Joanna de Ângelis

Perguntas e Respostas

1) Quais são as vivências passadas de Joanna de Ângelis?

Joana de Cusa, uma discípula de Francisco de Assis, Sóror Juana Inés de la Cruz e Joana Angélica de Jesus.

2) Quem foi Joana de Cusa?

Segundo Humberto de Campos, viveu na época de Jesus, e morreu queimada por ser fiel ao mestre Jesus.

3) Como foi a sua existência como discípula de Francisco de Assis?

Quando Francisco de Assis reorganiza o "Exército de Amor do Rei Galileu", ela se candidata a viver com ele a simplicidade do Evangelho de Jesus.

4) O que falar dela como Sóror Juana Inés de la Cruz?

Essa existência deu-se no México. Desde criança estava afeita à letras. Em dado momento de sua vida, entrou  no convento Carmelitas Descalças, aos 16 anos de idade. Depois, transferiu-se para ordem de São Jerônimo da Conceição, onde tomou o nome de SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ.

5) E como Joana Angélica de Jesus?

Reencarna no Brasil e, aos 21 anos de idade, ingressa no Convento da Lapa, como franciscana, com o nome de SÓROR JOANA ANGÉLICA DE JESUS. Foi assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil.

6) O que falar de Joanna na espiritualidade?

Na metade do século passado, Joanna de Ângelis integrou a equipe do Espírito de Verdade, para o trabalho de implantação do Cristianismo redivivo, do Consolador prometido por Jesus.

7) Onde estagia no mundo espiritual?

No mundo Espiritual, Joanna estagia numa bonita região, próxima da Crosta terrestre.

8) Qual a sua relação com a "Mansão do Caminho"?

Foi um planejamento dos Espíritos de luz, no sentido de ajudar muitos Espíritos enfermos que deveriam nascer órfãos.

9) Por que Mansão do Caminho?

É uma semelhança com a "Casa do Caminho" dos primeiros tempos do cristianismo.

Fonte de Consulta

A Veneranda Joanna de Angelis, Celeste Santos e Divaldo Pereira Franco.

https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/joanna-de-%C3%A2ngelis


Texto Curto no Blog

Joanna de Ângelis

De acordo com o livro A Veneranda Joanna de Ângelis, pelos médiuns Celeste Santos e Divaldo Pereira Franco, Joanna de Ângelis teve as seguintes vivências passadas, a saber: Joana de Cusa, uma discípula de Francisco de Assis, Sóror Juana Inés de la Cruz e Joana Angélica de Jesus.

Joana de Cusa. Segundo Humberto de Campos, viveu na época de Jesus, e morreu queimada por ser fiel ao mestre Jesus.

Discípula de Francisco de Assis. Quando Francisco de Assis reorganiza o "Exército de Amor do Rei Galileu", ela se candidata a viver com ele a simplicidade do Evangelho de Jesus.

Sóror Juana Inés de la Cruz. Essa existência deu-se no México. Desde criança dedicou-se às letras. Em dado momento de sua vida, aos 16 anos de idade, entra no convento Carmelitas Descalças. Depois, transferiu-se para ordem de São Jerônimo da Conceição, onde tomou o nome de SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ.

Joana Angélica de Jesus. Reencarna no Brasil e, aos 21 anos de idade, ingressa no Convento da Lapa, como franciscana, com o nome de SÓROR JOANA ANGÉLICA DE JESUS. Foi assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil.

Joanna na espiritualidade. Na metade do século passado, Joanna de Ângelis integrou a equipe do Espírito de Verdade, para o trabalho de implantação do Cristianismo redivivo, do Consolador prometido por Jesus. No mundo Espiritual, Joanna estagia numa bonita região, próxima da Crosta terrestre.

Mansão do Caminho. Foi um planejamento dos Espíritos de luz, no sentido de ajudar muitos Espíritos enfermos que nasceriam órfãos. Por que Mansão do Caminho? É uma semelhança com a “Casa do Caminho” dos primeiros tempos do cristianismo.

