Reino de Deus

Em Forma de Palestra

1. Introdução

De acordo com a Teologia, o Reino de Deus é tema central da pregação de Jesus. Ele ocupa lugar de destaque em várias de suas parábolas — principalmente o grão de mostarda —, a menor das sementes que, depois de plantada, dará a maior das árvores. Assim, o objetivo deste estudo, à semelhança do grão de mostarda, é enaltecer o desenvolvimento das potencialidades interiores de cada um de nós, a fim de que nos tornemos árvores frondosas em virtude e sabedoria.

2. Conceito

Reino — 1) Nação ou Estado governado por um rei ou uma rainha. 2) Domínio longínquo pertencente ao rei.

Reino dos Céus/Deus Catolicismo: realidade misteriosa cuja natureza só Jesus pode dar a conhecer. Espiritismo: estado de felicidade proporcional ao grau de perfeição adquirida; materialização da felicidade dos bem-aventurados; obra divina no coração dos homens; estado de sublimação da alma, criado por ela própria, através de reencarnações incessantes. (Espiritismo de A a Z, FEB)

3. Notícias Históricas

O conceito de Reino de Deus vem do Antigo Testamento:

a) desde a época da instalação de Israel em Canaã, Iavé é reconhecido como seu Rei e mais tarde como rei de todas as nações;

b) dado o regime monárquico de Israel, a realeza humana passa a ser considerada como uma participação da de Iavé, o rei davídico, sentado no trono régio do Senhor, como seu representante;

c) as infidelidades dos reis denunciados pelos profetas e sobretudo a queda da monarquia favoreceram a espiritualização do tema e contribuíram para que se pensasse na realização do reino de deus nos fins dos tempos. (Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura)

No Novo Testamento, observamos:

a) os judeus nos tempos de Cristo entenderam-no como um reino messiânico, isto é, uma nova era em que Iavé, Deus de Israel e Deus do mundo, tendo triunfado dos seus inimigos que eram também os do povo eleito, havia de implantar o seu reinado no universo graças ao estabelecimento da supremacia política e religiosa desse povo.

b) Jesus, porém, interpretou-o de forma diferente, ou seja, sem o caráter de nacionalismo, reservado somente aos descendentes de Abraão. Evocava, por assim dizer, a grande esperança na vida futura e a transcendência pelo qual importava sacrificar tudo na terra, inclusive a própria vida. Para ele, não é apenas esse reino futuro de justiça definitiva, mas posto ao alcance de todas as boas vontades no combate ao mal. Isento de seitas, referia-se à construção do reino de Deus dentro dos próprios corações. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)

4. Fundação do Reino de Deus

João Batista, o precursor do mestre, dizia: "Arrependei-vos porque está próximo o reino dos céus"... "Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo". (Mateus, 3, 2 a 11)

O Espírito Irmão X, no capítulo 3, do livro Boa Nova, dá-nos uma ideia da implantação do reino de Deus feita por Jesus.

Estando Jesus sentado nas adjacências do Templo, em Jerusalém, Hanã, sacerdote, dirigiu-se a ele e lhe perguntou:

— "Galileu, que fazes na cidade?

— Passo por Jerusalém, buscando a fundação do Reino de Deus! — exclamou o Cristo, com modesta nobreza.

— Reino de Deus? — tornou o sacerdote com acentuada ironia. — E que pensas tu venha a ser isso?

— Esse Reino é obra divina no coração dos homens! — esclareceu Jesus, com grande serenidade.

— Obra divina em tuas mãos? — revidou Hanã, com uma gargalhada de desprezo".

Continuando a conversa, perguntou-lhe sobre quem os ajudaria e como levaria a cabo tamanho empreendimento. Jesus sempre respondia com firmeza e tranquilidade.
Daí a algum tempo, na cercanias de Cafarnaum, dirigiu-se a um grupo de alegres pescadores, convidando-os a pescar homens.

5. Alguns Textos Evangélicos

"Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça." (Mateus, 6, 33)

Muitos procuram o evangelho para a realização dos próprios caprichos: mandar e fazer-se obedecer, ter privilégios... Raros aceitam a condição do discipulado. Querem ser favoritos de Deus. Busquemos, sim, em primeiro lugar a vontade Deus. (Vinha de Luz, 18)

"O reino de Deus não vem com aparência exterior." (Lucas, 17, 20)

Lembremo-nos de que a prática do proselitismo é, muitas vezes, prejudicial aos elevados projetos de realização. Por que apresentar pompas e números vaidosamente, nos grupos de fé? A realização divina começará no íntimo de cada um. No corpo que se vai, a maioria pode ver apenas a carne. Por que constrangê-lo a ver o Espírito se ainda não é a sua hora? (Caminho Verdade e Vida, 107)

