Alternativas da Humanidade com Relação ao Mundo Espiritual

Perguntas e Respostas

1. Como os filósofos da antiguidade viam o destino da alma?

Anaxímenes dizia que a alma seria uma espécie de ar, fino e rarefeito, que sobreviveria ao ar mais grosso; Pitágoras falava que o destino da alma era determinado pela vida neste; Heráclito afirmava que alma era semelhante ao fogo fino e rarefeito; Empédocles falava em entrar em outro e continuar a viver; Demócrito expressava-se em termos dos átomos-alma, que também passavam de um corpo para outro; Platão enfatizava que alma deveria libertar-se do corpo, a fim de poder ver claramente a verdade; Para Aristóteles, a imortalidade da alma é impossível. A única parte da alma que sobrevive à morte faz verdadeiramente parte de Deus, e a Ele volta. (Frost jr., cap. VI)

2. O que é e como podemos expressar a Cosmovisão?

Cosmovisão significa visão ou concepção geral de mundo. Pode ser vista sob três aspectos: materialista, espiritualista (religioso) e idealista. Essas diversas visões representam um anelo de saber integral, a apreensão da totalidade e a solução de problemas do sentido do mundo e da vida.

3. Como um pensador chega a uma determinada cosmovisão?

Refletindo sobre os diversos tipos de visão de mundo existentes, ele começa a organizar o seu sistema de ideias. Daí, o niilismo, o panteísmo e o espiritualismo.

4. O que expressa o niilismo?

O Niilismo vem do latim nihil, nada, e significa ausência de toda a crença. Como a matéria é a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo. Os adeptos do materialismo incentivam o gozo dos bens materiais. A consequência é a corrida em busca dos prazeres materiais.

5. O que significa o panteísmo?

O Panteísmo vem do grego pan, o todo, e Theos, Deus, e significa absorção no todo. De acordo com essa doutrina, o Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum. As consequências morais dessa doutrina são semelhantes às do materialismo, pois ir para o todo, sem individualidade e sem consciência de si, é como não existir.

6. O que podemos extrair do dogmatismo religioso?

O Dogmatismo Religioso afirma que a alma, independente da matéria, é criada por ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a morte. A sua sorte já está determinada: os que morreram em "pecado" irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso. Essa visão deixa sem respostas uma série de anomalias que acompanham a humanidade, como, por exemplo, os aleijões e a idiotia.

7. Qual é a Cosmovisão espírita?

O Espiritismo mostra-nos que o Espírito, independente da matéria, foi criado simples e ignorante. Todos partiram do mesmo ponto, sujeitos à lei do progresso. O Espírito progride no estado corporal e no estado espiritual. O estado corpóreo é necessário ao Espírito, até que haja galgado certo grau de perfeição. Desta forma, o estado ditoso ou inditoso dos Espíritos é inerente ao adiantamento moral deles.

8. O que distingue a concepção espírita das demais com relação à vida futura?

A distinção está na individualidade da alma. Para o panteísmo, somos absorvidos no todo, sem individualidade; para a dogmática religiosa, vamos para um céu ou inferno e não existiremos mais. Para o Espiritismo, vamos sofrer ou gozar as consequências de nossos atos terrestres, mas com consciência de progresso, realizado pelo esforço pessoal. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/alternativas-da-humanidade-com-rela%C3%A7%C3%A3o-ao-mundo-espiritual-as?authuser=0)

 

Texto Curto no Blog

Alternativas da Humanidade com Relação ao Mundo Espiritual

Os pensadores da humanidade desenvolveram, ao longo do tempo, três concepções de mundo: Materialista, Idealista e Religiosa. De acordo com essas concepções, construíram as diversas doutrinas. As mais importantes para o propósito de nossos estudos dizem respeito ao Niilismo, ao Panteísmo, ao Dogmatismo Religioso e ao Espiritismo.

