Iluminismo

Perguntas e Respostas

1) O que se entende por iluminismo?

O iluminismo, ou filosofia das luzes, é o movimento filosófico do século XIX, que se caracteriza pela confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo incentivo à liberdade de pensamento.

2) O iluminismo é uma ideia nova?

Não. Os compromissos por ele adotados já faziam parte da filosofia antiga, que se esmerava em criticar todo o tipo de crença e de conhecimento. Além disso, procurava usar os novos conhecimentos para os fins práticos da vida. O iluminismo moderno nada mais é do que a aplicação desses compromissos ao período que vai da Revolução inglesa de 1688 até à Revolução Francesa de 1789.

3) No que se fundamenta o iluminismo?

O iluminismo visa à emancipação do ser humano e de toda a humanidade por meio das luzes da razão. A chamada idade da razão tem por objetivo a sua própria autonomia, no sentido de vencer as trevas da superstição, da ignorância, do fanatismo e da intolerância tanto moral quanto religiosa. A razão se torna uma nova divindade.

4) De que maneira quer alcançar a felicidade e o progresso?

O iluminismo assume os pressupostos hedonistas e utilitaristas, em que a felicidade já não é mais utópica, mas encontra-se atrelada ao progresso material e moral da humanidade. Consequentemente, o seu carro chefe é a revolução industrial e o descobrimento de novas técnicas para transformar os bens naturais em bens úteis.

5) Quais países contribuíram para a disseminação do iluminismo?

Principalmente a França e a Alemanha. O iluminismo francês está centrado em Voltaire, Montesquieu e Rousseau que, apesar das diferenças de abordagem, têm dois pontos em comum: confiança na razão e repúdio à religião. O iluminismo alemão tem como lema o sapere audekantiano, que é a saída dos homens do estado de minoridade devido a eles mesmos. A minoridade é a incapacidade de utilizar o próprio intelecto sem a orientação de outro.

6) Qual o papel das ciências na propagação do iluminismo?

A razão suspeitava de tudo. Para a comprovação dos fatos, precisava de provas. Daí, o aparecimento das diversas ciências, cujo método teórico-experimental, em todos os campos do saber, preparava a revolução industrial, a revolução da energia.

7) Que tipo de influência o iluminismo exerceu na codificação espírita?

O Espiritismo surgiu na época certa, quando as ciências já estavam desenvolvidas e o método teórico-experimental era aplicado em tudo o que se pensava saber. Se tivesse sido cogitado antes, poderia não vingar. Havia necessidade de aliar a razão à fé, ou seja, tornar a fé raciocinada.

8) Allan Kardec era um iluminista?

Antes de tudo, Allan Kardec era um cientista e, como tal, tinha muito apreço pela relação causa-efeito. Não resta dúvida que recebera influência do iluminismo, pois não vivia à margem do acontecia na França. Observe a sua posição com relação aos fenômenos das mesas girantes. Enquanto o seu amigo falava que as mesas se moviam, ele aceitava tranquilamente. Foi só relatar que, além de se mover, as mesas também falavam, ele colocou em dúvida tal afirmação e foi procurar a causa, ou seja, de onde vinha aquela voz, já que uma mesa não tem cérebro.

9) Como síntese do conhecimento, o Espiritismo inclui o iluminismo?

Sim. O Espiritismo prende-se a todos os ramos da Filosofia, da Metafísica, da Psicologia e da Moral. É a síntese de todo o processo de conhecimento, desde a filosofia de Sócrates e Platão, considerados os seus precursores. É a mais completa Doutrina de consolo até hoje aparecida na face da terra. Em seu conteúdo doutrinal, toca em todos os pontos centrais de qualquer filosofia ou religião, como é o caso de Deus, do Espírito, da matéria, da sobrevivência da alma após a morte e da comunicação com os Espíritos.

