Crise

Perguntas e Respostas

1) Qual a etimologia de crise? 

Do grego krisis, do mesmo étimo do verbo krino, separar, depurar, como se faz com o ouro. 

2) Qual o primeiro sentido da etimologia? 

Corresponde à fase decisiva de uma doença. Mais especificamente, um momento de desequilíbrio sensível. 

3) Qual o consenso entre os pesquisadores? 

A crise leva à ruptura com o estado anterior. O novo rumo pode ser de melhora ou de piora. 

4) Como se explica a crise na medicina e na área militar? 

Tanto na medicina como na ciência militar, crise exprime o momento de viragem, dificilmente situável, em que se tem lugar a decisão sobre a vida ou a morte, sobre a vitória ou sobre a derrota. 

5) Que tipo de crise pode ocorrer na economia? 

Em economia, a crise está ligada aos ciclos econômicos, que se fundamentam na insuficiência de produção ou na superprodução, como a que ocorreu em 1929. 

6) Qual a relação entre épocas orgânicas e épocas críticas? 

As épocas orgânicas repousam em crenças bem estabelecidas; as épocas críticas dão início à ruptura das crenças estabelecidas. Exemplo: a crise renascentista é a passagem da época medieval para a época moderna. 

7) Como a época orgânica pode se transformar em utopia? 

Pressupõe-se que, como um passe de mágica, as incertezas, as tensões e as injustiças se dissiparão e se transformarão no mito da Idade de Ouro. 

8) Como o Espírito Emmanuel interpreta a crise*?

"Toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança". 

(Reunião de 08/08/2015)

Fonte de Consulta

LOGOS – ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE FILOSOFIA. Rio de Janeiro: Verbo, 1990.

* XAVIER, F. C. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. Brasília: FEB, 2012, capítulo 58 ("Crises"). (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/crise )


Texto Curto no Blog

Crise

Crise. Do grego krisis, do mesmo étimo do verbo krino, separar, depurar, como se faz com o ouro. O primeiro sentido da etimologia corresponde à fase decisiva de uma doença. Mais especificamente, um momento de desequilíbrio sensível. O consenso entre os pesquisadores é que a crise leva à ruptura com o estado anterior. O novo rumo pode ser de melhora ou de piora.

Tanto na medicina como na ciência militar, crise exprime o momento de viragem, dificilmente situável, em que se tem lugar a decisão sobre a vida ou a morte, sobre a vitória ou sobre a derrota. Em economia, a crise está ligada aos ciclos econômicos, que se fundamentam na insuficiência de produção ou na superprodução, como a que ocorreu em 1929.

Saint-Simon em L'introduction aux travaux scientifiques du XIXe siècle (1807), distingue entre épocas orgânicas e épocas críticas. As épocas orgânicas repousam em crenças bem estabelecidas; as épocas críticas dão início à ruptura das crenças estabelecidas. Exemplo: a crise renascentista é a passagem da época medieval para a época moderna.

Cuidado: a época orgânica pode se transformar em utopia. Muitos pessoas pressupõem que, como um passe de mágica, as incertezas, as tensões e as injustiças se dissiparão e se transformarão no mito da Idade de Ouro, onde tudo se resolverá com facilidade. É a ideologia dos povos oprimidos.

O Espírito Emmanuel, na lição 58 "Crises", do livro Vinha de Luz, psicografado por Francisco Xavier, diz-nos que "Toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança". 

Fonte de Consulta

LOGOS – ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE FILOSOFIA. Rio de Janeiro: Verbo, 1990.

http://sbgfilosofia.blogspot.com/2015/05/crise.html


Em Forma de Palestra

Crise

“Toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança.” (Espírito Emmanuel)

1. Introdução

O que significa crise? Qual a sua etimologia? Há diferença entre crise e crítica? Como explicar a crise econômica? Como analisar a crise diante do Espiritismo?  

2. Conceito  

Crise. Do grego krisis, do mesmo étimo do verbo krino, separar, depurar, como se faz com o ouro. O Dicionário Etimológico de Antenor Nascentes dá também os significados de momento decisivo, separação e julgamento.

3. Considerações Iniciais 

Falamos de “crise” em relação a sujeitos, a formas de vida e, também, a um sistema ou “esfera” de ação.  

Na antiguidade, crise tinha o sentido de julgamento.  