Fonte de Consulta

SANTOS, Celeste e FRANCO, Divaldo Pereira. A Veneranda Joanna de Angelis.

https://sbgespiritismo.blogspot.com/2023/06/joanna-de-angelis.html


Notas do Blog

Culpa

O Espírito Joanna de Ângelis, no livro Momentos de Meditação, ensina-nos que "A culpa surge como forma de catarse necessária para a libertação de conflitos. Encontra-se insculpida nos alicerces do espírito e manifesta-se em expressão consciente ou através de complexos mecanismos de auto-punição inconsciente". (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2017/07/culpa.html)

O Homem Integral (Livro)

O Espírito Joanna de Ângelis, pela psicografia de Divaldo Pereira Franco, escreve "O Homem Integral", em 1990. Na sua apresentação, destaca que o momento mais eloquente de seu caminho evolutivo deu-se quando, pela consciência, consegue discernir o bem do mal, a verdade da mentira, o certo do errado, prosseguindo essa marcha rumo à angelitude. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2019/09/homem-integral-o-livro.html)


Notas do Conteúdo Espírita

Joanna de Ângelis, benfeitora da humanidade

Em entrevista para Katy Meira, no ano de 2000 na cidade de Nova Iorque, Divaldo apresentou a realidade da proposta da nobre Benfeitora nos múltiplos setores da humanidade, em especial, pela realidade da transformação do indivíduo na sua essência espiritual.

Divaldo esclarece:

“Então, a nova perspectiva que ela (Joanna de Ângelis) me desenha é de criar uma mentalidade capaz de não ficar apenas nos teoremas doutrinários, mas nas soluções comportamentais. Retirar o movimento espírita, que está encarcerado nas Casas Espíritas, para equacionar os problemas da criatura onde a criatura estiver. Levar a mensagem para mudar o mundo, através da mudança social, moral, econômica, porque, conforme Kardec, o Espiritismo tem a ver com todos os ramos da ciência, não apenas da ética moral da filosofia, mas também da psiquiatria, do comércio, da indústria, dos relacionamentos humanos, dos direitos humanos. Nós vamos colocar as bases da doutrina no pensamento social para mudar a sociedade Este é o novo desafio.”

Clara de Assis

Noutra oportunidade, quando Divaldo Franco viajava à Itália, Joanna de Ângelis lhe pediu que fosse visitar a tumba de Francisco de Assis, na cidade de Assis. Lá chegando, através das mãos abençoadas de mediunidade de Divaldo, a Benfeitora psicografa uma mensagem intitulada “Êmulo de Jesus”. No transcorrer da psicografia, o médium nota que o Espírito de Joanna de Ângelis se transfigura, e quando a transmissão da mensagem se encerra, ela pede que ele vá visitar o convento de Clara de Assis.

No convento, sob inspiração da Benfeitora, Divaldo fala em italiano com a monja que lhe atende à porta, e ela emocionada, não só permite a sua entrada como lhe leva até o corpo intacto da sorella Clara de Assis.

Neste momento, atônito, Divaldo olha para a mentora Espiritual que ainda mantinha leve transfiguração, dá-se conta de que Joanna de Ângelis havia sido Clara de Assis!

A importância da educação para o espírito Joanna de Ângelis

Joanna de Ângelis pela psicografia de Divaldo Franco, no livro Libertação do Sofrimento nos apresenta que:

“Nada obstante a valiosa contribuição de educadores notáveis do passado, a iniciar-se por João Comenius, prosseguindo pelo eminente Rousseau e adquirindo relevância em Pestalozzi, foi Allan Kardec aquele que, sintetizando as sábias lições desse predecessores, demonstrou, através da reencarnação, a excelência do labor educativo.”

Em O Livro dos Espíritos, capítulo X, Allan Kardec afirma:

“Cabe à educação combater essas más tendências. Fá-lo-á utilmente, quando se basear no estudo aprofundado da natureza moral do homem. Pelo conhecimento das leis que regem essa natureza moral, chegar-se-á a modificá-la, como se modifica a inteligência pela instrução e o temperamento pela higiene.”

Em todas as obras, mensagens ou estudo nas vidas de Joanna de Ângelis, encontramos as luzes do verdadeiro interesse de educar o indivíduo, fazendo-lhe conhecer em profundidade as leis que regem a natureza da moral, promovendo pelo exemplo, a conduta para educar pelo amor verdadeiro.