(Reunião de 28/11/2009) (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/iluminismo?authuser=0 )


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Iluminismo e Espiritismo

Iluminismo, ou filosofia das luzes, é o movimento filosófico do século XIX, que se caracteriza pela confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo incentivo à liberdade de pensamento. O Espiritismo, considerado um libertador de consciências, utilizou muito esses avanços do pensamento.

O iluminismo não é uma ideia nova. Os compromissos por ele adotados já faziam parte da filosofia antiga, que se esmerava em criticar todo o tipo de crença e de conhecimento. Além disso, procurava usar os novos conhecimentos para os fins práticos da vida. O iluminismo moderno nada mais é do que a aplicação desses compromissos ao período que vai da Revolução inglesa de 1688 até à Revolução Francesa de 1789.

O iluminismo visa à emancipação do ser humano e de toda a humanidade por meio das luzes da razão. A chamada idade da razão tem por objetivo a sua própria autonomia, no sentido de vencer as trevas da superstição, da ignorância, do fanatismo e da intolerância tanto moral quanto religiosa. Nas mãos do iluminismo, a razão se torna uma nova divindade.

O iluminismo assume os pressupostos hedonistas e utilitaristas, em que a felicidade já não é mais utópica, mas encontra-se atrelada ao progresso material e moral da humanidade. Consequentemente, o seu carro chefe é a revolução industrial e o descobrimento de novas técnicas para transformar os bens naturais em bens úteis.

França e Alemanha foram os países que mais propagaram o iluminismo. O iluminismo francês está centrado em Voltaire, Montesquieu e Rousseau que, apesar das diferenças de abordagem, têm dois pontos em comum: confiança na razão e repúdio à religião. O iluminismo alemão tem como lema o sapere aude kantiano, que é a saída dos homens do estado de minoridade devido a eles mesmos. A minoridade é a incapacidade de utilizar o próprio intelecto sem a orientação de outro.

Qual o papel das ciências na propagação do iluminismo? A razão suspeitava de tudo. Para a comprovação dos fatos, precisava de provas. Daí, o aparecimento das diversas ciências, cujo método teórico-experimental, em todos os campos do saber, preparava a revolução industrial, a revolução da energia.

O Espiritismo surgiu na época certa, quando as ciências já estavam desenvolvidas e o método teórico-experimental era aplicado em tudo o que se pensava saber. Se tivesse sido cogitado antes, poderia não vingar. Havia necessidade de aliar a razão à fé, ou seja, tornar a fé raciocinada.

Allan Kardec era um cientista e, como tal, tinha muito apreço pela relação causa-efeito. Não resta dúvida que recebera influência do iluminismo, pois não vivia à margem do acontecia na França. Observe a sua posição com relação aos fenômenos das mesas girantes. Enquanto o seu amigo falava que as mesas se moviam, ele aceitava tranquilamente. Foi só relatar que, além de se mover, as mesas também falavam, ele colocou em dúvida tal afirmação e foi procurar a causa, ou seja, de onde vinha aquela voz, já que uma mesa não tem cérebro para pensar.

O Espiritismo prende-se a todos os ramos da Filosofia, da Metafísica, da Psicologia e da Moral. É a síntese de todo o processo de conhecimento, desde a filosofia de Sócrates e Platão, considerados os seus precursores. É a mais completa Doutrina de consolo até hoje aparecida na face da terra. Em seu conteúdo doutrinal, toca em todos os pontos centrais de qualquer filosofia ou religião, como é o caso de Deus, do Espírito, da matéria, da sobrevivência da alma após a morte e da comunicação com os Espíritos. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/12/iluminismo-e-espiritismo.html)

O Iluminismo

O iluminismo tem origem na Inglaterra, por volta de 1688, e se expande para França, Alemanha e demais países europeus. É um período histórico (1688-1789) que aspira à emancipação do ser humano por intermédio das luzes da razão. Até então o indivíduo vivia sob as forças da irracionalidade. A razão torna-se a nova divindade e, segundo o enciclopedista D'Alembert, teve a incumbência de destruir, analisar e mexer em tudo. 

