Dinheiro e Espiritismo

Perguntas e Respostas

1) O que é o dinheiro? 

O dinheiro é uma metáfora. Em economia, nome comum de todas as moedas; moeda corrente. É o meio de troca utilizado para facilitar as transações comerciais. 

2) Qual o símbolo do dinheiro? 

O dinheiro tornou-se, presentemente, o símbolo de grandeza, poder e status social. 

3) O que nos diz a lenda sobre o dinheiro? 

O Espírito Neio Lúcio, no capítulo 31 (“A Lenda do Dinheiro”), do livro Alvorada Cristã, psicografado por Francisco Cândido Xavier, descreve-nos que, no princípio do mundo, o Senhor entrou em dificuldades no desenvolvimento da obra terrestre, porque os homens se entregaram a excessivo repouso. Como todo o trabalho estava por fazer, o Senhor da vida pensou que se os homens não agissem por amor, agiriam por ambição. Daí, o dinheiro. 

4) Quais materiais já foram usados como dinheiro? 

Pregos, farinha, chiclete, boi, veado, arroz, sal, açúcar, sementes, manteiga... 

5) O que as palavras e moedas têm em comum? 

Dependem de consenso e só circulam onde são conhecidas. Ambas correm o risco de serem desvalorizadas. A moeda pela inflação; a palavra pelo clichê. A boa frase enriquece a língua; a boa moeda, a sociedade. 

6) Qual a relação entre hóstia e moeda? 

Hóstia e moeda têm o mesmo formato e são fabricadas de maneira semelhante. Ambas têm insígnias: um número e um busto. Observe o mote In God We Trust (Em Deus Confiamos) estampado no dólar americano. 

7) Dinheiro é riqueza? 

O dinheiro assumiu ar de riqueza por causa do cosmopolitismo. Em verdade é um meio de troca, uma representação da riqueza. Observe o náufrago Robinson Crusoé, sozinho numa ilha, e cheio de pepitas de ouro. Para que lhe serviria? 

8) Como a troca influi no preço de um bem? 

Adam Smith disse, em A Riqueza das Nações, que numa relação de troca há dois tipos de valores em jogo: o de uso e o de troca. O valor de uso geralmente é menor que o valor de troca, pois podemos dar muita importância a um objeto sem que isto reflita num aumento de preço de mercado do referido bem. 

9) O que a economia nos ensina sobre dinheiro, inflação e ilusão monetária? 

Quando se emite moeda em excesso gera-se inflação. A inflação é o aumento generalizado de todos os preços. Quando o nosso salário é corrigido, temos a impressão de que ficamos mais ricos, mas isso nada mais é do que ilusão monetária, pois o aumento de salário já foi corroído pelo aumento dos preços. 

10) Como nos tempos de Cristo se falava da adoração ao dinheiro?

Jesus compara o dinheiro ao deus Mamon, como oposto ao Deus verdadeiro, enaltece o óbulo da viúva e profere a frase: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. 

11) Que tratamento Paulo dá ao dinheiro?

Paulo, em suas epístolas, dando prosseguimento aos exemplos de Jesus, combate a busca incessante do dinheiro. Em I Timóteo 6, 6 a 11, lembra-nos: 1) nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele; 2) Tendo, porém, sustento, e com o que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. 

12) Como o cristianismo compara o dinheiro à formação de caráter?

Na civilização moderna, o dinheiro tem grande poder. Em vista disso, a reta formação de caráter dos jovens torna-se um imperativo, pois eles são consumidores cada vez com menos idade. Para que não se desviem dos fins últimos da vida, urge conscientizá-los a usar com responsabilidade tudo o que possuírem, inclusive, o dinheiro. 

13) O que se entende por bônus-hora?

O Espírito André Luiz, no capítulo 22 (“O Bônus-Hora”), do livro Nosso Lar, psicografado por Francisco Cândido Xavier, fala-nos do bônus-hora, que é uma ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo. 

14) Que atitude devemos ter para com o dinheiro?

Para o Espírito Emmanuel, o dinheiro é um perigoso tirano de quem o escraviza. Por isso, façamos dele um meio de troca, no sentido de alocarmos os recursos da natureza em beneficio de toda a humanidade, inspirando ideias e disseminando oportunidades de trabalho e progresso. 

