Apocalipse

Perguntas e Respostas

1) O que significa o apocalipse?

Apocalipse significa propriamente "manifestação do que estava oculto" e, por isso, fala-se em revelação, pois revelar é trazer à luz algo que estava escondido. Figuradamente, grande cataclismo, terrível flagelo. Aplica-se também à final aparição de Cristo, como juiz e triunfador.

2) O Apocalipse de João foi o primeiro apocalipse?

Não. Houve outros. No judaísmo, por exemplo, os grandes períodos desta literatura, vão de 200 a.C. a 100 d.C.; no cristianismo, de 50 d.C. a cerca de 350.

3) O que expressa o Apocalipse de João?

Constitui o fim do Novo Testamento, e consiste na revelação tida por João, o Evangelista, na Ilha de Patmos, acerca dos futuros acontecimentos que envolverão o Planeta e a Humanidade.

Assim:

- escreve sete cartas a várias Igrejas;

- relata a visão do trono da majestade divina;

- diz que somente o Cordeiro é digno de abrir o livro dos sete selos;

- fala da besta que subiu do mar e da terra;

- discorre sobre a queda da Babilônia, enumerando a visão da grande prostituta assentada sobre a besta, as lamentações sobre a terra, a alegria e triunfo nos céus e as vitórias de Cristo sobre a besta e sobre o falso profeta;

- vaticina sobre o juízo final, enaltecendo os novos céus, a nova terra e a nova Jerusalém;

- por fim, faz algumas admoestações e conclui com as promessas finais.

4) O Apocalipse de João e profecia são a mesma coisa?

O Apocalipse de João aparece ligado à profecia (predição do futuro), mas distingue-se de uma simples profecia, tanto pelo conteúdo como pela forma. Pelo conteúdo, é a vitória final do reino messiânico; pela forma, pois não é uma simples iluminação subjetiva, mas uma exposição objetiva, e com forma de visão permanente. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)

5) Como está dividido o Apocalipse de João?

1) Anúncio da Revelação e saudação ao leitor;

2) Prólogo. João, desterrado em Patmos, saúda as sete Igrejas da Ásia.

3) Visões mandadas transmitir às igrejas.

4) Epílogo. Cristo confirma a verdade destas predições e diz que não tardarão em cumprir-se.

6) Como foi possível a captação dessas mensagens apocalípticas?

"João era médium, clarividente, profeta, possuidor de várias formas de mediunidade, em alto grau. Mas era, também, iniciado no conhecimento da época, quer da cultura grega, como da lei e da ritualística judaica. Por isto, autor de um dos evangelhos, uma versão sapiencial ou gnóstica. Nele se tem a primeira aproximação com a contemporânea filosofia do Neo-Platonismo grego e a ligação à literatura judaica de Filão, também contemporânea, que completa a tarefa de interpretar a Bíblia, segundo a filosofia grega". (Curti, 1983, p. 144)

7) Como interpretar o Apocalipse de João sob a ótica espírita?

O Espírito Emmanuel, comentando o Apocalipse de João, em A Caminho da Luz, diz que "O Divino Mestre chama aos Espaços o Espírito João, que ainda se encontrava preso nos liames da Terra, e o Apóstolo, atônito e aflito, lê a linguagem simbólica invisível. Recomenda-lhe o Senhor que entregue os seus conhecimentos ao planeta como advertência a todas as nações e a todos os povos da Terra, e o Velho Apóstolo de Patmos transmite aos seus discípulos as advertências extraordinárias do Apocalipse.Todos os fatos posteriores à existência de João estão ali previstos. É verdade que freqüentemente a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que a sua expressão humana não pode copiar fielmente a expressão divina das suas visões de palpitante interesse para a história da Humanidade. As guerras, as nações futuras, os tormentos porvindouros, o comercialismo, as lutas ideológicas da civilização ocidental, estão ali pormenorizadamente entrevistos. E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do mundo moderno, é bem aquela da igreja transviada de Roma, simbolizada na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos". (Xavier, 1972, p. 126 e 127)

8) Como o Espírito Emmanuel interpreta os signos apocalípticos?

"Identifica a besta como sendo o papado e o número 666 como sendo o ‘Sumo-Pontífice’ da igreja romana quem usa os títulos de ‘VICARIVS GENERALIS DEL IN TERRIS’, ‘VICARIVS FILII DEI’ e ‘DVX CLERI’ que significam ‘Vigário-Geral de Deus na Terra’, ‘Vigário do Filho de Deus’ e ‘Príncipe do Clero’. Bastará ao estudioso um pequeno jogo de paciência, somando os algarismos romanos encontrados em cada título papal, a fim de encontrar mesma equação de 666, em cada um deles". (Xavier, 1972, p. 128)

9) O que falar dos cataclismos futuros?

