Parábola do Semeador

Perguntas e Respostas 

1) O que é uma parábola?

Parábola é uma figura de linguagem que evoca paralelismo e comparação. Diz-se uma coisa para se entender outra. Conta-se uma história para se ter um desfecho de ordem moral. As parábolas contadas por Jesus mostravam a realidade terrestre, mas o seu objetivo era chamar a atenção para a realidade espiritual.

2) Como está expresso o texto bíblico?

O semeador lançou as sementes:

a) uma parte da semente caiu ao longo do caminho, e vindo os pássaros do céu a comeram;

b) outra caiu nos lugares pedregosos onde não havia muita terra; e logo nasceu porque a terra onde estava não tinha profundidade. Mas o Sol tendo se erguido em seguida, a queimou; e, como não tinha raízes, secou;

c) outra caiu nos espinheiros, e os espinhos, vindo a crescer, a sufocaram;

d) outra, enfim, caiu em boa terra, e deu frutos, alguns grãos rendendo cento por um, outros sessenta e outros trinta.

"Que ouça aquele que tem ouvidos para ouvir". (Mateus, cap. 13, 1 a 9)

3) Quem é o semeador?

Jesus é o divino semeador. Ele ausentou-se da grandeza que lhe acolhe e veio até nós para nos ensinar o caminho da evolução espiritual. O semeador saiu a semear, ou seja, saiu para transmitir as palavras de vida eterna, que são sementes, avisos, advertências quanto ao reino de Deus.

4) O que é a semente?

A semente é a palavra de Deus. São avisos, advertências que nos fazem refletir sobre a salvação de nossa alma enfermiça.

5) O que significa a semente que caiu ao longo do caminho?

"Todo aquele que escuta a palavra do reino e não lhe dá atenção, o espírito maligno vem e arrebata o que havia sido semeado em seu coração; é aquele que recebeu a semente ao longo do caminho". São as pessoas que se dedicam exclusivamente às coisas materiais, fechando os seus ouvidos para as coisas do espírito. O foco da atenção está na matéria; as palavras da vida eterna não lhes causam nenhum impacto.

6) O que significa a semente que caiu no meio das pedras?

"Aquele que recebeu a semente no meio das pedras é o que escuta a palavra, e que a recebe na hora mesmo com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, e não está senão por um tempo; e quando sobrevêm os obstáculos e as perseguições por causa da palavra, a toma logo como um objeto de escândalo e de queda".

7) O que significa a semente que caiu no meio dos espinhos?

"Aquele que recebe a semente entre os espinhos é o que ouve a palavra; mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas, sufocam a palavra, e fica infrutífera".

8) O que significa a semente que caiu em terra firme?

"Mas, aquele que recebe a semente numa boa terra é aquele que escuta a palavra, que lhe presta atenção e que dá fruto, e rende cento, ou sessenta, ou trinta por um". (Mateus, cap. 12, 3 a 23)

9) Por que razão se diz que esta é a parábola das parábolas?

Porque ela sintetiza os caracteres predominantes em todas as almas. Ela representa as diferenças que existem na maneira de aproveitar os ensinamentos do Evangelho. Refletindo sobre os vários tipos de semente, expostos por Jesus, podemos nos avaliar e verificar como anda o nosso progresso espiritual.

10) Como o Espírito Emmanuel nos elucida sobre esta parábola?

"Aprendendo a ciência de nos retirarmos da escura cadeia do ‘eu’, excursionaremos através do grande continente denominado ‘interesse geral’. E, na infinita extensão dele, encontraremos a ‘terra das almas’, sufocada de espinheiros, ralada de pobreza, revestida de pedras ou intoxicada de pântanos, oferecendo-nos a divina oportunidade de agir a benefício de todos". (Xavier, s.d.p., cap. 64)

11) O que se pode deduzir desta parábola?

A semente é sempre a mesma. Ela é de natureza divina. O terreno que lhe dá guarida é que deve se modificar para fazê-la crescer e dar frutos de cento por um. 

