Moradas na Casa do Pai

Perguntas e Respostas

1) O que nos diz o texto evangélico?

1. Não se turbe o vosso coração. – Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. – Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais. (João 14, 1 a 3)

2) O que significa a casa do Pai?

A casa do Pai é o Universo. As moradas são os diversos mundos que circundam no espaço infinito, servindo de habitação apropriada ao adiantamento dos diversos Espíritos, espalhados por todo o Universo.

3) O que se entende por Universo?

Conjunto de tudo quanto existe (incluindo-se a Terra, os astros, as galáxias e toda a matéria disseminada no espaço), tomado como um todo; o cosmo, o macrocosmo. Em filosofia, diz-se de tudo quanto existe no espaço e no tempo.

4) Segundo o Espiritismo, que tipo de mundos podemos encontrar no Universo?

Embora não haja uma classificação absoluta, podemos dividi-los em cinco tipos: mundos primitivos, mundos de provas expiações, mundos regeneradores, mundos felizes e mundos celestes.

5) O que caracteriza cada um desses mundos?

Nos mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações do Espírito, o ser humano ainda é muito rude, pois está na infância da sua evolução espiritual. O livre-arbítrio, pouco desenvolvido, não oferece ao Espírito muitas oportunidades de escolha. No processo de encarne-desencarne, vai adquirindo o senso moral, que o torna responsável pelas suas próprias ações.

Nos mundos de expiação e provas, há o domínio do mal. É a situação do planeta Terra. Nele o mal tende a suplantar o bem. Os mansos são enganados pelos inescrupulosos, o mais forte rouba o mais fraco, há guerras e rumores de guerra. Além do mal físico, há também o mal moral, que é a atitude de pensar no mal em vez de pensar no bem. Por esta razão, Jesus condenava o "pecado pelo pensamento", pois a pessoa já tinha cometido o "pecado" de coração.

Nos mundos de regeneração, as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta. Pode-se dizer que já há um equilíbrio entre o bem e o mal.

Nos mundos felizes ou ditosos, o bem sobrepuja o mal. O homem já não é mais lobo do próprio homem, como afirmara Hobbes. Há leveza de locomoção; basta aplicar a vontade que se vai aonde quiser. As doenças, as guerras e os homicídios estão em queda e, consequentemente, toda infra-estrutura montada para atender essa demanda.

Nos mundos celestes ou divinos, há as habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. As doenças, as prisões e os hospitais não existem mais, porque os Espíritos, devidamente enquadrados na lei de amor, não têm mais necessidade dessas organizações para a sua devida evolução espiritual.

Observação: 1) somos um cidadão do Universo, pois tudo o que fazemos e pensamos reflete sobre o todo; 2) "nos mundos mais adiantados, o homem não procura elevar-se acima dos outros, mas acima de si para se aperfeiçoar".

6) Por que temos facilidade de pintar as agruras do "inferno" e poucas palavras para descrever o "céu"?

De certa forma, somos o resultado do que pensamos. Se o nosso pensamento é rude e grosseiro, não temos condições de pinçar idéias em esferas mais evoluídas. Comparemos o corvo à águia. O corvo voa baixo, tentando pegar os restos de comida deixados pelos seres humanos; a águia procura os campos altos. Muitas vezes até falamos desses mundos superiores, mas é muito mais fruto de leituras ou de comunicações mediúnicas do que da nossa própria experiência.

7) Que tipo de atitude poderíamos tomar para subir aos mundos mais elevados?

Desapego aos bens terrenos. Quanto mais bens materiais tivermos, mais teremos de cuidar. Isto é liberdade ou escravidão? O desapego aos bens terrenos é fundamental para adentramos na vida do Espírito. E não é uma tarefa fácil, porque todos nós, ao longo do tempo, vamos acrescentando coisas ao nosso patrimônio físico e moral. Para refletirmos: somos apegados ao nosso nome, à nossa profissão, aos livros que possuímos? Não nos esqueçamos de que essas atitudes podem dificultar a nossa subida ao mundo espiritual superior.