Quanto aos cataclismos futuros, Allan Kardec, em A Gênese, diz-nos: "Fisicamente, a Terra teve as convulsões da sua infância; entrou agora num período de relativa estabilidade: na do progresso pacífico, que se efetua pelo regular retorno dos mesmos fenômenos físicos e pelo concurso inteligente do homem. Está, porém, ainda, em pleno trabalho de gestação do progresso moral. Aí residirá a causa das suas maiores comoções. Até que a Humanidade se haja avantajado suficientemente em perfeição, pela inteligência e pela observância das leis divinas, as maiores perturbações ainda serão causadas pelos homens, mais do que pela Natureza, isto é, serão antes morais e sociais do que físicas". (1975, cap. IX, item 14, p. 187)

10) Qual a conclusão que podemos tirar do Apocalipse de João?

O Apocalipse de João é uma exortação à mediunidade, a maior ferramenta da revelação divina. João, possuidor de vários tipos de mediunidade, pode se desdobrar, ir ao futuro, e nos trazer essas informações.

(Reunião de 26/10/2008)

Bibliografia Consultada

CURTI, R. As Epístolas de Paulo e o Apocalipse de João (Segundo o Espiritismo). São Paulo, FEESP, 1983.

GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.

XAVIER, F. C. A Caminho da Luz - História da Civilização à Luz do Espiritismo, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, 1972. https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/apocalipse-de-jo%C3%A3o?authuser=0 


Texto Curto no Blog

Apocalipse

Apocalipse – do grego apokalypsis significa revelação. O apocalipse de João consiste na revelação tida por João, o Evangelista, na Ilha de Patmos, narradas no fim do Novo Testamento, sobre os futuros acontecimentos que envolverão o planeta e a Humanidade.

João era médium. Conta-nos o Espírito Emmanuel, em A Caminho da Luz, que Jesus chama aos Espaços o Espírito João, transmitindo-lhe a linguagem simbólica. “Recomenda-lhe o Senhor que entregue os seus conhecimentos ao planeta como advertência a todas as nações e a todos os povos da Terra, e o Velho Apóstolo de Patmos transmite aos seus discípulos as advertências extraordinárias do Apocalipse. Todos os fatos posteriores à existência de João estão ali previstos”.

O apocalipse de João está repleto de simbolismos. O Espírito Emmanuel, no livro acima citado, desvenda-nos alguns deles. Ele identifica a besta como sendo o papado e o número 666 como sendo o Sumo pontífice da igreja romana quem usa os títulos de “VICARIVS GENERALIS DEL IN TERRIS”, “VICARIVS FILII DEI” e "DVX CLERI" que significam "Vigário-Geral de Deus na Terra", "Vigário do Filho de Deus" e “Príncipe do Clero". Bastará ao estudioso um pequeno jogo de paciência, somando os algarismos romanos encontrados em cada título papal, a fim de encontrar mesma equação de 666, em cada um deles.

Quantos aos cataclismos futuros, Allan Kardec, em A Gênese, diz-nos: "Fisicamente, a Terra teve as convulsões da sua infância; entrou agora num período de relativa estabilidade: na do progresso pacífico, que se efetua pelo regular retorno dos mesmos fenômenos físicos e pelo concurso inteligente do homem. Está, porém, ainda, em pleno trabalho de gestação do progresso moral. Aí residirá a causa das suas maiores comoções. Até que a Humanidade se haja avantajado suficientemente em perfeição, pela inteligência e pela observância das leis divinas, as maiores perturbações ainda serão causadas pelos homens, mais do que pela Natureza, isto é, serão antes morais e sociais do que físicas".

O grande aprendizado do apocalipse está no apelo à evolução do ser humano. Ao longo do tempo, esquecemos os ensinamentos evangélicos e nos chafurdamos no materialismo exacerbado. Contudo, a lei do progresso nos chama a atenção para uma volta à prática do bem e à redescoberta da verdade. Para que isso ocorra, porém, a humanidade deverá sofrer grandes revezes, traumas incontáveis, a fim de que a luz da nova era possa penetrar no seio de todos os viventes.

