Magnetismo, Hipnotismo e Espiritismo
Perguntas e Respostas
1) O que é magnetismo?
Magnético e magnetismo tem relação com as propriedades do ímã: ferro magnético, atração magnética. Fig. Pessoa que exerce influência profunda e que verga a vontade de outrem à sua. Ocultismo. Força vital no ser humano, que apresenta analogia com a eletricidade e o magnetismo mineral, podendo ser irradiada para o exterior pelos olhos, pelas pontas dos dedos e pela boca, com maior ou menor intensidade da vontade.
2) O magnetismo animal é fenômeno apenas dos nossos dias?
Não. O magnetismo animal foi reconhecido e explorado desde a mais remota antiguidade. Os iniciados dos grandes templos, principalmente no Egito, utilizavam-no com frequência, promovendo curas de doenças pela imposição das mãos, pelo sopro ou pela saliva do manipulador. Na Idade Média, Alberto Magno, Rogério Bacon, Paracelso e tantos outros conheceram o magnetismo animal.
3) O que se entende por hipnotismo?
Hipnos é o Deus do sono na Mitologia Grega. Hipnose. Psiq. Estado particular de estreitamento e turvação da consciência, artificialmente provocado no qual a atividade do pensamento e da vontade próprios estão consideravelmente limitados e substituídos pelas ideias, sensações e ordens dadas (sugeridas) pelo hipnotizador. Hipnotismo é o sono sonambúlico provocado. São os vários processos, pelos quais uma pessoa dotada de grande força de vontade exerce sua influência sobre outras pessoas de ânimo mais débil, numa espécie de êxtase (ou transe).
4) Quais são as origens alquímicas do hipnotismo?
Franz Anton Mesmer (1734-1815), formado em medicina, deu início à teoria do hipnotismo. Sua tese doutoral foi: De Influxu Planetarum in Corpus Humanun (“Da Influência dos Planetas sobre o Corpo Humano”), claramente relacionada com a Astrologia. Começando pelas técnicas desenvolvidas por Hell, que colocava magnetos nas partes doentes de seus pacientes, Mesmer, pelas suas experimentações, chegou à teoria do “magnetismo animal” (1779). Dizia ele existir um fluido que interpenetrava tudo e que dava às pessoas, propriedades análogas àquelas do ímã.
5) Como evoluíram as ideias sobre o hipnotismo?
O Marquês de Puységur, discípulo de Mesmer, desenvolvendo linha própria de pesquisa, coloca os seus pacientes num estado de semi-adormecimento, e percebe que eles saíam com a saúde melhorada. Daí, o sonambulismo (1787). No decorrer do século seguinte, surgiram um sem-número de correntes terapêuticas baseadas nas ideias originais de Mesmer. Em 1841, Braid estabeleceu uma clara distinção entre o hipnotismo e o antigo magnetismo animal. O hipnotismo refere-se à “parte mental do processo”. Posteriormente, Charcot o estuda metodicamente, Liebault o aplica à clínica e Freud o utiliza ao criar a Psicanálise.
6) Qual a diferença (presentemente) entre magnetismo e hipnotismo?
O magnetismo aceita a existência de um fluido especial, que é projetado pelo magnetizador influenciando a pessoa que o recebe. O hipnotismo admite que o paciente fica hipnotizado por auto-sugestão e concentração mental, não havendo fluido algum. Apenas o hipnotismo é aceito pela ciência, em virtude de o magnetismo fundamentar a cura de uma doença na transmissão de fluidos.
7) Quais são as qualidades dos bons magnetizadores?
Sob o ponto de vista físico, boa saúde, um temperamento sanguíneo-bilioso e uma boa alimentação; sob o ponto de vista psíquico, uma vontade firme, uma fé inabalável na existência dessa força e um certo grau de desenvolvimento intelectual.
8) O poder de magnetizar é exclusivo dos seres humanos?
Não. Certos animais irracionais gozam dessa prerrogativa. A jiboia usa para fascinar os animais de que se alimenta; o sapo, pelo mesmo processo, imobiliza a doninha e outros animais pequenos.
9) Como o magnetismo e o hipnotismo podem ser vistos sob a ótica espírita?