Perdão. Como é que o perdão pode ser um elemento essencial para a nossa subida a outros mundos? O perdão faz com que nos libertemos da pessoa que nos ocasionou algum constrangimento, deixando tudo ao encargo da Lei Natural. Evitemos, assim, de fazer justiça pelas próprias mãos. Deixemos tudo por conta de Deus, que sabe o que é melhor para nós e para os outros.

Prece. Um religioso já escrevera que "Aquele que ora, salva-se certamente; e aquele que não ora, condena-se certamente". A prece liberta a nossa mente dos grilhões das esferas inferiores e nos impulsiona para os espaços do infinito, iluminados pelos cânticos do amor universal.

(Reunião de 19/06/2010)

Bibliografia Consultada

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/moradas-na-casa-do-pai-as?authuser=0 )


Texto Curto no Blog

Moradas na Casa do Pai

1. Não se turbe o vosso coração. – Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. – Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais. (João 14, 1 a 3)

A casa do Pai é o Universo. As moradas são os diversos mundos que circundam no espaço infinito, servindo de habitação apropriada ao adiantamento dos diversos Espíritos, espalhados por todo o Cosmo. Por Universo, entende-se o conjunto de tudo quanto existe (incluindo-se a Terra, os astros, as galáxias e toda a matéria disseminada no espaço). Tomado como um todo; o cosmo, o macrocosmo. Em filosofia, diz-se de tudo quanto existe no espaço e no tempo.

Embora não haja uma classificação absoluta, Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, divide-os em cinco tipos:

1) Mundos Primitivos, destinados às primeiras encarnações do Espírito. Nesse mundo, o ser humano ainda é muito rude, pois está na infância da sua evolução espiritual. O livre-arbítrio, pouco desenvolvido, não oferece ao Espírito muitas oportunidades de escolha. No processo de encarne-desencarne, vai adquirindo o senso moral, que o torna responsável pelas suas próprias ações.

2) Mundos de Expiação e Provas, em que há o domínio do mal. É a situação do planeta Terra. Nele o mal tende a suplantar o bem. Os mansos são enganados pelos inescrupulosos, o mais forte rouba o mais fraco, há guerras e rumores de guerra. Além do mal físico, há também o mal moral, que é a atitude de pensar no mal em vez de pensar no bem. Por esta razão, Jesus condenava o "pecado pelo pensamento", pois a pessoa já tinha cometido o "pecado" de coração.

3) Mundos de Regeneração, em que as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta. Pode-se dizer que já há um equilíbrio entre o bem e o mal.

4) Mundos Felizes ou Ditosos, em que o bem sobrepuja o mal. O homem já não é mais lobo do próprio homem, como afirmara Hobbes. Há leveza de locomoção; basta aplicar a vontade que se vai aonde quiser. As doenças, as guerras e os homicídios estão em queda e, consequentemente, toda infra-estrutura montada para atender essa demanda.

5) Mundos Celestes ou Divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. As doenças, as prisões e os hospitais não existem mais, porque os Espíritos, devidamente enquadrados na lei de amor, não têm mais necessidade dessas organizações para a sua devida evolução espiritual.

Temos facilidade de pintar as agruras do "inferno" e poucas palavras para descrever o "céu". Por quê? De certa forma, somos o resultado do que pensamos. Se o nosso pensamento é superficial, terra-a-terra, faltam-nos condições de perceber as idéias das esferas mais altas. O corvo voa baixo; a águia procura o cimo. Estamos muito mais para corvo do que para águia. Às vezes, até falamos desses mundos superiores, mas é muito mais fruto de leituras ou de comunicações mediúnicas do que da nossa sapiência.

Santo Agostinho, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, diz: "A Terra está classificada no mundo de provas e expiações. Esteve material e moralmente num estado inferior ao que está hoje, e atingirá sob esse duplo aspecto, um grau mais avançado. Ela atingiu um dos seus períodos de transformação, em que, de mundo expiatório, tornar-se-á mundo regenerador; então os homens serão felizes, porque a lei de Deus nela reinará".