Bibliografia Consultada

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39 ed. São Paulo: IDE, 1984.

XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, [s.d.p.]

(https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/par%C3%A1bola-do-semeador)


Texto Curto no Blog

Parábola do Semeador

Parábola é uma figura de linguagem que evoca paralelismo e comparação. Diz-se uma coisa para se entender outra. Conta-se uma história para se ter um desfecho de ordem moral. As parábolas contadas por Jesus mostravam a realidade terrestre, mas o seu objetivo era chamar a atenção para a realidade espiritual.

O texto bíblico diz que o Semeador lançou as sementes:

a) uma parte da semente caiu ao longo do caminho, e vindo os pássaros do céu a comeram;

b) outra caiu nos lugares pedregosos onde não havia muita terra; e logo nasceu porque a terra onde estava não tinha profundidade. Mas o Sol tendo se erguido em seguida, a queimou; e, como não tinha raízes, secou;

c) outra caiu nos espinheiros, e os espinhos, vindo a crescer, a sufocaram;

d) outra, enfim, caiu em boa terra, e deu frutos, alguns grãos rendendo cento por um, outros sessenta e outros trinta.

"Que ouça aquele que tem ouvidos para ouvir". (Mateus, cap. 13, 1 a 9)

O que é a semente? Quem é o semeador? A semente é a palavra de Deus. São avisos, advertências que nos fazem refletir sobre a salvação de nossa alma enfermiça. Jesus é o divino semeador. Ele ausentou-se da grandeza que lhe acolhe e veio até nós para nos ensinar o caminho da evolução espiritual. O semeador saiu a semear, ou seja, saiu para transmitir as palavras de vida eterna, que são sementes, avisos, advertências quanto ao reino de Deus..

A semente que caiu ao longo do caminho. "Todo aquele que escuta a palavra do reino e não lhe dá atenção, o espírito maligno vem e arrebata o que havia sido semeado em seu coração; é aquele que recebeu a semente ao longo do caminho". São as pessoas que se dedicam exclusivamente às coisas materiais, fechando os seus ouvidos para as coisas do espírito. O foco da atenção está na matéria; as palavras da vida eterna não lhes causam nenhum impacto.

"Aquele que recebeu a semente no meio das pedras é o que escuta a palavra, e que a recebe na hora mesmo com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, e não está senão por um tempo; e quando sobrevêm os obstáculos e as perseguições por causa da palavra, a toma logo como um objeto de escândalo e de queda".

"Aquele que recebe a semente entre os espinhos é o que ouve a palavra; mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas, sufocam a palavra, e fica infrutífera".

"Mas, aquele que recebe a semente numa boa terra é aquele que escuta a palavra, que lhe presta atenção e que dá fruto, e rende cento, ou sessenta, ou trinta por um". (Mateus, cap. 12, 3 a 23)

A Parábola do Semeador é a parábola das parábolas porque sintetiza os caracteres predominantes em todas as almas. Ela representa as diferenças que existem na maneira de aproveitar os ensinamentos do Evangelho. Refletindo sobre os vários tipos de semente, expostos por Jesus, podemos nos avaliar e verificar como anda o nosso progresso espiritual.

O Espírito Emmanuel elucida-nos esta parábola da seguinte maneira: "Aprendendo a ciência de nos retirarmos da escura cadeia do ‘eu’, excursionaremos através do grande continente denominado ‘interesse geral’. E, na infinita extensão dele, encontraremos a ‘terra das almas’, sufocada de espinheiros, ralada de pobreza, revestida de pedras ou intoxicada de pântanos, oferecendo-nos a divina oportunidade de agir a benefício de todos". (Xavier, s.d.p., cap. 64)

A semente é sempre a mesma. Ela é de natureza divina. O terreno que lhe dá guarida é que deve se modificar para fazê-la crescer e dar frutos de cento por um.