"O Reino de Deus está no meio de Vós." (Lucas, 17, 21)

Nem nas obras sem fé que se reduzem a pedra e pó. Nem na fé sem obras que é estagnação da alma. Nem no movimento sem ideal de elevação que é cansaço vazio. Nem no ideal de elevação sem movimento que é ociosidade brilhante. Nem exigência a todo o instante. Nem desculpa sem fim. A edificação do Reino Divino é obra de aprimoramento, de ordem, esforço, aplicação aos desígnios do Mestre, com bases no trabalho metódico e na harmonia necessária. (Vinha de Luz,177)

"Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus." (João, 3, 3)

Conservemos do passado apenas o que for bom e justo, belo e nobre. Cada hora na atualidade pode ser o reajustamento de uma atitude. Alguém nos magoa? Reiniciemos o esforço da boa compreensão. Alguém não nos entende? Perseveremos em demonstrar os nossos intuitos mais nobres. (Fonte Viva, 56)

"Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no Reino dos Céus." (Mateus, 5, 20)

Os escribas e fariseus não eram criminosos, cumpriam os seus deveres, respeitavam as leis, jejuavam, pagavam impostos... Adoravam o eterno Pai, mas não vacilavam em humilhar o irmão de jornada. O cristão não surgiu na Terra para circunscrever-se à casinhola da personalidade, mas para transformar vidas e aperfeiçoá-las com a própria existência. (Vinha de Luz, 161)

"E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus." (Lucas, 9, 62)

Por que Jesus usou o símbolo do arado? É pesado, demanda esforços, provoca suor, fere a terra... Contudo, depois chegam semeaduras e colheitas, pães e pratos e celeiros guarnecidos. (Pão Nosso, 3)

6. Ter ou Ser?

6.1. A Importância da Diferença entre Ter e Ser

Ter é uma função normal de nossa vida: ter casa, ter parentes, consumir etc. Como, porém, descortinar uma alternativa entre ter e ser, se temos a impressão de que a própria essência de ser é ter: de que se alguém nada tem, não é?

6.2. Ensinamento dos Grandes Pensadores

Buda ensinava que, para chegarmos ao mais elevado estádio do desenvolvimento humano, não devemos ansiar pelas posses.

Jesus ensinava que devíamos perder a própria vida para salvá-la.

Mestre Eckhart ensinava que ter nada e tornar-se aberto e "vazio", e não colocar o eu no centro, é condição para conseguir riqueza e robustez espiritual.

Marx ensinava que o luxo é tanto um mal como a miséria, e que nosso ideal deve consistir em ser muito, e não ter muito.

6.3. Experiência Cotidiana

Estudante — No modo ter é memorizar e passar de ano: no modo ser, é raciocinar junto com o professor.

Fé — No modo ter é a posse de uma resposta àquilo para o que não se tem qualquer prova racional; no modo ser, é uma orientação íntima, uma atitude. Seria preferível dizer estar na fé em vez de ter fé.

Amor — No modo ter implica confinamento, aprisionamento ou controle do objeto que se "ama"; no modo ser, liberdade, ajuda mútua, crescimento. O namoro geralmente é modo ser, enquanto o casamento pode tornar-se modo ter, pois se cada um pode querer exercer domínio sobre o outro. Observe que a palavra "cair de amor" é de uso incorreto, porque amar é uma atividade criativa, pois só se poder estar em amor ou andar no amor; não se pode cair no amor, porque cair denota passividade. (Fromm, 1977)

7. Conclusão

O reino de Deus não é um lugar circunscrito, mas "obra divina no coração dos homens", ou seja, a edificação da sabedoria e a conquista do amor, através do trabalho incessante na prática do bem. É o desapego aos bens materiais, o perdão às ofensas dos inimigos, enfim, é a lembrança das Leis Divinas ou Naturais, gravadas por Deus em nossa consciência. Nesse sentido, todo o esforço despendido em auxiliar o próximo, em silenciar uma crítica, em pensar duas vezes antes de querelar com o vizinho assume papel relevante na prática da perfeição.

8. Bibliografia Consultada

Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. Lisboa, Verbo, s. d. p.

EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995.

FROMM, E. Ter ou Ser? Rio de Janeiro, Zahar, 1977.

Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa/Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, s.d. p.

XAVIER, F. C. Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos. 11. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.

XAVIER, F. C. Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel. 6. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1973.

XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, s.d.p.

XAVIER, F. C. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. 5. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977

XAVIER, F. C. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. 3. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1971.

São Paulo, abril de 2001.