Para Reflexão: "Nos mundos mais adiantados, o homem não procura elevar-se acima dos outros, mas acima de si para se aperfeiçoar". (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/09/moradas-na-casa-do-pai.html)


Em Forma de Palestra

Há Muitas Moradas na Casa do Pai

1. Introdução

O objetivo deste estudo é refletir sobre o Planeta Terra, comparando-o com as diferentes categorias de mundos habitados: primitivos, provas e expiações, regeneradores, felizes e celestes. Esperamos que o resultado dessa pesquisa sirva para tomarmos consciência de quanto somos pequenos diante da imensidão do Universo.

2. Universo

Conjunto de tudo quanto existe (incluindo-se a Terra, os astros, as galáxias e toda a matéria disseminada no espaço), tomado como um todo; o cosmo, o macrocosmo. (Dicionário Aurélio)

Diz-nos a Astronomia que o Universo é constituído de estrelas (corpos de massa completamente gasosa e geralmente de forma esférica, cujos gases, mantidos por forças gravitacionais, mas atuantes, por sua pressão e radiações, as dilatam).

As estrelas, reunidas em agrupamento de bilhões, formam as galáxias.

As galáxias, acessíveis aos nossos telescópios, são em número de 10 bilhões, separadas entre si por distâncias da ordem de 1 milhão de anos-luz.

A Via Láctea, uma dessas galáxias, como 80.000 anos-luz de diâmetro e contendo de 150 a 200 bilhões de estrelas, está o Sol com seu sistema planetário. O Sol gira ao redor do centro da galáxia a uma distância de 25.000 a 30.000 anos-luz. (Curti, 1980, p.16)

O nosso sistema planetário surgiu, na Via-Láctea, há uns 5 bilhões de anos pela condensação de um nuvem de gás e pó cósmicos. O Sol, suficientemente grande para irradiar luz própria, e, por outra, uma multidão de corpos celestes de diversos tamanhos, apesar de não haver nenhuma tão grande que pudesse irradiar luz própria. (Enciclopédia Combi, item Planeta)

O Universo compreende a infinidade dos mundos que vemos e não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os Astros que se movem no espaço e os fluidos que o preenchem. (Kardec, 1995, cap. III)

3. Cosmogonia e Visão de Mundo

Ptolomeu foi o primeiro pensador grego que ofereceu uma sagaz e completa imagem do Universo. Suas hipóteses foram aceitas sem discussão durante mais de mil anos. Ptolomeu, entretanto, jamais afirmou que suas teorias fossem corretas. Eram só um modelo matemático destinado a descrever o movimento dos corpos celestes.

No séc. XVI, Copérnico já havia apresentado um modelo mais simples. Nunca afirmou que o Sol fosse o centro do mundo. Mas, sim, que o movimento dos planetas podia ser explicado mais simplesmente, se se partisse do princípio de que o Sol, e não a Terra, ocupava o centro do Universo. Contudo, a simplicidade dessa hipótese, lançou a semente da dúvida na cabeça de outros investigadores.

As observações do movimento dos planetas realizadas por Tycho Brahe demonstravam que o sistema de Copérnico não podia estar totalmente certo. Após os exaustivos trabalhos sobre os dados fornecidos por Brahe, Johanes Kepler acabou por demonstrar que os planetas descrevem órbitas elípticas. Descobriu também que existia certa relação entre o tamanho da órbita dos planetas, sua velocidade e duração de suas translações. As leis de Kepler conduziram mais tarde Newton a formular sua famosa teoria da gravitação universal. (Enciclopédia Combi, item Física)

Isso mostra que a verdade real já não estava mais centrada nos dogmas da Igreja ou no mundo incompreensível dos deuses. As observações e as experiências, ampliando a visão de mundo, eram a chave do conhecimento.

Resumo da evolução: há 100.000 anos, o homem era o centro do Universo; há 2.000 anos, a Terra; há 500 anos, o Sol; há 50 anos a Galáxia; hoje sem centro.

