Vícios

Perguntas e Respostas

1) O que se entende por vício?

Vício é o defeituoso, o que se desvia do bom caminho. Na ética, é a disposição habitual a um gênero de conduta, considerada vituperável, como imoral. É o contrário de virtude. É o hábito mau em oposição à virtude, que é o hábito bom. Imperfeição, defeito que torna uma pessoa ou coisa imprópria para o fim a que se destina.

2) Como o vício é visto no contexto do Velho e do Novo Testamento?

No âmbito do Velho Testamento, Job diz que se torna necessário dirigir o coração para Deus e afastar da vida a iniquidade e a injustiça, a fim de fugir aos vícios, tais como, a mentira, a fraude, o adultério etc. No contexto do Novo Testamento, há a enumeração, feita por Cristo, dos vícios que têm a sua raiz no coração: os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios.

3) O vício representa uma deficiência moral?

Ao longo do tempo, o conceito de vício tem se debatido com o de doença. A medicina contrapõe-se à tese de que o vício é um estado condicionado, que pode ser descondicionado pelas técnicas psicológicas.

4) Em se tratando dos vícios sociais, qual o mais letal?

Não resta dúvida que é tabagismo, pela dependência do fumante à nicotina. Esta dependência causa problemas graves de saúde, principalmente o enfisema pulmonar.

5) Como anda o tabagismo no Brasil?

De acordo com a Pesquisa Especial de Tabagismo realizada pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde, entre 1989 e 2008 o percentual da população brasileira fumante com 15 anos ou mais caiu de 32% para 17,2%. O estudo revela ainda que 52,1% dos fumantes planejavam deixar o vício. Estima-se que o cigarro e outros derivados do tabaco sejam responsáveis por cerca de 200 mil óbitos por ano no Brasil. (1)

6) Quais são as características do viciado em drogas?

A Organização Mundial da Saúde (1981) propôs as seguintes:

— compulsão subjetiva a ingerir droga;

— desejo de suspender o consumo embora a ingestão continue;

— padrão estereotipado, inflexível, de ingestão;

— adaptação dos sistemas nervosos afetados pela droga, levando à tolerância dos seus efeitos e sintomas de supressão quando a droga é suspensa;

— prioridade do comportamento de busca da droga sobre todas as outras atividades;

— rápido restabelecimento da síndrome quando se quebra um período de abstinência.

7) Eliminando-se as drogas, elimina-se o problema? 

De acordo com Jandira Masur, em O Que é Toxicomania, Coleção Primeiros Passos, 91, tenta-se resolver um determinado problema pelo tripé: agente, hospedeiro e ambiente. No caso da tuberculose, o agente é o bacilo de Koch, o hospedeiro é o homem. Dependendo do ambiente, a tuberculose pode ou não manifestar-se. Eliminando-se o agente (bacilo de Koch), resolve-se o problema. Teoricamente deveria funcionar também no caso das drogas. Acontece que as drogas não são vírus nem bactérias. Assim, o homem é ao mesmo tempo o hospedeiro e o agente. Observe a Lei Seca, implantada nos Estados Unidos, entre 1919 e 1933. Diz-se que nunca se bebeu tanto quanto naquela época.

8) Relacione vício e liberdade.

O vício, seja de que espécie for, é uma ação contrária à do bem. De acordo com a lei natural, toda ação que é contrária à do bem deve ser refeita para atingir o seu fim, que é o progresso do Espírito. Nesse caso, a prática do bem amplia a liberdade e o vício a restringe. O tempo gasto na reparação de uma má ação é o que se perde no progresso moral e espiritual.

9) Disfarçar o vício é um vício?

Sim. Muitas vezes dizemos que a gula é sinônimo de necessidade proteínica; a lascívia, de necessidade fisiológica. A ira é embelezada com a expressão: "cólera sagrada"; a cobiça é encoberta com a desculpa da previdência.

10) Que tipo de erro comete o ser humano na sua intenção de combater o vício?

É combater a causa pelo efeito. Somente quando tomamos consciência do móvel que produz a ação é que podemos ter segurança na eliminação do efeito. Na realidade, não somos nós que deixamos os vícios; são eles que, desprovidos da nossa atração, deixam-nos.

11) Dentre os vícios, qual o mais radical?