Estudo da Psique Humana

Quando nos apresenta a Série Psicológica, apresentando as formas seguras do estudo da psique humana, em uma visão transpessoal, considerando o Espírito imortal como o ser real a ser estudado e compreendido, para que deste ponto, cada um pudesse iniciar sua transformação, na educação moralizadora dos seus sentimentos.

“A Educação, poderosa alavanca para o progresso espiritual, constitui-se o mais eficiente recurso moral para a edificação do ser humano.

Confundida com a instrução, ainda não foi compreendida no sublime objetivo de que se faz mensageira.

A Educação, sem qualquer dúvida, remove as graves heranças perturbadoras insculpidas na personalidade e no caráter do educando, por criar-lhe novos condicionamentos morais que se fixarão indelevelmente, orientando-lhe a existência.”

A educação é a base para a vida em comunidade

No livro S.O.S. Família, a benfeitora nos afirma que:

“A Educação é base para a vida em comunidade, por meio de legítimos processos de aprendizagem que fomentam as motivações de crescimento e evolução do indivíduo.

Não apenas um preparo para a vida, mediante a transferência de conhecimentos pelos métodos da aprendizagem. Antes, é um processo de desenvolvimento de experiências, no qual educador e educando desdobram as aptidões inatas, aprimorando-as como recursos para a utilização consciente nas múltiplas oportunidades da existência.

Objetivada como intercâmbio de aprendizagens, merece considerá-la nas matérias, nos métodos e fins, quando se restringe à instrução. Não somente a formar hábitos e desenvolver o intelecto, deve dedicar-se a educação, mas, sobretudo, realizar um continuum permanente, em que as experiências, por não cessarem, se fixam ou se reformulam, tendo em conta as necessidades da convivência em sociedade e da auto-realização do educando.

Os métodos na experiência educacional devem ser consentâneos às condições mentais e emocionais do aprendiz. Em vez de se lhe impingir, por meio do processo repetitivo, os conhecimentos adquiridos, o educador há de motivá-lo às próprias descobertas, com ele crescendo, de modo que a sua contribuição não seja o resultado do “pronto e concluído”, processo que, segundo a experiência de alguns, “deu certo até aqui”.

Na aplicação dos métodos e escolha das matérias merece considerar as qualidades do educador, sejam de natureza intelectual ou emocional e psicológica, como de caráter afetivo ou sentimental.

Os fins, sem dúvida, estão além das linhas da escolaridade. Erguem-se como permanente etapa a culminar na razão do crescimento do indivíduo, sempre além, até transcender-se na realidade espiritual do porvir.

A criança não é um “adulto miniaturizado”, nem uma “cera plástica”, facilmente moldável.

Trata-se de um Espírito em recomeço, momentaneamente em esquecimento das realizações positivas e negativas que traz das vias pretéritas, empenhado na conquista da felicidade.

Redescobrindo o mundo e se reidentificando, tende a repetir atitudes e atividades familiares em que se comprazia antes, ou através das quais sucumbiu.

Tendências, aptidões, percepções são lembranças evocadas inconscientemente, que renascem em forma de impressões atraentes, dominantes, assim como limitações, repulsas, frustrações, agressividade e psicoses constituem impositivos constritores ou restritivos – não poucas vezes dolorosos – de que se utilizam as Leis Divinas para corrigir e disciplinar o rebelde que, apesar da manifestação física em período infantil, é Espírito relapso, mais de uma vez acumpliciado com o erro, a ele fortemente vinculado, em fracasso morais sucessivos.

Ao educador, além do currículo a que se deve submeter, são indispensáveis os conhecimentos da psicologia infantil, das leis da reencarnação, alta compreensão afetiva junto aos problemas naturais do processo educativo e harmonia interior, valores esses capazes de auxiliar eficientemente a experiência educacional.

As leis da reencarnação, quando conhecidas, penetradas necessariamente e aplicadas, conseguem elucidar os mais intrincados enigmas com que se defronta o educador no processo educativo, isto porque sem elucidação bastante ampla, nem sempre exitosas, hão redundado as mais avançadas técnicas e modernas experiências.

A instrução é setor da educação, na qual os valores do intelecto encontram necessário cultivo.