4. Vida em outros Planetas

Na Antiguidade e na Idade Média pensava-se que a Terra ocupava o centro do Universo; segundo essa teoria é evidente e indiscutível a privilegiada posição do homem no cosmos. As modernas teorias heliocêntricas consideram a Terra um planeta como os outros, que gira à volta do Sol, o qual, por sua vez, é só uma simples estrela entre muitas centenas de milhões semelhantes em nosso sistema estelar. Com essa imagem do mundo surgiu também a crença de que a vida, até mesmo consciente e inteligente. Pode existir em outros lugares do Universo. (Enciclopédia Combi, it. Planetas)

A ideia de que a vida possa existir em uma miríade de planetas é reforçada pelo fato de que nossa química é universal, o que é revelado pela Astronomia. Kardec afirma que a vida existe em outros planetas e que o processo de geração espontânea continua nos planetas em formação da mesma maneira pela qual aqui se processou. Acrescenta ainda que o homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição. (Kardec, 1995, cap. III)

5. O Texto Evangélico

"Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fora, eu vô-lo teria dito; pois vou aparelhar-vos o lugar. E depois de ir e vos aparelhar o lugar, virei outra vez e tornar-vos-ei para mim, para que onde eu esteja, estejais vós também". (João, cap. XIV, v. 1 a 3).

6. A Casa do Pai

De Acordo com Allan Kardec, A Casa do Pai é o Universo, e as muitas moradas são os mundos que circulam no espaço infinito. Os diversos mundos estão em condições diferentes uns dos outros, como ensinam os Espíritos. Esses mundos são, foram ou serão habitados, e as humanidades que os habitam podem ser do mesmo grau que a terrestre, como também física e moralmente inferiores aos terráqueos ou mesmo superiores aos Espíritos que povoam a Terra. No Universo, a Terra é apenas um pequeno mundo, como tantos outros. (Kardec, 1984, cap. III)

7. Classificação ou Categorias dos Mundos

Embora a classificação que se queira fazer dos mundos seja relativa, havendo inúmeras graduações, Allan Kardec, com base nos Espíritos Superiores, mostra-nos a seguinte classificação geral dos mundos:

MUNDOS PRIMITIVOS — quando encarnaram as primeiras almas humanas (depois que o animal atingiu o estádio que lhe fosse permitido receber a denominação de Espírito, por obra da Natureza Divina, por força do Criador)

MUNDOS DE EXPIAÇÃO E PROVAS — onde ainda existe o predomínio do mal; são lugares de exílio dos Espíritos rebeldes à lei de Deus. (Um exemplo de tais mundos é a Terra, planeta de provas e expiações. Escola para a evolução).

MUNDOS REGENERADORES — quando não mais existem expiações, mas ainda há provas. (São mundos de transição para os Espíritos, dos de expiação para os mundos felizes).

MUNDOS FELIZES — em que há o predomínio do bem sobre o mal. (Nestes, não há mais provas, nem expiações).

MUNDOS CELESTES OU DIVINOS — morada dos Espíritos purificados. (Só existe o bem).

8. Progresso dos Mundos

Segundo Santo Agostinho, "A Terra está classificada no mundo de provas e expiações. Esteve material e moralmente num estado inferior ao que está hoje, e atingirá sob esse duplo aspecto, um grau mais avançado. Ela atingiu um dos seus períodos de transformação, em que, de mundo expiatório, tornar-se-á mundo regenerador; então os homens serão felizes, porque a lei de Deus nela reinará". (Kardec, 1984, p. 57)

9. Conclusão

O mal ainda predomina sobre o planeta Terra porque o bem está retraído. Quando todos os homens de bem resolverem colocar em prática as suas virtudes, e quando isso for um apanágio da maioria, o mal se esconderá com medo de ser visto.

10. Bibliografia Consultada

CURTI, R. Espiritismo e Evolução. São Paulo, FEESP, 1980.

Enciclopédia Combi Visual. Barcelona (Espanha), Ediciones Danae, 1974.

FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, s/d/p.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995. 