De acordo com a Doutrina Espírita, o egoísmo é o mais radical dos vícios. Dele deriva o mal. É sobre ele que o ser humano deve envidar todos os esforços. O egoísmo é a verdadeira chaga da sociedade. "Quem nesta vida quiser se aproximar da perfeição moral deve extirpar do seu coração todo sentimento de egoísmo, porque é incompatível com a justiça, o amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades". (2)

(Reunião de 15/05/2010) (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/v%C3%ADcios?authuser=0 )


Texto Curto no Blog

Vícios e Espiritismo

Vício é o defeituoso, o que não atende à potência pela qual algo foi criado, o que se desvia do bom caminho. Convencionou-se distinguir os vícios sociais (tabagismo, toxicomania, alcoolismo...) dos vícios morais, que dizem respeito ao orgulho, vaidade, egoísmo. Em todo o caso, a origem do vício está no pensamento, que dá as diretrizes da ação.

Desde a antiguidade, o vício é motivo de discussão. Job, no Velho Testamento, diz que se torna necessário dirigir o coração para Deus e afastar da vida a iniquidade e a injustiça, a fim de fugir aos vícios, tais como, a mentira, a fraude e o adultério. Cristo, no Novo Testamento, diz que os vícios têm a sua raiz no coração: os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios. A partir de 1930, travou-se uma luta entre a medicina e a psicologia, no sentido de se definir o vício como doença. A medicina contrapõe-se à tese de que o vício é um estado condicionado, que pode ser descondicionado pelas técnicas psicológicas. Presentemente, debatemo-nos com os vícios ilícitos, aqueles que promovem o narcotráfico.

Em termos filosóficos, Platão – na sua teoria das formas –, falava-nos que o vício é uma ilusão. Para ele, o verdadeiro bem (virtude) está no mundo das ideias; o mal (vício), no mundo das sombras. Desta forma, o mal (vício) não tem consistência própria. Ele é simplesmente a ausência da virtude. Aristóteles desenvolveu a teoria da mediedade, em que a virtude é a média justa. O vício é tudo o que está além da média justa, tanto pelo excesso quanto pela falta. Spinoza diz que o vício é submissão às causas externas, entre elas a paixão.

Dentre os vícios sociais, o tabagismo é o mais letal, pois causa as doenças do pulmão, principalmente o enfisema pulmonar. O crack, a heroína e a morfina são também maléficos. A diferença é que o fumo é uma droga livre e estas ilícitas, estimulando o narcotráfico. A grande dificuldade dos que usam a droga é a dependência. Há casos em que o comportamento do indivíduo se resume no consumo e na busca dessas drogas.

A Doutrina Espírita oferece-nos subsídios valiosos para refrearmos os nossos vícios. Primeiramente, diz-nos que, na atualidade, a nossa virtude é o desenvolvimento intelectual; nosso vício é a indiferença moral. Aponta o egoísmo como o mais radical dos vícios, pois dele deriva todo o mal. Na pergunta 913 de O Livro dos Espíritos, destaquemos a frase: “Quem nesta vida quiser se aproximar da perfeição moral deve extirpar do seu coração todo sentimento de egoísmo, porque é incompatível com a justiça, o amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades”.

A Psicologia informa-nos sobre a facilidade de adquirir o vício e a dificuldade de largá-lo. Basta darmos o primeiro passo, que outros passos o seguirão. Se nos faltarem orientações morais e religiosas, podemos sucumbir aos diversos vícios que corroem a humanidade e impõem à sociedade pesados custos, quer seja de ordem médica, quer seja de ordem jurídica, em que o Estado, que usa o nosso dinheiro, é obrigado a gastar mais recursos com a construção de novos hospitais e prisões.

Em se tratando dos vícios, combatamos a causa pela causa e não pelos efeitos. Somente quando tomamos consciência do móvel que produz a ação é que podemos ter segurança na eliminação do efeito. Na realidade, não somos nós que deixamos os vícios; são eles que, desprovidos da nossa atração, deixam-nos. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2010/05/vicios-e-espiritismo.html)

Vícios e Virtudes

Virtude - do lat. vir = homem significa potência racional que inclina o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente. Vício - na ética, é a disposição habitual a um gênero de conduta, considerada vituperável, como imoral. É o contrário de virtude. É o hábito mau em oposição à virtude, que é o hábito bom.

No âmbito do Velho Testamento, Job diz que se torna necessário dirigir o coração para Deus e afastar da vida a iniquidade e a injustiça, a fim de fugir aos vícios, tais como, a mentira, a fraude, o adultério etc. No contexto do Novo Testamento, há a enumeração, feita por Cristo, dos vícios que têm a sua raiz no coração: os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios. Paulo, por exemplo, declara desterrado do reino de Deus os impudicos, idólatras, adúlteros. Recorda a Timóteo na carta que lhe dirige que a lei não foi feita para o justo mas sim para os malvados e rebeldes, os ímpios e pecadores , os imorais e profanos.