A palavra crise era usada na medicina para expressar um limite entre a vida e a morte. Diz-se da fase decisiva de uma doença. Mais especificamente, um momento de desequilíbrio sensível.  

Passou para o direito, a economia, a filosofia e, inclusive, para a religião.

Entre os pesquisadores, há consenso de que a crise leva à ruptura com o estado anterior. O novo rumo pode ser de melhora ou de piora.  

Tanto na medicina como na ciência militar, crise exprime o momento de viragem, dificilmente situável, em que se tem lugar a decisão sobre a vida ou a morte, sobre a vitória ou sobre a derrota.  

4. Crise: Medicina, Economia e  Política 

4.1. Crise na Medicina 

Nome com que se designa qualquer fenômeno nitidamente brusco que se dá no organismo. A mudança brusca pode ser de melhora ou de piora. A pneumonia, por exemplo, é uma das afecções que terminam por crise. A crise pneumônica consiste numa queda rápida da temperatura, pondo fim à curva final da doença, acompanhada em regra de sudação abundante e grande emissão de urina.  

4.2. Crise Econômica  

Em economia, a crise está ligada aos ciclos econômicos, repentinas perturbações da vida econômica, que se fundamentam na insuficiência de produção ou na superprodução, como a que ocorreu em 1929. Há as crises gerais e as crises locais. As crises gerais são devidas ao excesso de produção em relação ao consumo. As crises locais podem resultar de um déficit na colheita ou de especuladores na bolsa.  

4.3. Crise na Política  

Segundo Aristóteles, as atividades de julgar (krisis) e governar (kratein) transformam o indivíduo em cidadão. Nesse sentido, a lei é produto da crise e da divisão da vida ética. O fim da divisão ou conflito se dá pelo julgamento. Nesse caso,  julgamento legal dá o fundamento do status do cidadão político, que é ele mesmo a separação entre o oikos (família) e a polis (cidade).  

4. Aspectos Filosóficos  

5.1. Crise e Crítica  

Na antiguidade, a palavra grega krisis não distingue entre crise e crítica. Os gregos viam o sentido filosófico da crise como juízo de valor. Hoje, poderia se encaixar no campo da esfera crítica.  

Na Idade Média, esses dois termos divergem.  

No iluminismo esses dois usos divergem ao mesmo tempo em que continuam sobrepostos.  

5.2. Épocas Orgânicas e Épocas Críticas

As épocas orgânicas repousam em crenças bem estabelecidas; as épocas críticas dão início à ruptura das crenças estabelecidas. Exemplo: a crise renascentista é a passagem da época medieval para a época moderna.  

Problema: a época orgânica pode se transformar em utopia. Pressupõe-se que, como um passe de mágica, as incertezas, as tensões e as injustiças se dissiparão e se transformarão no mito da Idade de Ouro.  

5.3. Crises de Maturidade 

As crises de maturidade são deflagradas por razões externas e internas. Elas se exprsssam inter alia, que são as tentativas de reconciliação com a imagem do mundo. Quando o sujeito entra em conflito com as imagens que tem do mundo, ele é obrigado a propor mudanças em suas atitudes. O caos não se sustenta por muito tempo. Por isso, o sujeito busca incessantemente soluções novas e radicais da imagem do mundo de nível mais elevado.  

6. Consolo Espírita 

6.1. Crise Familiar

Numa crise familiar, o princípio da reencarnação assume papel fundamental. Ele convoca os interessados a refletirem sobre um novo campo de observações, impelindo-os à tolerância, sem a qual não conseguirão o entendimento para cumprir a missão pela qual se propuseram a realizar neste planeta de provas e expiações. 

5.2. Paciência diante das Crises  

Contradições, crises e incertezas surgem em nossa existência, abalando as estruturas de nossa defesa. A recomendação evangélica é para que tenhamos paciência, se quisermos possuir nossa alma. 

No âmago da crise, da confusão mental, a tentativa de suicídio se nos apresenta com facilidade, em virtude do monoideísmo criado pelos nossos pensamentos negativos. Temos de parar e refletir: 1º) Deus não coloca fardos pesados em ombros frágeis; 2º) não há, no mundo, duas pessoas iguais; 3º) somos postos no devido lugar para a construção de nosso destino; 4º) o sofrimento é inerente à imperfeição. 