O "Decálogo do reino"

O escritor e filósofo José Herculano Pires publicou em 1946 a obra O reino, baseada em uma tese que defende a construção de um novo mundo em que se estabeleceria o reino de Deus na Terra. 

“O reino é uma graça e uma conquista. Vivem na ilusão os que se esquecem daquelas palavras: ‘Busca primeiro o reino de Deus e a sua justiça’... Porque pensam que o reino é dado a troco de palavras, de crenças, de sacramentos, de símbolos e sinais exteriores. E se enganam a si mesmos”, reflete Herculano sobre a maneira de atingi-lo. 

O livro estrutura-se com base na história de encontros entre o narrador e um mensageiro do reino, com observações de Herculano sobre vários assuntos, mostrando que o reino não pode ser atingido por violência, mas com justiça e amor. “O jovem Carpinteiro veio mostrar-nos o caminho pelo seu próprio exemplo”, mas “o exemplo do reino era tão estranho como um pesadelo. O mundo o via, mas não entendia”, escreve.

Como parte da obra, para concluir, Herculano descreve o “Decálogo do reino”. 

“Para podermos conquistar o reino, o jovem Carpinteiro nos deu o seu exemplo e seu Evangelho. Depois, nos prometeu e enviou o Espírito da Verdade. Estamos agora em condições de avançar dia a dia para o reino? Que faremos?”, pergunta Herculano, concluindo que as luzes do reino já brilham aos nossos olhos. “Confiemos e avancemos sem desfalecimentos”, destaca.

Eis o “Decálogo” para os que, segundo Herculano, quiserem entrar para as fileiras dos trabalhadores do reino:

Para entrar no reino

1) Ao acordar pense no reino antes de pensar nas coisas terrenas. E ore. Peça ao jovem Carpinteiro que lhe dê forças para não se deixar fascinar pelos pequenos reinos dos homens e para amar a todos.

2) Antes de iniciar o seu dia, lembre-se e grave na sua mente que tudo o que você fizer deve ser feito em favor do reino, mesmo no seu trabalho e nas suas mínimas obrigações rotineiras.

3) Afaste do seu coração qualquer ressentimento contra quem quer que seja. Comece o dia com um sentimento de gratidão a Deus pela bênção da vida e pela bênção maior da compreensão do reino.

4) Faça ou renove o seu voto de humildade, prometendo a você mesmo não ceder ao orgulho, à vaidade, à cólera, à arrogância, à ambição, à prepotência, à violência, pois todas essas coisas conduzem aos reinos dos homens, desviando-nos do reino de Deus.

5) Prometa manter-se calmo e buscar a serenidade em todas as circunstâncias.

6) Tenha confiança na verdade. Só assim você não perderá a razão quando o injuriarem, caluniarem, disserem mentiras a seu respeito, pois compreenderá que só a verdade prevalece e que ela não necessita da força, da astúcia ou de qualquer manobra para se impor.

7) Busque a pureza: Todas as coisas são puras quando as encaramos com amor, compreensão e pureza. Não há atos impuros para o homem que mantém o seu coração puro. É nossa malícia que faz impuras as coisas de Deus. Evite sempre os excessos, que são provenientes do egoísmo, fonte da impureza.

8) Não se esqueça de que o pior dos homens é seu semelhante, seu irmão. Trate a todos com amor e justiça. Mas cuidado na Justiça, que o nosso egoísmo facilmente transforma em injustiça. E seja abundante no amor, em que somos sempre tão pobres e avaros.

9) Não roube; não aprove o roubo; não elogie o roubo; não queira possuir mais do que o necessário, porque para isso é preciso tirar dos outros e aumentar a miséria do mundo, em prejuízo da riqueza do reino; afaste-se da corrupção do século e dê o exemplo do amor e da justiça do reino.

10) Não se apresse nem se iluda, pois o reino não vem por sinais exteriores; precisamos construí-lo paciente e corajosamente no coração dos homens, pelo nosso exemplo. Amor, desapego e pureza são os instrumentos de construção do reino de Deus na Terra. Aprenda a trabalhar com esses instrumentos e você ajudará a construir o reino. 