No Espiritismo, urge acrescentar o elemento “magnetismo espiritual”, que são os fluidos projetados pelos Espíritos desencarnados. Enquanto o magnetizador comum pode até cobrar pelas suas sessões de magnetização, sob o ponto de vista do Espiritismo, o médium é apenas um intermediário dessas forças, que auxiliam na cura de uma doença.
10) Como se processa a cura?
Através da substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. Aí entram em cena o magnetismo do médium e o magnetismo dos Espíritos. Acrescenta-se, ainda, o merecimento da cura por parte da pessoa doente.
11) A cura depende da técnica de magnetização?
Não. Depende muito mais da forma como o paciente se condiciona, se entrega ao transe, se deixa sugestionar. Se formos ao um Centro Espírita tomar um “passe” e não tivermos confiança que ele irá restaurar nossas forças, o resultado será bem menor do que se tivermos a fé inabalável de que aquele fluido vai nos ajudar enormemente.
12) Quais os cuidados que o médium deve ter com relação ao magnetismo e ao hipnotismo?
Diz-se que todos somos médiuns, no sentido de recebermos diversas influências dos Espíritos. Rendendo-nos às sugestões frívolas, ficaremos presos às influências de Espíritos menos evoluídos. Convém, assim, estarmos sempre fazendo esforços na renovação e purificação dos nossos pensamentos.
(Reunião de 15/10/2011 e 06/05/2017)
Fonte de Consulta
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.].
DICIONÁRIO DO INEXPLICADO. Edições Planeta. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/magnetismo-hipnotismo-e-espiritismo?authuser=0 )
Texto Curto no Blog
Magnetismo e Hipnotismo
Magnetismo. Força vital no ser humano, que apresenta analogia com a eletricidade e o magnetismo mineral, podendo ser irradiada para o exterior pelos olhos, pelas pontas dos dedos e pela boca. Hipnotismo. São os vários processos, pelos quais uma pessoa dotada de grande força de vontade exerce sua influência sobre outras pessoas de ânimo mais débil, numa espécie de êxtase (ou transe).
O magnetismo animal foi reconhecido e explorado desde a mais remota antiguidade. Os iniciados dos grandes templos, principalmente no Egito, utilizavam-no com frequência, promovendo curas de doenças pela imposição das mãos, pelo sopro ou pela saliva do manipulador. Na Idade Média, Alberto Magno, Rogério Bacon, Paracelso e tantos outros conheceram o magnetismo animal.
As origens alquímicas do hipnotismo remontam a Franz Anton Mesmer (1734-1815), formado em medicina. Sua tese doutoral, De Influxu Planetarum in Corpus Humanun (“Da Influência dos Planetas sobre o Corpo Humano”), está claramente relacionada com a Astrologia. Começando pelas técnicas desenvolvidas por Hell, que colocava magnetos nas partes doentes de seus pacientes, Mesmer, pelas suas experimentações, chegou à teoria do “magnetismo animal” (1779). Dizia ele existir um fluido que interpenetrava tudo e que dava às pessoas, propriedades análogas àquelas do ímã.
Ao desenvolver linha própria de pesquisa, o Marquês de Puységur, discípulo de Mesmer, descobre, em 1787, o sonambulismo. Ele coloca os seus pacientes num estado de semi-adormecimento, e percebe que eles saíam com a saúde melhorada. No decorrer do século seguinte, um sem-número de correntes terapêuticas apareceram, todas baseadas nas ideias originais de Mesmer. Em 1841, Braid estabeleceu uma clara distinção entre o hipnotismo e o antigo magnetismo animal, enfatizando que o hipnotismo refere-se à “parte mental do processo”. Posteriormente, Charcot o estuda metodicamente, Liebault o aplica à clínica e Freud o utiliza ao criar a Psicanálise.
Presentemente, faz-se uma distinção entre o magnetismo e o hipnotismo. O magnetismo aceita a existência de um fluido especial, que é projetado pelo magnetizador, influenciando a pessoa que o recebe. O hipnotismo admite que o paciente fica hipnotizado por auto-sugestão e concentração mental, não havendo fluido algum. Apenas o hipnotismo é aceito pela ciência. É que a medicina ortodoxa não aceita a cura de uma doença pela transmissão de fluidos.
É bom lembrar que os magnetizadores não se encontram somente entre os seres humanos. Certos animais irracionais também gozam dessa prerrogativa. A jiboia, por exemplo, usa-o para fascinar os animais de que se alimenta; o sapo, pelo mesmo processo, imobiliza a doninha e outros animais pequenos.