Notas do Blog

Fé: Notas Extraídas da Revista Espírita

10. – Que, desde que o céu e o inferno, ou a felicidade e a infelicidade, dependem antes dos sentimentos íntimos que das circunstâncias exteriores, há tantas gradações para cada um quantas as nuances de caracteres, gravitando cada indivíduo em seu próprio lugar, por uma lei natural de afinidade. Pode-se dividi-los em sete graus gerais ou esferas; mas estas devem compreender as variedades indefinidas, ou uma “infinidade de moradas”, correspondentes aos caracteres diversos dos indivíduos, desfrutando cada ser de tanta felicidade quanto lhe permite o seu caráter. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2015/07/fe-notas-extraidas-da-revista-espirita.html)

Mundos de Regeneração

Em se tratando dos vários mundos habitados, Allan Kardec, enumera cinco tipos: mundos primitivos; mundos de expiação e provas; mundos regeneradores; mundos felizes; mundos celestes ou divinos. As suas características podem ser, assim, resumidas: Os mundos primitivos servem para as primeiras encarnações das almas humanas; os mundos de expiação e provas são lugares de exílio dos Espíritos rebeldes à lei de Deus; os mundos regeneradores são pontes de transição para os mundos felizes; nos mundos felizes não há mais provas nem expiações; os mundos celestes ou divinos são as moradas dos Espíritos purificados.   (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/05/mundos-de-regeneracao.html)

Mundos Superiores e Inferiores

O planeta Terra é classificado como sendo um mundo de expiações e de provas, portanto, situado numa posição intermediária. Aqui, ainda o mal predomina sobre o bem. Contudo, estamos aproximando-nos de uma nova fase, o mundo de regeneração. Neste, as almas que ainda têm de expiar haurem novas forças para, depois, darem continuidade ao progresso espiritual até atingirem a condição de serem promovidos aos mundos felizes. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/mundos-superiores-e-inferiores.html)

Delanne, Gabriel e Flammarion, Camille

Suas obras, de uma forma geral, giram em torno do postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados. Eis algumas delas: Os Mundos Imaginários e os Mundos Reais; As Maravilhas Celestes; Deus na Natureza; As Casas Mal-Assombradas; Estela; A Morte e seus Mistérios; O Fim do Mundo e outras. (2) (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2013/07/delanne-gabriel-e-flammarion-camille.html)

O Céu

A Doutrina Espírita, já banhada pelas luzes da ciência, tem outra visão do céu. Ele não é mais um lugar circunscrito, mas um estado de alma, um estado de consciência da pessoa. Para o Espiritismo, a palavra céu indica o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores em que os Espíritos gozam de todas as suas faculdades, sem as tribulações da vida material nem as angústias inerentes à inferioridade. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/04/o-ceu.html)


Mensagem Espírita

Na Senda Evolutiva 

Quantos milênios gastou a Natureza Divina para realizar a formação da máquina física em que a mente humana se exprime na Terra? 

O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra-prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária se subdivide. 

Quanto tempo despenderá, desse modo, a Sabedoria Celeste na estruturação do organismo da alma? 

Da sensação à irritabilidade, da irritabilidade ao instinto, do instinto à inteligência e da inteligência ao discernimento, século e séculos correram incessantes. 

A evolução é fruto do tempo infinito. 

A morte da forma somática não modifica, de imediato, o Espírito que lhe usufrui a colaboração. 

Berço é túmulo são simples marcos de uma condição para outra. 

Assim é que, para as consciências primárias, a desencarnação é como se fora a entrada em certo período de hibernação. Aves sem asas, não se elevam à altura. Aguardam o momento de novo regresso ao ninho carnal para a obtenção de recursos que as habilitem para os grandes voos. Crisálidas espirituais, imobilizam-se na feição exterior com que se apresentam, mas no íntimo conservam as imagens de todas as experiências que armazenaram nos recessos do ser, revivendo-as em forma de pesadelos e sonhos, imprimindo na mente as necessidades de educação ou reparação, com que devem comparecer no cenário da carne, em momento oportuno. 