Herculano avisa que este decálogo tem os seus mistérios. “Na proporção em que você o seguir os mistérios irão se revelando. Em cada mandamento há coisas que não percebemos na simples leitura. Só a prática nos revela a amplitude e a profundidade de algumas frases e de algumas palavras.” Isso porque, segundo ele, ao nos aproximarmos do reino, nossa visão se amplia e se aguça, nossa compreensão se esclarece. As luzes do reino vão a pouco e pouco iluminando as trevas do mundo, em que a nossa alma está mergulhada.

https://correio.news/reflexoes/o-decalogo-do-reino


Notas de Livro

O Reino, por José Herculano Pires 

Quem menospreza a frase — “Busca primeiro o Reino de Deus e a sua justiça” — vive na ilusão. Engana-se, também, aquele que pensa que o Reino é apenas subjetivo ou pertence ao Outro Mundo. Outro erro é querer chegar ao Reino por meio da Política, da Religião, da Filosofia, ou seguindo as ordens deste ou daquele Mestre em particular. Ou seja, cada um de nós pode fundar o seu Reino.

Os fundamentos do Reino são: Deus, Amor e Justiça. Deus quer que seus filhos cresçam responsáveis. Há liberdade no escravo? No robô? Daí, que a responsabilidade só nasce e cresce no clima de liberdade. Lembremo-nos de Paulo: ele nos ensinou que somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo. Quando o homem se julga dono pessoal dos frutos da terra, ele acaba destruindo a maior riqueza do Universo, que é o espírito. Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.

Cristo nos ensinou que o Reino não é privativo de ninguém, privilégio de nenhuma seita, de nenhuma Escola, de nenhuma raça. Pois se todos são filhos de Deus, todos são herdeiros do Reino. 

Como a semente de trigo que não germina se não morrer, o mesmo deve acontecer conosco, ou seja, morrer para o mundo material para renascer no mundo espiritual.

O sonho do Reino eclodiu na alma de Rousseau em três tempos. O CONTRATO SOCIAL era a nova utopia, com a cidade renovada em bases de Amor e Justiça; o Emílio era o homem novo, liberto do pecado original, criado no amor de Deus e educado pela Natureza; A NOVA HELOÍSA era o novo amor que cimenta a família nova formada pelo sentimento puro, livre das impurezas e do julgo doloroso das ambições.

Marx queria o Reino, a igualdade dos homens, a sociedade sem classes, sem governos, sem opressões, sem propriedades egoístas, sem riquezas famigeradas. Queria restabelecer o valor do trabalho contra o falso, o mentiroso e ímpio valor da moeda. Mas o seu caminho ainda não era um caminho. Era um atalho. Um áspero atalho, cortando violentas rampas na montanha exigindo sacrifícios enormes, lutas sem tréguas, convulsões sociais espantosas, assassinatos em maça, masmorras e algemas, tiranias e fuzilamentos.

O Jovem Carpinteiro ensinara com tamanha doçura: — O Reino de Deus não começa por sinais exteriores. Ele está dentro de vós. — Mas os homens não aceitaram a lição da renúncia, não compreenderam o ensino do desapego. Queriam poder, dinheiro grandeza! E cortaram o solo do Mundo de Deus com atalhos escabrosos.

A Tese do Reino exige reflexão constante, decisão Espiritual, Amor e Justiça no coração e na Consciência, para que o Cristão não se extravie pelos atalhos ideológicos. O Cristão possui a Ideologia do Evangelho e o Manifesto do Reino. 

O problema dos Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis

É o que confirmam todas as grandes doutrinas: “O reino dos céus está dentro de vós”, disse o Cristo.

O mesmo pensamento está expresso, sob outra forma nos Vedas: “Carregas em ti um amigo sublime que não conheces.”

A sabedoria persa não é menos categórica: “Viveis em meio a lojas plenas de riquezas e morreis de fome à porta”. (Suffis Ferdousis).

Há, em toda alma humana, duas esferas de ação e expressão:

1) A exterior que se revela em nosso relacionamento com os demais seres humanos;

2) A interior, profunda, imutável, a sede da consciência. Somente quando este centro de ação domina o outro, podemos nos colocar em comunhão com “o Pai que mora em nós”.

Questão: De que forma podemos orientar essas potências interiores? Pela Vontade.


Frases

"Faz dum grão de mostarda maravilhoso símbolo do Reino de Deus." (Espírito Emmanuel)

"Nossa necessidade básica é de luz própria, de esclarecimento íntimo, de autoeducação, de conversão substancial do “eu” ao Reino de Deus."  (Espírito Emmanuel)

"Seremos admitidos ao aprendizado do Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima."  (Espírito Emmanuel)

Na edificação íntima do Reino de Deus, meditemos nossos erros conscientes ou não, definindo nossas responsabilidades e débitos para com a vida, para com a Natureza e para com os semelhantes e, em todos os assuntos que se refiram à deserção perante o Cristo, teremos bastante força para desculpar as faltas do próximo, perguntando, com sinceridade, no âmago do coração:

– “Porventura existirá alguém mais ingrato para contigo do que eu, Senhor?”  (Espírito Emmanuel)