No Espiritismo, temos que acrescentar o elemento “magnetismo espiritual”, que são os fluidos projetados pelos Espíritos desencarnados. Enquanto o magnetizador comum pode até cobrar pelas suas sessões de magnetização, sob o ponto de vista do Espiritismo, o médium é apenas um intermediário dessas forças, que auxiliam na cura de uma doença. E a cura se processa pela substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. Aí entram em cena o magnetismo do médium e o magnetismo dos Espíritos. Acrescenta-se, ainda, o merecimento da cura por parte da pessoa doente.
Saibamos usar equilibradamente a nossa força magnética e hipnótica somente para as curas das doenças do corpo e do Espírito. Nada de ficarmos presos às hipnoses (sugestões) dos Espíritos malfeitores. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/06/magnetismo-e-hipnotismo.html)
Em Forma de Palestra
Magnetismo, Hipnotismo e Espiritismo
1. Introdução
O que é magnetismo? E hipnotismo? São fenômenos apenas dos nossos dias? O poder magnético pertence apenas ao ser humano? Como os fenômenos de magnetismo e hipnotismo se sucederam ao longo do tempo? Como analisá-los sob a ótica da Doutrina Espírita?
2. Conceito
Magnetismo. Magnético e magnetismo tem relação com as propriedades do ímã: ferro magnético, atração magnética. Fig. Pessoa que exerce influência profunda e que verga a vontade de outrem à sua. Ocultismo. Força vital no ser humano, que apresenta analogia com a eletricidade e o magnetismo mineral, podendo ser irradiada para o exterior pelos olhos, pelas pontas dos dedos e pela boca, com maior ou menor intensidade da vontade.
Hipnotismo. Hipnos é o Deus do sono na Mitologia Grega. Hipnose. Psiq. Estado particular de estreitamento e turvação da consciência, artificialmente provocado no qual a atividade do pensamento e da vontade próprios estão consideravelmente limitados e substituídos pelas ideias, sensações e ordens dadas (sugeridas) pelo hipnotizador. Hipnotismo é o sono sonambúlico provocado. São os vários processos, pelos quais uma pessoa dotada de grande força de vontade exerce sua influência sobre outras pessoas de ânimo mais débil, numa espécie de êxtase (ou transe).
3. Considerações Iniciais
Magnetismo e hipnotismo são termos que andam juntos, e muitas vezes um se confunde com o outro. Basta observarmos toda a problemática que envolve a cura das doenças: ora se fala de magnetismo, ora de hipnotismo.
Pretendemos, neste pequeno estudo, aprofundar cada um desses termos, tentar fazer uma distinção entre um significado e outro, para, depois, passar à interpretação espírita questão.
No Espiritismo, aceita-se a tese da existência de Espíritos e sua influência sobre os Espíritos encarnados. Para tanto, os Centros Espíritas, em geral, dispõem de trabalhos de “passes”, para auxiliar na cura das doenças, tanto do corpo como da alma.
4. Magnetismo
4.1. Magnetismo não é Fenômeno dos Dias Presentes
O magnetismo animal foi reconhecido e explorado desde a mais remota antiguidade. Os iniciados dos grandes templos, principalmente no Egito, utilizavam-no com frequência, promovendo curas de doenças pela imposição das mãos, pelo sopro ou pela saliva do manipulador. Na Idade Média, Alberto Magno, Rogério Bacon, Paracelso e tantos outros conheceram o magnetismo animal.
4.2. Qualidade dos Bons Magnetizadores
Sob o ponto de vista físico, boa saúde, um temperamento sanguíneo-bilioso e uma boa alimentação; sob o ponto de vista psíquico, uma vontade firme, uma fé inabalável na existência dessa força e um certo grau de desenvolvimento intelectual.
4.3. O Poder de Magnetizar não é Exclusivo dos Seres Humanos
Certos animais irracionais gozam da prerrogativa de magnetizar. A jibóia usa esse poder para fascinar os animais de que se alimenta; o sapo, pelo mesmo processo, imobiliza a doninha e outros animais pequenos.