Ao longo do tempo adquirimos uma série de hábitos negativos. Alguns deles são visíveis como o fumo e o álcool; outros, nem tanto. É que costumamos disfarçá-los ao máximo, para que não se tornem muito evidentes. Nesse sentido, à gula damos o nome de necessidade proteínica; à lascívia chamamos necessidade fisiológica; a ira é embelezada com a expressão paradoxal: "cólera sagrada"; a cobiça é encoberta com a desculpa da previdência; a preguiça disfarçamos com a necessidade de repouso, quando não com a esperteza que faz os outros produzirem por nós.

A virtude moral, como dissemos, predispõe o indivíduo à prática do bem. Há duas ordens de moralidade, a natural e a infusa. Por isso, temos duas espécies de virtudes: adquiridas e infusas. Entre as virtudes adquiridas, distinguem-se principalmente quatro: prudência, justiça, fortaleza e temperança. Cognominadas de cardeais (de cardo, gonzo), por ser em redor delas que giram todas as outras, tais como a paciência, a tolerância, a brandura etc. Entre as virtudes infusas, chamadas teologais, porque recebidas de Deus, estão a fé, a esperança e a caridade.

O movimentar-se diário produz hábitos. Os hábitos maus enraízam de tal sorte em nosso psiquismo que se tornam extremamente difíceis de serem eliminados. Em se tratando do esforço para extingui-lo, parece-nos que cometemos um erro que já se tornou secular, ou seja, combater a causa pelo efeito. Somente quando tomamos consciência do móvel que produz a ação é que podemos ter segurança na eliminação do efeito. Na realidade, não somos nós que deixamos os vícios; são eles que desprovidos da nossa atração, deixam-nos.

Tomemos consciência de nossos atos negativos. Não queiramos extingui-los de uma única vez. Mudemos o nosso mundo interior e tudo o mais se refletirá no exterior como um passe de mágica.

Fonte de Consulta

Dicionários de Filosofia e Enciclopédias (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/vcios-e-virtudes.html)


Em Forma de Palestra

Vícios e Espiritismo

1. Introdução

O que são vícios? Há diferença entre vício social e moral? O vício é real ou ilusório? Analisemos o tema sob a ótica da filosofia e do Espiritismo.

2. Conceito

Vício é o defeituoso, o que se desvia do bom caminho. Na ética, é a disposição habitual a um gênero de conduta, considerada vituperável, como imoral. É o contrário de virtude. É o hábito mau em oposição à virtude, que é o hábito bom. Imperfeição, defeito que torna uma pessoa ou coisa imprópria para o fim a que se destina.

3. Considerações Iniciais

O tema vício é motivo de discussão desde a Antiguidade. Sócrates, Platão e Aristóteles fizeram suas abordagens sobre este tema. No âmbito do Velho Testamento, Job diz que se torna necessário dirigir o coração para Deus e afastar da vida a iniquidade e a injustiça, a fim de fugir aos vícios, tais como, a mentira, a fraude, o adultério etc. No contexto do Novo Testamento, há a enumeração, feita por Cristo, dos vícios que têm a sua raiz no coração: os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios. Paulo, por exemplo, declara desterrado do reino de Deus os impudicos, idólatras, adúlteros. Recorda a Timóteo na carta que lhe dirige que a lei não foi feita para o justo mas sim para os malvados e rebeldes, os ímpios e pecadores , os imorais e profanos.

A partir de 1930, travou-se uma luta entre a medicina e a psicologia, no sentido de se definir o vício como doença. A medicina contrapõe-se à tese de que o vício é um estado condicionado, que pode ser descondicionado pelas técnicas psicológicas.

Presentemente, ainda nos debatemos com os vícios, principalmente aqueles que dão guarida ao narcotráfico.

4. O Ponto de Vista da Filosofia

4.1. Platão

Para Platão – na sua teoria das formas –, havia um mundo perfeito, o das formas e um mundo ilusório, o terreno. Para ele, somente o bem é real; o mal é ilusório. Nesse caso, o vício, entendido como mal, não tem consistência própria. Ele é simplesmente a ausência da virtude.