Bibliografia Consultada

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39 ed. São Paulo: IDE, 1984.

XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, [s.d.p.] (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/parabola-do-semeador.html)


Em Forma de Palestra

Parábola do Semeador

1. Introdução

O objetivo deste estudo é buscar a essência de cada uma das sementes, narradas pelo evangelista, no sentido de verificar em que grau está a nossa semeadura.

2. Falar por Parábolas

Jesus falava por parábolas para introduzir alguém em novo assunto. Falava exotericamente, de modo obscuro, somente com relação aos aspectos mais abstratos de sua doutrina; quanto à caridade, falava claramente. Com os apóstolos, mais aptos a compreender o alcance de sua doutrina, falava mais abertamente. E, mesmo com estes, não disse tudo.

Por que não dizia toda a verdade, já que era o Mestre dos Mestres?

"Jesus, com sua afirmação, estabelecia o princípio universal que só em nossos dias seria compreendido, de que a Verdade, em qualquer campo que nos situemos, não é tarefa construtiva, mas sim conquista evolutiva. Ele apenas se colocava na posição de Mestre, de quem ensina. E quem ensina não pode ofertar o conhecimento da forma que o possui. Deve, porém, apoiar-se nas intuições de quem o escuta, para, em desenvolvendo os argumentos, trazê-lo paulatina e progressivamente, através da explicação e do exercício, até o ponto que se situa". (Curti, 1982, p. 111)

3. O Texto Bíblico

"Naquele mesmo dia, Jesus, tendo saído de casa, sentou-se perto do mar; e se reuniu ao seu redor uma grande multidão do povo; por isso ele subiu num barco, onde se sentou, todo o povo estando na margem; e lhes disse muitas coisas por parábolas, falando-lhes desta maneira:

Aquele que semeia, saiu a semear; e, enquanto semeava, uma parte da semente caiu ao longo do caminho, e vindo os pássaros do céu a comeram.

Outra caiu nos lugares pedregosos onde não havia muita terra; e logo nasceu porque a terra onde estava não tinha profundidade. Mas o Sol tendo se erguido em seguida, a queimou; e, como não tinha raízes, secou.

Outra caiu nos espinheiros, e os espinhos, vindo a crescer, a sufocaram.

Outra, enfim, caiu em boa terra, e deu frutos, alguns grãos rendendo cento por um, outros sessenta e outros trinta.

Que ouça aquele que tem ouvidos para ouvir". (Mateus, cap. 13, 1 a 9)

"Escutai vós, pois, a parábola do semeador.

Todo aquele que escuta a palavra do reino e não lhe dá atenção, o espírito maligno vem e arrebata o que havia sido semeado em seu coração; é aquele que recebeu a semente ao longo do caminho.

Aquele que recebeu a semente no meio das pedras, é o que escuta a palavra, e que a recebe na hora mesmo com alegria; mas não tem em si raízes, e não está senão por um tempo; e quando sobrevêm os obstáculos e as perseguições por causa da palavra, a toma logo como um objeto de escândalo e de queda.

Aquele que recebe a semente entre os espinhos, é o que ouve a palavra; mas em seguida, os cuidados deste século e a ilusão das riquezas sufocam em se essa palavra, e a tornam infrutífera.

Mas aquele que recebe a semente numa boa terra, é aquele que escuta a palavra, que lhe presta atenção e que dá fruto, e rende cento, ou sessenta, ou trinta por um". (Mateus, cap. 12, 18 a 23)

4. A Palavra de Deus

"A Parábola do Semeador é a parábola das parábolas: sintetiza os caracteres predominantes em todas as almas, ao mesmo tempo que nos ensina a distingui-las pela boa ou má vontade com que recebem as novas espirituais...

A semente é a palavra de Deus, a Lei do Amor, que abrange a Religião e a Ciência, a Filosofia e a Moral, inclusive os "Profetas" e se resume no ditame cristão: "Adora a Deus e faze o bem até aos teus próprios inimigos...

