O Tempo

Perguntas e Respostas

1) O que é o tempo?

É a sucessão dos anos, dos dias, das horas etc., que envolve, para o homem, a noção de presente, passado e futuro. Um período ou espaço limitado de existência contínua, como o intervalo entre dois eventos sucessivos. 

2) Por que o conceito de tempo é escorregadio?

O conceito está sujeito a muitos contra-sensos. Para Heidegger, "o tempo é o amadurecer da temporalidade". A metáfora de que o tempo flui não faz sentido porque o tempo não é uma coisa.

3) Como distinguir os dois conceitos de tempo (físico e psicológico)?

O tempo físico (ou ontológico) é, em geral, encarado como algo objetivo, enquanto o tempo perceptual (ou psicológico) é, por definição, tempo (ou então duração) percebido por um sujeito.

4) O que Santo Agostinho nos disse sobre tempo?

Santo Agostinho nos dizia que quando não lhe perguntavam sobre o tempo, sabia a resposta, mas, se questionado, já não o sabia mais. 

5) Como é que o homem chega ao tempo?

Para responder a essa pergunta, devemos prestar atenção à classificação hierárquica de vivências do tempo: vivência da simultaneidade por oposição a não-simultaneidade; vivência da sucessão ou da ordem temporal; vivência do presente ou do agora; vivência da duração

6) O tempo objetivo existe por si próprio? 

O tempo físico é objetivo, mas não existe por si próprio. Observe que o tempo é medido pela observação de um outro processo, que pode ser uma oscilação de um pêndulo ou a desintegração de um material radioativo. 

7) No que consiste a irreversibilidade do tempo?

Consiste em que a direção do curso do tempo é a ordem dirigida "antes" e "depois" na sucessão dos acontecimentos. O tempo passado não volta mais. 

8) Que relação há entre tempo e eternidade?

O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; a eternidade não é suscetível de medida alguma, do ponto de vista da duração; para ela, não há começo, nem fim: tudo lhe é presente. Se séculos de séculos são menos que um segundo, relativamente à eternidade, que vem a ser a duração da vida humana? (Kardec, A Gênese, pág. 107)

9) Em que tipo de tempo se fixaram as religiões primitivas?

As religiões primitivas fixaram-se no tempo cósmico, pois o cosmos era o lugar em que descobriram Deus e chegavam ao encontro com ele. 

10) O tempo histórico é cíclico?

Não. O tempo histórico é linear, pois está aberto para a constante novidade de um futuro que nunca se repete. 

11) O que a caducidade e limitação do tempo tem a ver com a vida humana?

Desde que o indivíduo toma consciência de si mesmo, sabe que está encerrado em um circuito limitado (a morte). Nesse caso, cada uma de suas ações adquire transcendência que é decisiva e irrepetível. 

Para Reflexão

O tempo passa ou permanece? É o tempo que mede o movimento do Sol ou é o movimento do Sol que mede o tempo? O tempo passado não volta mais? Como é medido o tempo no mundo espiritual? Como conciliar a eternidade de Deus com a finitude temporal do mundo? Se Deus é eterno, não seria lógico que tudo o mais também o fosse? (Santo Agostinho). É possível mudar a percepção psicológica do transcorrer linear do tempo? (Nietzsche). A noção de tempo usado pela ciência é utilizável pela consciência? (Bérgson) (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/tempo-o)


Texto Curto no Blog

Tempo

Tempo é a sucessão dos anos, dos dias, das horas etc., que envolve, para o homem, a noção de presente, passado e futuro: o curso do tempo; o tempo é um meio contínuo e indefinido no qual os acontecimentos parecem suceder-se em momentos irreversíveis. (Dicionário Aurélio)

O tempo é um problema. Por problema, entende-se uma análise mais acurada de um tema aparentemente fácil e intuitivo. Santo Agostinho nos dizia que quando não lhe perguntavam sobre o tempo, sabia a resposta, mas, se questionado, já não o sabia mais. É factível, pois, considerá-lo como um problema. Por exemplo, ao dizermos que o tempo é a duração sucessiva de qualquer fenômeno ou do movimento real das coisas, criamos um problema, pois o enigma da duração sucessiva é problemático. O que é duração? Os filósofos antigos perguntaram à esfinge o que era o tempo, mas ela nada respondeu, porque era o próprio tempo feito estátua de silêncio.