(Reunião de 13/08/2016)

Fonte de Consulta

IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina. São Paulo: Paulinas, 1983. 

PILAGALLO, Oscar. A Aventura do Dinheiro: Uma Crônica da História Milenar da Moeda. São Paulo: Publifolha, 2009.

XAVIER, F. C. Alvorada Cristã, pelo Espírito Neio Lúcio. 5. ed., Rio de Janeiro: FEB, 1977. 

XAVIER, F. C. Nosso Lar, pelo Espírito André Luiz. 19. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1978. 

XAVIER, F. C. Palavras de Vida Eterna, pelo Espírito Emmanuel. 8. ed., Minas Gerais: CEC, 1986.  (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/dinheiro?authuser=0 )


Texto Curto no Blog

Dinheiro

O dinheiro é o símbolo de riqueza, poder e prestígio. Ele é o deus deste mundo, sob o qual se prostram todos os seus adoradores. Pode ser um elemento-chave de pensamento, que condiciona o ser humano por toda a sua vida, deixando em segundo plano os valores de amor, fidelidade e religiosidade. Interpretando-o como uma forma de miséria humana, Papini diz que o dinheiro é o “excremento” corrompido do diabo.

Até o limiar da época moderna, usávamos o termo “riqueza” para designar a posse de bens materiais, tais como, casas e terrenos; a partir da Idade Média, com a expansão do comércio, o dinheiro adquiriu o estatuto de riqueza a ponto de se tornar o seu sinônimo para a maioria das pessoas. Posteriormente, a sua acumulação passa a ser um dos principais objetivos da atividade econômica, caracterizando e fortalecendo o sistema capitalista de mercado.

Embora o dinheiro tenha adquirido o status de riqueza, ele é simplesmente um meio de troca. Em vez de usarmos sal, boi e farinha, optamos pelo dinheiro, pela sua facilidade nas transações de mercadorias. Que necessidade de dinheiro teria o indivíduo numa ilha solitária, como aconteceu com Robinson Crusoé? Uma faca e uma vara de pescar teriam mais utilidade. Foi mais por causa do cosmopolitismo que virou sinônimo de riqueza. Daí, a impressão de que quanto mais dinheiro mais rico o indivíduo é.  

Em se tratando do aspecto religioso, Jesus Cristo compara o dinheiro ao deus Mamon, que compete com do Deus verdadeiro, enaltece o óbulo da viúva e profere a frase: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Seguindo os seus exemplos, os primeiros cristãos vendiam os seus bens e com o dinheiro arrecadado socorriam aos mais pobres em suas necessidades.

O dinheiro é ao mesmo tempo expressão de grandeza e de perdição. O problema está na sua posse. Por isso, o apóstolo Paulo, em I Timóteo, 6,10, diz-nos: “A paixão pelo dinheiro é a raiz de toda a espécie de males e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. Acrescentemos, também, a frase: “Pois que aproveitaria ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma?” — Jesus (Marcos, 8,36).

Se não prestarmos atenção, tudo gira em torno do dinheiro: arte, filosofia, cultura e mesmo a religião eletrônica. Lembremo-nos, assim, do dístico evangélico de repartir com o próximo o que Deus nos ofertou, quer seja dinheiro, tempo e recursos pessoais. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2012/03/dinheiro.html)


Em Forma de Palestra

Dinheiro e Espiritismo

1. Introdução

O dinheiro tornou-se, presentemente, o símbolo de grandeza, poder e status social. Pergunta-se: o que significa a palavra dinheiro? Dinheiro difere de riqueza? Como a religião, de um modo geral, convive com o dinheiro? Como vê-lo segundo a ótica espírita?

2. Conceito

Dinheiro. Em economia, nome comum de todas as moedas; moeda corrente. Por extensão, toda moeda de qualquer metal ou papel-moeda aceito como numerário. É o meio de troca utilizado para facilitar as transações comerciais. 

3. Considerações Iniciais

Historicamente, a ênfase à utilização do dinheiro só aparece na era moderna. Antigamente, não se falava dele. Na Bíblia, há poucas referências. Poder-se-ia citar: 2 Reis 3,4; Josué 7, 21; Isaias, 46,6; Jeremias 32, 9.

