a Supressão do Sofrimento

Buda, há 2.500 anos, em suas tentativas de iluminação, já nos alertava para a supressão de todo o sofrimento. Os seus ensinamentos se basearam nas Quatro Nobres Verdades, em que destaca a natureza, a causa, a supressão e o caminho para a supressão do sofrimento. No caminho da supressão do sofrimento, ele enfatiza o Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta e concentração correta. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2016/05/nobre-caminho-octuplo-buda.html)

Os Clássicos e a Iluminação

A volta aos antigos significa que a liberdade, o culto da beleza e a contemplação artística devem predominar sobre os avanços da ciência e da tecnologia. Enquanto a ciência positiva é fragmentada, a ciência do espirito é abrangente, mais adequada à obtenção do conhecimento verdadeiro. A ciência do espírito é uma espécie de iluminação divina como bem salientou santo Agostinho em suas prédicas: "como saberíamos, não fosse a iluminação divina, o que é justo e o que é injusto? Se o sabemos é porque daquela verdade se "copia" toda lei justa". (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2014/04/o-nada-e-o-saber-dos-antigos.html)

Santo Agostinho e a Iluminação Divina

O grande representante da patrística é, sem dúvida, santo Agostinho (354-430) que, em Confissões, diz: "Dai-me castidade e continência, mas não agora". Para ele, como as verdades não podem nascer na alma, que é mutável, só podem se explicar por iluminação divina. Como saberíamos, não fosse a iluminação divina, o que é justo e o que é injusto? Se o sabemos é porque daquela verdade se "copia" toda lei justa. As duas principais obras deixadas por santo Agostinho são: Confissões e Cidade de Deus. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2016/02/o-advento-do-cristianismo.html)