Paulo e Estêvão (Livro)
Perguntas e Respostas
1) Como apresentar este romance do Espírito Emmanuel?
Paulo e Estêvão é um romance do Espírito Emmanuel, psicografado por F. C. Xavier, copyright 1945, que busca recordar os testemunhos de um Espírito que se levantou das lutas humanas para seguir Jesus.
2) Sem Estêvão, não teríamos Paulo de Tarso?
Sim. A contribuição de Estêvão e de outras personalidades desta história confirmam a necessidade e a universalidade da lei de cooperação.
3) Quem foi Estêvão?
Estêvão, irmão de Abigail, filho de Jochedeb, preso e deportado como escravo. Depois de contrair malária, é deixado no porto de Jope. Posteriormente, os ladrões quer levaram o seu dinheiro deixam-no na casa do "caminho". Torna-se um defensor e divulgador da Boa-Nova de Cristo.
4) Como estão entrelaçadas as vidas de Paulo, Estêvão e Abigail?
Abigail acaba conhecendo Saulo, defensor ferrenho do Velho Testamento, e torna-se sua noiva. Já prestes a se casar, vê seu irmão Estêvão ser morto por ordem de Saulo. O noivado é desfeito.
5) Como se explica a frase "— Saulo!... Saulo!... por que me persegues?"
Saulo, depois de saber que sua ex-noiva, tornou-se cristã, por influenciado por Ananias, sai em sua procura para tirar satisfações. No Caminho de Damasco, cai ao chão e ouve a voz de Jesus: "— Saulo!... Saulo!... por que me persegues?"
6) Qual a influência de Ananias na conversão de Paulo?
Depois de ficar cego, Ananias lhe devolve a visão. A ovelha perseguida foi buscar o lobo voraz. A partir daí, Saulo compreendeu os apelos sagrados de Ananias, pois ele fora o iniciador de Abigail.
7) De perseguidor dos cristãos a perseguido. Explique.
Depois de se tornar cristão, começa a sentir na pele os sofrimentos e as angústias daqueles que escolhiam o caminho da cruz com o Cristo.
8) No que se funda a perseguição aos cristãos ao longo do tempo?
A perseguição pode ser resumida numa frase: toda ideia nova causa distúrbios na ideia velha
9) Que lição podemos tirar desse livro?
A mudança radical de um Espírito encarnado: quando era Saulo, defendia ferrenhamente o Velho Testamento; na figura de Paulo, não mediu esforços para a divulgação da Boa-Nova.
https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/paulo-e-est%C3%AAv%C3%A3o-livro
Texto Curto no Blog
Paulo e Estêvão
Paulo e Estêvão é um livro, copyright 1945, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, que busca recordar os testemunhos e os sacrifícios de um coração que se levantou das lutas humanas para seguir o mestre Jesus.
Antes de falarmos de Paulo, recordemos de Estêvão, pois Paulo não poderia existiria sem a presença de Estêvão. Estêvão, irmão de Abigail, filho de Jochedeb, preso e deportado como escravo. Depois de contrair malária, é deixado no porto de Jope. Posteriormente, os ladrões que levaram o seu dinheiro deixam-no na casa do "caminho". Torna-se um defensor e divulgador da Boa-Nova de Cristo. Seu conhecimento e sua calma provocam a ira de Paulo.
As vidas de Paulo, Estevão e Abigail estão entrelaçadas. Abigail, irmã de Jesiel (Estevão), desde a prisão deste não teve mais notícias do seu paradeiro. Ela é noiva de Saulo. Estava sempre lhe pedindo notícias do irmão. Certo dia, convidou-a para apresentá-la à sua família e, ao mesmo tempo, para assistir ao apedrejamento de Estêvão. Quando Estêvão está prestes a morrer, ela descobre que Estêvão é Jesiel, seu irmão. De posse dessa informação, Saulo desfaz o noivado.
Depois da morte do irmão e do abandono do noivo, Abigail fica muito doente. Durante esse período, entra em contato com Ananias, um dos homens do "Caminho", que a introduz no conhecimento do Evangelho de Jesus. Depois de muito tempo, Saulo resolver visitá-la e fica sabendo das suas ideias cristãs, transmitidas por Ananias. Após a morte da noiva, tem um único objetivo: prender Ananias. No caminho de Damasco tem uma visão de Jesus e ouve: "— Saulo!... Saulo!... por que me persegues?"