A pergunta fundamental não é: que é o tempo? Muitos pensadores se posicionaram para defini-lo. Newton diz: "O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, flui uniformemente devido à sua própria natureza e a partir de si próprio, sem relação com qualquer coisa externa". Para Aristóteles, "O tempo é o número do movimento segundo um antes e um depois". O físico norte-americano Richard Feynman, laureado com o Prêmio Nobel, afirma: "Tempo é o que acontece quando mais nada acontece". A pergunta fundamental é: "Como é que o homem chega ao tempo?" Para responder a essa pergunta, devemos prestar atenção à classificação hierárquica de vivências do tempo.

Vivência da simultaneidade por oposição a não-simultaneidade;

Vivência da sucessão ou da ordem temporal;

Vivência do presente ou do agora;

Vivência da duração. (Pöpel, 1989, cap. II)

O relógio mede o tempo? Como medir algo que não se deixa tocar, ouvir, saborear nem respirar como um odor? Os relógios são processos físicos que a sociedade padronizou, para computar os segundos, os minutos e as horas. Para que isso seja possível, os acontecimentos devem ocorrer numa certa ordem. Se dois eventos não forem rigorosamente simultâneos, um acontece antes do outro. Qualquer medida desse tempo reduz-se a contar o número de acontecimentos de certo tipo, como, por exemplo, a alternância entre dia e noite. Pode-se usar o número de batidas do pêndulo, ou o número de vibrações de um cristal. Por convenção, um dia possui, assim, a duração de 86.400 segundos e um segundo dura tanto quanto 9.192.633.770 períodos de um fenômeno de transição provocado em um átomo de césio.

A noção de presente torna-se frágil: passamos a dizer: "eu serei" ou "eu era". Entretanto, um consolo é oferecido pela física quântica àqueles que viessem a ficar desgostosos com desaparecimento do presente: nenhuma dimensão poderia ser inferior ao "tempo de Planck", que dura 5,4 x 10-44 segundos. Enquanto decorre essa duração, é, portanto, permitido em boa lógica dizer "eu sou", mas isso tem de ser dito muito depressa. Essa duração interior não mantém, em geral, vínculos estreitos com o tempo objetivo dos acontecimentos: os minutos de espera são longos, os instantes de prazer são curtos; com a idade, os anos passam cada vez mais depressa. (Jacquard, 2004)

Que relação há entre tempo e eternidade? O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; a eternidade não é suscetível de medida alguma, do ponto de vista da duração; para ela, não há começo, nem fim: tudo lhe é presente. Se séculos de séculos são menos que um segundo, relativamente à eternidade, que vem a ser a duração da vida humana? (Kardec, 1975, pág. 107)

Bibliografia Consultada

FERREIRA, A. B. de H.Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, s/d/p.

PÖPPEL, Ernest. Fronteiras da Consciência: Da Realidade e da Experiência do Mundo. Tradução de Ana Maria Roltoff. Lisboa: Edições 70, 1989.

JACQUARD, Albert. Filosofia para não Filósofos: Respostas Claras para Questões Essenciais. Tradução de Guilherme João de Freitas.Teixeira. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

ASKIN, I. F. O Problema do Tempo - Sua Interpretação Filosófica. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1969.

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/o-tempo.html)


Em Forma de Palestra

Tempo: Anotação e Reflexão

1. Conceito de Tempo

Tempo  - do lat. tempus significa a sucessão de anos, dos dias, das horas etc., que envolve, para o homem, a noção de presente, passado e futuro: o curso do tempoo tempo é um meio contínuo e indefinido no qual os acontecimentos parecem suceder-se em momentos irreversíveis. (Dicionário Aurélio)