A Palavra de Deus, a "semente", é uma só, quer dizer, é sempre a mesma que tem sido apregoada em toda parte, desde que o homem se achou em condições de recebê-la. E se ela não atua com a mesma eficácia em todos, deriva esse fato da variedade e da desigualdade de Espíritos existentes na Terra; uns mais adiantados, outros mais atrasados; uns propensos ao bem, à caridade, à liberalidade, à fraternidade; outros propensos ao mal, ao egoísmo, ao orgulho, apegados aos bens terrenos, às diversões passageiras". (Schutel, 1979, p. 1 e 2)

5. A Casa Mental

Para que possamos melhor entender o alcance desta parábola, convém lembramos que o nosso cérebro é dividido em três regiões distintas. Tomemo-lo como se fosse um castelo de três andares:

subconsciente: 1.º andar, onde situamos a residência de nossos impulsos automáticos, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados - hábitos e automatismos;

consciente: 2.º andar, localizamos o "domínio das conquistas atuais", onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando - esforço e vontade;

superconsciente: 3.º andar, temos a "casa das noções superiores", indicando as eminências que nos cumpre atingir - ideal e meta superiores (Xavier, 1977, p. 47)

6. Análise das Sementes

6.1. Semente Atirada ao Longo do Caminho

"Em virtude da evolução, o sistema nervoso guarda os elementos que serviram ao seu desenvolvimento. Quando acomodados, entregues ao ócio, ao relaxamento, ao livre curso de nossos impulsos automáticos, a mente opera somente sobre o subconsciente, podendo-nos redespertar forças inferiores, típicas de um estádio mais animalizado. É aí que surgem os vícios, as expressões de violência, de revolta, de cólera, ódio, vingança. As radiações que emitimos são também de poder mais baixo, o que nos estabelece intercâmbio com outras mentes em faixa vibratória correspondente...

A parte da semente jogada ao pé do caminho, que é comida pelas aves, representa a Palavra do Plano Maior recebida, sem que nos modifique, ou sem que nos desperte a ação". (Curti, 1982, p. 103)

6.2. Semente que Cai nos Pedregais e nos Espinheiros

O pedregal e o espinheiro representam a pouca base de nosso vaso interior para a assimilação da palavra divina. Podemos comparar-nos ao aluno na escola: quando não temos base, não conseguimos acompanhar o restante da classe. A semente, no caso da parábola, está relacionada com a questão intrínseca de ser religioso e ter uma religião. Ter uma religião é seguir o que o pastor diz, o que o padre prega e o que os tribunos falam. Ser religioso é modificar-se interiormente para as novas verdades. Nesse sentido, o apontamento de Emmanuel é assaz pertinaz, pois diz que "Nas experiências religiosas não é aconselhável repousar alguém sobre a firmeza espiritual dos outros; enquanto o imprevidente descansa em bases estranhas, provavelmente estará tranqüilo, mas, se não possui raízes de segurança em si mesmo, desviar-se-á nas épocas difíceis, com a finalidade de procurar alicerces alheios". (Xavier, 1973, cap. 124)

O Irmão X, em Pontos e Contos, conta a história cujo título é o "Semeador Incompleto". Tratava-se de um pregador que ensinava, mas sentia-se incompreendido. Aos poucos foi perdendo o brilho da palavra. Desencarna. Vai ao mundo espiritual como o pregador incompreendido. Depois de algum tempo, recebe a presença do Senhor. Este lhe diz: "Se atiraste tantas sementes a esmo, que fazias do solo? Acreditas que o Supremo Criador conferiu eternidade ao pântano e ao espinheiro? Que dizer do lavrador que planta desordenadamente, que não retira as pedras do campo, nem socorre o brejo infeliz? É fácil espalhar sementes porque os princípios sublimes da vida procedem originariamente da Providência Divina. A preparação do solo, porém, exige cooperação direta do servo disposto a contribuir com o próprio suor". (Xavier, 1978, cap. 22)

6.3. Semente que Cai em Terreno Fértil

A imagem relativa à semente que caindo no solo fértil produzirá dando frutos: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta, no que nos concerne, diz respeito àquela palavra que, em nos encontrando atentos e receptivos, se assenta em fundamentos que nos são próprios, sólidos e bem estruturados.