A educação, porém, abrange área muito grande, na quase totalidade da vida. No período de formação do homem é pedra fundamental, por isso que ao instituto da família compete a indeclinável tarefa, porquanto pela educação, e não pela instrução apenas, se dará a transformação do indivíduo e, consequentemente, da Humanidade.

No lar assentam os alicerces legítimos da educação, que se transladam para a escola que tem a finalidade de continuar aquele mister, de par com a contribuição intelectual, as experiências sociais.” (https://conteudoespirita.com/joanna-de-angelis/) 


Livros Psicografados

As mensagens atribuídas a Joanna de Ângelis têm sido publicadas em diversos livros psicografados por Divaldo Franco, como "Jesus e Atualidade", "Vida: Desafios e Soluções", "Renovando Atitudes" e muitos outros. Suas palavras visam inspirar, consolar e oferecer orientações para que as pessoas possam trilhar um caminho de crescimento espiritual e contribuir para um mundo melhor. 

Até o momento, por intermédio da psicografia de Divaldo Franco, é autora de mais de 70 obras, 35 das quais traduzidas para 15 idiomas e 10 transcritas em Braille. Além dessas obras, já escreveu milhares de belíssimas mensagens.

Principais obras ditadas de Joanna de Ângelis psicografados por Divaldo Franco:

Messe de Amor (1964, esclarecimento e consolo)

Dimensões da Verdade (1965, esclarecimento e consolo)

Espírito e Vida (1967, esclarecimento e consolo)

Lampadário Espírita (1969, análise da doutrina espírita)

Florações Evangélicas (1974, análise da doutrina espírita)

Leis Morais da Vida (1976, análise da doutrina espírita)

No Limiar do Infinito (1977, esclarecimento e consolo)

Alerta (1981, esclarecimento e consolo)

Estudos Espíritas (1982, análise da doutrina espírita)

Celeiro de Bênçãos (1983, análise da doutrina espírita)

Episódios Diários (1986, autoinstrução)

Luz da Esperança (1986, esclarecimento e consolo)

Momentos de Coragem (1988, Série Momentos)

Momentos de Esperança (1988, Série Momentos)

Momentos de Alegria (1989, Série Momentos)

Jesus e Atualidade (1989, Série Psicológica)

O Homem Integral (1990, Série Psicológica)

Momentos de Felicidade (1990, Série Momentos)

Autodescobrimento (1995, Série Psicológica)

Desperte e Seja Feliz (1996, Série Psicológica)

Adolescência e Vida (1997, esclarecimento e consolo)

Amor, Imbatível Amor (1998, Série Psicológica)

Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda (2000, Série Psicológica)

O Despertar do Espírito (2000, Série Psicológica)

Fonte de Luz (2000, esclarecimento e consolo)

Triunfo Pessoal (2002, Série Psicológica)

Garimpo de Amor (2003, reflexões sobre amor fraterno)

Conflitos Existenciais (2005, reflexões sobre comportamento humano)

Iluminação Interior (2006,Série Psicológica)a)

Portal Luz Espírita (luzespirita.org.br) 


Texto da FEB

Um espírito que irradia ternura e sabedoria, despertando-nos para a vivência do amor na sua mais elevada expressão, mesmo que, para vivê-lo, seja-nos imposta grande soma de sacrifícios. Trata-se do Espírito que se faz conhecido pelo nome JOANNA DE ÂNGELIS, e que, nas estradas dos séculos, vamos encontrá-la na mansa figura de JOANA DE CUSA, numa discípula de Francisco de Assis, na grandiosa SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ e na intimorata JOANA ANGÉLICA DE JESUS. Conheça agora cada um deste personagens que marcaram a história com o seu exemplo de humildade e heroísmo.

JOANA DE CUSA

Joana de Cusa, segundo informações de Humberto de Campos, no livro "Boa Nova", era alguém que possuía verdadeira fé. Narra o autor que: "Entre a multidão que invariavelmente acompanhava JESUS nas pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas, na cidade onde se conjugavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores".