Nos tempos de Cristo, a adoração ao dinheiro é bem grande. Jesus o compara ao deus Mamon, como oposto ao Deus verdadeiro.

Papini, por exemplo, diz que o dinheiro é o “excremento” corrompido do diabo.

O dinheiro deve ser analisado sob dois pontos de vista: expressão de grandeza e de pobreza. Em termos de grandeza, refere-se ao estímulo ao progresso material, pois sem ele pereceríamos como sociedade. Miseravelmente, quando reduzimos tudo o mais ao vil metal.

Pretendemos estudá-lo sob o ponto de vista da economia, da religião e do Espiritismo.

4. Dinheiro e Economia

4.1. Dinheiro e Riqueza

Até a era moderna, o dinheiro era de uso bem restrito. Somente depois da Idade Média, quando o Feudalismo perdeu espaço, sendo, por isso, substituído pelo capitalismo comercial, é que o dinheiro começou a tomar vulto, para facilitar as transações comerciais  entre países.

Embora o dinheiro tenha status de riqueza, ele não é riqueza, pois esta compreende a posse de bens, como casa, terreno, automóveis etc. Foi devido ao cosmopolitismo que passou a ser sinônimo de riqueza.

4.2. Dinheiro como Meio de Troca

O dinheiro é simplesmente um meio de troca, o intermediário entre um vendedor e um comprador. Antigamente, chegou-se a usar o sal como meio de troca. Pela dificuldade de se levar sal ao mercado, com o tempo, foi aparecendo outros bens, até se chegar à cunhagem de moedas. Hoje, há o dinheiro virtual, os cartões de débito e crédito, que facilitam sobremaneira as nossas compras e vendas.

4.3. Dinheiro, Inflação e Ilusão Monetária 

Em Economia, aprendemos que a quantidade de moeda emitida pelo governo exerce grande influência sobre os preços de mercado: em excesso, provoca inflação, que é o aumento persistente dos preços. Com mais dinheiro, procura-se mais mercadoria. O aumento de demanda provoca o aumento dos preços.

Paralelamente à inflação, temos o fenômeno da ilusão monetária, que é a sensação de que estamos ficando mais ricos quando o nosso salário aumenta. Para se ter uma perfeita noção, temos de comparar o aumento de inflação com o aumento de salário, para ver se, mesmo aumentando o salário, a nossa renda real não está diminuindo.

5. Dinheiro e Religião

5.1. Jesus e o Novo Testamento 

Em se tratando do aspecto religioso, Jesus Cristo compara o dinheiro ao deus Mamon, que compete com do Deus verdadeiro, enaltece o óbulo da viúva e profere a frase: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Seguindo os seus exemplos, os primeiros cristãos vendiam os seus bens e, com o dinheiro arrecadado, socorriam aos mais pobres em suas necessidades.

5.2. Paulo e as Epístolas 

Paulo, em suas epístolas, dando prosseguimento aos exemplos de Jesus, combate a busca incessante do dinheiro.

Em I Timóteo 6, 6 a 11, diz: "É grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com o que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas o que querem ser ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão”.

Esta é uma lição para todos os tipos de pessoas, quer sejam ricas, quer sejam pobres, pois ninguém deveria ser dominado pelo “amor ao dinheiro”.

5.3. Cristianismo e Formação de Caráter

Jesus ensinou a amar ao próximo como a si mesmo. Os apóstolos deram continuidade aos seus ensinamentos. Ao longo do tempo, vimos a construção de albergues, asilos e creches se ampliar como princípio de repartir com o outro aquilo que nos sobra.

A civilização moderna, que aderiu ao capitalismo, fez com que aumentasse o valor do dinheiro, pois quanto mais se trabalha mais dinheiro se arrecada, e isso conquista mais poder, luxo e conforto. Sem o perceber, o ser humano vai se tornando escravo dele, pois tudo é submetido a ele, inclusive a arte e a cultura.

Em vista disso, a reta formação de caráter dos jovens torna-se um imperativo, pois eles são consumidores cada vez com menos idade. Para que não se desviem dos fins últimos da vida, urge conscientizá-los a usar com responsabilidade tudo o que possuírem, inclusive, o dinheiro.