A semente que cai em terreno fértil pode, também, ser comparada à expansão do nosso "eu", ou seja, quanto mais pessoas comungam com os nossos ideais do bem, tanto mais a semente cresce em fortaleza.

7. A Semente e o Espírita

Allan Kardec comentando a parábola do semeador diz: "Ela encontra uma aplicação, não menos justa, nas diferentes categorias de espíritas. Não é o emblema daqueles que se apegam senão aos fenômenos materiais, e deles não tiram nenhuma conseqüência, porque vêem neles senão um objeto de curiosidade? Daqueles que não procuram senão o brilho das comunicações dos Espíritos, e não se interessam por elas senão quando satisfazem sua imaginação, mas que, depois de as ter ouvido, são tão frios e indiferentes quanto antes? Que acham os conselhos muito bons e os admiram, mas deles fazem aplicação nos outros e não em si mesmos? Dos que, enfim, para quem essas instruções são como a semente caída na boa terra e produzem frutos?" (1984, p. 226)

8. Conclusão

Os ensinamentos contidos nesta parábola fazem-nos refletir sobre a função primordial de cada um de nós na potencialização do outro. Assim, se arrotearmos o campo mental daqueles que nos ouvem, estaremos edificando em terra firme, e a palavra divina produzirá a cento por um.

9. Bibliografia Consultada

CURTI, R. Bem-Aventuranças e Parábolas. São Paulo, FEESP, 1982.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.

SCHUTEL, C. Parábolas e Ensinos de Jesus. 11. ed., São Paulo, O Clarim, 1979.

XAVIER, F. C. Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel. 6. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1973.

XAVIER, F. C. No Mundo Maior, pelo Espírito André Luiz. 7. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.

XAVIER, F. C. Pontos e Contos, pelo Espírito Irmão X. 4. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1978. 


Frases

Spes messis in semine ("A esperança da colheita reside na semente") (Lema da Sociedade de Eubiose)

"A floresta é um espetáculo imponente da natureza, mas não se agigantou sem o concurso de sementes pequeninas." (Espírito Emmanuel)

"Cada impressão que penetra em nossa mente é uma semente que pode produzir uma tendência." 

"No devido tempo chegareis a colher o que semeastes." (Santo Agostinho)

"E digo isto: que aquele que semeia pouco também segará pouco; e aquele que semeia em abundância, também segará em abundância." (Bíblia, 2.ª Coríntios, 9-6)

"O que observa o vento não semeia; e o que considera as nuvens, nunca segará." (Bíblia, Eclesiastes, 7-3)

"... porque aquilo que semear o homem, isso também segará. Porquanto o que semeia na sua carne, da carne também segará corrupção. Mas o que semeia no espírito, do espírito segará a vida eterna." (Bíblia, Gálatas, 6-8)

"Senhor, sei que és um homem de rija condição, segas onde não semeaste, e recolhes onde não espalhaste." (Bíblia, Mateus, 25,24)

"Os que semeiam em lágrimas, com regozijo ceifarão." (Bíblia, Salmos, 125-6)

"Quem cedo madruga, cedo colhe." (John Clarke) 

"Quem semeia na estrada cansa os bois e perde o trigo." (Thomas Draxe)

"Quando plantares uma semente, limita-te a esperar o fruto dessa semente." (Sadi)

"Não nos cansemos de semear em nosso caminho sementes de benevolência e de simpatia. Perder-se-ão muitas não há dúvida, mas se uma só brotar, perfumará o nosso caminho e nos alegrará os olhos." (Ana Sofia Swetchine)

"Quem come o fruto deveria pelo menos plantar a semente." (H. D. Thoreau)


Mensagem Espírita

No Solo do Espírito

"E outra caiu em boa terra e deu fruto; um a cem, outro a sessenta e outro a trinta" - Jesus ( Mateus, 13:8)

Referindo-nos à parábola do semeador, narrada pelo Divino Mestre, lembremo-nos de que o campo da vida é assim como a terra comum.

