Não Julgueis, para não Serdes Julgados

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Não Julgueis para não Serdes Julgados

Julgar é formar opinião a respeito de si mesmo, das pessoas e das coisas. Julgamento é a ação ou o efeito de julgar por parte de juiz. Diz-se do exame de Deus a ações dos homens, recompensando-os ou punindo-os: Deus, no fim do Mundo, julgará vivos e mortos. Para muitos religiosos, a fé no julgamento de Deus é um dado fundamental, que jamais se põe em dúvida.

Na continuação do Sermão da Montanha, Jesus, em Mateus, 7, 1 a 5, diz: "Não julguem, e vocês não serão julgados. De fato, vocês serão julgados com o mesmo julgamento com que vocês julgarem, e serão medidos com a mesma medida com que vocês medirem. Por que você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção à trave que está no seu próprio olho? Ou, como você se atreve a dizer ao irmão: 'deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando você mesmo tem uma trave no seu? Hipócrita, tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então você enxergará bem para tirar o cisco do olho do seu irmão."

Estamos acostumados, desde a época de Aristóteles, a pensar de forma dicotômica: certo/errado, justo/injusto, preto/branco etc. Esta visão de mundo condicionou-nos a raciocinar pelos extremos. Há dificuldade de vermos que o inimigo não é necessariamente inimigo e o amigo não é exclusivamente amigo. Há momentos em que cada um deles age como se fosse o oposto. Por isso, a necessidade de pensarmos globalmente, ou seja, além dos rótulos corriqueiros. Observe o remédio: os de sabor amargo podem curar mais rapidamente uma doença.

O endeusamento do eu caracteriza o egocentrismo que humanidade vem alimentando desde longo tempo. Buda, na sua época, já nos alertava sobre essa postura humana e nos exortava a deixar a ilusão do mundo para que pudéssemos penetrar no Nirvana. A defesa do eu comprova o quanto ainda estamos distantes do verdadeiro julgamento, porque, em primeiro lugar, está o nosso interesse e não o interesse do outro. Não é sem razão que os Espíritos superiores afirmam ser o egoísmo a principal chaga da sociedade.

O não-eu é o esforço que fazemos para suprimir o nosso julgamento. Descartemos, assim, a pequenez de nossa individualidade. Se conseguíssemos expandir a nossa percepção para além do sensível, para além do dia-a-dia, para além da técnica e do conceitual, teríamos melhorado sensivelmente o nosso julgamento. Por que sempre estamos com a verdade e o outro em erro? Há bilhões de seres pensantes sobre a Terra e só nós temos razão. Não há um viés do pensamento?

“Quem estiver sem pecado, atire a primeira pedra”. É a passagem do Evangelho em que os escribas e os fariseus levam até Jesus uma mulher que fora pega em adultério. Segundo a lei de Moisés, ela devia ser apedrejada. Jesus, porém, disse: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra. E tornando a abaixar-se, escrevia na terra. Mas eles, ouvindo-o, foram saindo um a um, sendo os mais velhos os primeiros. E ficou só Jesus com a mulher, que estava no meio, em pé. Então, erguendo-se, Jesus lhe disse: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então Jesus lhe disse: Nem eu tampouco te condenarei; vai, e não peques mais”. (João, VIII: 3-11). Aí está o princípio da indulgência, em que não devemos condenar nos outros o que nos desculpamos em nós.

Diz-se que todos os que foram condenados à estagnação foram mal amados. Observe algumas frases que repetimos insistentemente: “Não suporto aquele sujeito”; “Com aquele nada feito”; “No ponto em que ele já está”; “Ninguém conseguiu nada dele”; “É inútil perder tempo”; “Já tentei tudo”. Todos esses julgamentos podem ser modificados. Poderíamos pensar no poder infinito de Deus, dizendo: “A Deus tudo é possível”.

Suprimamos o julgamento apressado das pessoas e das coisas. Talvez tenhamos tentado todos os sistemas e todos os métodos. Que tal verificarmos, também, se amamos gratuitamente o nosso próximo, sem esperarmos qualquer tipo de recompensa? (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2010/03/nao-julgueis-para-nao-serdes-julgados.html)


Em Forma de Palestra 

1. Introdução

O objetivo deste estudo é refletir sobre os nossos julgamentos. Há possibilidade de suprimi-los? Isso ajudaria na conquista de uma vida mais plena e mais centrada em nossa evolução espiritual?

2. Conceito

Julgar. Formar opinião, conceito a respeito de si mesmo, das pessoas e das coisas. Diz-se do exame de Deus a ações dos homens, recompensando-os ou punindo-os: Deus, no fim do Mundo, julgará vivos e mortos.

Julgamento. Ação ou efeito de julgar por parte de juiz ou juízes. Decisão em matéria cível, criminal ou administrativa. A fé no julgamento de Deus é um dado fundamental, que jamais se põe em dúvida.