No iluminismo francês, Voltaire e Montesquieu são os seus principais representantes. O que há em comum entre eles? Confiança na razão e repúdio à religião. Voltaire fundamenta-se nos ideais da tolerância religiosa e da liberdade política, tais como se verificavam na monarquia inglesa. Montesquieu desenvolve o seu pensamento político segundo o constitucionalismo inglês. É dele a famosa divisão dos poderes: o poder legislativo, o poder executivo e o poder judiciário devem ser independentes uns dos outros, mas equilibrados entre si. 

No iluminismo francês, podemos distinguir duas posições: 1) Voltaire e Montesquieu; 2) Diderot e os enciclopedistas. A primeira geração é deísta e defende a religião natural; a segunda, considera que a matéria e o movimento são eternos. Jean-Jacques Rousseau é o expoente mais radical do iluminismo francês. Ele acredita na bondade natural do ser humano, que foi pervertida pela sociedade. No Contrato Social, escreve: "O homem nasce livre e por toda parte se encontra acorrentado."

No iluminismo alemão, Immanuel Kant (1724-1804) é o seu representante máximo. Dizia: "O iluminismo é a saída do homem do estado de minoridade devido a eles mesmos. Minoridade é a incapacidade de utilizar o próprio intelecto sem a orientação de outro. 'Sapere aude!' Tem coragem de usar o teu intelecto" é o lema do iluminismo. Em Fundamentação da metafísica dos costumes, afirma: "Aja somente de acordo com um princípio que desejaria que fosse ao mesmo tempo uma lei universal."

As ideias científicas do iluminismo culminam com o nascimento da química racional e o aparecimento da economia científica. O impulso dado à revolução industrial provocará profundas transformações das sociedades ocidentais. A revolução científica, iniciada no Renascimento, foi uma revolução do saber; a revolução industrial, iniciada no século XVIII, foi uma revolução da energia. Em termos econômicos, Adam Smith (1723-1790) escreveu Uma investigação sobre a natureza e causas da riqueza das nações (1776). Nessa obra, considerou que o interesse pessoal, motor básico da economia, conciliava-se harmonicamente com os interesses coletivos em virtude da oferta e da procura do mercado.

Fonte de Consulta

Temática Barsa - Filosofia. Rio de Janeiro: Barsa Planeta, 2005. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2016/04/o-iluminismo.html)


Em Forma de Palestra

Iluminismo e Espiritismo

1. Introdução

O que se entende por iluminismo? Quando surgiu? No que se fundamenta? Há relação entre o iluminismo e o Espiritismo? Qual?

2. Conceito

O iluminismo, ou filosofia das luzes, é o movimento filosófico do século XIX, que se caracteriza pela confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo incentivo à liberdade de pensamento.

3. Considerações Iniciais

O iluminismo não é uma ideia nova. Os compromissos por ele adotados já faziam parte da filosofia antiga: 1.º) extensão da critica a toda e qualquer crença e conhecimento; 2.º) realização de um conhecimento que, por estar aberto à crítica, pode ser fonte de uma contínua correção do mesmo; 3.º) uso desses conhecimentos para os fins práticos da vida. O iluminismo moderno, como assim se denominou, nada mais é do que a aplicação desses compromissos ao período que vai da Revolução inglesa de 1688 até à Revolução Francesa de 1789, em que floresceram as mais diversas ideias no campo da filosofia, da ciência e da religião. França e Alemanha foram os principais países a divulgarem essas ideias. (Temática Barsa)

4. Iluminismo

4.1. Fundamento

Do ponto de vista filosófico, o iluminismo visa à emancipação do ser humano e de toda a humanidade por meio das luzes da razão. A razão deve comandar toda a ação do indivíduo, principalmente com sua crítica à tradição e à autoridade. A chamada idade da razão tem por objetivo a sua própria autonomia, no sentido de vencer as trevas da superstição, da ignorância, do fanatismo e da intolerância tanto moral quanto religiosa. O sapere aude! (Tem coragem de usar teu intelecto) é a ideia-força, a palavra-chave.