6. Dinheiro e Espiritismo

6.1. Bônus-Hora

O Espírito André Luiz, no capítulo 22 (“O Bônus-Hora”), do livro Nosso Lar, psicografado por Francisco Cândido Xavier, fala-nos do bônus-hora, que é uma ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo. Quer os espíritos trabalhem ou não, todos têm direito a moradia e alimentação no mundo espiritual. Contudo, os que trabalham e ganham bônus-hora podem adquirir casa própria e melhores alimentos.

“O verdadeiro ganho da criatura é de natureza espiritual e o bônus-hora, em nossa organização, modifica-se em valor substancial, segundo a natureza dos nossos serviços”. Quer isso dizer que não importa o tipo de serviço que estamos prestando, mas o conteúdo energético que nele estamos colocando.

6.2. Dinheiro e Atitude 

Da citação evangélica, “Porque a paixão do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” — Paulo (I Timóteo, 6, 10), o Espírito Emmanuel chama a nossa atenção: 1) o dinheiro é um perigoso tirano de quem o escraviza; 2) quando o encarceramos ele nos encarcera; 3) ele deforma os corações que o segregam ao vício; 4) ligado às inteligências perversas é causa de lágrimas para viúvas e órfãos; 5) orientado na direção do progresso é fonte de luz para toda a humanidade.

Por isso, façamos dele um meio de troca, no sentido de alocarmos os recursos da natureza em beneficio de toda a humanidade, inspirando ideias e disseminando oportunidades de trabalho e progresso. (Xavier, 1986, cap. 48)

6.3. A Lenda do Dinheiro

O Espírito Neio Lúcio, no capítulo 31 (“A Lenda do Dinheiro”), do livro Alvorada Cristã, psicografado por Francisco Cândido Xavier, descreve-nos que, no princípio do mundo, o Senhor entrou em dificuldades no desenvolvimento da obra terrestre, porque os homens se entregaram a excessivo repouso.

Como todo o trabalho estava por fazer, o Senhor da vida pensou que se os homens não agissem por amor, agiriam por ambição.

Com o dinheiro, o progresso se fez presente. “Desde então, a maioria das criaturas passou a trabalhar por dedicação ao dinheiro, que é de propriedade exclusiva do Senhor, da aplicação do qual cada homem e cada mulher prestarão contas a Ele mais tarde”.

7. Conclusão 

Estejamos cônscios de que o dinheiro é simplesmente um meio de troca. Não façamos dele a perdição de nossa alma, juntando em excesso para que a traça e a ferrugem o consumam.

8. Bibliografia Consultada

IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina. São Paulo: Paulinas, 1983.

XAVIER, F. C. Alvorada Cristã, pelo Espírito Neio Lúcio. 5. ed., Rio de Janeiro: FEB, 1977.

XAVIER, F. C. Nosso Lar, pelo Espírito André Luiz. 19. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1978.

XAVIER, F. C. Palavras de Vida Eterna, pelo Espírito Emmanuel. 8. ed., Minas Gerais: CEC, 1986.

São Paulo, fevereiro de 2012.


Notas do Blog

Formas de Caridade

A esmola, uma das formas de caridade, faz parte da tradição cristã. Vendo uma pessoa estendendo a sua mão, tiramos uma moeda do bolso e lhe damos. Este dinheiro é útil porque pode aliviar a sua fome. A doação de roupas, alimentos e remédios é também meritória, porque pode satisfazer uma necessidade do próximo. Devemos, contudo, tomar cuidado para que essas ações não aumentem o nosso amor-próprio, dificultando a nossa caminhada espiritual. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/09/formas-de-caridade.html)

Parábola dos Talentos

O Espírito Irmão X, no livro Estante da Vida, psicografado por F. C. Xavier, interpreta a parábola nos seguintes termos: ao primeiro o senhor dera Dinheiro, Poder, Conforto, Habilidade e Prestígio; ao segundo, Inteligência e Autoridade; ao terceiro, o Conhecimento Espírita. O primeiro acrescenta Trabalho, Progresso, Amizade, Esperança e Gratidão; o segundo, Cultura e Experiência; o terceiro, devolve intacto. Em vista do ocorrido, o senhor ordena que se tire o Conhecimento Espírita desse último e o dê aos dois primeiros. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2006/09/parbola-dos-talentos.html)