O Niilismo - do lat. nihil, nada, fruto da doutrina materialista - significa ausência de toda a crença. Como a matéria é a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo. Os adeptos do materialismo incentivam o gozo dos bens materiais, dizendo que quanto mais usufruirmos deles, mais felizes seremos. Como se vê, a consequência do niilismo é a corrida em busca do dinheiro, da projeção social e do bem-estar material.

O Panteísmo - do grego pan, o todo, e Theos, Deus - significa absorção no todo. De acordo com essa doutrina, o Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum. As consequências morais dessa doutrina são semelhantes às do materialismo, pois ir para o todo, sem individualidade e sem consciência de si, é como não existir.

O Dogmatismo Religioso afirma que a alma, independente da matéria, é criada por ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a morte. A sua sorte já está determinada: os que morreram em "pecado" irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso. Essa visão deixa sem respostas uma série de anomalias que acompanham a humanidade, como, por exemplo, os aleijões e a idiotia.

O Espiritismo mostra-nos que o Espírito, independente da matéria, foi criado simples e ignorante. Todos partiram do mesmo ponto, sujeitos à lei do progresso. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente e fazem parte da legião dos "anjos", dos "arcanjos" e dos "querubins". Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria, através das inúmeras encarnações.

O progresso é indefinido. Tenhamos em mente que todo o dia é dia de renovar o destino. Aproveitemos, assim, todas as oportunidades que Deus nos concede.

Fonte de Consulta

KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed. (popular), Rio de Janeiro, FEB, 1975.

São Paulo, 19/11/1998 (http://sbgespiritismo.blogspot.com.br/2005/10/alternativas-da-humanidade-com-relao.html)


Em Forma de Palestra

Alternativas da Humanidade com Relação ao Mundo Espiritual

1. Introdução

De onde viemos? Para aonde vamos? O que estou fazendo neste mundo? Existirei para sempre ou serei destruído no momento da morte? A dúvida, o medo e a esperança são os principais sentimentos inerentes à vida futura. Tentaremos, sob a luz do Espiritismo, contribuir para uma melhor compreensão do tema proposto.

2. Considerações Iniciais

Buscando as origens da relação entre a alma e a imortalidade, verificamos que:

Anaxímenes, um dos primeiros filósofos gregos, dizia que a alma seria uma espécie de ar, fino e rarefeito, que sobreviveria ao ar mais grosso, essência do universo;

Pitágoras e os pitagóricos falavam que o destino da alma, depois que abandona o corpo, é determinado pela vida neste;

Heráclito, por seu turno, afirmava que alma era semelhante ao fogo fino e rarefeito;

A alma, segundo Empédocles, deixa o corpo por ocasião da morte deste, para entrar em outro e continuar a viver. É a doutrina de transmigração da alma;

Demócrito expressava-se em termos dos átomos-alma, que também passavam de um corpo para outro;

Platão enfatizava que alma deveria libertar-se do corpo, a fim de poder ver claramente a verdade;

Para Aristóteles, a imortalidade da alma é impossível. A única parte da alma que sobrevive à morte faz verdadeiramente parte de Deus, e a Ele volta. (Frost jr., cap. VI)

3. Concepção de Mundo

A concepção geral de mundo diz respeito à cosmovisão, do grego kosmos (ordem), oposto ao kaos (desordem). Da soma geral dos conhecimentos, os filósofos organizaram, sistematicamente ou não, uma espécie de panorama geral de todo o conhecimento, formando uma totalidade de visão, uma coordenação de opiniões entrelaçadas entre si. Com essa sistematização lhes é possível formular, não só uma opinião geral de todo o acontecer, mas também compreender e relacionar um fato individual com a visão geral formulada do todo. (Santos, 1955, p. 123)

A visão de mundo, baseada nesses conhecimentos, pode ser vista sob três aspectos: o Materialismo, o Espiritualismo (religioso) e o Idealismo. O que caracteriza essas diversas cosmovisões? Primeiro, um anelo de saber integral; segundo, a apreensão da totalidade; terceiro, a solução de problemas do sentido do mundo e da vida.