Ananias exerceu papel importante na conversão de Saulo ao cristianismo, pois a ovelha perseguida foi buscar o lobo voraz. Uma vez compenetrado do alcance das ideias cristãs, Paulo não mediu esforços na divulgação da Boa-Nova. Depois de se tornar cristão, começa a sentir na pele os sofrimentos e as angústias daqueles que escolhiam o caminho da cruz com o Cristo. De perseguidor passa a ser perseguido.
Este livro deixa-nos uma lição muito importante, ou seja, a mudança radical de um Espírito encarnado: quando era Saulo, defendia ferrenhamente o Velho Testamento; na figura de Paulo, não mediu esforços para a divulgação da Boa-Nova. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2021/06/paulo-e-estevao-livro.html)
Em Forma de Palestra
Paulo e Estêvão
1. Introdução
Sem Estêvão, não teríamos Paulo de Tarso? Quem foi Estêvão? Como estão entrelaçadas as vidas de Paulo, Estêvão e Abigail? Como se explica a frase "Paulo, Paulo, por que me persegues?" Qual a influência de Ananias na conversão de Paulo? De perseguidor dos cristãos a perseguido?
2. Considerações Iniciais
Paulo e Estêvão é um romance do Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier no ano de 1945, e busca recordar os testemunhos e os sacrifícios de um coração que se levantou das lutas humanas para seguir o mestre Jesus.
Primeiramente, descreve a trajetória de Estêvão; depois o encontro entre os dois e os laços do destino entre sua irmã Abigail e Saulo de Tarso.
A morte de Estêvão, imposta por Saulo, acaba abalando relacionamento entre Abigail e Saulo.
Destaque-se o papel fundamental de Ananias na conversão de Saulo.
A perseguição aos cristãos permeia quase todo o enredo deste romance
3. Estevão
3.1. Como Jesiel
Jesiel e sua irmã Abigail são filhos de Jochedeb, que incendeia um local nos arredores de sua casa. Para não deixar seu pai ser preso, assume a autoria do crime. Depois de preso, Jesiel torna-se escravo. Por cuidar de um jovem romano ilustre, chamado Sérgio Paulo, portador de uma doença desconhecida, com febre alta, durante uma viagem de navio, acaba contraindo a mesma doença. Em vez de jogá-lo ao mar, Sérgio Paulo, com certo peso na consciência, devido à dedicação de Jesiel, deixa-o no porto de Jope. Levam-no, depois, para a casa do "Caminho".
3.2. Casa do Caminho e a Troca de Nome
A casa do "Caminho", primitiva designação do Cristianismo, era a residência de Pedro, que acolhia enfermos desvalidos, velhos a exibirem úlceras, loucos e crianças paralíticas. Além de cuidar dos enfermos, os seguidores do carpinteiro, também estudavam os pergaminhos do Evangelho. Jesiel, como dissemos, fora levado para essa casa, e curado de sua doença. Posteriormente, inteira-se dos ensinamentos deixados por Jesus, a Boa Nova.
3.3. Encontro entre Estêvão e Saulo
Os homens da casa do "Caminho" eram perseguidos por Saulo de Tarso que, certa feita, indo ao culto do Evangelho, ouve a pregação de Estêvão, que o deixa perplexo. Há enorme disparidade entre a lei de Moisés, defendida ferrenhamente por ele, e os novos ensinamentos da boa nova, expostos por Estêvão. Por essa razão, prende-o; depois, obriga-o a se retratar, o que não ocorre.
4. Paulo
4.1. Como Saulo
Saulo era um judeu, do grupo dos fariseus, circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel (Filipenses 3,5), considerado também um escriba, devido ao curso que fez em Jerusalém, com Gamaliel, para educar-se no conhecimento da Lei, adquirindo o direito de ser chamado de Rabi. Saulo estava intimamente ligado ao Sinédrio de Jerusalém (Atos 26,10), recebendo deste a missão de com um grupo de soldados prender os cristãos em Jerusalém e depois ir até a Damasco com a mesma finalidade.