5. Hipnotismo
5.1. As Origens Alquímicas do Hipnotismo
Tudo começou com Franz Anton Mesmer (1734-1815), formado em medicina. Sua tese doutoral foi: De Influxu Planetarum in Corpus Humanun (“Da Influência dos Planetas sobre o Corpo Humano”), claramente relacionada com a Astrologia. Começando pelas técnicas desenvolvidas por Hell, que colocava magnetos nas partes doentes de seus pacientes, Mesmer, pelas suas experimentações, chegou à teoria do “magnetismo animal” (1779). Dizia ele existir um fluido que interpenetrava tudo e que dava às pessoas, propriedades análogas àquelas do ímã.
5.2. Evolução das Ideias sobre o Hipnotismo
Em 1787, O Marquês de Puységur, discípulo de Mesmer, desenvolvendo linha própria de pesquisa, coloca os seus pacientes num estado de semi-adormecimento, e percebe que eles saíam com a saúde melhorada. Daí, o termo “sonambulismo”. No decorrer do século seguinte, surgiram um sem-número de correntes terapêuticas baseadas nas ideias originais de Mesmer. Em 1841, Braid estabeleceu uma clara distinção entre o hipnotismo e o antigo magnetismo animal. O hipnotismo refere-se à “parte mental do processo”. Posteriormente, Charcot o estuda metodicamente, Liebault o aplica à clínica e Freud o utiliza ao criar a Psicanálise.
5.3. Diferença entre Magnetismo e Hipnotismo
O magnetismo aceita a existência de um fluido especial, que é projetado pelo magnetizador influenciando a pessoa que o recebe. O hipnotismo admite que o paciente fica hipnotizado por auto-sugestão e concentração mental, não havendo fluido algum. Apenas o hipnotismo é aceito pela ciência, em virtude de o magnetismo fundamentar a cura de uma doença na transmissão de fluidos.
6. Magnetismo, Hipnotismo e Espiritismo
6.1. Magnetismo Espiritual
No Espiritismo, urge acrescentar o elemento “magnetismo espiritual”, que são os fluidos projetados pelos Espíritos desencarnados. Enquanto o magnetizador comum pode até cobrar pelas suas sessões de magnetização, sob o ponto de vista do Espiritismo, o médium é apenas um intermediário dessas forças, que auxiliam na cura de uma doença.
6.2. O Processo de Cura, Segundo o Espiritismo
Através da substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. Aí entram em cena o magnetismo do médium e o magnetismo dos Espíritos. Acrescenta-se, ainda, o merecimento da cura por parte sujet. Essa cura, no entanto, independe de técnicas, mas muito mais da forma como o paciente se condiciona, se entrega ao transe, se deixa sugestionar.
6.2. Magnetizador Versus Médium Curador
Enquanto o magnetizador usa as suas próprias energias, o médium curador é apenas o intermediário dos Espíritos na cura das doenças.
Eis as respostas que nos foram dadas às perguntas seguintes dirigidas aos Espíritos a esse respeito
1 – Podemos considerar as pessoas dotadas do poder magnético como formando uma variedade de médiuns?
"Disso vocês não podem duvidar".
2 – Entretanto o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador, tirando a força de si mesmo, não parece ser o intermediário de nenhum poder estranho?
"É um erro; o poder magnético reside sem dúvida no homem, mas ele é aumentado pela ação dos Espíritos que ele chama em seu auxílio. Se você magnetiza com o fito de curar, por exemplo, e invoca um bom Espírito que se interessa por você e pelo doente, ele aumenta sua força e sua vontade, dirige seu fluido e lhe dá as qualidades necessárias."
3 – Entretanto há muito bons magnetizadores que não acreditam em Espíritos?
"Então vocês pensam que os Espíritos agem somente sobre aqueles que crêem neles? Os que magnetizam para o bem são secundados por bons Espíritos. Todo homem que tem o desejo do bem os chama sem o querer; assim como pelo desejo do mal e pelas más intenções, ela chama os maus". (Kardec, s.d.p., item 176)
7. Conclusão
Saibamos nos defender das hipnoses (sugestões) dos Espíritos malfeitores. Abramos a nossa mente e o nosso coração ao influxo dos benfeitores do espaço. Somente assim podemos nos tornar bons “hipnotizadores e magnetizadores”.
8. Bibliografia Consultada
DICIONÁRIO DO INEXPLICADO. Edições Planeta.
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.].
KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.