2. Cálculo do Tempo

Os calendários, da mesma forma que todos os cálculos de tempo, baseiam-se na alternância do dia e da noite, na fases da Lua e no movimento anual do Sol. A Terra leva um ano para percorrer sua órbita ao redor do Sol e um dia para dar uma volta em torno do seu próprio eixo, cujas extremidades são os polos. No calendário gregoriano, o ano coincide aproximadamente com uma volta da Terra ao redor do Sol, e as estações caem sempre nas mesmas datas do ano, perfazendo um total de 365 dias. (Combi Visual)

3. Cômputo do Tempo

Em cada sociedade a contagem do tempo encontra-se determinada pelas suas tradições religiosas. No  mundo cristão, o ponto de partida é o nascimento de Jesus Cristo. No Islão, o cômputo é feito a partir do ano em que Maomé fugiu para Medina. Os judeus iniciam sua contagem com a "criação do Mundo" segundo a Bíblia. Nesse sentido, o ano 2000 dos cristãos eqüivale ao 5760 dos judeus e ao 1420 dos islamitas. (Combi Visual)

4. Irreversibilidade do Tempo

A irreversibilidade do tempo é uma propriedade que caracteriza o curso do tempo, por "curso do tempo" entende-se a sucessiva mudança de acontecimentos no processo da existência. A direção do curso do tempo é a ordem dirigida "antes" e "depois" na sucessão dos acontecimentos. (Askin, 1969, pág. 142)

5. Tempo Absoluto e Tempo Relativo

Em Astronomia, distingue-se o tempo absoluto do tempo relativo pela equação do tempo, porque os dias naturais são desiguais, ainda que os tomemos vulgarmente por uma medida igual de tempo.

O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, em si próprio e por sua própria natureza, flui uniformemente sem relação com nada de exterior, e com um outro  nome é chamado Duração

O tempo relativo, aparente e vulgar é uma medida qualquer, sensível e externa da duração pelo movimento (quer ela seja precisa ou imprecisa) de que o vulgo se serve ordinariamente em lugar do tempo verdadeiro: tais como a hora, o dia, o mês, o ano.

Sucede o mesmo com o espaço, ou seja, o espaço absoluto, pela sua natureza, e sem relação ao que quer que seja de exterior, mantém-se sempre semelhante, imóvel e infinito. Por outro lado, o espaço relativo mantém-se desigual, móvel e finito. Ex.: alunos e professor numa sala de aula. (Koyré, s.d.p.,157 a 159)

6. Concepção Cristã do Tempo

A chamada "concepção cristã do tempo" encontra em Santo Agostinho a primeira formulação madura. O tempo é para ele um grande paradoxo: um "agora" que não pode ser detido, um "será" que todavia não é. Diz sobre o tempo: "Quando não me perguntam, eu sei; e quando me perguntam; não sei." (Confissões, IX) (Pequeno Dicionário de Filosofia Hemus)

Na perspectiva cristã, o tempo deixa de ser a roda que sempre reconduz ao mesmo lugar, para tornar-se a propedêutica da eternidade. O homem criado por Deus à sua imagem e semelhança, foi precipitado no tempo e na morte em conseqüência do pecado, que é, uma ruptura com Deus. Pelo Cristo porém, que é o mediador, pode restabelecer a ligação com Deus, e fazer de sua vida no tempo uma preparação para a vida eterna. O tempo é apenas um caminho que deve conduzir o homem fora e além do tempo. (Corbisier, 1987)

7. Tempo e Eternidade

O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; a eternidade não é suscetível de medida alguma, do ponto de vista da duração; para ela, não há começo, nem fim: tudo lhe é presente.

Se séculos de séculos são menos que um segundo, relativamente à eternidade, que vem a ser a duração da vida humana? (Kardec, 1975, pág. 107)

8. Tempo e Reencarnação


Ano    / Espíritos Encarnados (E) / Espíritos Desencarnados (D) / D/E / Vida Média (anos) / Plano Esp (anos)

1952* /        2.000.000.000            /            20.000.000.000                  / 10,0 /              60                    /        600

1975  /         3.000.000.000            /             19.000.000.000                 /   6,3  /               65                   /         409

1980  /         4.000.000.000            /             18.000.000.000                 /   4,5  /               66                  /         297

1990  /         5.000.000.000            /             17.000.000.000                 /   3,4  /               70                  /         238

2000  /         6.000.000.000            /             16.000.000.000                 /   2,7  /               72                  /        195

* citação de Emmanuel, no livro Roteiro, pág. 43.