4.2. A Deusa Razão

A Idade Média, dominada pela religião, tinha como base a fé na revelação. O período iluminista tem uma nova divindade, a razão, em que se critica tudo, sem qualquer espécie de preconceito. D’Alembert advoga que o iluminismo é discutir, analisar e mexer em tudo, "das ciências profanas aos fundamentos da revelação, da metafísica às matérias do gosto, da música até à moral, das disputas escolásticas dos teólogos aos objetos de comércio, dos direitos dos príncipes às leis arbitrárias das nações..."

4.3. Felicidade e Progresso

O iluminismo postula uma religião natural – deísmo ou teísmo –, baseada no conhecimento racional da natureza. Do ponto de vista do conhecimento, interessa-se mais pela forma psicológica do que pela forma metafísica. Do ponto de vista ético, assume os pressupostos hedonistas e utilitaristas, em que a felicidade já não é mais utópica, mas encontra-se atrelada ao progresso material e moral da humanidade. Consequentemente, o seu carro chefe é a revolução industrial e o descobrimento de novas técnicas para transformar os bens naturais em bens úteis.

5. Contribuições ao Iluminismo 

5.1. França 

O iluminismo francês está centrado em Voltaire, Montesquieu e Rousseau, entre outros. Apesar das diferenças de abordagem de cada pensador, há pelo menos dois pontos em comum: confiança na razão e repúdio à religião. Voltaire fundamenta a sua tese iluminista nos ideais da tolerância religiosa e da liberdade política. Montesquieu desenvolve o seu pensamento político a partir da constituição inglesa. Jean-Jacques Rousseau expõe o seu pensamento educacional, partindo do pressuposto de que é a criança que deve aprender e não o adulto que deve ensinar. Em sua concepção política, o homem deve se reconciliar com a sociedade e, para isso, necessita de um novo contrato social, baseado na igualdade democrática.

5.2. Alemanha 

Immanuel Kant (1724-1804) é o representante máximo do iluminismo alemão. Para ele, o conhecimento provém, ao mesmo tempo, da razão e da experiência. Segundo o seu pensamento, o que chamamos de realidade é a realidade como é conhecida, já determinada no próprio processo de conhecimento. A realidade tal qual é em si mesma (à margem de nosso conhecimento sobre ela) ainda que sem dúvida exista, é inacessível ao ser humano. O iluminismo kantiano é a saída dos homens do estado de minoridade devido a eles mesmos. A minoridade é a incapacidade de utilizar o próprio intelecto sem a orientação de outro. Não é sem razão que o sapere aude! tornou o lema do iluminismo.

5.3. O Desenvolvimento das Ciências 

A razão suspeitava de tudo. Para a comprovação dos fatos, precisava de provas, de fórmulas matemáticas. Daí, o aparecimento das diversas ciências, cujo conhecimento, que se tornava específico, ia cada vez mais se desmembrando do tronco comum da filosofia. O método teórico-experimental, em todos os campos do saber, prepara a revolução industrial. É de se notar que a revolução científica que nasce com o renascimento foi uma revolução do saber; a que nasce com a revolução industrial, é uma revolução da energia.

6. O Aparecimento do Espiritismo

6.1. Época Certa 

De acordo com os pressupostos espíritas, o Espiritismo surgiu na época certa, quando a ciência já estava desenvolvida e o método teórico-experimental era aplicado em tudo o que se pensava saber. Allan Kardec diz: "Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as conseqüências e busca as aplicações úteis..." (Kardec, 1975, item 14, p.20)

6.2. Allan Kardec 

Allan Kardec era um cientista e, como tal, tinha muito apreço pela relação causa-efeito. Não resta dúvida que recebera influência do iluminismo, principalmente do cartesianismo. Vivia na França e tinha contato com todos esses conhecimentos científicos e filosóficos. O verdadeiro cientista analisa os fatos, formula suas hipóteses e tira as suas conclusões. Nada concebe preconceituosamente. Observe a sua posição em relação aos fenômenos das mesas girantes. Enquanto o seu amigo falava que as mesas se moviam, ele aceitava tranquilamente. Foi só o seu amigo Fortier relatar que, além de se mover as mesas também falam, ele desconfiou e foi procurar a causa da fala, que depois descobriu estar no Espírito comunicante.

