Visível e Invisível

Perguntas e Respostas

1) O que se vê e o que não se vê?

"Na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei não geram somente um efeito, mas uma série de efeitos. Dentre esses, só o primeiro é imediato. Manifesta-se simultaneamente com a sua causa. É visível.  Os outros só aparecem depois e não são visíveis.  Podemo-nos dar por felizes se conseguirmos prevê-los." (Frédéric Bastiat)

2) O que está por detrás de uma realidade?

A realidade está aí: guerras, domínio, exploração do povo. Mas, o que está por detrás disso? Quanto podemos captar disso? Quando não temos mais explicações, dizemos que só cabe à Providencia Divina.

3) As aparências enganam?

Não. O correto é dizer que nós e que nos enganamos com as aparências. 

4) Onde buscar a causa dos sofrimentos? 

Como o acaso não existe, se não conseguirmos encontrar a causa nesta existência, urge que a procuremos numa existência anterior. 

5) De que maneira a imaginação distorce a realidade?

Vemos ao longe um vulto, parece ser uma pessoa. Vamos nos aproximando e percebemos que é rocha do caminho.

6) Como detectar o visível e o invisível na tragédia do circo?

As pessoas que morreram queimadas foram as mesmas que atiravam os cristãos ao leões no começo da era cristã. 

7) Quando foi instituído o movimento de troca entre o mundo visível e o invisível? 

Cerradas as portas, para que as vibrações tumultuosas dos adversários gratuitos não perturbassem o coração dos que anelavam o convívio divino, eis que surge o Mestre muito amado, dilatando as esperanças de todos na vida eterna. Desde essa hora inolvidável, estava instituído o movimento de troca, entre o mundo visível e o invisível. A família cristã, em seus vários departamentos, jamais passaria sem o doce alimento de suas reuniões carinhosas e íntimas. Desde então, os discípulos se reuniriam, tanto nos cenáculos de Jerusalém, como nas catacumbas de Roma. E, nos tempos modernos, a essência mais profunda dessas assembleias é sempre a mesma, seja nas igrejas católicas, nos templos protestantes ou nos centros espíritas.

8) Como forçar o visível para realçar o invisível?

Desconfiando sempre do que se nos apresenta aos olhos.

https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/vis%C3%ADvel-e-invis%C3%ADvel

Texto Curto no Blog

“As aparências enganam? O correto seria dizer que nós é que nos enganamos com as aparências.” 

O tema “Visível e invisível” faz-nos pensar na relação entre a opinião, o fato, a realidade e o mundo invisível ou mundo espiritual. Opinamos segundo as nossas limitações, mas a realidade cósmica é outra, e ainda não temos condições de abarcá-la na sua totalidade.  

Em termos econômicos e políticos, Frédéric Bastiat publicara um livro com o título “O que se vê e o que não se vê”. Eis um de seus pensamentos: "Na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei não geram somente um efeito, mas uma série de efeitos. Dentre esses, só o primeiro é imediato. Manifesta-se simultaneamente com a sua causa. É visível.  Os outros só aparecem depois e não são visíveis.  Podemo-nos dar por felizes se conseguirmos prevê-los." 

O que a mídia nos informa diariamente? Guerras, domínio, luta pelo poder, exploração do povo. Mas, o que está por trás disso? Qual o teor da invisibilidade? Quanto podemos captar disso? Observe que, diante de uma situação, onde não encontramos nenhuma solução, apelamos para a Providência Divina. Só Deus, o criador, tem possibilidade de reverter uma situação caótica.

Em termos da Doutrina Espírita, o acaso não existe. Assim sendo, se não conseguirmos encontrar a causa do sofrimento nesta existência, urge que a procuremos numa existência anterior. Para exemplificar, lembremo-nos:

Tragédia do Circo (capítulo 6 do livro Cartas e Crônicas): As pessoas que morreram queimadas foram as mesmas que atiravam os cristãos ao leões no começo da era cristã. É um exemplo vivo da justiça divina por meio da reencarnação. Não importa o tempo transcorrido; a lei tem que cumprir a sua tarefa, quer gostemos ou não.

Mar de Trigo (do livro Reencarnação e Vida, de Amália Domingo Soler): Duas pessoas "davam-lhes trigo estragado, que ao ser aproveitado pelas massas famélicas, provocou uma peste assoladora que causou inumeráveis vítimas... Como sucedeu aos dois ambiciosos açambarcadores de trigo que voltaram à este mundo em humilíssima posição e começaram pagando sua dívida morrendo afogados num mar de trigo como todo grão alimentício que negaram às multidões famintas, é justo que afoguem cem e cem vezes, pois não há dívida que não se pague nem prazo que não se cumpra".