KARDEC, A. O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores. Tradução de Eliseu Rigonatti. São Paulo: Lake, [s.d.p.]
Notas do Blog
Milagres
Para o Espiritismo, os milagres decorrem de uma falsa interpretação das Leis Naturais. Um estudo acurado dos fluidos esclarece-nos a questão. De acordo com Allan Kardec, há os fluidos emanados dos Espíritos (magnetismo espiritual), os fluidos do magnetizador (magnetismo humano) e uma interpenetração de ambos (magnetismo misto, semi-espiritual ou humano-espiritual). Com isso, explicamos o mecanismo das curas, das aparições e de tantos outros milagres que ocorreram ao longo do tempo. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/milagres.html)
Corrente Mento-Magnética
O parentesco entre eletricidade e magnetismo começa no século XVIII e início do século XIX em que alguns físicos, sabendo que o raio podia magnetizar o ferro, levantam a hipótese de que a eletricidade era suscetível de gerar magnetismo. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2017/02/corrente-mento-magnetica.html)
Poder da Fé
O poder da fé tem relação com os "milagres" praticados por Jesus. Depois de curar, Jesus dizia: "tua fé te curou". Como entender essa colocação? Jesus não derrogou as leis da natureza; ele simplesmente aplicava o seu vasto conhecimento que tinha sobre a manipulação dos fluidos. Nesse sentido, todos nós temos esse poder de cura porque podemos acionar o nosso magnetismo em prol de algum necessitado. Os Centros Espíritas têm um papel fundamental na formação de médiuns de cura. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2015/07/poder-da-fe.html)
Dicionário
Hipnotismo. Um estado peculiar de dissociação cerebral distinguido por alguns sintomas marcantes, dos quais o mais conhecido e invariável é o grande aumento da sugestionabilidade da pessoa hipnotizada. O estado hipnótico pode ser induzido na maioria das pessoas normais ou também acontecer espontaneamente. (1)
Hipnotismo ou hipnose. É um conjunto de psicologia e fisiologia. A hipnose consiste na produção de um fenômeno que tem um processo neurofisiológico que consiste em enviar uma série de estímulos ao córtice cerebral do indivíduo que se vai hipnotizar, através de um foco de conexão entre a mente do operador hipnótico e a do indivíduo hipnotizado. Com esta série de estímulos, ativamos o córtice cerebral e, através dele, os centros de inibição. O fenômeno hipnótico produz-se quando todo o córtice se inibe e, automaticamente, fica bloqueado. (2)
Hipnose e Hipnotismo. A hipnose é o estado particular que se caracteriza pelo sono nervoso e pela sugestão. O termo deriva da palavra grega Hipnos - deus do sono - e foi adotado pelo médico inglês Dr. James Braid, em 1843. Porém, deveria significar maior receptividade à sugestão, em virtude de ser possível aplicá-la, também, em estado de vigília. alguns autores consideram a hipnose uma forma exagerada de sugestibilidade. O Hipnotismo é um estado de adormecimento que anula a vontade e o agir do indivíduo, tornando-o autômato do hipnotizador; porém, as experiências demonstraram que é difícil e, em muitos casos, impossível, induzir um indivíduo a praticar ações contrárias à sua índole. Isto é: não se consegue, pelo hipnotismo, forçar uma pessoa boa a uma prática criminosa. É difícil e às vezes impossível hipnotizar um paciente que se oponha a isso. O hipnotizador é um instrumento de segunda importância, uma vez que é o paciente, pelo seu próprio esforço, que atinge o estado hipnótico. Daí alguns estudiosos concluírem que toda hipnose tem como base a auto-hipnose. Na auto-hipnose, o relaxamento é auto-induzido, seguido de um estado hipnótico, através do qual somos capazes de obter um maior controle de nossos órgãos e, consequentemente, atingir um estado de equilíbrio e calma, sem necessidade do uso de drogas ou da orientação de um psicoterapeuta. Charcot classifica da seguinte maneira o sono hipnótico: 1.º)Letargia; 2.º) Catalepsia; 3.º) Sonambulismo. Casos há, no entanto, em que essa ordem não é observada; as pessoas histéricas, por exemplo, muitas vezes caem logo em catalepsia; os sonâmbulos naturais passam quase sempre da letargia ao sonambulismo. (3)
Hipnose. O estado e o status do hipnotismo têm sido temas de calorosos debates há dois séculos. Em vista das imensas possibilidades para compreender a mente e aliviar o sofrimento humano que o estudo da hipnose pode oferecer, ela tem atraído demasiado pouca atenção científica. Isso se deve em parte à sua história acidentada, e em parte, à associação que a palavra "hipnotismo" tende a evocar com os aspectos mais escusos do charlatanismo no ocultismo. O hipnotismo sem dúvida existe, e a prática pode ser usada para provocar efeitos benéficos, mas até mesmo o estado hipnótico é difícil de definir. Estar hipnotizado não significa estar dormindo, em TRANSE, nem necessariamente em qualquer outra condição que não a disposição de aceitar sugestão.