Nele encontramos criaturas que expressam glebas espirituais de todos os tipos.

Homens-calhaus...

Homens-espinheiros...

Homens-milhafres...

Homens-parasitas...

Homens-charcos...

Homens-furnas...

Homens-superfícies...

Homens-obstáculos...

Homens-venenos...

Homens-palhas...

Homens-sorvedouros...

Homens-erosões...

Homens-abismos...

Mas surpreendemos também, com alegria, os homens-searas, aqueles que reunindo consigo o solo produtivo do caráter reto, a água pura dos sentimentos nobres, o adubo da abnegação, a charrua do esforço próprio e o suor do trabalho constante, sabem albergar as sementes divinas do conhecimento superior, produzindo as colheitas do bem para os semelhantes.

Reparemos a vasta paisagem que nos rodeia, através da meditação, e, com facilidade, por nossa atitude perante os outros, reconheceremos de pronto que espécie de terreno estamos sendo nós." (Palavras da Vida Eterna, cap. 51)

Lavradores 

"O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos." — Paulo (II Timóteo, 2,6.)

Há lavradores de toda classe. 

Existem aqueles que compram o campo e exploram-­no, por intermédio de rendeiros suarentos, sem nunca tocarem o solo com as próprias mãos. 

Encontramos em muitos lugares os que relegam a enxada à ferrugem, cruzando os braços e imputando à chuva ou ao solo fracasso da sementeira que não vigiam. 

Somos defrontados por muitos que fiscalizam a plantação dos vizinhos, sem qualquer atenção para com os trabalhos que lhes dizem respeito. 

Temos diversos que falam despropositadamente com referência a inutilidades mil, enquanto vermes destruidores aniquilam as flores frágeis. 

Vemos numerosos acusando a terra como incapaz de qualquer produção, mas negando à gleba que lhes foi confiada a bênção da gota d’água e o socorro do adubo. 

Observamos muitos que se dizem possuídos pela dor  de cabeça, pelo resfriado ou pela indisposição e perdem a sublime oportunidade de semear.

A Natureza, no entanto. retribui a todos eles com o  desengano, a dificuldade, a negação e o desapontamento. 

Mas o  agricultor que realmente trabalha, cedo recolhe a graça do celeiro farto. 

E assim ocorre na lavoura do espírito. 

Ninguém logrará o resultado excelente, sem esforçar-­se, conferindo à obra do bem o melhor de si mesmo.

Paulo de Tarso. escrevendo numa época de senhores e escravos, de superficialidade e favoritismo, não nos diz que o semeador distinguido por César ou mais endinheirado seria o legítimo detentor  da colheita, mas asseverou, com indiscutível acerto, que o lavrador dedicado às próprias obrigações será o primeiro a beneficiar-­se com as vantagens do fruto. (Fonte Viva, cap. 31)

Semeadores

"Eis que o semeador saiu a semear." — Jesus (Mateus, 13,3)

Todo ensinamento do Divino Mestre é profundo e sublime na menor expressão. Quando se dispõe a contar a parábola do semeador, começa com ensinamento de inestimável importância que vale relembrar. 

Não nos fala que o semeador deva agir, através do contrato com terceiras pessoas, e sim que ele mesmo saiu a semear. 

Transferindo a imagem para o solo do espírito, em que tantos imperativos de renovação convidam os obreiros da boa ­vontade à santificante lavoura da elevação, somos levados a reconhecer que o servidor do Evangelho é compelido a sair de si próprio, a fim de beneficiar corações alheios. 