Ver figura

9. Vida Espírita 

 Pergunta 223. A alma se reencarna imediatamente após a separação do corpo?

Resposta. — Às vezes, imediatamente, mas, na maioria das vezes, depois de intervalo mais ou menos longos. Nos mundos superiores a Reencarnação é quase sempre imediata. A matéria corpórea sendo menos grosseira, o Espírito encarnado goza de quase todas as faculdades do Espírito. Seu estado normal é o dos vossos sonâmbulos lúcidos. (Kardec, 1995)

 10. Hoje e Nós

 Comparemos a Providência Divina a estabelecimento de crédito bancário, operando com reservas ilimitadas, em todos os domínios do mundo. Pela Bolsa de Causa e Efeito, cada criatura retém depósito particular, com especificação de débitos e haveres nitidamente diversos, mas, pela Carteira do Tempo, todas as concessões são iguais para todos.

Para sábios e ignorantes, felizes ou menos felizes, a hora se constitui do valor matemático e invariável de sessenta minutos. (Xavier e Vieira, 1978, pág. 24)  

11. Bibliografia Consultada

ASKIN, I. F. O Problema do Tempo - Sua Interpretação Filosófica. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1969.

CORBISIER, R. Enciclopédia Filosófica. 2. ed., Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1987.

Enciclopédia Combi Visual. Barcelona (Espanha), Ediciones Danae, 1974.

FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, s/d/p.

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976.

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.

KOYRÉ, A. Do Mundo Fechado ao Universo Infinito. Lisboa, Gradiva, s.d.p.

Pequeno Dicionário Filosófico. São Paulo, Hemus, 1977.  

XAVIER, F. C. e VIEIRA, W. Estude e Viva, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Rio de Janeiro, FEB, 1978.

XAVIER, F. C. Roteiro, pelo Espírito Emmanuel. 5. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1980.



Sites e Blogs

O Tempo e o Espaço no Mundo Espiritual

O Tempo

Mas o tempo não é algo material, não é físico, apesar de se basear em convenções físicas. Se a teoria da relatividade a duração de um evento é relativa ao referencial inercial em que se encontra o observador, por exemplo se o indivíduo está em movimento em relação a um evento, a duração deste evento será diferente de outro indivíduo que o observa parado.

Além disto a percepção de duração é relativa também ao estado do observador. Fisiologicamente, a incerteza de um julgamento temporal aumenta com a duração do intervalo julgado. Isto parece ter origem na lei de Weber (proposta por Ernst Weber, em 1831), segundo o qual para percebermos que um dado estímulo sensorial sofreu variação, o acréscimo (ou decréscimo) mínimo necessário deve ser proporcional à magnitude inicial do estímulo original.

Todos nós também já experimentamos a sensação de o tempo "voar", quando estamos em lugares ou situações agradáveis, ou de se "arrastar", nos momentos em que esperamos com ansiedade algo acontecer. Novamente, parece ser a atenção que prestamos à sucessão de eventos em curso o fator determinante de nossa experiência temporal. Vários estudos demonstram que a duração de um estímulo sensorial, tal como percebida por um observador, é fortemente influenciada pela atenção que ele dispensa ao estímulo.

Se no mundo espiritual o pensamento é tudo, como dizem, a noção de tempo é semelhante e amplificada, pois a duração de um evento espiritual é influenciada pela atenção dispensada ao evento.

Para Kardec no livro A Gênese, o tempo não é senão a relação das coisas transitórias, e portanto, unicamente de coisas que se medem, é uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; já a eternidade, do ponto de vista de sua duração, não pode ser medida, não tem começo nem fim, tudo é o presente.

Se formos assistir ao filme onde um homem nasce com um corpo que convencionamos chamar de velho e morre com ele novo, sabemos que o tempo está invertido. Isto ocorre porque ligamos a imagem do corpo ao tempo percorrido. Muitas pessoas tem uma surpreendente noção do tempo percorrido quando se olham no espelho.