5.3. Crises, pelo Espírito Emmanuel

Na lição 58 “Crises” do livro Vinha de Luz, o Espírito Emmanuel comenta o trecho evangélico “Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora.” – Jesus. (JOÃO. 12:27.)

Lembra-nos de que o Mestre ia provar o abandono dos entes amados, o apodo na via pública, o suplício e a cruz, mas sabia que ali se encontrava para isto, consoante os desígnios do Eterno.

Pede a proteção do Pai e submete-se na condição do filho fiel aos sofrimentos que lhe foram assinalados.

“Quando pois te encontrares em luta imensa, recorda que o Senhor te conduziu a semelhante posição de sacrifício, considerando a probabilidade de tua exaltação, e não te esqueças de que toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança”. 

7. Conclusão 

A crise é a época de exame para verificar o proveito no trato da experiência. É ela que nos faz transcender o estado atual de evolução. Sem ela permaneceríamos chafurdados no pântano dos pensamentos retrógrados.   

8. Bibliografia Consultada 

GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]. 

LOGOS – ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE FILOSOFIA. Rio de Janeiro: Verbo, 1990. 

OUTHWAITE. W. e BOTTOMORE, T. Dicionário do Pensamento Social do Século XX. Rio de Janeiro, Zahar, 1996. 

XAVIER, F. C. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. Brasília: FEB, 2012.

São Paulo, abril de 2015.



Notas do Blog

Crise e Mudança Paradigmática

Crise tem conexão com o conflito, o paradigma e a mudança social entre outros. Observe o conflito. Quando uma crise surge em função do conflito, queremos eliminar o adversário, a pessoa que esteja causando barreiras ao nosso projeto. Conflito difere de competição. Na competição, queremos ultrapassar o adversário; no conflito, eliminá-lo. Uma imagem plástica: uma corrida ilustra a competição; a luta de boxe, o conflito. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2015/08/crise-e-mudanca-paradigmatica.html)

Ceticismo e Termos Correlatos

Crise. Na antiguidade correspondia à fase terminal de uma doença. Hoje, significa um momento de desequilíbrio sensível. Fala-se, assim, da “crise do determinismo”, “crise do Ocidente” do século XX. Em Economia, há a crise por insuficiência de produção (crise de 1929) e crise por superprodução. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2011/09/ceticismo-e-termos-correlatos.html)

No Momento da Morte

O transe da morte é sempre crise, pois retrata a passagem do mundo da matéria para o mundo do Espírito. Quer dizer, deixamos este mundo e penetramos no mundo dos Espíritos. Léon Denis, em Crise da Morte (primeiro caso), diz-nos que há afirmações de que o indivíduo revê instantaneamente toda sua vida que acaba de deixar. Espírito Peckam disse: "No momento da morte, revi, como num panorama, os acontecimentos de toda a minha existência". Desprendendo do corpo, a alma segue o peso específico de seu perispírito, ou seja, irá para lugares felizes ou infelizes, conforme foi a sua atuação neste mundo. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2019/04/no-momento-da-morte.html)

Laços de Família

Numa crise familiar, o princípio da reencarnação assume papel fundamental. Ele convoca os interessados a refletirem sobre um novo campo de observações, impelindo-os à tolerância, sem a qual não conseguirão o entendimento para cumprir a missão pela qual se propuseram a realizar neste planeta de provas e expiações. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2013/05/lacos-de-familia.html)


Sites e Blogs

A Pior das Crises

Poucas vezes, na história da humanidade, a imprensa mundial noticiou tantas crises.

Crise familiar, crise financeira, crise social, crise industrial, crise de emprego, crise religiosa, crise moral…

Há nos corações uma crise de esperanças.

Em 1935, o sábio Emmanuel, pelas mãos diligentes de Chico Xavier, em “Palavras do Infinito”, já chamava atenção para o fenômeno: “A alma humana, dentro dessas vibrações antagônicas, perde-se num emaranhado de conjecturas e sofrimentos” e arremata, reduzindo todas elas a uma só: a de “ordem espiritual”.

Sobejas razões tinha o Cristo quando nos advertiu que não devemos servir a “dois senhores”. Em nossa “ansiosa solicitude pela vida”, fizemos a opção errada pelo materialismo, com graves prejuízos para todo o planeta.

