Sagrado ante o Espiritismo
Perguntas e Respostas
1) O que é o sagrado?
Sagrado é a manifestação de uma realidade de ordem inteiramente diferente da das realidades “naturais”. Tem como contrapartida a noção de profano.
2) O que é adorar?
A palavra adorar vem do latim ad e orare que significa orar para alguém. É render homenagem através de palavras, gestos, atitudes e cultos. Subentende um sentimento de admiração.
3) O que é um mito?
O mito conta uma história sagrada, um acontecimento primordial que teve origem no começo do tempo - ab initio - revelar um mistério. Somente os deuses podem revelar esse mistério. Quando contada pelos reveladores, torna-se uma verdade apodítica, ou seja, demonstrável, evidente.
4) O que se entende por hierofonia?
Hierofania é o ato da manifestação do sagrado. A história das religiões tem um número considerável de hierofanias, ou seja, todas as manifestações das realidades religiosas. É isso o que explica o sagrado manifestando-se em pedras, animais, árvores etc.
5) Pode o espaço ser considerado sagrado?
Sim. Para o homem religioso, o espaço não é homogêneo: o espaço apresenta roturas, quebras; há porções de espaço qualitativamente diferentes das outras. “Não te aproximes daqui, disse o Senhor a Moisés, descalça as sandálias; porque o lugar onde te encontras é uma terra sagrada” (Êxodo, III, 5).
6) Como visualizar historicamente o sagrado?
O totemismo serve de origem para muitos aspectos de nossa vida. Suas ideias fundamentais são as de totem, de mana e de tabu. A religião, nesse contexto, é a separação do profano e do sagrado.
J. Herculano Pires em O Espírito e o Tempo retrata este histórico em termos de horizontes: tribal (mediunismo primitivo), agrícola(animismo), civilizado-profético (mediunismo bíblico) e espiritual (mediunidade positiva). (mediunismo oracular),
7) Quais são os aspectos sagrados da vida?
Além da religião, o direito, a ética, a estética, a política, o casamento, a família, o sexo, a morte, a arte, a arquitetura e muitos outros aspectos da vida são igualmente envolvidos pelo sagrado. Um exemplo: no Direito (ciência), usa-se a Bíblia em alguns juramentos.
8) Como o sagrado é revelado?
No sentido especial da fé religiosa, a revelação diz-se mais particularmente das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por meio da inteligência, nem com o auxílio dos sentidos e cujo conhecimento lhe dão Deus ou seus mensageiros, quer por meio da palavra direta, quer pela inspiração. Neste caso, a revelação é sempre feita a homens predispostos, designados sob o nome de profetas ou messias, isto é, enviados ou missionários, incumbidos de transmiti-la aos homens.
9) Todas as religiões tiveram os seus reveladores?
Sim. Embora longe estivessem de conhecer todas as verdades, tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriados ao tempo e ao meio em que viviam, ao caráter particular dos povos a quem falavam e aos quais eram relativamente superiores. Buda, Maomé, Confúcio são alguns dos inúmeros exemplos.
10) Qual a natureza da revelação espírita?
Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Quer dizer, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem.
11) Podemos racionalizar o sagrado?
Sim. No Espiritismo, quando Allan Kardec codificou a Doutrina dos Espíritos, fê-lo com o intuito de criar uma nova ordem no relacionamento com as coisas sagradas. Não mais peditórios para resolução de problemas pessoais, mas a absorção de conhecimentos superiores, a fim de que possamos nos tornar herdeiros da felicidade celeste.
12) Explique mais detalhadamente.
O Espiritismo funciona à semelhança das ciências naturais, utilizando a observação, a formulação de hipóteses, a experiência e as conclusões. É uma doutrina científica filosófica, que se utiliza do método teórico-experimental, como o faz a maioria das ciências. O Espiritismo não é questão de forma, mas de fundo. Separemos, assim, a Doutrina Espírita da dos seus propagadores. Nesse sentido, desconfiar da autoridade (inclusive das federações), eliminar mantras, hinos e preces cantadas, vestir-se naturalmente e sem rituais, é um bom exercício.
(Reunião de 14/05/2011) (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/sagrado-ante-o-espiritismo-o?authuser=0 )
Texto Curto no Blog
O Sagrado ante o Espiritismo
O conceito de sagrado deve ser visto, levando-se em conta a Lei de Adoração. A palavra adorar vem do latim ad e orare que significa orar para alguém. É render homenagem através de palavras, gestos, atitudes e cultos. Subentende um sentimento de admiração. Para Mircea Eliade, sagrado é a manifestação de uma realidade de ordem inteiramente diferente da das realidades "naturais". Tem como contrapartida a noção de profano.