Quando Kardec diz, no item 14 do Código Penal da Vida Futura, do livro O Céu e o Inferno, que a duração de um castigo que está subordinado ao melhoramento do espírito, diz que aquele que não melhora, não se arrepende continua sofrendo sempre e seu castigo lhe parece eterno. Como no mundo espiritual não existe uma sequência de eventos que possa ser medida, o espírito que sofre mantém toda a sua atenção voltada ao seu sofrimento e tem a percepção de que o tempo parou e nunca terá fim. Se considerarmos que no mundo espiritual tudo depende da capacidade evolutiva do espírito, a percepção da eternidade das penas é maior nos espíritos inferiores e menor nos espíritos superiores.

Muitas vezes vemos em reuniões mediúnicas espíritos que acreditam estar ainda naquele tempo em que viviam encarnados, porque a sua atenção e seu pensamento mantém uma imagem quase estática no sentido temporal e isto faz com que o indivíduo acredite estar vivo, pois seu aparente corpo não envelhece, as lembranças de que recorda são sempre as mesmas.

O Espaço

De acordo com o Dicionário Aurélio o espaço é a distância entre dois pontos; área ou volume entre limites determinados. Lugar mais ou menos bem definido, que pode ser ocupado por algo ou alguém. Se compreendemos o mundo espiritual eterno e infinito, o compreendemos sem começo nem fim.

Mas e o espaço dentro deste infinito? Pode ser medido, utilizado, criado e destruído? Se considerarmos o Universo como um todo o espaço passível de ser ponderado seria o físico e material, os planetas, estrelas, cometas etc.

O Espírito errante, ou seja, aquele que habita o mundo espiritual não se encontra num espaço delimitado. Porém como afirmam os Espíritos na questão 234 do O Livro dos Espíritos: "Há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que eles podem habitar temporariamente, espécies de acampamentos, de lugares em que possam repousar de erraticidades muito longas, que são sempre um pouco penosas. São posições intermediárias entre os mundos, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que podem atingi-las e que nelas gozam de maior ou menor bem-estar."

Então poderíamos dizer que por fim existem os conhecidos Vales de sofrimento, como o vale dos suicidas e até as colônias espirituais como o Nosso Lar entre outras? Sim, se os considerarmos físicos e não espirituais. Isto é explicado na questão 236, onde os Espíritos nos dão as características destes mundos: Não são habitados por seres corpóreos e sua superfície é temporariamente estéril, assim como a Terra já foi durante a sua formação. Esta descrição deixa claro que os mundos transitórios são mundos materiais no qual os espíritos afins se encontram.

Não poderíamos compreender estes vales como a descrição de mundos transitórios habitados espiritualmente por espíritos simpáticos pelo mal ou pela dor? Mesmo quando um espírito desencarnados nos descreve estes locais, vales ou colônias, como próximos à Terra, esta proximidade seria a relação entre tempo e espaço, e sendo a transmissão de pensamento quase imediata e estando o espírito onde está seu pensamento, talvez ainda não possamos compreender a amplitude que pode ter este conceito de proximidade. (http://amigosespiritos.blogspot.com/2009/09/o-tempo-e-o-espaco-no-mundo-espiritual.html)


Como é Medido o Tempo no Plano Espiritual? 

 Melhor resposta:  No mundo espiritual tudo depende da capacidade evolutiva do espírito. 

Muitas vezes se apresentam, em reuniões mediúnicas, espíritos que acreditam estar ainda naquele tempo em que viviam encarnados, porque a sua atenção e seu pensamento mantém uma imagem quase estática no sentido temporal e isto faz com que o indivíduo acredite estar vivo, pois seu aparente corpo não envelhece, as lembranças de que recorda são sempre as mesmas. 