O seu esposo, alto funcionário de Herodes, não lhe compartilhava os anseios de espiritualidade, não tolerando a doutrina daquele Mestre que Joana seguia com acendrado amor. Vergada ao peso das injunções domésticas, angustiada pela incompreensão e intolerância do esposo, buscou ouvir a palavra de conforto de JESUS que, ao invés de convidá-la a engrossar as fileiras dos que O seguiam pelas ruas e estradas da Galileia, aconselhou-a a segui-lo a distância, servindo-o dentro do próprio lar, tornando-se um verdadeiro exemplo de pessoa cristã, no atendimento ao próximo mais próximo: seu esposo, a quem deveria servir com amorosa dedicação, sendo fiel a Deus, amando o companheiro do mundo como se fora seu filho. JESUS traçou-lhe um roteiro de conduta que lhe facultou viver com resignação o resto de sua vida. Mais tarde, tornou-se mãe.

Com o passar do tempo, as atribuições se foram avolumando. O esposo, após uma vida tumultuada e inditosa, faleceu, deixando Joana sem recursos e com o filho para criar. Corajosa, buscou trabalhar. Esquecendo "o conforto da nobreza material, dedicou-se aos filhos de outras mães, ocupou-se com os mais subalternos afazeres domésticos, para que seu filhinho tivesse pão". Trabalhou até a velhice. Já idosa, com os cabelos embranquecidos, foi levada ao circo dos martírios, juntamente com o filho moço, para testemunhar o amor por JESUS, o Mestre que havia iluminado a sua vida acenando-lhe com esperanças de um amanhã feliz. Narra Humberto de Campos, no livro citado:

"Ante o vozerio do povo, foram ordenadas as primeiras flagelações. — Abjura!... —exclama um executor das ordens imperiais, de olhar cruel e sombrio. A antiga discípula do Senhor contempla o céu, sem uma palavra de negação ou de queixa. Então o açoite vibra sobre o rapaz seminu, que exclama, entre lágrimas: — "Repudia a JESUS, minha mãe!... Não vês que nós perdemos?! Abjura!... por mim, que sou teu filho!..."

Pela primeira vez, dos olhos da mártir corre a fonte abundante das lágrimas. As rogativas do filho são espadas de angústia que lhe retalham o coração. Após recordar sua existência inteira, responde: "— Cala-te, meu filho! JESUS era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do mundo, é preciso ser fiel a DEUS!"

Logo em seguida, as labaredas consomem o seu corpo envelhecido, libertando-a para a companhia do seu Mestre, a quem tão bem soube servir e com quem aprendeu a sublimar o amor.

UMA DISCÍPULA DE FRANCISCO DE ASSIS

Séculos depois, Francisco, o "Pobrezinho de Deus", o "Sol de Assis", reorganiza o "Exército de Amor do Rei Galileu", ela também se candidata a viver com ele a simplicidade do Evangelho de Jesus, que a tudo ama e compreende, entoando a canção da fraternidade universal.

SOROR JUANA INÉS DE LA CRUZ

No século XVII ela reaparece no cenário do mundo, para mais uma vida dedicada ao Bem. Renasce em 1651 na pequenina San Miguel Nepantla, a uns oitenta quilômetros da cidade do México, com o nome de JUANA DE ASBAJE Y RAMIREZ DE SANTILLANA, filha de pai basco e mãe indígena. Após 3 anos de idade, fascinada pelas letras, ao ver sua irmã aprender a ler e escrever, engana a professora e diz-lhe que sua mãe mandara pedir-lhe que a alfabetizasse. A mestra, acostumada com a precocidade da criança, que já respondia ás perguntas que a irmã ignorava, passa a ensinar-lhe as primeiras letras. Começou a fazer versos aos 5 anos.

Aos 6 anos, Juana dominava perfeitamente o idioma pátrio, além de possuir habilidades para costura e outros afazeres comuns às mulheres da época. Soube que existia no México uma Universidade e empolgou-se com a ideia de no futuro, poder aprender mais e mais entre os doutores. Em conversa com o pai, confidenciou suas perspectivas para o futuro. Dom Manuel, como um bom espanhol, riu-se e disse gracejando:

— "Só se você se vestir de homem, porque lá só os rapazes ricos podem estudar." Juana ficou surpresa com a novidade, e logo correu à sua mãe solicitando insistentemente que a vestisse de homem desde já, pois não queria, em hipótese alguma, ficar fora da Universidade.