Em termos históricos, o totemismo é a base dos estudos do sagrado. Na época havia o totem - tudo o que se considerava sagrado, mana e orenda - força impessoal comum aos símbolos sagrado e o tabu - a instituição em virtude da qual determinadas coisas, certos atos são proibidos. A religião, nesse contexto, é a separação do profano e do sagrado.
Além da religião, o direito, a ética, a estética, a política, o casamento, a família, o sexo, a morte, a arte, a arquitetura e muitos outros aspectos da vida são igualmente envolvidos pelo sagrado.
O sagrado, em muitas religiões, vem pela revelação. Todas as religiões tiveram seus reveladores. Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Quer dizer, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem.
O Espiritismo funciona à semelhança das ciências naturais, utilizando a observação, a formulação de hipóteses, a experiência e as conclusões. É uma doutrina científica filosófica, que se utiliza do método teórico-experimental, como o faz a maioria da ciências. O Espiritismo não é questão de forma, mas de fundo. Devemos evitar a idolatria de Espíritos, de médiuns e de divulgadores da Doutrina Espírita.
Há necessidade de irmos ao Espiritismo isentos de ideias preconcebidas. Paulatinamente, sem correrias, buscar a identificação com os princípios básicos codificados por Allan Kardec. Aplicar o bom senso e a razão em tudo que empreendermos no campo do sagrado. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/08/sagrado-ante-o-espiritismo.html)
Em Forma de Palestra
O Sagrado ante o Espiritismo
1. Introdução
O objetivo deste ensaio é estudar o sentimento de adoração, inato no ser humano, porém influenciado pelas hierofanias das diversas religiões. Para atingir tal objetivo, esquematizamos o seguinte roteiro: o conceito de sagrado, adoração do sagrado no tempo, aspectos sagrados da vida, revelação do sagrado, racionalização do sagrado e o Espiritismo.
2. Conceito
O conceito de sagrado deve ser visto, levando-se em conta a Lei de Adoração. A palavra adorar vem do latim ad e orare que significa orar para alguém. É render homenagem através de palavras, gestos, atitudes e cultos. Subentende um sentimento de admiração.
Convém lembrar que o ser humano toda a vez que não consegue resolver uma dificuldade por meios técnicos, lança mão dos meios mágicos. O mito, por exemplo, conta uma história sagrada, um acontecimento primordial que teve origem no começo do tempo - ab initio - revelar um mistério. Somente os deuses podem revelar esse mistério. Quando contada pelos reveladores, torna-se uma verdade apodítica, ou seja, demonstrável, evidente.
Sagrado - Manifestação de uma realidade de ordem inteiramente diferente da das realidades "naturais". Tem como contrapartida a noção de profano. (Eliade, 1957, p. 24)
Hierofania - É o ato da manifestação do sagrado. A história das religiões tem um número considerável de hierofanias, ou seja, todas as manifestações das realidades religiosas. É isso o que explica o sagrado manifestando-se em pedras, animais, árvores etc. (Eliade, 1957, p. 25)
Espaço Sagrado – Para o homem religioso, o espaço não é homogêneo: o espaço apresenta roturas, quebras; há porções de espaço qualitativamente diferentes das outras. "Não te aproximes daqui, disse o Senhor a Moisés, descalça as sandálias; porque o lugar onde te encontras é uma terra sagrada" (Êxodo, III, 5). (Eliade, 1957, p. 35)
Deus Otiosus – O fenômeno do "afastamento" do Deus supremo é já atestado aos níveis arcaicos de cultura. Entre os australianos Kulin, o Ser Supremo Bundjil criou o Universo, os animais, as árvores e o próprio homem; mas, depois de ter investido em seu filho o poder sobre a Terra, e a sua filha o de providenciar no Céu, Bundjil retirou-se do mundo. Na África, os Yorubas da Costa dos Escravos acreditam num Deus do Céu, denominado Olorum (literalmente proprietário do céu) que, após haver iniciado a criação do mundo, incumbiu um Deus inferior, Obatala, de conclui-lo e governá-lo. Quanto a Olorum, afastou-se, sendo invocado como último recurso. (Eliade, 1957, p. 132-134)
3. Histórico
O clã totêmico serve de origem para muitos aspectos de nossa vida. Não são poucos os sociólogos e historiadores que consideram o Totemismo a mais primitiva das religiões. As idéias fundamentais do Totemismo são as de totem, de mana e de tabu.