Os espíritos vivem fora do tempo , como nós entendemos, porque esse tempo que estamos acostumados a medir, é relativo, e de parâmetros que nos tocam os sentidos da matéria. O mundo espiritual não tem nenhuma medida conhecida. As medidas de tempo relatadas por espíritos, nada mais são do que resultantes ainda de um reflexo da sua pouca compreensão, ou de forma didática, para nos fazer entender segundo nossos parâmetros. (https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20161001042039AAd7bPC)

Reencarnação, Tempo e Espaço - Fórum Espírita

" PARA DEUS O PASSADO  E O FUTURO SÃO PRESENTE"

ou seja dentro da eternidade tudo é presente. Mesmo que seja possível uma viagem no tempo, para o viajante aquilo não será compreendido como passado, e sim como presente. Não é possível a divisibilidade do espírito,no que tange a ubiqüidade podemos considerar como irradiação do pensamento e não uma divisibilidade do ser. Seria como o sol, que estando localizado em determinado espaço é visto em diversos pontos.

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/o-livro-dos-espiritos/processo-reencarnatoriodimensao-tempo-e-espaco/30/#ixzz5xB53M5RT 


Frases e Pensamentos

Gutta cavat lapidem saepe cadendo. - "A gota esburaca a pedra à força de cair". (Adágio latino)

"O tempo não passa de uma distensão. Mas uma distensão do que, não sei com exatidão, provavelmente da própria alma." (Agostinho, Santo, Confissões)

"Em tudo o que fizeres apressa-te lentamente". (Augusto)

"Segredo para uma vida longa: pouca cama, pouco prato, muita sola de sapato". (Autor desconhecido)

"Considero a televisão uma coisa muito educativa, porque cada vez que alguém a liga na sala vou para o meu quarto ler um livro..." (Autor desconhecido)

"O tempo é uma lima que trabalha e não faz ruído". (H. G. Bohn)

"Uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que isso nos faz perder". (Chesterton) 

"Não nasceu para a glória quem não sabe o valor do tempo". (Lucas de Clapiers)

"Paremos de indagar o que o futuro nos reserva e recebamos como um presente o que quer que nos traga o dia de hoje". (Heráclito) 

"A primeira metade da vida passa-se a desejar a segunda; a segunda, a recordar a primeira". (A. Karr)

"Lembra-te sempre do fim, e que o tempo perdido não volta. Sem empenho e diligência, jamais alcançarás as virtudes. Se começares a ser tíbio, logo te inquietarás. Se, porém, procurares afervorar-te, acharás grande paz e sentirás mais leve o trabalho com a graça de Deus e o amor da virtude". (Thomas A. Kempis)

"Se eu soubesse que o mundo terminaria amanhã, hoje ainda plantaria uma árvore". (Martin Luther King)

"Uma viagem de mil milhas começa com o primeiro passo". (Lao-Tsé)

"Há ladrões que não são castigados embora nos roubem aquilo que é mais precioso: o tempo". (Napoleão)

"A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há de ser, porque todo o fruto delicioso amadurece lentamente".  (Arthur Schopenhauer)

"Os homens comuns limitam-se a passar o tempo. Mas quem tem talento trata de aproveitá-lo". (Arthur Schopenhauer)

"Como se fosse possível matar o tempo sem ferir a eternidade." (H. D. Thoreau)

"O tempo, às vezes, tarda em dar razão a quem a tem; mas acaba por dá-la".  (Jesus Urteaga)

"O tempo descobre o que é falso e fingido, e dá forças à verdade". (Juan Luís Vives)


Mensagem Espírita

O Tempo

"Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz." - Paulo. (Romanos, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.

Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.

Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.

Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.

É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?

Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.

A velha expressão popular "matar o tempo" reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.

Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.

Os interesses imediatistas do mundo clamam que o "tempo é dinheiro", para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.

Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor. (XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel, Capítulo 1).


Ante o Objetivo

“Para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição.” — Paulo (Filipenses, 3,11)

Alcançaremos o alvo que mantemos em mira:

O avarento sonha com tesouros amoedados e chega ao cofre-forte.

O malfeitor comumente ocupa largo tempo, planificando a ação perturbadora, e comete o delito.

O político hábil anseia por autoridade e atinge alto posto no domínio terrestre.

A mulher desprevenida, que concentra as ideias no desperdício das emoções, penetra o campo das aventuras inquietantes.