A história do hipnotismo começa com Franz Anton Mesmer (c.1734-1815), que começou sua carreira como curandeiro estudando medicina na Universidade de Viena em 1765. Mesmer passou nas provas com louvor, mas o título de sua tese remontava à medicina de uma época anterior. Chamava-se De influxu planetarium in corpus humanum, "Da Influência dos Planetas no Corpo Humano", e mesmo Mesmer compreendeu que isso lhe taria acusações de reviver a moribunda arte da Astrologia. Mas seu interesse era pelas forças físicas do universo, correntes reais, embora intangíveis, que ele imaginava que podiam impregnar o espaço e exercer uma imperceptível influência no corpo humano. Durante alguns anos suas ideias permaneceram dormentes, até que, em 1774, ele ouviu falar das experiências feitas por um padre Jesuíta Maximilian Hell, um dos astrólogos da Imperatriz Maria Thereza, que fazia surpreendente sucesso curando os pacientes com a aplicação de ímãs no corpo. Era um tratamento que derivava do mago e médico místico Paracelso, do século XVII. Paracelso apegava-se a uma teoria comum entre os magos e estudiosos do final do Renascimento, que oscilavam nervosamente entre as exigências feitas pela revivescência contemporânea da magia e a busca simultânea de uma ciência de observação e experiência. É conhecido como a teoria da CORRESPONDÊNCIA, ou "simpatias", e postula que hoje nos pareceriam nada a ter a ver com as outras: uma forma comum de "medicina de simpatia" era a aplicação em partes do corpo de pedras preciosas que se acreditava tivessem uma ligação benéfica com o órgão doente. (4)
(1) PELLEGRINI, Luis. Dicionário do Inexplicado. São Paulo: Edições Planeta.
(2) REIS, Antonio P. dos (org.). Enciclopédia de Ciências Ocultas e Parapsicologia. Tradução de Clarisse Tavares e J. Santos Tavares. Portugal: RPA Produções Ltda.
(3) EDIPE - ENCICLOPÉDIA DIDÁTICA DE INFORMAÇÃO E PESQUISA EDUCACIONAL. 3. ed. São Paulo: Iracema, 1987.
(4) CAVENDISH, Ricardo (org.). Enciclopédia do Sobrenatural: Magia, Ocultismo, Esoterismo, Parapsicologia. Consultor especial sobre Parapsicologia Professor J. B. Rhine. Tradução de Alda Porto e Marcos Santarrita. Porto Alegre: L&PM, 1993.
Notas de Livro
1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar
Teoria de que fluidos ou campos magnéticos em equilíbrio são fundamentais para a saúde humana.
"A ação e a virtude do magnetismo animal, assim caracterizado, podem ser comunicadas a outros corpos animados ou inanimados." (Franz Anton Mesmer)
O médico alemão Franz Anton Mesmer (1734-1851) tinha uma teoria de que todas as coisas possuíam fluidos magnéticos, com uma transferência energética natural ocorrido no Universo, a energia em questão derivando das estrelas. Mesmer defendia que fluidos ou campos magnéticos nos seres humanos podiam ser manipulados para cura e outros objetivos. Desequilíbrios no fluido magnético invisível causavam doenças que podiam ser psicológicas (como ansiedade e fobias) ou físicas (como espasmos, ataques de epilepsia e dor).
A expressão "magnetismo animal" se refere ao princípio universal de que tudo contém seu fluido magnético e também ao sistema terapêutico segundo o qual as pessoas alteram o estado de seus fluidos, reequilibrando ou mesmo transferindo-os pelo toque ou segurando as mãos passivamente sobre o corpo.