Totem – aplica-se o termo totem à espécie de seres ou de coisas que todos os membros de um clã julgam sagrados. Podem ser animais (lobo, canguru, búfalo), vegetais (a árvore-do-chá) e, mais raramente coisas (a chuva, o mar, determinados astros).
Mana e orenda – designa uma força impessoal, ao mesmo tempo material e espiritual, difundida por todas as partes, comum aos símbolos sagrados, aos seres e aos objetos sagrados, a todos os seres, a todas as coisas.
Tabu - de origem polinésica, designa a instituição em virtude da qual determinadas coisas, certos atos são proibidos. (Challaye, 1981, p.17-20)
A religião, nesse contexto, é a separação do profano e do sagrado. Assim, segundo Émile Durkhein (1858-1917) em sua obra de capital importância, Les Formes Élémentaires de la Vie Religieuse, seria "um sistema solidário de crenças e de práticas relativas a coisas sagradas, isto é, separadas, proibidas, crenças e práticas que unem numa mesma comunidade moral, chamada Igreja, todos os que a ele aderem". (Challaye, 1981, p. 25)
J. Herculano Pires em O Espírito e o Tempo retrata este histórico em termos de horizontes: tribal (mediunismo primitivo), agrícola (animismo), civilizado (mediunismo oracular), profético (mediunismo bíblico) e espiritual (mediunidade positiva).
4. Aspectos Sagrados da Vida
Além da religião, o direito, a ética, a estética, a política, o casamento, a família, o sexo, a morte, a arte, a arquitetura e muitos outros aspectos da vida são igualmente envolvidos pelo sagrado. Situemos alguns deles.
Direito – A arquitetura dos tribunais, a toga do juiz, o ritual das sessões dos tribunais, mesmo o uso de símbolos religiosos para o juramento, por exemplo, apontam certos aspectos da instituição do direito que têm pelo menos certo sabor de sagrado. Nos Estados Unidos, em qualquer circunstância, um juiz da Suprema Corte tem, aos olhos do homem médio, um status muitíssimo mais alto que o de um sociólogo, e um cientista social está muito mais sujeito a olhar como um servo para o tribunal do que a vê-lo como uma ameaça.
Religião - É um aspecto do sistema social que poderia ser descrito como especializado no sagrado. Embora o impulso e a experiência religiosos sejam algo que pode ser praticado em caráter privado, seu maior impacto se dá sob a forma de organizações eclesiásticas. A igreja é um suplemento importante da família na educação das crianças, no estabelecimento de normas sociais, na criação de ideais e heróis e na criação de uma comunidade dentro da qual o indivíduo pode sentir-se em casa.
Ética – Até hoje o sistema ético tem sido quase universalmente parte da cultura folk, com contribuição considerável da cultura literária na elaboração de documentos sagrados como os Dez Mandamentos, o Sermão da Montanha ou mesmo os Gettysburg Address e também na elaboração de uma grande quantidade de aforismos, provérbios, poemas bem conhecidos, hinos etc., que formam uma espécie de banco da memória lingüistica de um sistema ético. O princípio folk do "quem bem ama, bem castiga", que conduziu à perpetuação de gerações e gerações de crianças infelizes, agora finalmente está cedendo lugar, a um padrão mais literário e científico. (Boulding, 1974, cap. 4)
5. Revelação do Sagrado
Revelar, do latim revelare, cuja raiz velum, véu, significa literalmente sair de sob o véu — e, figuradamente, descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. Em sua acepção vulgar mais genérica, essa palavra se emprega a respeito de qualquer coisa ignota que é divulgada, de qualquer idéia nova que nos põe ao corrente do que não sabíamos.
No sentido especial da fé religiosa, a revelação diz-se mais particularmente das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por meio da inteligência, nem com o auxílio dos sentidos e cujo conhecimento lhe dão Deus ou seus mensageiros, quer por meio da palavra direta, quer pela inspiração. Neste caso, a revelação é sempre feita a homens predispostos, designados sob o nome de profetas ou messias, isto é, enviados ou missionários, incumbidos de transmiti-la aos homens.
Todas as religiões tiveram seus reveladores e estes, embora longe estivessem de conhecer todas as verdades, tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriados ao tempo e ao meio em que viviam, ao caráter particular dos povos a quem falavam e aos quais eram relativamente superiores. Buda, Maomé, Confúcio são alguns dos inúmeros exemplos.
Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Quer dizer, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem. (Kardec, 1975, p.14-20)
6. Racionalização do Sagrado
No Catolicismo, Deus está distante. A comunicação é feita através dos santos — os trabalhadores — que operam milagres e ajudam em coisas pessoais, tais como casamento e vida familiar; na Umbanda, o Olorum, Deus Supremo, está distante. Os Orixás, mais próximos, são os verdadeiros trabalhadores. O relacionamento com o sagrado é pessoal. No Brasil, o Olorum é esquecido e, pouco a pouco, os orixás passaram, nos cultos afro-brasileiros, a ser identificados com os santos católicos. Assim sendo, Oxalá identifica-se com Jesus Cristo, Xangô com São João Batista e São Jerônimo, Iansã com Santa Bárbara, Ogum com São Jorge etc.; no Espiritismo, a postura deve ser outra, pois quando Allan Kardec codificou a Doutrina dos Espíritos, fê-lo com o intuito de criar uma nova ordem no relacionamento com as coisas sagradas. Não mais peditórios para resolução de problemas pessoais, mas a absorção de conhecimentos superiores, a fim de que possamos nos tornar herdeiros da felicidade celeste.
7. O Espiritismo
O Espiritismo funciona à semelhança das ciências naturais, utilizando a observação, a formulação de hipóteses, a experiência e as conclusões. É uma doutrina científica filosófica, que se utiliza do método teórico-experimental, como o faz a maioria da ciências.
Embora deva assim ser estudado e praticado, são muitos os disparates que ainda temos que nos corrigir. Observe que muitas vezes transferimos as imagens (Santos e Guias de outros credos) para as nossas práticas. Muitos de nós hierarquizam os mentores espirituais, como se faz na Igreja e na Umbanda. Alguns sacralizam o espaço, como a câmara de passes, impedindo, inclusive, de se trocar a pintura.
O Espiritismo não é questão de forma, mas de fundo. Separemos, assim, a Doutrina Espírita da dos seus propagadores. Nesse sentido, desconfiar da autoridade (inclusive das federações), eliminar mantras, hinos e preces cantadas, vestir-se naturalmente e sem rituais, é um bom exercício.
8. Conclusão
Precisamos ir ao Espiritismo isentos de ideias preconcebidas. Paulatinamente, sem correrias, buscar a identificação com os princípios básicos codificados por Allan Kardec. Aplicar o bom senso e a razão em tudo que empreendermos no campo do sagrado. À medida que o conhecimento técnico aumenta, a adoração mágica diminui. Com isso vamos aumentando a nossa percepção do mundo espiritual e melhorando a nossa conduta junto aos nossos semelhantes.
9. Bibliografia Consultada
BOULDING, K. E. O Impacto das Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Zahar, 1974.
CHALLAYE, F. As Grandes Religiões. São Paulo, IBRASA, 1981.
ELIADE, M. O Sagrado e o Profano: A Essência das Religiões. Lisboa, Livros do Brasil, 1957?
KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976.
São Paulo, março de 1997.
Notas do Blog
Vivência Religiosa
As religiões são instituições que organizam a adoração ao sagrado. Embora de origem divina, a maioria está eivada da influência humana. Por esta razão, o padre Alta afirmou que há enorme distância entre o Cristianismo do Cristo e o Cristianismo dos Vigários. O homem, sendo falível, criou a imagem do céu e do inferno. No primeiro reina a paz e a ociosidade. No segundo, um sofrimento sem fim, ao lado dos toneis ferventes. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/vivncia-religiosa.html)
Consciência e Conhecimento
A consciência racional é uma extensão da consciência mítica. Na antiguidade, os homens procuravam explicar a origem e o fim do mundo por intermédio do mito. A filosofia surgiu como um despertar do logos, mas não deixou imediatamente o mito. Procurou dar ao mito uma explicação racional. Daí, a consciência racional. No mito, há um conhecimento sagrado; no logos, o sagrado pode ser explicado pela razão humana. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2010/01/consciencia-e-conhecimento.html)
Nova Era
A opção pelo sagrado ou religioso tem lugar de destaque na nova era. A religião não será apenas histórica ou dogmática, mas aquela em que o crente se apresenta como um perscrutador das coisas do espírito. O ser da nova era estará muito mais interessado em ser religioso do que ter uma religião. A opção pelo místico, pelo transcendental fará com que o indivíduo, embora vivendo neste mundo, não o seja daqui, pois estará se aprofundado no mais autêntico clima de vivência religiosa: a integração plena com os preceitos divinos do amor, da justiça e da caridade. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2005/10/nova-era.html)