Em qualquer atividade do intelecto, devemos ter a humildade de aceitar as diretrizes do Alto. Somente assim conseguiremos nos postar mais de acordo com os anseios dos benfeitores da humanidade. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/09/apocalipse-de-joo.html)


Em Forma de Palestra

Apocalipse

1. Introdução

O objetivo deste estudo é analisar o conteúdo narrado por João, em seu livro o Apocalipse, confrontando-o com os princípios codificados por Allan Kardec.

2. Conceito

Apocalipse - do gr. apokalypsis significa revelação.

Apocalipse de João - constitui o fim do Novo Testamento, e consiste da revelação tida por João, o Evangelista, na Ilha de Patmos, acerca dos futuros acontecimentos que envolverão o planeta e a humanidade.

3. Quem era João?

"João era médium, clarividente, profeta, possuidor de várias formas de mediunidade, em alto grau. Mas era, também, iniciado no conhecimento da época, quer da cultura grega, como da lei e da ritualística judaica. Por isto, autor de um dos evangelhos, uma versão sapiencial ou gnóstica. Nele se tem a primeira aproximação com a contemporânea filosofia do Neo-Platonismo grego e a ligação à literatura judaica de Filão, também contemporânea, que completa a tarefa de interpretar a Bíblia, segundo a filosofia grega". (Curti, 1983, p. 144)

4. Conteúdo das Profecias

O Apocalipse de João, o último livro do Novo Testamento, consta de 22 capítulos, em que Jesus aparece a João na Ilha de Patmos e ordena-lhe que escreva o que viu e o participe à Humanidade.

Assim:

- escreve sete cartas a várias Igrejas;

- relata a visão do trono da majestade divina;

- diz que somente o Cordeiro é digno de abrir o livro dos sete selos;

- fala da besta que subiu do mar e da terra;

- discorre sobre a queda da Babilônia, enumerando a visão da grande prostituta assentada sobre a besta, as lamentações sobre a terra, a alegria e triunfo nos céus e as vitórias de Cristo sobre a besta e sobre o falso profeta;

- vaticina sobre o juízo final, enaltecendo os novos céus, a nova terra e a nova Jerusalém;

- por fim, faz algumas admoestações e conclui com as promessas finais.

5. Profetismo e Conhecimento

O conhecimento forma-se lentamente, começando pelas formas arcaicas de concepção tais como o totemismo, o animismo e a mitologia. O dogmatismo surge nesse processo histórico baseando-se apenas na teoria. Na seqüência surge o simbolismo, retratado por Pitágoras, ao conceber o mundo como uma unidade.

Hoje, o que vale é o conhecimento teórico-experimental, ou seja, o conhecimento pela comprovação das hipóteses.

"Assim sendo, o profetismo, existente de todas as épocas, do qual o apocalipse é um fato, um exemplo, ele próprio é um fenômeno que deve ser abordado com método científico, e explicado na sua verdadeira essência.

Que ele seja um fenômeno perfeitamente caracterizável, o atesta a história. Existe, prevê o futuro, e suas previsões são constatadas, em grande parte, pelos acontecimentos subsequentes à sua manifestação. O próprio apocalipse de João é uma previsão de sucedimentos, em sua maioria já acontecidos, constatáveis na própria história.

As profecias, que conhecemos, dizem respeito a previsões passadas e foram efetuadas em eras, em que o conhecimento era de outra natureza, diferente do nosso, cuja existência iniciou-se há dois ou três séculos.

Sua formulação, por isto, é eivada de símbolos, de analogias, de pressupostos que já não são dos nossos dias, não são mais cultivados e, portanto, já escapam ao nosso conhecimento, o que torna sua interpretação, muitas vezes, totalmente obscura". (Curti, 1983, p. 151)

6. O Apocalipse de João e o Espiritismo

Emmanuel, comentando o apocalipse de João, em A Caminho da Luz, diz que "O Divino Mestre chama aos Espaços o Espírito João, que ainda se encontrava preso nos liames da Terra, e o Apóstolo, atônito e aflito, lê a linguagem simbólica invisível.

Recomenda-lhe o Senhor que entregue os seus conhecimentos ao planeta como advertência a todas as nações e a todos os povos da Terra, e o Velho Apóstolo de Patmos transmite aos seus discípulos as advertências extraordinárias do Apocalipse.