Na Capital, aos 12 anos, Juana aprendeu latim em 20 aulas, e português, sozinha. Além disso, falava nahuatl, uma língua indígena. O Marquês de Mancera, querendo criar uma corte brilhante, na tradição europeia, convidou a menina-prodígio de 13 anos para dama de companhia de sua mulher.

Na Corte encantou a todos com sua beleza, inteligência e graciosidade, tornando-se conhecida e admirada pelas suas poesias, seus ensaios e peças bem-humoradas. Um dia, o Vice-rei resolveu testar os conhecimentos da vivaz menina e reuniu 40 especialistas da Universidade do México para interrogá-la sobre os mais diversos assuntos. A plateia assistiu, pasmada, àquela jovem de 15 anos responder, durante horas, ao bombardeio das perguntas dos professores. E tanto a plateia como os próprios especialistas aplaudiram-na, ao final, ficando satisfeito o Vice-rei.

Mas, a sua sede de saber era mais forte que a ilusão de prosseguir brilhando na Corte. A fim de se dedicar mais aos seus estudos e penetrar com profundidade no seu mundo interior, numa busca incessante de união com o divino, ansiosa por compreender Deus através de sua criação, resolveu ingressar no Convento das Carmelitas Descalças, aos 16 anos de idade. Desacostumada com a rigidez ascética, adoeceu e retornou à Corte. Seguindo orientação de seu confessor, foi para a ordem de São Jerônimo da Conceição, que tem menos obrigações religiosas, podendo dedicar-se às letras e à ciência. Tomou o nome de SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ.

Na sua confortável cela, cercada por inúmeros livros, globos terrestres, instrumentos musicais e científicos, Juana estudava, escrevia seus poemas, ensaios, dramas, peças religiosas, cantos de Natal e música sacra. Era frequentemente visitada por intelectuais europeus e do Novo Mundo, intercambiando conhecimentos e experiências.

A linda monja era conhecida e admirada por todos, sendo os seus escritos popularizados não só entre os religiosos, como também entre os estudantes e mestres das Universidades de vários lugares. Era conhecida como a "Monja da Biblioteca". Se imortalizou também por defender o direito da mulher de ser inteligente, capaz de lecionar e pregar livremente.

Em 1695 houve uma epidemia de peste na região. Juana socorreu durante o dia e a noite as suas irmãs religiosas que, juntamente com a maioria da população, estavam enfermas. Foram morrendo, aos poucos, uma a uma das suas assistidas e quando não restava mais religiosas, ela, abatida e doente, tombou vencida, aos 44 anos de idade.

SÓROR JOANA ANGÉLICA DE JESUS

Passados 66 anos do seu regresso à Pátria Espiritual, retornou, agora na cidade de Salvador na Bahia, em 1761, como JOANA ANGÉLICA, filha de uma abastada família. Aos 21 anos de idade ingressou no Convento da Lapa, como franciscana, com o nome de SÓROR JOANA ANGÉLICA DE JESUS, fazendo profissão de Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição. Foi irmã, escrivã e vigária, quando, e, 1815, tornou-se Abadessa e, no dia 20 de fevereiro de 1822, defendendo corajosamente o Convento, a casa do Cristo, assim como a honra das jovens que ali moravam, foi assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil.

Nos planos divinos, já havia uma programação para esta sua vida no Brasil, desde antes, quando reencarnara no México como Sóror Juana Inés de La Cruz. Daí, sua facilidade estrema para aprender português. É que, nas terras brasileiras, estavam reencarnados, e reencarnariam brevemente, Espíritos ligados a ela, almas comprometidas com a Lei Divina, que faziam parte de sua família espiritual e aos quais desejava auxiliar.

Dentre esses afeiçoados a Joanna de Ângelis, destacamos Amélia Rodrigues, educadora, poetisa, romancista, dramaturga, oradora e contista que viveu no fim do século passado ao início deste.