Ciência: Senso Comum, Acaso e Dinheiro

Em algumas dimensões da realidade, além da personalidade do cientista, as pressões financeiras exerceram papel preponderante. No estudo dos astros, o uso do telescópio por Galileu foi em grande parte movido por dinheiro. "Quando ouviu os primeiros rumores sobre o novo e maravilhoso invento, o "óculo espião", ele se entusiasmou e agiu porque estava em difícil situação financeira - ele era um professor de matemática de meia-idade, sem muitas perspectivas, e precisava melhorar de status e de finanças". (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2014/10/ciencia-senso-comum-acaso-e-dinheiro.html)

Ativo ou Reativo?

Observe o seguinte: “Ele (marido) deve obedecer porque ela (esposa) ganha mais do que ele”. Será que essa atitude é de fundamental importância no relacionamento entre as pessoas? O dinheiro é que valoriza o relacionamento ou é o respeito mútuo que deve prevalecer? Quando damos muito valor ao dinheiro, acabamos transformando as pessoas em números, em cifras, em que tudo o mais gira em torno dele. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2011/03/ativo-ou-reativo.html)

Dinheiro é Riqueza?

Para demonstrar que o dinheiro não é riqueza, pensemos: O que faria um indivíduo, cheio de dinheiro, numa ilha, tal qual aconteceu com Robinson Crusoé que, em meados do século XVIII, se dirigia à America do Sul, mas o barco em que seguia naufragou ficando a viver numa ilha deserta? O que ele compraria, se não havia nada para trocar o dinheiro que levou? Para ele, o que seria riqueza? Talvez uma vara de pescar ou uma faca para preparar o seu peixe. (http://sbgecopoli.blogspot.com/2011/10/dinheiro-e-riqueza.html)

Dinheiro e Troca

A origem e uso do dinheiro tem uma dimensão histórica. Inicialmente usavam-se bens naturais para servirem de intermediário na troca. O boi e o veado foram requeridos em alguns lugares, enquanto o sal e o arroz em outros. Esse sistema tinha as suas dificuldades: como trocar um boi por um pouco mais de trigo de que se necessita? Com o tempo, as pessoas para facilitarem a divisão dos bens, começam a usar metais. Conchas e barras de ferro foram tentadas, depois a cunhagem de moedas de ouro e de prata, e por fim as cédulas. (http://sbgecopoli.blogspot.com/2008/07/dinheiro-e-troca.html)

Mentalidade Anticapitalista, A (Ludwig von Mises)

Os artistas preferem o comunismo porque pensam que este regime livra-lhes da ansiedade do dinheiro vindo do consumidor. No capitalismo de mercado, a arte é um produto como outro qualquer. (http://sbgecopoli.blogspot.com/2015/07/mentalidade-anticapitalista-ludwig-von.html)


Mensagem Espírita

Dinheiro e Atitude

“Porque a paixão do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” Paulo. (I TIMÓTEO, 6:10)

Não encarceres o dinheiro para que o dinheiro não te encarcere.

Bênção da vida que o Senhor permite circule na organização da comunidade, qual sangue no corpo, converte-se em perigoso tirano de quem o escraviza.

Deforma, por isso mesmo, os corações que o segregam no vício, como se faz verdugo implacável do avarento que o trancafia nos cofres da usura.

Algemado à inteligência perversa, transforma-se em arma destruidora, e extorquido às lágrimas de viúvas e órfãos, vinga-se daqueles que o recolhem, instilando-lhes enfermidades e cegueira de espírito.

Libertado, porém, no campo do progresso e da bondade, converte-se em oculto libertador daqueles que o libertam.

E por essa razão que se faz alegria na colher de leite à criança desamparada ou no leito simples que agasalha o doente sem teta, voltando em forma de paz àqueles que o distribuem.

Orientado na direção dos que sofrem é prece de gratidão em louvor dos braços que o movimentam e conduzido aos círculos de aflição é cântico inarticulado de amor para as almas que o semeiam na gleba castigada do sofrimento.