4.2. Abigail, Saulo e Estêvão
Abigail, irmã de Jesiel (Estevão), desde a prisão deste não teve mais notícias do seu paradeiro. Ela é noiva de Saulo. Estava sempre lhe pedindo notícias do irmão. Certo dia, convidou-a para apresentá-la à sua família e, ao mesmo tempo, para assistir ao apedrejamento de Estêvão. Quando Estêvão está prestes a morrer, ela descobre que Estêvão é Jesiel, seu irmão. De posse dessa informação, Saulo desfaz o noivado.
4.3. De Saulo a Paulo
Depois da morte do irmão e do abandono do noivo, Abigail fica muito doente. Durante esse período, entra em contato com Ananias, um dos homens do "Caminho", que a introduz no conhecimento do Evangelho de Jesus. Depois de muito tempo, Saulo resolver visitá-la e fica sabendo das suas ideias cristãs, transmitidas por Ananias. Após a morte da noiva, tem um único objetivo: prender Ananias. No caminho de Damasco tem uma visão de Jesus e ouve: — Saulo!... Saulo!... por que me persegues?
5. Missão de Paulo
5.1. Mudança de Nome
Saulo perseguia os cristãos. No caminho de Damasco tem uma queda, fica cego e é socorrido por Ananias, a quem perseguia. Posteriormente, muda o seu nome para Paulo, que foi o mais belo rebento da Arvore do Cristianismo. Ananias exerceu papel importante na conversão de Saulo ao cristianismo, pois a ovelha perseguida foi buscar o lobo voraz.
5.2. Os Ensinamentos do Deserto
Uma vez compenetrado do alcance das ideias cristãs, Paulo não mediu esforços na divulgação da Boa-Nova. Depois de se tornar cristão, começa a sentir na pele os sofrimentos e as angústias daqueles que escolhiam o caminho da cruz com o Cristo. De perseguidor passa a ser perseguido. Para robustecer sua fé, houve necessidade de um recolhimento de três anos no deserto, onde pode refletir sobre a sua missão evangélica.
5.3. O Trabalho de Evangelização
Jesus teve grande influência na missão de Paulo, pois converteu-o ao Cristianismo por seu saber, sua inteligência e sua perspicácia, no sentido de levar o Evangelho aos Gentios. Todos os discípulos de Jesus receberam o ensino oral da Divina Doutrina durante a encarnação do Messias; só Paulo o recebeu depois da desencarnação do Nazareno. Nada podia separar Paulo de Jesus. “Quem me separará do amor de Cristo Jesus? A saúde, a enfermidade, a abundância, a miséria, as potestades, a vida, a morte? Nada me separará do Amor do Cristo.” Em suas Epístolas ressaltava a sobrevivência humana, a comunicação espírita, a reencarnação, a evolução para a perfeição, para a salvação.
6. Conclusão
Este livro deixa-nos uma lição muito importante, ou seja, a mudança radical de um Espírito encarnado: quando era Saulo, defendia ferrenhamente o Velho Testamento; na figura de Paulo, não mediu esforços para a divulgação da Boa-Nova.
7. Bibliografia Consultada
XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estêvão, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB.
São Paulo, junho de 2021.