4.2. Aristóteles

Para Aristóteles, as virtudes e os vícios são definidos em função da mediedade. A virtude é a média justa e os vícios são excessos, tanto para mais como para menos. A virtude é uma conduta ou sentimento moderado e o vício uma conduta deficiente. A virtude é o hábito racional da conduta; o vício um hábito irracional. Os vícios são os extremos opostos cujo meio termo é a virtude. Por exemplo, a abstinência e a intemperança diante da moderação, a covardia e a temeridade diante da coragem.

4.3. Spinoza

Para Spinoza, a virtude é a causa principal de nossos pensamentos, sentimentos e ações. O vício, por sua vez, é submissão às paixões. Para ele, o vício é deixar-se governar pelas causas externas, submeter-se, tornar-se submisso. A virtude é tornar-se senhor das paixões, a causa das próprias ações. O vício não é um mal, mas fraqueza. Nesse caso, o ser virtuoso pode transformar as suas tristezas em alegrias, os seus fracassos em êxitos e assim por diante.

5. Vícios Sociais

5.1. O que são os Vícios Sociais 

Os vícios sociais são: alcoolismo, gula, tabagismo, toxicomania etc. Neles há uma inclinação exagerada para o consumo da droga, do álcool ou da heroína. Usa-se, também o termo dependência. Dentre os vícios sociais, o mais letal é o tabagismo, por sua condição de ser livre e ocasionar muitos transtornos pessoais, familiares e governamentais, pois causa dependência e afeta os pulmões. lembremo-nos dos inúmeros casos de enfisema pulmonar.

5.2. As Características do Viciado em Drogas 

A Organização Mundial da Saúde (1981) propôs as seguintes:

— compulsão subjetiva a ingerir droga;

— desejo de suspender o consumo embora a ingestão continue;

— padrão estereotipado, inflexível, de ingestão;

— adaptação dos sistemas nervosos afetados pela droga, levando à tolerância dos seus efeitos e sintomas de supressão quando a droga é suspensa;

— prioridade do comportamento de busca da droga sobre todas as outras atividades;

— rápido restabelecimento da síndrome quando se quebra um período de abstinência. (Outhwaite, 1996)

5.3. Prevenção e Tratamento do Alcoolismo 

1) Caso tomemos bebidas alcoólicas, útil se torna fazer o teste Cage, iniciais das palavras cut-down (diminuir), annoyed (aborrecido), guilty (culpado) e eye-opener (olho aberto). O resultado não é conclusivo, mas serve para indicar grau de dependência com relação à bebida. Assim, quando acharmos que deveríamos parar de beber, porque bebemos demais, quando ficarmos chateados porque alguém achou que bebemos muito, quando nos sentimos culpados pela maneira de beber, ou quando bebemos logo que levantamos, devemos considerar-nos dependentes do álcool, que precisa de tratamento.

2) A medicina terrestre tem feito esforços para resolver o problema. Nos Estados Unidos, em 1984, descobriu-se a ReVia, nome comercial da Naltrexone, remédio que deveria ser usado por pessoas viciadas em heroína e que se mostrou eficaz no combate ao alcoolismo. Os pesquisadores acreditam que o medicamento deve se ligar a receptores específicos (chamados de receptores opióides) no cérebro. Essa ligação atuaria no mecanismo "craving" (compulsão, desejo incontrolável) de beber. Remédio ainda pouco eficaz, porque só atua nos momentos de crise aguda.

6. Espiritismo 

6.1. Indiferença Moral 

Toda a resistência orgulhosa deverá ceder, cedo ou tarde. Cada época é marcada pelos vícios e pelas virtudes. Nossa virtude é o desenvolvimento intelectual; nosso vício é a indiferença moral. Assim, é conveniente que cada um de nós vá paulatinamente submetendo-se à Lei do Progresso. Não esperemos que os Espíritos venham imolar-nos para que avancemos mais rapidamente na prática do bem e do amor ao próximo. (Kardec, cap. 9, item 8)

6.2. Egoísmo, o mais Radical dos Vícios 

De acordo com a Doutrina Espírita, o egoísmo é o mais radical dos vícios. Dele deriva o mal. É sobre ele que o ser humano deve envidar todos os esforços. O egoísmo é a verdadeira chaga da sociedade. "Quem nesta vida quiser se aproximar da perfeição moral deve extirpar do seu coração todo sentimento de egoísmo, porque é incompatível com a justiça, o amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades". (Kardec, 1995, pergunta 913)

6.3. Vício e Liberdade 

A Psicologia informa-nos sobre a facilidade de adquirir o vício e a dificuldade de largá-lo. Basta darmos o primeiro passo, que outros passos o seguirão. Se nos faltarem orientações morais e religiosas, podemos sucumbir aos diversos vícios que corroem a humanidade e impõem à sociedade pesados custos, quer seja de ordem médica, quer seja de ordem jurídica, em que o Estado, que usa o nosso dinheiro, é obrigado a gastar mais recursos com a construção de novos hospitais e prisões.