Em 1774, Mesmer produziu uma "maré artificial" numa paciente. Ela recebeu um preparo contendo ferro e ímãs foram presos a todo o seu corpo. Um fluido misterioso parecia correr por ele e seus sintomas foram aliviados por várias horas. Mas a paciente mais conhecida de Mesmer foi Maria Theresia von Paradis, de 18 anos, que era cega desde os 4 anos. Entre 1776 e 1777, Mesmer a tratou com ímãs por quase um ano e sua visão ter sido restaurada. Mas, depois de algum tempo, a cegueira voltou. Um comitê da Universidade de Viena investigou Mesmer e o considerou um charlatão, dizendo que, em vez de curá-la, ele simplesmente fez acreditar que estava curada.
O magnetismo animal e as práticas de Mesmer chamaram a atenção para o fato de o tratamento psicológico ter uma influência direta sobre o corpo e as doenças. O tratamento com ímãs ainda é praticado na Europa continental hoje em dia e nos Estados Unidos você pode comprar um bracelete O-Ray "ionizado".
ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014, item "Magnetismo Animal" (1774) [Franz Anton Mesmer])
Mensagem Espírita
Magnetismo Pessoal
“E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele uma virtude que os curava a todos.” – (Lucas, 6:19.)
Na atualidade, observamos toda uma plêiade de espiritualistas eminentes, espalhando conceitos relativos ao magnetismo pessoal, com tamanha estranheza, qual se estivéssemos perante verdadeira novidade do século 19.
Tal serviço de investigação e divulgação dos poderes ocultos do homem representa valioso concurso na obra educativa do presente e do futuro, no entanto, é preciso lembrar que a edificação não é nova.
Jesus, em sua passagem pelo Planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes.
Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Se pretendes, pois, um caminho mais fácil para a eclosão plena de tuas potencialidades psíquicas, é razoável aproveites a experiência que os orientadores terrestres te oferecem, nesse sentido, mas não te esqueças dos exemplos e das vivas demonstrações de Jesus.
Se intentas atrair, é imprescindível saber amar. Se desejas influência legítima na Terra, santifica-te pela influência do Céu. (XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 110)
Aos Discípulos
“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos.” — Paulo. (I Coríntios, 1:23.)
A vida moderna, com suas realidades brilhantes, vai ensinando às comunidades religiosas do Cristianismo que pregar é revelar a grandeza dos princípios de Jesus nas próprias ações diárias.
O homem que se internou pelo território estranho dos discursos, sem atos correspondentes à elevação da palavra, expõe-se, cada vez mais, ao ridículo e à negação.
Há muitos séculos prevalece o movimento de filosofias utilitaristas. E, ainda agora, não escasseiam orientadores que cogitam da construção de palácios egoísticos à base do magnetismo pessoal e psicólogos que ensinam publicamente a sutil exploração das massas.
É nesse quadro obscuro do desenvolvimento intelectual da Terra que os aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da renúncia e da bondade, revelando em suas obras isoladas a experiência divina daquele que preferiu a crucificação ao pacto com o mal.
Novos discípulos, por isso, vão surgindo, além do sacerdócio organizado. Irmãos dos sofredores, dos simples, dos necessitados, os espiritistas cristãos encontram obstáculos terríveis na cultura intoxicada do século e no espírito utilitário das ideias comodistas.
Há quase dois mil anos, Paulo de Tarso aludia ao escândalo que a atitude dos aprendizes espalhava entre os judeus e à falsa impressão de loucura que despertava nos ânimos dos gregos.
Os tempos de agora são aqueles mesmos que Jesus declarava chegados ao Planeta; e os judeus e gregos, atualizados hoje nos negocistas desonestos e nos intelectuais vaidosos, prosseguem na mesma posição do início. Entre eles surge o continuador do Mestre, transmitindo-lhe o ensinamento com o verbo santificado pelas ações testemunhais.
Aparecem dificuldades, sarcasmos e conflitos.
O aprendiz fiel, porém, não se atemoriza.
O comercialismo da avareza permanecerá com o escândalo e a instrução envenenada demorar-se-á com os desequilíbrios que lhe são inerentes. Ele, contudo, seguirá adiante, amando, exemplificando e educando com o Libertador imortal. (XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 7)