Somos todos personagens destes mesmos dramas, construtores de nossa própria infelicidade.

Comentando a missão do Espiritismo, Allan Kardec admitia a existência de “um fermento de incredulidade que unicamente o tempo aniquilará”. (http://www.mundoespirita.com.br/?materia=a-pior-das-crises)

Crise ou oportunidade? Reflexões no Espiritismo

Em cada época da história humanidade terrestre, foi reconhecida a existência de uma crise. Fruto de algum desequilíbrio, profundo ou superficial, do status quo, essas crises foram reais, quando a sociedade sofreu reflexos penosos em uma ou mais de suas características, ou aparentes, quando algum aspecto da organização social passou por modificações naturais, desagradando ou atemorizando os mais conservadores. Basta ler relatos e jornais de época e vamos encontrar a palavra crise, apresentada com cores berrantes, quando não terríveis.

Em um século no Brasil, por exemplo, passou-se por ditadura, duas guerras mundiais, revoluções populares e militares, inflação, disputas ideológicas, novas doenças, dissolução dos antigos valores familiares, igualdade da mulher e das minorias, industrialização, avanço tecnológico, afora os grandes fenômenos atmosféricos, que por aqui são brandos. E mais os reflexos, diretos ou indiretos, das crises dos demais países, que cada vez mais nos atingem pelo processo globalizador das atividades humanas. (https://www.luzdaserra.com.br/crise-ou-oportunidade-reflexoes-no-espiritismo)


Pensamentos

"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida." (Platão)

"Quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade." (John Kennedy)

"No inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise." (Dante Alighieri)

"Cada nova adaptação é uma crise na autoestima." (Eric Hoffer)

"Os momentos de crise suscitam um redobrar de vida nos homens." (François Chateaubriand)

"A necessidade básica do coração humano durante uma grande crise é uma boa xícara de café quente." (Alexander King) 


Mensagem Espírita

Crises

“Pai, salva-­me desta hora; mas para isto vim a esta hora.” Jesus (João. 12:27)

A lição de Jesus, neste passo do Evangelho, é das mais expressivas.

Ia o Mestre provar o abandono dos entes amados, a ingratidão de beneficiários da véspera, a ironia da multidão, o apodo na via pública, o suplício e a cruz, mas sabia que ali se encontrava para isto, consoante os desígnios do Eterno.

Pede a proteção do Pai e submete-­se na condição do filho fiel.

Examina a gravidade da hora em curso, todavia, reconhece a necessidade do testemunho.

E todas as vidas na Terra experimentarão os mesmos trâmites na escala infinita das experiências necessárias. 

Todos os seres e coisas se preparam, considerando as crises que virão.

É a crise que decide o futuro.

A terra aguarda a charrua.

O minério será remetido ao cadinho.

A árvore sofrerá a poda.

O verme será submetido à luz solar.

A ave defrontará com a tormenta.

A ovelha esperará a tosquia.

O homem será conduzido à luta.

O cristão conhecerá testemunhos sucessivos.

É por isso que vemos, no serviço divino do Mestre, a crise da cruz que se fez acompanhar pela bênção eterna da Ressurreição.

Quando pois te encontrares em luta imensa, recorda que o Senhor te conduziu a semelhante posição de sacrifício, considerando a probabilidade de tua exaltação, e não te esqueças de que toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança. XAVIER, F. C. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. Brasília: FEB, 2012, capítulo 58)

Diante da Crise

“Irmãos queridos.

Diante dessa crise que se abate sobre nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé e de coragem e estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil.

Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número possível de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares.

Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha.

Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando a realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis.

É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança.

Somente através da esperança conseguiremos de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.

Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé. Ah! A fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar.

Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável. O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam, muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade.

São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta.

Diante desse quadro de forças negativas tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever urgente de lutar pela transformação deste estado geral. Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha.

Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações rudes, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte.

Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação, precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e caminhar no rumo do progresso.

São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor.

Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho.

Sejamos solidários sim com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas que também a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado.

E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.

Eurípedes Barsanulfo

(Psicografada pela médium Suely Caldas Schubert, em 14 de setembro de 1983, no Centro Espírita Ivon Costa, em Juiz de Fora, MG) (https://www.verdadeluz.com.br/a-crise-sob-a-visao-espirita/ )