Notas do Blog
Epístolas de Paulo
A missão de Paulo foi a de levar a boa nova do Cristo aos gentios. Sabia que nada podia por si mesmo, mas confiava em Deus, que lhe tinha dado esta missão. Depois de sua conversão, em Damasco, dedica-se inteiramente à divulgação do Evangelho não se importando com cansaços, tribulações e prisões. De acordo com Jacques Maritain "A sabedoria que Paulo anuncia não é sabedoria dos filósofos, é a sabedoria dos santos. Não é sabedoria que se adquire pelas forças naturais da razão, mas pelas forças da fé". (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/epistolas-de-paulo.html)
Paulo: o Apóstolo dos Gentios
Paulo tinha uma postura exemplar. A cada nova igreja que criava, mantinha-a sob sua guarda, visitando-a e tomando nota das suas necessidades. Quando não podia ir pessoalmente, escrevia cartas (epístolas) no sentido de mantê-las informadas sobre os novos ensinamentos. Essas cartas constituíram o “Quinto Evangelho”. Nelas estão arroladas reflexões sobre vários assuntos, desde a conduta da mulher na igreja até as mais radicais correções do pensamento. Observe, por exemplo, estes: “O bem que quero fazer não faço; e o mal que não quero, esse eu pratico”; “Já não sou eu que vivo, é o Cristo que vive em mim”. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/09/paulo-o-apstolo-dos-gentios.html)
Paulo e as Epístolas
Impossibilitado de visitar todas as igrejas nascentes, recebe inspirações do além para escrever as cartas, chamadas de epístolas. Doravante, passou a expressar os seus pensamentos em forma de crônicas, para que o maior número de pessoas pudesse entrar em contato com a boa nova do Cristo. Por detrás de toda a comunicação estava a complacência dos Espíritos Estêvão e Abigail, que lhe incentivavam o trabalho. Paulo escreveu 14 epístolas, destinadas aos tessalonicenses, aos coríntios, aos gálatas, aos romanos etc. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/09/paulo-e-as-epstolas.html)
Apóstolo Paulo: O Brado da Imortalidade
“Já não sou mais eu quem vive, mas o Cristo é que vive em mim; já não sou mais eu quem fala e quem age, mas o Cristo é que fala e age em mim.” (Paulo)
O brado de Damasco: Saulo, Saulo, Eu sou Jesus! Duro te é recalcitrar contra o aguilhão: é o brado da Imortalidade e Comunhão Espírita, que se repete, hoje, pelo mundo todo chamando os homens ao Caminho, à Verdade, à Vida!. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2021/07/o-apostolo-paulo-o-brado-da-imortalidade.html)
Notas do Livro
Capítulo V — A Pregação de Estêvão
Estevão ergueu alto os olhos serenos e fulgurantes, e, sem se perturbar com a presença de Saulo e dos seus numerosos amigos, começou a falar mais ou menos nestes termos, com voz clara e vibrante:
— “Meus caros, eis que chegados são os tempos em que o Pastor vem reunir as ovelhas em torno do seu zelo sem limites. Éramos escravos das imposições pelos raciocínios, mas hoje somos livres pelo Evangelho do Cristo Jesus. Nossa raça guardou, de épocas imemoriais, a luz do Tabernáculo e Deus nos enviou seu Filho sem mácula. Onde estão, em Israel, os que ainda não ouviram as mensagens da Boa Nova? Onde os que ainda não se felicitaram com as alegrias da nova fé? Deus enviou sua resposta divina aos nossos anseios milenários, a revelação dos Céus aclara os nossos caminhos. Consoante as promessas da profecia de todos quantos choraram e sofreram por amor ao Eterno, o Emissário Divino veio até ao antro de nossas dores amargas e justas, para iluminar a noite de nossas almas impenitentes, para que se nos desdobrassem os horizontes da redenção. O Messias atendeu aos problemas angustiosos da criatura humana, com a solução do amor que redime todos os seres e purifica todos os pecados. Mestre do trabalho e da perfeita alegria da vida, suas bênçãos representam nossa herança. Moisés foi a porta, o Cristo é a chave. Com a coroa do martírio adquiriu, para nós outros, a láurea imortal da salvação. Éramos cativos do erro, mas seu sangue nos libertou. Na vida e na morte, nas alegrias de Caná, como nas angústias do Calvário, pelo que fez e por tudo que deixou de fazer em sua gloriosa passagem pela Terra, Ele é o Filho de Deus iluminando o caminho.
“Acima de todas as cogitações humanas, fora de todos os atritos das ambições terrestres, seu reino de paz e luz esplende na consciência das almas redimidas.
A Caridade Segundo São Paulo
6. Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até ao ponto de transportar montes, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se todavia não tiver caridade, nada disto me aproveita. A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar as profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a caridade. (Paulo, Coríntios, XIII:1-7 e 13).
7. São Paulo compreendeu tão profundamente esta verdade, que diz: "Se eu falar as línguas dos anjos; se tiver o dom de profecia, e penetrar todos os mistérios; se tiver toda a fé possível, a ponto de transportar montanhas, mas não tiver caridade, nada sou. Entre essas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade." Coloca, assim, sem equívoco, a caridade acima da própria fé. Porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e porque independe de toda a crença particular. E faz mais: define a verdadeira caridade; mostra-a, não somente na beneficência, mas no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.
São Paulo, julho de 2021.