3. A Citação Bíblica

Continuação do Sermão da Montanha: Ninguém Pode Julgar

1. "Não julguem, e vocês não serão julgados.

2. De fato, vocês serão julgados com o mesmo julgamento com que vocês julgarem, e serão medidos com a mesma medida com que vocês medirem.

3. Por que você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção à trave que está no seu próprio olho?

4. Ou, como você se atreve a dizer ao irmão: 'deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando você mesmo tem uma trave no seu?

5. Hipócrita, tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então você enxergará bem para tirar o cisco do olho do seu irmão." (Mateus, 7, 1 a 5)

4. O Problema do Julgamento

4.1. Limitação em Relação ao Conhecimento Espiritual

O Planeta Terra não é um dos orbes mais desenvolvidos do Universo. Segundo instruções dos Espíritos superiores, estamos inseridos num mundo de expiações e provas em que o mal ainda predomina sobre o bem. Sendo nossa evolução espiritual bastante rudimentar, temos mais dificuldades de penetrar no âmago dos conhecimentos superiores. Essa limitação faz-nos julgar indevidamente, propiciando-nos os diversos erros de interpretação da realidade.

4.2. Sobre a Interpretação da Realidade

Estamos acostumados, desde a época de Aristóteles, a pensar de forma dicotômica: certo/errado, justo/injusto, preto/branco etc. Esta visão de mundo condicionou-nos a raciocinar pelos extremos. Há dificuldade de vermos que o inimigo não é necessariamente inimigo e o amigo não é exclusivamente amigo. Há momentos em que cada um deles age como se fosse o oposto. Por isso, a necessidade de pensarmos globalmente, ou seja, além dos rótulos corriqueiros. Observe o remédio: os de sabor amargo podem curar mais rapidamente uma doença.

4.3. A Percepção da Verdade

O conhecimento é definido como uma relação entre o sujeito e o objeto. Inicialmente, o sujeito capta o objeto. Se a imagem captada coincidir com a do objeto, podemos dizer que o sujeito está de posse da verdade; se não coincidir, que está em erro. A lenda dos setes sábios cegos, onde seis apalpam um elefante, ilustra bem a diversidade de percepção com relação ao mesmo objeto. Foi preciso que se descrevesse o objeto inteiro para que percebessem a verdade total.

5. Supressão do Eu

5.1. O Eu

O endeusamento do eu mostra o egoísmo, o egocentrismo que humanidade vem alimentando desde longo tempo. Buda, na sua época, já nos alertava sobre essa postura humana e nos exortava a deixar a ilusão do mundo para que pudéssemos penetrar no Nirvana. A defesa do eu comprova o quanto ainda estamos distantes do verdadeiro julgamento, porque, em primeiro lugar, está o nosso interesse e não o interesse do outro, da maioria. Não é sem razão que os Espíritos superiores afirmam ser o egoísmo a principal chaga da sociedade, e sobre o qual todo o ser humano deveria apontar as suas armas.

5.2. O Não-Eu

O não-eu é o esforço que fazemos para suprimir o nosso julgamento. Descartemos, assim, a pequenez de nossa individualidade. Se conseguíssemos expandir a nossa percepção para além do sensível, para além do dia-a-dia, para além da técnica e do conceitual, teríamos melhorado sensivelmente o nosso julgamento. Por que sempre estamos com a verdade e o outro em erro? Há bilhões de seres pensantes sobre a Terra e só nós temos razão. Não há um viés do pensamento?

5.3. O Olhar de Cristo

Há possibilidade de, em cada ação, perguntarmos sobre a atitude de Cristo em tal circunstância? Uma pessoa nos ofende brutalmente. Como Cristo reagiria? Ao pararmos o nosso veiculo num farol, somos assaltados. Como Cristo reagiria? Uma pessoa nos destrata publicamente. Como Cristo reagiria?

6. Purificando o Julgamento

6.1. Quem estiver sem Pecado, Atire a Primeira Pedra

É a passagem do Evangelho em que os escribas e os fariseus levam até Jesus uma mulher que fora pega em adultério. Segundo a lei de Moisés, ela devia ser apedrejada. Jesus, porém, disse: "Aquele dentre vós que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra. E tornando a abaixar-se, escrevia na terra. Mas eles, ouvindo-o, foram saindo um a um, sendo os mais velhos os primeiros. E ficou só Jesus com a mulher, que estava no meio, em pé. Então, erguendo-se, Jesus lhe disse: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então Jesus lhe disse: Nem eu tampouco te condenarei; vai, e não peques mais". (João, VIII: 3-11). É o principio da indulgência, em que não devemos condenar nos outros o que nos desculpamos em nós. (Kardec, 1984, cap. 10, p. 135)