Não é a moeda que envilece o homem e sim o homem que a envilece, no desvario das paixões que o degradam.

Deixa, pois, que o dinheiro de passagem por tuas mãos se faça bênção de trabalho e educação, caridade e socorro, à feição do ar que respiras sem furtá-lo aos pulmões dos outros, e perceberás que o dinheiro, na origem, é propriedade simples de Deus. (XAVIER, Francisco Cândido. Palavras da Vida Eterna, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 48)

A Lenda do Dinheiro

Conta-se que, no princípio do mundo, o Senhor entrou em dificuldades no desenvolvimento da obra terrestre, porque os homens se entregaram a excessivo repouso.

Ninguém se animava a trabalhar.

Terra solta amontoava-se aqui e ali. Minerais variados estendiam-se ao léu. Águas estagnadas apareciam em toda parte.

O Divino Organizador pretendia erguer lares e templos, educandários e abrigos diversos, mas... com que braços?

Os homens e as mulheres da Terra, convidados ao suor da edificação por amor, respondiam: - "para quê?" E comiam frutos silvestres, perseguiam animais para devorá-los e dormiam sob as grandes árvores.

Após refletir muito, o Celeste Governador criou o dinheiro, adivinhando que as criaturas, presas da ignorância, se não sabiam agir por amor, operariam por ambição.

E assim aconteceu.

Tão logo surgiu o dinheiro, a comunidade fragmentou-se em pequenas e grandes facções, incentivando-se a produção de benefícios gerais e de valores imaginativos.

Apareceram candidatos a toda espécie de serviços.

O primeiro deles pediu ao Senhor permissão para fundar uma grande olaria. Outro requereu meios de pesquisar os minérios pesados de maneira a transformá-los em utensílios. Certo trabalhador suplicou recursos para aproveitamento de grandes áreas na exploração de cereais.

Outro ainda implorou empréstimo para produzir fios, de modo a colaborar no aperfeiçoamento do vestuário. Servidores de várias procedências vieram e solicitaram auxílio financeiro destinado à criação de remédios.

O Senhor a todos atendeu com alegria.

Em breve, olarias e lavouras, teares rústicos e oficinas rudimentares se improvisaram aqui e acolá, desenvolvendo progresso amplo na inteligência e nas coisas.

Os homens, ansiosamente procurando o dinheiro, a fim de se tornarem mais destacados e poderosos entre si, trabalhavam sem descanso, produzindo tijolos, instrumentos agrícolas, máquinas, fios, óleos, alimento abundante, agasalho, calçados e inúmeras invenções de conforto, e, assim, a terra menos proveitosa foi removida, as pedras aproveitadas e os rios canalizados convenientemente para a irrigação; os frutos foram guardados em conserva preciosa; estradas foram traçadas de norte a sul, de leste a oeste e as águas receberam as primeiras embarcações.

Toda gente perseguia o dinheiro e guerreava pela posse dele.

Vendo, então, o Senhor que os homens produziam vantagens e prosperidade, no anseio de posse, considerou, satisfeito:

- Meus filhos da Terra não puderam servir por amor, em vista da deficiência que, por enquanto, lhes assinala a posição; todavia, o dinheiro estabelecera benéficas competições entre eles, em benefício da obra geral. Reterão provisoriamente os recursos que me pertencem e, com a sensação da propriedade, improvisarão todos os produtos materiais de que o aprimoramento do mundo necessita. Esta é a minha Lei de Empréstimo que permanecerá assentada no Céu.

Cederei possibilidades a quantos mo pedirem, de acordo com as exigências do aproveitamento comum; todavia, cada beneficiário apresentar-me-á contas do que houver despendido, porque a Morte conduzi-los-á, um a um, à minha presença. Este decreto divino funcionará para cada pessoa, em particular, até que meus filhos, individualmente aprendam a servir por amor à felicidade geral, livres do grilhão que a posse institui.

Desde então, a maioria das criaturas passou a trabalhar por dedicação ao dinheiro, que é de propriedade exclusiva do Senhor, da aplicação do qual cada homem e cada mulher prestarão contas a Ele mais tarde. (XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã, pelo Espírito Neio Lúcio, capítulo 48)