Lembremo-nos, também, da instituição do movimento de troca entre o mundo visível e o invisível. "Cerradas as portas, para que as vibrações tumultuosas dos adversários gratuitos não perturbassem o coração dos que anelavam o convívio divino, eis que surge o Mestre muito amado, dilatando as esperanças de todos na vida eterna. Desde essa hora inolvidável, estava instituído o movimento de troca, entre o mundo visível e o invisível. A família cristã, em seus vários departamentos, jamais passaria sem o doce alimento de suas reuniões carinhosas e íntimas. Desde então, os discípulos se reuniriam, tanto nos cenáculos de Jerusalém, como nas catacumbas de Roma. E, nos tempos modernos, a essência mais profunda dessas assembleias é sempre a mesma, seja nas igrejas católicas, nos templos protestantes ou nos centros espíritas." (Capítulo 9 — "Reuniões cristãs", do livro Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel)

Desconfiemos sempre do que se nos apresenta aos olhos. Um pouco mais de raciocínio lógico e a ilusão momentânea se desfaz.

(https://sbgespiritismo.blogspot.com/2023/12/visivel-e-invisivel.html)


Os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir (Ecle 1,8). Procuremos desapegar o nosso coração do amor às coisas visíveis e afeiçoá-las às invisíveis. A satisfação de nossos apetites sensuais podem manchar a nossa consciência. 

"Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas da casa onde os discípulos, com medo dos judeus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco!" (João, 20, 19)


O Que Se Vê e o Que não Se Vê

Na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei não geram somente um efeito, mas uma série de efeitos. Dentre esses, só o primeiro é imediato. Manifesta-se simultaneamente com a sua causa. É visível. Os outros só aparecem depois e não são visíveis. Podemo-nos dar por felizes se conseguirmos prevê-los.

Entre um bom e um mau economista existe uma diferença: um se detém no efeito que se vê; o outro leva em conta tanto o efeito que se vê quanto aqueles que se devem prever.

E essa diferença é enorme, pois o que acontece quase sempre é que, quando a consequência imediata é favorável, as consequências posteriores são funestas e vice-versa. Daí se conclui que o mau economista, ao perseguir um pequeno benefício no presente, está gerando um grande mal no futuro. Já o verdadeiro bom economista, ao perseguir um grande benefício no futuro, corre o risco de provocar um pequeno mal no presente.

De resto, o mesmo acontece no campo da saúde e da moral. Frequentemente, quanto mais doce for o primeiro fruto de um hábito, tanto mais amargos serão os outros. Testemunham isso, por exemplo, o vício, a preguiça, a prodigalidade. Assim, quando um homem é atingido pelo efeito do que se vê e ainda não aprendeu a discernir os efeitos que não se veem, ele se entrega a hábitos maus, não somente por inclinação, mas por uma atitude deliberada.

Isso explica a evolução fatalmente dolorosa da humanidade. A humanidade se caracteriza, em seus primórdios, pela presença da ignorância. Logo, está limitada às consequências imediatas de seus primeiros atos, as únicas que, originalmente, consegue enxergar. Só com o passar do tempo é que aprende a levar em conta as outras consequências. Dois mestres bem diferentes lhe ensinam esta lição: a experiência e a previsão. A experiência atua eficazmente, mas de modo brutal. Mostra-nos todos os efeitos de um ato, fazendo-nos senti-los: por nos queimarmos, aprendemos que o fogo queima. Seria bom se nos fosse possível substituir esse rude mestre por um mais delicado: a previdência. Por isso, buscarei a seguir as consequências de alguns fenômenos econômicos, opondo às que são visíveis àquelas que não se veem.

1 — A Vidraça Quebrada

Será que alguém presenciou o ataque de raiva que acometeu o bom burguês Jacques Bonhomme, quando seu terrível filho quebrou uma vidraça? Quem assistiu a esse espetáculo seguramente constatou que todos os presentes, e eram para mais de trinta, foram unânimes em hipotecar solidariedade ao infeliz proprietário da vidraça quebrada: “Há males que vêm para o bem. São acidentes desse tipo que ajudam a indústria a progredir. É preciso que todos possam ganhar a vida. O que seria dos vidraceiros, se os vidros nunca se quebrassem?”

Ora, há nessas fórmulas de condolência toda uma teoria que é importante captar-se flagrante delito, pois é exatamente igual àquela teoria que, infelizmente, rege a maior parte de nossas instituições econômicas.