6.2. Busquemos o Melhor

O Espírito Emmanuel, comentando a passagem "Por que reparas o argueiro no olho de teu irmão?", diz-nos que devemos habituar a visão na procura do melhor, a fim de que não sejamos ludibriados pela malícia que nos é própria: buscando bagatelas, perdemos o ensejo de grandes realizações. Acrescenta: "Colaboradores valiosos e respeitáveis são relegados à margem por nossa irreflexão, em muitas circunstâncias simplesmente porque são portadores de leves defeitos ou de sombras insignificantes do pretérito, que o movimento em serviço poderia sanar ou dissipar". (Xavier, s.d.p., cap. 113)

6.3. Da Estagnação à Vida Plena

Diz-se que todos os que foram condenados à estagnação foram mal amados. Observe algumas frases que repetimos insistentemente: "Não suporto aquele sujeito"; "Com aquele nada feito"; "No ponto em que ele já está"; "Ninguém conseguiu nada dele"; "É inútil perder tempo"; "Já tentei tudo". Todos esses julgamentos podem ser modificados. Poderíamos pensar no poder infinito de Deus, dizendo: "A Deus tudo é possível". Se cada um procurasse ajudar espontaneamente o seu próximo, não ficaria pensando que este não tem mais cura, o outro, que se chafurdou no vício, não pode mais voltar à vida sadia. Há um poder superior que excede a nossa interpretação parcial dos fatos. Lembremo-nos de que amar os outros é chamá-los a vida.

7. Conclusão

Suprimamos o julgamento apressado das pessoas e das coisas. Talvez tenhamos tentado todos os sistemas e todos os métodos. Que tal verificarmos, também, se amamos gratuitamente o nosso próximo, sem esperarmos qualquer tipo de recompensa?

8. Bibliografia Consultada

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.

XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, [s.d.p.]



Notas 

Orientação de Tomás Kempis 

"Relanceia sobre ti o olhar e guarda-te de julgar as ações alheias. Quem julga os demais perde o trabalho, quase sempre se engana e facilmente peca; mas, examinando-se e julgando a si mesmo, trabalha sempre com proveito. De ordinário, julgamos as coisas segundo a inclinação do nosso coração, pois o amor-próprio facilmente nos altera a retidão do pensamento. Se Deus fora sempre o único objetivo dos nossos desejos, não nos perturbaria tão facilmente qualquer oposição ao nosso parecer.

Muitas vezes existe, dentro ou fora de nós, alguma coisa que nos atrai e em nós influi. Muitos buscam secretamente a si mesmos em suas ações, e não o percebem. Parecem até gozar de boa paz, enquanto as coisas correm à medida de seus desejos; mas, se de outra sorte sucede, logo se inquietam e entristecem. Da discrepância de pareceres e opiniões frequentemente nascem discórdias entre amigos e vizinhos, entre religiosos e pessoas piedosas.

É custoso perder um costume inveterado, e ninguém renuncia, de boa mente, a seu modo de ver. Se mais confias em tua razão e talento que na graça de Jesus Cristo, só raras vezes e tarde serás iluminado; pois Deus quer que nos sujeitemos perfeitamente a ele e que nos elevemos acima de toda razão humana, inflamados no seu amor".  

KEMPIS, Tomás de. Imitação de Cristo. 22. ed., Rio de Janeiro: Vozes, 1982, livro I, cap. 14, p. 33.

A Respeito da Mulher Adúltera

Os mais velhos não eram os mais idosos, mas os presbíteros.

A mulher que ia ser apedrejada era uma jovem que devia ter 12 anos de idade.

Antes de ser apresentada, dizia-se ESTA mulher; depois, somente Mulher, que implica uma atitude de respeito.  

As pedras não eram atiradas pelas pessoas. Era uma pedra grande em que duas pessoas deviam pegá-la e jogar sobre o pecador. 

Fonte: Missa dominical (às 6h) da Rádio Jovem Pan (13/03/2016).


Contos

Julgamento

Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam, pois ele tinha um lindo cavalo branco... Reis lhe ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia:

— Este cavalo não é um cavalo para mim, é uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo?

O homem era pobre, mas jamais vendeu o cavalo. Numa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira. A aldeia inteira se reuniu, e algumas pessoas lhe disseram:

— Seu velho estúpido! Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado. Teria sido melhor vendê-lo. Que desgraça!

O velho disse:

— Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato; o resto é julgamento. Se se trata de uma desgraça ou de uma bênção, não sei, porque este é apenas um fragmento. Quem pode saber o que vai se seguir?

As pessoas riram do velho. Elas sempre souberam que ele era um pouco louco. Mas quinze dias depois, de repente, numa noite, o cavalo voltou. Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso: ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente as pessoas se reuniram e lhe disseram:

— Velho, você estava certo. Não se tratava de uma desgraça; na verdade, provou ser uma bênção.