JOANNA NA ESPIRITUALIDADE

Quando, na metade do século passado, "as potências do Céu" se abalaram, e um movimento de renovação se alastrou pela América e pala Europa, fazendo soar aos "quatro cantos" a canção da esperança com a revelação da vida imortal, Joanna de Ângelis integrou a equipe do Espírito de Verdade, para o trabalho de implantação do Cristianismo redivivo, do Consolador prometido por Jesus. E ela, no livro "Após a Tempestade", em sua última mensagem, referindo-se aos componentes de sua equipe de trabalho diz:

"Quando se preparavam os dias da Codificação Espírita, quando se convocavam trabalhadores dispostos à luta, quando se anunciavam as horas preditas, quando se arregimentavam seareiros para Terra, escutamos o convite celeste e nos apressamos a oferecer nossas parcas forças, quanto nós mesmos, a fim de servir, na ínfima condição de sulcadores do solo onde deveriam cair as sementes de luz do Evangelho do Reino."

Em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" vamos encontrar duas mensagens assinadas por "Um Espírito amigo". A primeira, no Cap. IX, item 7 com o título "A paciência", escrita em Havre, 1.862. A segunda no Cap. XVIII itens 13 e 15 intitulada "Dar-se-á àquele que tem", psicografada no mesmo ano que a anterior, na cidade de Bordéus. Se observarmos bem, veremos a mesma Joanna que nos escreve hoje, ditando no passado uma bela página, como o modelo das nossas atitudes, em qualquer situação. No mundo Espiritual, Joanna estagia numa bonita região, próxima da Crosta terrestre.

Quando vários Espíritos ligados a ela, antigos cristãos equivocados se preparavam para reencarnar, reuniu a todos e planejou construir na Terra, sob o céu da Bahia no Brasil, uma cópia, embora imperfeita, da Comunidade onde estagiava no Plano Espiritual, com o objetivo de, redimindo os antigos cristãos, criar uma experiência educativa que demonstrasse a viabilidade de se viver numa comunidade, realmente cristã, nos dias atuais. Espíritos gravemente enfermos, não necessariamente vinculados aos seus orientadores encarnados, viriam na condições de órfãos, proporcionando oportunidade de burilamento, ao tempo em que, eles próprios, se iriam liberando das injunções cármicas mais dolorosas e avançando na direção de Jesus. Engenheiros capacitados foram convidados para traçarem os contornos gerais dos trabalhos e instruírem os pioneiros da futura Obra.

Quando estava tudo esboçado, Joanna procurou entrar em contato com Francisco de Assis, solicitando que examinasse os seus planos e auxiliasse na concretização dos mesmos, no Plano Material.

 "Pobrezinho de Deus" concordou com a Mentora e se prontificou a colaborar com a Obra, desde que "nessa Comunidade jamais fosse olvidado o amor aos infelizes do mundo, ou negada a Caridade aos "filhos do Calvário", nem se estabelecesse a presunção que é vérmina a destruir as melhores edificações do sentimento moral'.

Quase um século foi passado, quando os obreiros do Senhor iniciaram na Terra, em 1947, a materialização dos planos de Joanna, que inspirava e orientava, secundada por Técnicos Espirituais dedicados que espalhavam ozônio especial pela psicosfera conturbada da região escolhida, onde seria construída a "Mansão do Caminho", nome dado à alusão à "Casa do Caminho" dos primeiros cristãos.

Nesse ínterim, os colaboradores foram reencarnando, em lugares diversos, em épocas diferente, com instrução variada e experiências diversificadas para, aos poucos, e quando necessário, serem "chamados" para atender aos compromissos assumidos na espiritualidade. Nem todos, porém, residiriam na Comunidade, mas, de onde se encontrassem, enviariam a sua ajuda, estenderiam a mensagem evangélica, solidários e vigilantes, ligados ao trabalho comum.

A Instituição crescendo sempre comprometida a assistir os sofredores da Terra, os tombados nas provações, os que se encontram a um passo da loucura e do suicídio. Graças às atividades desenvolvidas, tanto no plano material como no plano espiritual, com a terapia de emergência a recém-desencarnados e atendimentos especiais, a "Mansão do Caminho" adquiriu uma vibração de espiritualidade que suplantas humanas vibrações dos que ali residem e colaboram.

Fonte: A Veneranda Joanna de Angelis, Celeste Santos e Divaldo Pereira Franco

https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Joanna-de-Angelis.pdf