6.3. Síntese do Conhecimento 

O Espiritismo prende-se a todos os ramos da Filosofia, da Metafísica, da Psicologia e da Moral. É a síntese de todo o processo de conhecimento, desde a filosofia de Sócrates e Platão, considerados os seus precursores. É a mais completa Doutrina de consolo até hoje aparecida na face da terra. Em seu conteúdo doutrinal, toca em todos os pontos centrais de qualquer filosofia ou religião, como é o caso de Deus, do Espírito, da matéria, da sobrevivência da alma após a morte e da comunicação com os Espíritos. É ao mesmo tempo ciência de observação e doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como ciência filosófica, compreende todas as consequências que daí dimanam.

7. Conclusão 

Tenhamos em mente a perfeita interligação do conhecimento. O Espiritismo ensina-nos que, além da razão humana, há uma razão divina, que coordena todos os nossos passos, tanto no plano dos encarnados quanto no dos desencarnados.

8. Bibliografia Consultada 

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.

TEMÁTICA BARSA. Rio de Janeiro, Barsa Planeta, 2005. (Filosofia) 


Notas do Blog

Sentimento e Razão

Ao longo do tempo, principalmente com o Iluminismo, a razão foi endeusada. Com isso, os objetivos da humanidade se inverteram. Os desdobramentos da razão deveriam levar o ser humano a Deus. Com a inversão, levaram-no à materialidade. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2015/03/sentimento-e-razao.html)

Loucura e suas Causas

Por uma condição moral, a sociedade sempre procura excluir uma parte de si mesma. Até o final da Idade Média, o leproso era a figura excluída. Com a diminuição dos leprosários, a loucura, tida como possessão demoníaca, passou a ser a bola da vez. Na época do iluminismo, o Cogito de Descartes elimina a loucura no processo de pensar. Daí, o campo de exclusão passa a ser o Hospital Geral. Os médicos desses hospitais, sem experiência, usavam métodos bárbaros e primitivos. Somente em 1792, o alienista Pinel iniciou um trabalho racional, libertando os loucos do regime inumano a que estavam sujeitos. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/loucura.html)

Sapere Aude

Kant (1724-1804) vivenciou a época do iluminismo, o século da luzes, em que tudo era posto sob a crítica da razão, inclusive a fé. Enquanto a Idade Média era considerada a época das sombras, pois impedia o livre-pensar, o iluminismo é a libertação do ser humano. Quer-se questionar tudo, desde o poderio econômico e político até as injunções da religião na vida de cada ser humano. Ao lado de outros pensadores, tais como Descartes, Kant deu a sua contribuição para a expansão das luzes do pensamento. Por isso, o sapere aude, ou seja, ouse pensar, pense por você mesmo. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2009/08/sapere-aude.html)

Ciência, Filosofia e Religião

O Iluminismo francês, movimento político-intelectual muito forte e presente em toda a Europa durante a segunda metade do século XVIII, foi um dos responsáveis por essa interpretação da condenação de Galileu. Para defender a tese de que o ser humano é capaz de descobrir as verdades do mundo externo, sem precisar recorrer a Deus, o iluminismo se apóia no episódio de Galileu, no sentido de mostrar que a palavra teologia (ou religião) é sinônima de atraso. A supremacia da razão, em detrimento da fé e da filosofia, inverte os valores humanos. Consequência: o mundo se torna materialista. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/cincia-filosofia-e-religio.html)