O vício, seja de que espécie for, é uma ação contrária à do bem. De acordo com a lei natural, toda ação que é contrária à do bem deve ser refeita para atingir o seu fim, que é o progresso do Espírito. Nesse caso, a prática do bem amplia a liberdade e o vício a restringe. O tempo gasto na reparação de uma má ação é o que se perde no progresso moral e espiritual.

7. Conclusão 

Em se tratando dos vícios, combatamos a causa pela causa e não pelos efeitos. Somente quando tomamos consciência do móvel que produz a ação é que podemos ter segurança na eliminação do efeito. Na realidade, não somos nós que deixamos os vícios; são eles que, desprovidos da nossa atração, deixam-nos.

8. Bibliografia Consultada 

OUTHWAITE. W. e BOTTOMORE, T. Dicionário do Pensamento Social do Século XX. Rio de Janeiro, Zahar, 1996.

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.

São Paulo, maio de 2010. 



Pensamentos

"Cuidado com a tristeza. Ela é um vício." (Gustave Flaubert)

"O trabalho poupa-nos de três grandes males: tédio, vício e necessidade." (Voltaire)

"O vício inerente ao capitalismo é a distribuição desigual de benesse; o do socialismo é a distribuição por igual das misérias." (Winston Churchill)

"Entregou-se tanto ao vício da luxúria que em sua lei tornou lícito aquilo que desse prazer, para cancelar a censura que merecia." (Dante Alighieri)

"O vício tem somente como recompensa o arrependimento." (Xavier Maistre)

"A virtude é comunicável, mas o vício, contagioso." (Marquês de Maricá)

"A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude." (François La Rochefoucauld)

"A companhia da multidão é nociva: há sempre alguém que nos ensina a gostar de um vício, ou que, sem que percebamos, transmite-nos esse vício por completo ou em parte. Quanto mais numerosas forem as pessoas com as quais convivemos, maior é o perigo." (Sêneca)

"Um vício custa mais caro que manter uma família." (Honoré de Balzac)

"A prosperidade prontamente descobre o vício; mas a adversidade logo descobre a virtude." (Francis Bacon)

"Não há vício tão simples que não afivele a aparência de virtude." (William Shakespeare)

"A virtude consiste não só em abster-se do vício, mas também em não o desejar." (George Bernard Shaw)

"Uma das funções do vício é manter a virtude dentro de certos limites." (Samuel Butler)


Mensagem Espírita

Não Rejeites a Confiança

“Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão.” – Paulo. (Hebreus, 10:35.)

Não lances fora a confiança que te alimenta o coração.

Muitas vezes, o progresso aparente dos ímpios desencoraja o fervor das almas tíbias.

A virtude vacilante recua ante o vício que parece vitorioso.

Confrange-se o crente frágil, perante o malfeitor que se destaca, aureolado de louros.

Todavia, se aceitamos Jesus por nosso Divino Mestre, é preciso receber o mundo por nosso educandário.

E a escola nos revela que a romagem carnal é simples estágio do espírito no campo imenso da vida.

Todos os séculos tiveram soberanos dominadores.

Muitos se erigiram em pedestais de ouro e poder, ao preço do sangue e das lágrimas dos seus contemporâneos.

Muitos ganharam batalhas de ódio.

Outros monopolizaram o pão.

Alguns comandaram a vida política.

Outros adquiriram o temor popular.

Entretanto, passaram todos... Por prêmio terrestre às laboriosas empresas a que se consagraram, receberam apenas o sepulcro faustoso em que sobressaem na casa fria da morte.

Não rejeites a fé porque a passagem educativa pela Terra te imponha à visão aflitivos quadros no jogo das convenções humanas.

Lembra-te da imortalidade – nossa divina herança!

Por onde fores, conduze tua alma como fonte preciosa de compreensão e serviço! Onde estiveres, sê generoso, otimista e diligente no bem!

A carne é apenas tua veste.

Luta e aprimora-te, trabalha e realiza com o Cristo, e aguarda, confiante, o futuro, na certeza de que a vida de hoje te espera, sempre justiceira, amanhã. (XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 128)