Supondo-se que seja necessário gastar seis francos para reparar os danos feitos, pode-se dizer, com toda justeza, e estou de acordo com isso, que o incidente faz chegar seis francos à indústria de vidros, ocasionando o seu desenvolvimento na proporção de seis francos. O vidraceiro virá, fará o seu serviço, ganhará seis francos, esfregará as mãos de contente e abençoará no fundo de seu coração o garotão levado que quebrou a vidraça. É o que se vê.

Mas se, por dedução, chegamos à conclusão, como pode acontecer, de que é bom que se quebrem vidraças, de que isto faz o dinheiro circular, de que daí resulta um efeito propulsor do desenvolvimento da indústria em geral, então eu serei obrigado a exclamar: alto lá! Essa teoria para naquilo que se vê, mas não leva em consideração aquilo que não se vê.

Não se vê que, se o nosso burguês gastou seis francos numa determinada coisa, não vai poder gastá-los noutra! Não se vê que, se ele não tivesse nenhuma vidraça para substituir, ele teria trocado, por exemplo, seus sapatos velhos ou posto um livro a mais em sua biblioteca. Enfim, ele teria aplicado seus seis francos em alguma outra coisa que, agora, não poderá mais comprar.

Façamos, pois, as contas da indústria em geral.

Tendo sido quebrada a vidraça, a fabricação de vidros foi estimulada em seis francos; é o que se vê.

Se a vidraça não tivesse sido quebrada, a fabricação de sapatos (ou de qualquer outra coisa) teria sido estimulada na proporção de seis francos; é o que não se vê.

E se levássemos em consideração o que não se vê por ser um fato negativo, como também o que se vê, por ser um fato positivo, compreenderíamos que não há nenhum interesse para a indústria em geral, ou para o conjunto do trabalho nacional, o fato de vidraças serem quebradas ou não.

Façamos agora as contas de Jacques Bonhomme

Na primeira hipótese, a da vidraça quebrada, ele gasta seis francos e tem, nada mais nada menos que antes o prazer de possuir uma vidraça.

Na segunda hipótese, aquela na qual o incidente não ocorreu, ele teria gastado seis francos em sapatos e teria tido ao mesmo tempo o prazer de possuir um par de sapatos e também uma vidraça.

Ora, como Jacques Bonhomme faz parte da sociedade, deve-se concluir que, considerada no seu conjunto, e fazendo-se o balanço de seus trabalhos e de seus prazeres, a sociedade perdeu o valor relativo à vidraça quebrada.

Daí, generalizando-se, chega-se a esta conclusão inesperada: “a sociedade perde o valor dos objetos inutilmente destruídos” — e se chega também a este aforismo que vai arrepiar os cabelos dos protecionistas: “Quebrar, estragar, dissipar não é estimular o trabalho nacional”, ou mais sucintamente: “Destruição não é lucro”.

Que dirão vocês, pessoal do Moniteur Industrieil3? E vocês, adeptos deste bom senhor Saint-Chamans4, que calculou com tanta precisão o que a indústria ganharia com o incêndio de Paris, levando em conta as casas que seria necessário reconstruir?

Lamento ter que desmoralizar esses cálculos engenhosos, tanto mais porque estão influenciando o espírito de nossos legisladores. E insisto para que tais cálculos sejam considerados levando-se em conta o que não se vê e o que se vê.

É preciso que o leitor aprenda a constatar que não há somente dois, mas três personagens no pequeno drama que acabei de apresentar. Um deles, Jacques Bonhomme, representa o consumidor reduzido a ter, por causa da destruição, um só prazer em vez de dois. O outro, sob a figura do vidraceiro, nos mostra o produtor para quem o incidente estimula a indústria. O terceiro é o sapateiro (ou outro industrial qualquer) cujo trabalho é desestimulado também pelas mesmas razões. É esse terceiro personagem que sempre se mantém na penumbra e que, personificando aquilo que não se vê, é peça fundamental do problema. É ele que nos faz compreender o quanto é absurdo afirmar-se que existe lucro na destruição. É ele que logo nos ensinará que não é menos absurdo procurar-se lucro numa restrição, já que esta é também, no final das contas, uma destruição parcial.

Por isso, indo-se à raiz de todos esses argumentos favoráveis às medidas restricionistas, não se encontrará outra coisa senão a paráfrase deste velho dito popular: “O que seria dos vidraceiros, se os vidros nunca se quebrassem?”.

BASTIAT, Frédéric. Frédéric Bastiat. Tradução de Ronaldo da Silva Legey. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.