Rousseau, Jean-Jacques

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi importante filósofo, teórico político e escritor suíço. Teve uma vida bastante atribulada: ao nascer, morreu-lhe a mãe; foi educado por um pastor; teve Madame Warrens como amante; foi preso e refugiou-se na Inglaterra. Além de escritor político e social, dedicou-se também à música e à poesia. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo, sendo que suas ideias influenciaram a Revolução Francesa. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2020/02/rousseau-jean-jacques.html)

Berkeley, George

A filosofia empirista de John Locke continua na época do Iluminismo com as obras de Geoge Berkeley e David Hume, dois pensadores que também partem da experiência como fonte de todo o conhecimento, mas que radicalizam as posições do empirismo clássico enveredando por caminhos diferentes. Para Berkeley, o conhecimento empírico não permite assegurar que fora de nossas percepções exista uma realidade material. Os objetos existem na medida em que os percebemos, mas não possuem qualidades independentes dessa percepção. O empirismo de Berkeley é assim idealista e se baseia numa filosofia do imaterialismo. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2020/02/berkeley-george.html)

Teosofia

O êxito de Blavatsky e, concomitantemente da Sociedade Teosófica, foi o de adaptar o seu ocultismo às necessidades dos seres humanos, pois o Iluminismo e a ciência tinham desviado as pessoas da religião e de Deus. A teosofia despertava a esperança num mundo melhor. Observe que os autores teosóficos,  além de aceitarem o conhecimento intuitivo (ou místico) de Deus, mas sem revelação, acreditavam também que todas as crenças têm um fundo comum, que se consubstancia na compaixão e na fraternidade universal. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2016/11/teosofia.html)


Frases 

"Não Chore. Não se revolte. Compreenda." (Baruch Spinoza)

"Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos." (John Locke)

"As novas opiniões são sempre suspeitas e geralmente opostas, por nenhum outro motivo além do fato de ainda não serem comuns." (John Locke)

"Onde não há lei, não há liberdade." (John Locke)

"Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas." (Voltaire)

 "Os homens erram, os grandes homens confessam que erraram." (Voltaire) 

"Se Deus não existisse, seria preciso inventá-lo." (Voltaire)

"O mais competente não discute, domina a sua ciência e cala-se." (Voltaire)


Mensagem Espírita

Atritos Físicos

“Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.” - Jesus. (Mateus, 5:39.)

Alguns humoristas pretendem descobrir na advertência do Mestre uma exortação à covardia, sem noção de respeito próprio.

O parecer de Jesus, no entanto, não obedece apenas aos ditames do amor, essência fundamental de seu Evangelho. É igualmente uma peça de bom senso e lógica rigorosa.

Quando um homem investe contra outro, utilizando a força física, os recursos espirituais de qualquer espécie já foram momentaneamente obliterados no atacante.

O murro da cólera somente surge quando a razão foi afastada. E sobrevindo semelhante problema, somente a calma do adversário consegue atenuar os desequilíbrios, procedentes da ausência de controle.

O homem do campo sabe que o animal enfurecido não regressa à naturalidade se tratado com a ira que o possui.

A abelha não ferretoa o apicultor, amigo da brandura e da serenidade.

O único recurso para conter um homem desvairado, compelindo-o a reajustar-se dignamente, é conservar-se o contendor ou os circunstantes em posição normal, sem cair no mesmo nível de inferioridade.

A recomendação de Jesus abre-nos abençoado avanço...

Oferecer a face esquerda, depois que a direita já se encontra dilacerada pelo agressor, é chamá-lo à razão enobrecida, reintegrando-o, de imediato, no reconhecimento da perversidade que lhe é própria.

Em qualquer conflito físico, a palavra reveste-se de reduzida função nos círculos do bem. O gesto é a força que se expressará convenientemente.

Segundo reconhecemos, portanto, no conselho do Cristo não há convite à fraqueza, mas apelo à superioridade que as pessoas vulgares ainda desconhecem. (XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 63)