Pensamentos
"A bíblia para os cristãos é um livro sagrado,e para os ateus, a bíblia não passa de um bom livro de história." (Leandro Bahiah)
"Tocar a alma de outro ser humano é andar em solo sagrado" (Stephen Covey)
"Nunca deixe de se interessar pelo Sagrado." (Albert Einstein)
"Nada é mais sagrado do que a integridade de nosso próprio espírito." (Ralph Waldo Emerson)
"Não dê aos cães o que é sagrado; e não jogue aos porcos as suas pérolas, mas que eles não as pisoteiem e se voltem para atacá-lo." (Jesus Cristo)
"Somente obedecendo, somente tendo o orgulho humilde, mas sagrado, de obedecer, é que se conquista então o direito de comandar." (Benito Mussolini)
"O sorriso é tão sagrado quanto a prece." (Osho)
"Esse crime, o crime sagrado de ser divergente, nós o cometeremos sempre." (Pagu)
Frases de Emmanuel
"Nos serviços da Natureza, a semente reveste-se, aos nossos olhos, do sagrado papel de sacerdotisa do Criador e da Vida." (Pão Nosso, capítulo 7)
"Nunca é demasiado comentar a importância e o caráter sagrado da palavra." (Pão Nosso, capítulo 165)
"O coração é um recinto sagrado, onde não se deve amontoar resíduos inúteis." (Vinha de Luz, capítulo 83)
"É necessário que o homem, apesar das rajadas aparentemente destruidoras do destino, se conserve de pé, desassombradamente, marchando, firme, ao encontro dos sagrados objetivos da vida." (Vinha de Luz, capítulo 119)
"O corpo é um templo sagrado." (Fonte Viva, capítulo 75)
"A contrição, a saudade, a esperança e o escrúpulo são sagrados, mas não devem representar impedimento ao acesso de nosso espírito à Esfera Superior." (Fonte Viva, capítulo 50)
"O dinheiro de Jesus é o amor. Sem ele, não é lícito aventurar-se alguém ao sagrado comércio das almas." (Caminho, Verdade e Vida, capítulo 63)
"Examina onde entras com o sagrado depósito da confiança. Muita vez, perderás longo tempo para retomar o caminho que te é próprio." (Caminho, Verdade e Vida, capítulo 178)
Mensagem Espírita
Carnaval
Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências nas festas carnavalescas.
É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.
Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.
Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.
Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.
Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.
É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloquente atestado de sua miséria moral. (Psicografado por Chico Xavier em julho de 1939 / Revista Internacional de Espiritismo, janeiro de 2001). [https://www.verdadeluz.com.br/carnaval-por-emmanuel-psicografia-de-chico-xavier/ ]
Direito Sagrado
“Porque a vós foi concedido, em relação ao Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.” – Paulo. (Filipenses, 1:29.)
Cooperar pessoalmente com os administradores humanos, em sentido direto, sempre constitui objeto da ambição dos servidores dessa ou daquela organização terrestre.
Ato invariável de confiança, a partilha da responsabilidade, entre o superior que sabe determinar e fazer justiça e o subordinado que sabe servir, institui a base de harmonia para a ação diária, realização essa que todas as instituições procuram atingir.
Muitos discípulos do Cristianismo parecem ignorar que, em relação a Jesus, a reciprocidade é a mesma, elevada ao grau máximo, no terreno da fidelidade e da compreensão.
Mais entendimento do programa divino significa maior expressão de testemunho individual nos serviços do Mestre.
Competência dilatada — deveres crescidos.
Mais luz — mais visão.
Muitos homens, naturalmente aproveitáveis em certas características intelectuais, mas ainda enfermos da mente, desejariam aceitar o Salvador e crer nele, mas não conseguem, de pronto, semelhante edificação íntima. Em vista da ignorância que não removem e dos caprichos que acariciam, falta-lhes a integração no direito de sentir as verdades de Jesus, o que somente conseguirão quando se reajustem, o que se faz indispensável.
Todavia, o discípulo admitido aos benefícios da crença, foi considerado digno de conviver espiritualmente com o Mestre. Entre ele e o Senhor já existe a partilha da confiança e da responsabilidade. Contudo, enquanto perseveram as alegrias de Belém e as glórias de Cafarnaum, o trabalho da fé se desdobra maravilhoso, mas, em sobrevindo a divisão das angústias da cruz, muitos aprendizes fogem receando o sofrimento e revelando-se indignos da escolha. Os que assim procedem, categorizam-se à conta de loucos, porquanto, subtrair-se à colaboração com o Cristo, é menosprezar um direito sagrado. (XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 104)