É necessário desintegrar o velho cárcere do "ponto de vista"  para nos devotarmos ao serviço do próximo. 

Aprendendo a ciência de nos retirarmos da escura cadeia do "eu", excursionaremos pelo grande continente denominado "interesse geral". E, na infinita extensão dele, encontraremos a "terra das almas", sufocada de espinheiros, ralada de pobreza, revesti da de pedras ou intoxicada de pântanos, oferecendo-­nos a divina oportunidade de agir a benefício de todos.

Foi nesse roteiro que o  Divino Semeador pautou  o ministério da luz, iniciando a celeste missão do auxílio entre humildes tratadores de animais e continuando-a com os amigos de Nazaré e os doutores de Jerusalém, os fariseus palavrosos e os pescadores simples, os justos e os injustos, ricos e pobres, doentes do corpo e da alma, velhos e jovens, mulheres e crianças... 

Segundo observamos, o semeador do Céu ausentou-se da grandeza a que se acolhe e veio até nós,  espalhando as claridades da Revelação e aumentando-nos a visão e o discernimento. Humilhou-­se para que nos exaltássemos e confundiu-­se com a sombra a fim de que a nossa luz pudesse brilhar, embora lhe fosse fácil fazer-se substituído por milhões de mensageiros, se desejasse. 

Afastemo-­nos, pois, das nossas inibições e aprendamos com o Cristo a “sair para semear.” (Fonte Viva, cap. 64)

Semeadura

"Mas, tendo sido semeado, cresce." — Jesus (Marcos, 4,32)

É razoável que todos os homens procurem compreender a substância dos atos que praticam nas atividades diárias. Ainda que estejam obedecendo a certos regulamentos do mundo, que os compelem a determinadas atitudes, é imprescindível examinar a qualidade de sua contribuição pessoal no mecanismo das circunstâncias, porquanto é da lei de Deus que toda semeadura se desenvolva.

O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação.

Muitos Espíritos, de corpo em corpo, permanecem na Terra com as mesmas recapitulações durante milênios. A semeadura prejudicial condicionou-os à chamada “morte no pecado”. Atravessam os dias, resgatando débitos escabrosos e caindo de novo pela renovação da sementeira indesejável. A existência deles constitui largo círculo vicioso, porque o mal os enraíza ao solo ardente e árido das paixões ingratas.

Somente o bem pode conferir o galardão da liberdade suprema, representando a chave única suscetível de abrir as portas sagradas do Infinito à alma ansiosa.

Haja, pois, suficiente cuidado em nós, cada dia, porquanto o bem ou o mal, tendo sido semeados, crescerão junto de nós, de conformidade com as leis que regem a vida. (Caminho, Verdade e Vida, cap. 35)

Frutos 

“Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” — Jesus. (Mateus, 7, 20.)

O mundo atual, em suas elevadas características de inteligência, reclama frutos para examinar as sementes dos princípios.

O cristão, em razão disso, necessita aprender com a boa árvore que recebe os elementos da Providência Divina, por meio da seiva, e converte-os em utilidades para as criaturas.

Convém o esforço de autoanálise, a fim de identificarmos a qualidade das próprias ações.

Muitas palavras sonoras proporcionam simplesmente a impressão daquela figueira condenada.

É indispensável conhecermos os frutos de nossa vida, de modo a saber se beneficiam os nossos irmãos.

A vida terrestre representa oportunidade vastíssima, cheia de portas e horizontes para a eterna luz. Em seus círculos, pode o homem receber diariamente a seiva do Alto, transformando-a em frutos de natureza divina.

Indiscutivelmente, a atualidade reclama ensinos edificantes, mas nada compreenderá sem demonstrações práticas, mesmo porque, desde a antiguidade, considera a sabedoria que a realização mais difícil do homem, na esfera carnal, é viver e morrer fiel ao supremo bem. (Caminho, Verdade e Vida, Cap. 122)