O velho disse:

— Novamente vocês estão se adiantando. Apenas digam que o cavalo está de volta... Quem sabe se é uma bênção ou não? Este é apenas um fragmento. Você lê uma única palavra de uma sentença e como pode julgar todo o livro?

Dessa vez as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente sabiam que ele estava errado. Doze lindos cavalos tinham vindo... O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde ele caiu de um cavalo, fraturou a coluna e ficou paralítico. Novamente as pessoas se reuniram e, mais uma vez, o julgaram. Elas disseram:

— Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o uso das pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você está mais pobre do que nunca.

O velho disse:

— Vocês estão obcecados por julgamentos. Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou uma bênção. A vida vem em fragmentos, mais que isso nunca é dado.

Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram forçados a se alistar. Somente o filho do velho foi deixado para trás, porque era aleijado. A cidade inteira estava chorando, lamentando-se, porque aquela era uma luta perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria. Elas vieram até o velho e disseram:

— Você tinha razão, velho, aquilo se revelou uma bênção. Seu filho pode estar aleijado, mas ainda está com você. Nossos filhos foram-se para sempre.

O velho disse mais uma vez:

— Vocês continuam julgando. Ninguém sabe! Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus, a totalidade, sabe se isso é uma bênção ou uma desgraça.

E continuou:

— Não julguem, porque dessa maneira jamais se tornarão unidos com a totalidade. Vocês ficarão obcecados com fragmentos, pularão para as conclusões a partir de coisas pequenas. Quando alguém julga, deixa de crescer. Julgamento significa um estado mental estagnado. E a mente sempre deseja julgar, porque estar em processo é sempre arriscado e desconfortável. Na verdade, a jornada nunca chega ao fim. Um caminho termina, outro começa; uma porta se fecha, outra se abre. Atinge-se um pico; sempre existe um pico mais alto. Somente os que são muito corajosos, não se importando com a meta e se contentando com a jornada, satisfeitos simplesmente de viver o momento e de nele crescer... somente estes são capazes de caminhar com a totalidade.

RANGEL, Alexandre. As mais belas parábolas de todos os tempos. Belo Horizonte, MG: Editora Leitura, 2002.


Frases e Pensamentos

Livro 1

Se o homem não vê senão uma partícula do mundo em que habita, se só considera a sua curta passagem pela Terra, como poderá conhecer a ordem eterna e universal? Para avaliar o bem e o mal, o verdadeiro e o falso, o justo e o injusto cumpre nos elevarmos acima dos estreitos limites da vida atual, e considerar o conjunto dos nossos destinos. Então o mal aparece tal como é, como um estado transitório inerente ao nosso mundo, como uma das fases inferiores da evolução dos seres para o Bem. Não é em nosso mundo nem em nossa época que se deve procurar o ideal perfeito, mas na imensidade dos mundos e na eternidade dos tempos. (DENIS, Léon. Depois da Morte, capítulo  IX  "O Universo e Deus")

O estudo do mundo invisível exige muita prudência e perseverança. Somente ao fim de muitos anos de reflexão e de observação é que se adquire o conhecimento da vida, é que se aprende a julgar os homens, a discernir o seu caráter, a resguardar-se dos embustes de que está semeado o mundo. Mais difícil ainda de obter é o conhecimento da Humanidade invisível que nos cerca e paira acima de nós.  (DENIS, Léon. Depois da Morte, capítulo  XXVI — Perigos do Espiritismo)

Aprendamos a repreender com doçura e, quando for necessário, aprendamos a discutir sem excitação, a julgar todas as coisas com benevolência e moderação.  (DENIS, Léon. Depois da Morte, capítulo  XLVIII — Doçura, Paciência, Bondade)

Livro 2

Cremos seja útil a cada discípulo, quando assediado pelas considerações insensatas, lembrar o papel exato que está representando no campo da vida presente, interrogando a si próprio, antes de responder às indagações tentadoras: “Será este assunto de meu interesse? Quem sou? Estarei, de fato, em condições de julgar alguém?” (XAVIER, F. C. Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, capítulo 46 — Quem és?)

Não julgues, pois, a teu irmão pela sua fortuna aparente ou pelos seus privilégios políticos. Antes de tudo, lembra-te de que havia santos na casa de Nero e nunca olvides tão grandiosa lição. (XAVIER, F. C. Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, capítulo 75 Na Casa de César)


Frases Curtas

Nosso juízo de valor dificilmente se iguala com os critérios da Justiça Divina.

Projetamos no outro o mal que existe em nós.

Abstenhamo-nos de envolver o Julgamento Divino na estreiteza de nossos julgamentos.

Deus não se deixa levar pelo preconceito; Deus não se deixa levar pelo juízo humano.

No melindre, o espírita se julga acima da Doutrina Espirita.

Aquele que julga nos enganar, engana-se a si mesmo.