Notas de Mensagens Espíritas

O castelo teórico e o campo da experimentação pratica, em que se assentam os princípios filosóficos e científicos da Terra, não se sustentariam sem a fonte oculta e invisível da mística religiosa. (Luz Acima, cap. 11 "Esclarecimento")

Quando administra os benefícios espirituais aos necessitados, você não pode ver a multidão invisível, agrupada em torno de sua prestimosa colaboração: nem os desencarnados em desequilíbrio que lhe aproveitam o concurso fraterno, nem os benfeitores generosos que se utilizam de suas mãos, de seu pensamento e de sua boa vontade. Em razão disso, a prece e o devotamento aos semelhantes constituirão seus pontos de apoio invariáveis, de vez que seus olhos mortais não podem identificar toda a extensão do quadro, sem grave dano para o seu equilíbrio na tabela de lutas sentares da reencarnação. Aceite ou não a verdade, você não pode agir sozinho. Ainda que dispense a cooperação das entidades amigas, sempre que sua consciência honesta estiver no socorro ao próximo, permanecerão elas em sua companhia. Quando não seja por você, será pelos necessitados. (Luz Acima, cap. 21 "Tentando Explicar")

Se te sentes trazido da sombra para a luz, do mal para o bem, ao sublime influxo do Senhor, recorda que o farisaísmo, visível e invisível, obedecendo a impulsos de ordem inferior, ainda está trabalhando contra o valor de tua fé e contra a força de teu ideal. (Vinha de Luz, cap. 61 "Também Tu")

Processos de comunicação com o invisível progridem sempre. Médiuns sucedem-se uns aos outros. Se procuras, pois, a própria felicidade, aplica-te com todas as energias ao aproveitamento do pão divino que desce do Céu para o teu coração, através da palavra dos benfeitores espirituais, e aprende a subir, com a mente inflamada de amor e luz, aos inesgotáveis celeiros do pão celestial. (Vinha de Luz, cap. 173 "O Pão Divino")

Qual ocorre ao vento generoso que espalha, entre as plantas, os princípios de vida, espontaneamente, a bondade invisível distribui com todos os corações a oportunidade de acesso à senda do amor. (Pão Nosso, cap. 25 — "Nas Estradas")

À feição do ímã, que possui campo magnético específico, toda criatura traz consigo o halo ou aura de forças criativas ou destrutivas que lhe marca a índole, no feixe de raios invisíveis que arroja de si mesma. É por esse halo que estabelecemos as nossas ligações de natureza invisível nos domínios da afinidade. (Pensamento e Vida, cap. 22 — "Culpa")

O professor planeando o ensinamento e o médico a ensimesmar-se no estudo para sanar determinada moléstia, o administrador programando a execução desse ou daquele serviço, e o engenheiro engolfado na confecção de uma planta para certa obra, estão usando os processos da oração, refletindo na própria mente os propósitos da educação e da ciência de curar, da legislação e do progresso, que fluem do plano invisível, à feição de imagens abstratas, antes de se revelarem substancialmente ao mundo. (Pensamento e Vida, cap. 26 — "Oração")

A religião é a força que está edificando a Humanidade. É a fábrica invisível do caráter e do sentimento. (Roteiro, cap. 10 — "Religião")

Assim também o pensamento invisível do homem associa-se no invisível pensamento das entidades espirituais que o assistem, estabelecendo múltiplas combinações, em benefício do trabalho de todos, na evolução geral. (Roteiro, cap. 35 — "Entre as Forças Comuns")

Inquire de ti como venceste as crises da estrada e verificarás que a superação veio muito mais do amparo oculto que da tua capacidade de ver e providenciar. 

Se indagas de ti mesmo como e porque te sucederam semelhantes prodígios, não sabes explicá-los na origem, dando-te conta unicamente de que te achavas no desempenho das próprias obrigações, quando o apoio invisível te surpreendeu com luzes e bênçãos  renovadoras. (Mãos Unidas, cap. 46 — "O Companheiro Oculto")

Quando sofrimentos e provações te batam à porta, refugia-te na paciência e no trabalho e verificarás que agentes ocultos colaboram eficientemente contigo na supressão de quaisquer dificuldades e sombras. (Mãos Unidas, cap. 31 — "Paciência e Trabalho")

Por onde segues, assinalas a luz invisível que te clareia todos os pensamentos... Se sofres, é o apoio que te resguarda; se erras, é a voz que te corrige; se vacilas, é o braço que te sustenta, e se te encontras em solidão, é a companhia que te consola... (Justiça Divina, cap. 44 — "Divina Presença")

Diz a Lei: “não furtaras”.

Sim, não furtarás o dinheiro, nem a fazenda, nem a posse dos semelhantes.

Contudo, existem outros bens que desaparecem, subtraídos pelo assalto da agressividade invisível que passa, impune, diante dos tribunais articulados na Terra. (Justiça Divina, cap. 3 — "Não Furtar")