3.1. Religião

"Com efeito, uma religião é, em certo modo, uma concepção de mundo. Elas são em grande número e cada uma pretende estar na posse exclusiva da verdade. Somente essa mostra aos homens o caminho a seguir na vida e o meio de alcançar outra vida feliz depois da morte". (Thalheimer, 1934, p.13)

O caráter fundamental da religião pode ser assim definido: é um produto da fantasia, da inspiração, contrariamente à concepção do mundo moderno, que é um produto da ciência.

A diferença entre ciência e religião pode ser visualizada da seguinte forma: suponha o fenômeno chuva. Para as religiões primitivas, havia o Deus da chuva ou o Deus do trovão. Quer dizer, uma força sobrenatural fazia trovejar e chover. A ciência busca as causas: o que faz chover e o que faz trovejar. E o que descobre faz parte das leis naturais.

3.2. Idealismo

Tendência, atitude ou doutrina que reduz o ser ao pensamento. Considera o Espírito, a consciência, a ideia e a vontade como dados primários para a explicação dos problemas filosóficos. Para o idealismo o que move o universo são as ideias. A matéria surge como uma simples consequência, um epifenômeno.

3.3. Materialismo

Doutrina que sustenta que a matéria é a única realidade do universo, e que todas as atividades são realmente atividades da matéria. Considera a matéria como o motor do universo. A ideia surge como um epifenômeno.

4. Alternativas da Humanidade com Relação à Vida Futura

Baseando-se nas visões de mundo, os grandes pensadores organizaram os seus sistemas de ideias. Para o nosso estudo, interessa-nos refletir sobre:

4.1. Doutrina Materialista

O Niilismo - do lat. nihil, nada, fruto da doutrina materialista - significa ausência de toda a crença. Como a matéria é a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo. Os adeptos do materialismo incentivam o gozo dos bens materiais, dizendo que quanto mais usufruirmos deles, mais felizes seremos. Como se vê, a consequência do niilismo é a corrida em busca do dinheiro, da projeção social e do bem-estar material.

4.2. Doutrina Panteísta

O Panteísmo – do grego pan, o todo, e Theos, Deus – significa absorção no todo. De acordo com essa doutrina, o Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum. As consequências morais dessa doutrina são semelhantes às do materialismo, pois ir para o todo, sem individualidade e sem consciência de si, é como não existir.

4.3. Doutrina Dogmática

O Dogmatismo Religioso afirma que a alma, independente da matéria, é criada por ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a morte. A sua sorte já está determinada: os que morreram em "pecado" irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso. Essa visão deixa sem respostas uma série de anomalias que acompanham a humanidade, como, por exemplo, os aleijões e a idiotia.

4.4. A Doutrina Espírita

Para o Espiritismo, a vida espiritual é a vida normal; a vida corpórea é uma fase temporária em que o Espírito se reveste de um envoltório material e de que se despe por ocasião da morte.

4.4.1. O Espírito é Criado Simples e Ignorante

O Espiritismo mostra-nos que o Espírito, independente da matéria, foi criado simples e ignorante. Todos partiram do mesmo ponto, sujeitos à lei do progresso. Aqueles que praticam o bem evoluem mais rapidamente e fazem parte da legião dos "anjos", dos "arcanjos" e dos "querubins". Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria, através das inúmeras encarnações.

4.4.2. O Progresso dos Espíritos é Ininterrupto

O Espírito progride no estado corporal e no estado espiritual. O estado corpóreo é necessário ao Espírito, até que haja galgado um certo grau de perfeição. Como a perfeição não é possível de ser alcançada em uma única existência, o Espírito retoma o corpo quantas vezes forem necessárias e de cada vez encarna com o progresso que haja realizado em suas existências precedentes e na vida espiritual.