Para semelhantes inteligências, a morte é como que a parada compulsória, por algum tempo, diante de mais altos degraus da escada evolutiva que ainda não se acham aptas a transpor. Sem os instrumentos de exteriorização, que lhes cabe desenvolver e consolidar, essas mentes, quando desencarnadas, sofrem consideráveis alterações da memória. Quase sempre, demoram-se nos acontecimentos que viveram e, de alguma sorte, perdem, temporariamente, a noção do tempo. Cristalizam-se, dessa maneira, em paixões e realizações do passado que lhes é próprio, para renascerem, na arena da luta material, com as características do quadro moral em que se coloram, desintegrando erros e corrigindo falhas, edificando, pouco a pouco, as qualidades sublimes com que se transportarão às Esferas Mais Altas. 

Em razão disso, os Espíritos delinquentes ressurgem nas correntes da vida física, reproduzindo no patrimônio congenial as deficiências que adquiriram à face da Lei. 

O malfeitor conservará consigo longo remorso por haver desequilibrado o curso do bem, impondo lamentável retardamento ao avanço espiritual que lhe diz respeito e, com essa perturbação, represará na própria alma grande número de imagens que, na zona mental dele mesmo, se digladiarão mutuamente, inibindo, por tempo indeterminável, o acesso de elementos renovadores ao campo do próprio “eu”. 

Purificado o vaso íntimo do sentimento, renascerá na paisagem das formas, com o defeito adquirido através do longo convívio com o desespero, com o arrependimento ou com a desilusão, reajustando o corpo perispirítico, por intermédio de laborioso esforço regenerativo na esfera carnal. 

Os aleijões de nascença e as moléstias indefiníveis constituem transitórios resultados dos prejuízos que, individualmente, causamos à corrente harmoniosa da evolução. 

De átomo a átomo, organizam-se os corpos astronômicos dos mundos e de pequenina experiência em pequenina experiência, infinitamente repetidas, alargasse-nos o poder da mente e sublimam-se-nos as manifestações da alma que,no escoar das eras imensuráveis, cresce no conhecimento e aprimora-se na virtude, estruturando, pacientemente, no seio do espaço e do tempo, o veículo glorioso com que escalaremos, um dia, os impérios deslumbrantes da Beleza Imortal. (XAVIER, Francisco Cândido. Roteiro, pelo Espírito Emmanuel.  Rio de Janeiro: FEB, capítulo 4)

Tenhamos Fé

”... vou preparar-vos lugar.” Jesus. (João, 14:2.)

Sabia o Mestre que, até à construção do Reino Divino na Terra, quantos o acompanhassem viveriam na condição de desajustados, trabalhando no progresso de todas as criaturas, todavia, “sem lugar” adequado aos sublimes ideais que entesouram.

Efetivamente, o cristão leal, em toda parte, raramente recebe o respeito que lhe é devido:

Por destoar, quase sempre, da coletividade, ainda não completamente cristianizada, sofre a descaridosa opinião de muitos.

Se exercita a humildade, é tido à conta de covarde.

Se adota a vida simples, é acusado pelo delito de relaxamento.

Se busca ser bondoso, é categorizado por tolo.

Se administra dignamente, é julgado orgulhoso.

Se obedece quanto é justo, é considerado servil.

Se usa a tolerância, é visto por incompetente.

Se mobiliza a energia, é conhecido por cruel.

Se trabalha, devotado, é interpretado por vaidoso.

Se procura melhorar-se, assumindo responsabilidades no esforço intensivo das boas obras ou das preleções consoladoras, é indicado por fingido.

Se tenta ajudar ao próximo, abeirando-se da multidão, com os seus gestos de bondade espontânea, muitas vezes é tachado de personalista e oportunista, atento aos interesses próprios.

Apesar de semelhantes conflitos, porém, prossigamos agindo e servindo, em nome do Senhor.

Reconhecendo que o domicílio de seus seguidores não se ergue sobre o chão do mundo, prometeu Jesus que lhes prepararia lugar na vida mais alta.

Continuemos, pois, trabalhando com duplicado fervor na sementeira do bem, à maneira de servidores provisoriamente distanciados do verdadeiro lar.

“Há muitas moradas na Casa do Pai.”

E o Cristo segue servindo, adiante de nós.

Tenhamos fé. (XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel.  Rio de Janeiro: FEB, capítulo 44)