E cada meta a que nos propomos tem o preço respectivo.

O usurário, para amealhar o dinheiro, quase sempre perde a paz.

O delinquente, para efetuar a falta que delineia, avilta o nome.

O oportunista, para conseguir o lugar de mando, muitas vezes desfigura o caráter.

A mulher desajuizada, para alcançar fantasiosos prazeres, abdica, habitualmente, o direito de ser feliz.

Se impostos tão pesados são exigidos na Terra aos que perseguem resultados puramente inferiores, que tributos pagará o Espírito que se candidata à glória na vida eterna?

O Mestre na cruz é a resposta para todos os que procuram a sublimidade da ressurreição.

Contemplando esse alvo, soube Paulo buscá-lo, através de incompreensões, açoites, aflições e pedradas, servindo constantemente, em nome do Senhor.

Se desejas, por tua vez, chegar ao mesmo destino, centraliza as aspirações no objetivo santificante e segue, com valoroso esforço, na conquista do eterno prêmio. (XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel, capítulo 40)

O Tempo

Um autor desconhecido escreveu certa vez que a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros sentimentos habitavam uma pequena ilha. Certo dia, foram avisados que essa ilha seria inundada.

Preocupado, o amor cuidou para que todos os outros se salvassem, falando:

Fujam todos, a ilha vai ser inundada.

Todos se apressaram a pegar seu barquinho para se abrigar em um morro bem alto, no continente. Só o amor não teve pressa. Quando percebeu que ia se afogar, correu a pedir ajuda.

Para a riqueza apavorada, ele pediu: Riqueza, leve-me com você.

Ao que ela respondeu: Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e não tem lugar para você.

Passou então a vaidade e ele disse: Dona Vaidade, leve-me com você...

Sinto muito, mas você vai sujar meu barco.

Em seguida, veio a tristeza e o amor suplicou: Senhora Tristeza, posso ir com você?

Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.

Passou a alegria, mas se encontrava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela.

Então passou um barquinho, onde remava um senhor idoso, e ele disse:

Sobe, amor, que eu te levo.

O amor ficou tão feliz, que até se esqueceu de perguntar o nome do velhinho.

Chegando ao morro alto, onde já estavam os outros sentimentos, ele perguntou à sabedoria:

Dona Sabedoria, quem era o senhor que me amparou?

Ela respondeu: O tempo.

O tempo? Mas por que ele me trouxe aqui?

Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor.

*   *   *

Dentre todos os dons que a Divindade concede ao homem, o tempo tem lugar especial. É ele que acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certos.

É ele que cicatriza as feridas das profundas dores, colocando o algodão anestesiante nas chagas abertas.

É o tempo que nos permite amadurecer, através do exercício sadio da reflexão, adquirindo ponderação e bom senso.

É o tempo que desenha marcas nas faces, espalha neve nos cabelos, leciona calma e paciência, quando o passo já se faz mais lento.

É o tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios.

O tempo é, enfim, um grande mestre, que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera que cada um a sua vez, se disponha a crescer, servir e ser feliz.

E é o tempo, em verdade, que nos demonstra, no correr dos anos, que o verdadeiro amor supera a idade, a doença, a dificuldade, e permanece conosco para sempre.

*   *   *

Neste mundo, tudo tem a sua hora. Cada coisa tem o seu tempo.

Há o tempo de nascer e o tempo de morrer. Tempo de plantar e de colher. Tempo de derrubar e de construir.

Há o tempo de se tornar triste e de se alegrar. Tempo de chorar e de sorrir. Tempo de espalhar pedras e de juntá-las.

Tempo de abraçar e de se afastar.

Há tempo de calar e de falar. Há o tempo de guerra e o tempo de paz. Mas sempre é tempo de amar.

Redação do Momento Espírita, com base no texto História de amor, de autoria desconhecida e no cap. 3, versículos 1 a 8 do livro Eclesiastes, da Bíblia, ed. Paulinas. Disponível no CD Momento Espírita, v. 5, ed. Fep. Em 09.03.2009. (http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=630&let=&stat=0 )