4.4.3. Felicidade e Infelicidade dos Espíritos

"O estado ditoso ou inditoso dos Espíritos é inerente ao adiantamento moral deles; a punição que sofrem é consequência do seu endurecimento no mal, de sorte que, com o perseverarem no mal, eles se punem a si mesmos; mas, a porta do arrependimento nunca se lhes fecha e eles podem, desde que o queiram, volver ao caminho do bem e efetuar, com o tempo, todos os progressos". (Kardec, 1975, p. 200)

5. Conclusão

A Doutrina Espírita é como uma luz que a tudo clareia. As dúvidas se desfazem; o Espírito enche-se de brio por ter a certeza de que a vida continua e que seremos recompensados ou punidos de acordo com os nossos atos bons ou maus do dia-a-dia.

6. Bibliografia Consultada

FROST JR., S. E. Ensinamentos Básicos dos Grandes Filósofos. Tradução de Leônidas Gontijo de Carvalho. São Paulo: Cultrix, sdp

KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.

SANTOS, M. F. dos. Filosofia e Cosmovisão (Introdução à Filosofia e Visão Geral de Mundo). 2. ed., São Paulo, Logos, 1955.

TALHEIMER, A. Introdução ao Materialismo Dialético (Fundamento das Theorias Marxistas).São Paulo, Livraria Cultura Brasileira, 1934.

São Paulo, novembro de 2004.


Notas do Blog

Salvação da Alma

No Antigo Testamento, fica claro que o plano salvador de Deus é um plano universal. É Abraão quem recebe a promessa salvadora. Ao longo dos evangelhos, Jesus é apresentado como o Salvador por antonomásia: o seu nome é Salvador.

O Espiritismo, ensinando-nos a lei de evolução, é o que melhor explica a salvação da alma. Diz-nos que todos os seres humanos partiram do mesmo ponto, sujeitos à lei do progresso. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente e fazem parte da legião dos "anjos", dos "arcanjos" e dos "querubins". Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria, através das inúmeras encarnações. (http://sbgespiritismo.blogspot.com.br/2011/08/salvacao-da-alma.html)

Mundo Material e Mundo Espiritual

O mundo espiritual, por sua vez, é composto de diferentes planos, expressando os diversos graus de adiantamento. O mundo corporal poderia deixar de existir sem que isso alterasse a essência do mundo espiritual, o verdadeiro mundo. Esses mundos são classificados de acordo com a evolução alcançada pelo Espírito. Há, assim, o mundo de provas e expiações, o mundo de regeneração, o mundo ditoso, o mundo celeste etc. (http://sbgespiritismo.blogspot.com.br/2011/03/mundo-material-e-mundo-espiritual.html)

Meu Reino não é Deste Mundo

O princípio da vida futura pode ser assim sintetizado: os judeus tinham ideias muito vagas acerca da vida futura. Eles acreditavam nos anjos, mas não tinham conhecimento de que eles mesmos poderiam, no futuro, vir a ser anjos. Jesus Cristo coloca a vida futura como um dogma central de seus ensinamentos. Por isso, não se dizia rei deste mundo. Para o Espiritismo, a vida futura é uma realidade baseada em fatos, fatos estes mostrados pelos próprios Espíritos desencarnados. (http://sbgespiritismo.blogspot.com.br/2013/03/meu-reino-nao-e-deste-mundo.html)

Laços de Família

No mundo espiritual, os Espíritos formam famílias unidas pela afeição, pela simpatia e semelhança de inclinações. De acordo com essas afinidades, os Espíritos se atraem para viverem conjuntamente. Nesse contexto, a encarnação de um de seus membros não corta esse laço familiar. A ruptura é momentânea. Depois de passar pela prova em uma nova reencarnação, ele volta para o seio de sua família espiritual. É como se fosse o retorno de uma viagem. Os que estão desencarnados velam pelos que estão no mundo da matéria. (http://sbgespiritismo.blogspot.com.br/2013/05/lacos-de-familia.html)

 São Paulo, agosto de 2017.