Todos os fatos posteriores à existência de João estão ali previstos. É verdade que freqüentemente a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que a sua expressão humana não pode copiar fielmente a expressão divina das suas visões de palpitante interesse para a história da Humanidade. As guerras, as nações futuras, os tormentos porvindouros, o comercialismo, as lutas ideológicas da civilização ocidental, estão ali pormenorizadamente entrevistos. E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do mundo moderno, é bem aquela da igreja transviada de Roma, simbolizada na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos". (Xavier, 1972, p. 126 e 127)

Identifica a besta como sendo o papado e o número 666 como sendo o "Sumo- Pontífice da igreja romana quem usa os títulos de "VICARIVS GENERALIS DEL IN TERRIS", VICARIVS FILII DEI" e "DVX CLERI" que significam "Vigário-Geral de Deus na Terra", "Vigário do Filho de Deus" e Príncipe do Clero". Bastará ao estudioso um pequeno jogo de paciência, somando os algarismos romanos encontrados em cada título papal, a fim de encontrar mesma equação de 666, em cada um deles". (Xavier, 1972, p. 128)

7. Cataclismos Futuros

Com relação ao juízo final e à desolação do Planeta Terra, Allan Kardec diz que "A Terra adquiriu uma estabilidade que, sem ser absolutamente invariável, coloca doravante o gênero humano ao abrigo de perturbações gerais, a menos que intervenham causas desconhecidas, a ela estranhas e que de modo nenhum se possam prever". (1975, cap. IX, item 11, p. 185)

Mais para frente diz: "Fisicamente, a Terra teve as convulsões da sua infância; entrou agora num período de relativa estabilidade: na do progresso pacífico, que se efetua pelo regular retorno dos mesmos fenômenos físicos e pelo concurso inteligente do homem. Está, porém, ainda, em pleno trabalho de gestação do progresso moral. Aí residirá a causa das suas maiores comoções. Até que a Humanidade se haja avantajado suficientemente em perfeição, pela inteligência e pela observância das leis divinas, as maiores perturbações ainda serão causadas pelos homens, mais do que pela Natureza, isto é, serão antes morais e sociais do que físicas". (1975, cap. IX, item 14, p. 187)

8. Conclusão

O apocalipse de João é uma exortação à mediunidade, a maior ferramenta da revelação divina. João, possuidor de vários tipos de mediunidade, pode se desdobrar, ir ao futuro, e nos trazer essas informações. Assim, se excluirmos a mediunidade em nossas interpretações, ficaremos apenas com o simbolismo da letra, que mais confunde do que ajuda a elucidação científica da profecia.

9. Bibliografia Consultada

CURTI, R. As Epístolas de Paulo e o Apocalipse de João (Segundo o Espiritismo). São Paulo, FEESP, 1983.

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.

XAVIER, F. C. A Caminho da Luz - História da Civilização à Luz do Espiritismo, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, 1972.

São Paulo, abril de 2000.


Notas do Blog

Epístolas de Paulo

Epístolas são cartas redigidas por um autor antigo. Difere da simples carta, pois não se destina à simples comunicação de fatos de natureza pessoal ou familiar, mas crônicas a respeito de determinados assuntos. Diz-se também de cada uma das cartas escritas por apóstolos e inseridas no Novo Testamento. No Antigo Testamento de antes do cativeiro encontram-se poucas formulações de cartas propriamente ditas. Do pós-cativeiro (tempo persa) guardam-se diversas cartas e documentos. No Novo Testamento temos as cartas de Paulo, as cartas católicas, as cartas do decreto dos apóstolos e o apocalipse, pois também é concebido em forma de carta.

Como se originaram as epístolas de Paulo? O Espírito Emmanuel, em Paulo e Estevão, relata que Paulo estava preocupado por não poder atender a todas as solicitações das igrejas nascentes. Em uma meditação noturna, recebe a seguinte orientação: "Não te atormentes com as necessidades do serviço. É natural que não possas assistir pessoalmente a todos, ao mesmo tempo... Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome; os de boa vontade saberão compreender, porque o valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida". (1963, p. 424 a 426) (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/epistolas-de-paulo.html)

Presciência

O que falar das profecias de Nostradamus, do Apocalipse de João e das diversas profecias verificadas ao longo da história da humanidade? O Espírito Emmanuel, em A Caminho da Luz, coloca o Profetismo e o Apocalipse na sua verdadeira dimensão, ou seja, na dimensão da mediunidade. O Espírito Emmanuel retira da obscuridade o simbolismo e nos dá uma interpretação científica, baseada na ascendência do Plano Espiritual sobre as ocorrências históricas. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/presciencia.html)

Parábolas

A parábola contém o enigma, o símbolo e o apocalipse. São revelações de imagens que necessitam de uma explicação posterior. A parábola é um meio catequético e estilístico bem adaptado ao povo judeu. Não resta dúvida que era um método de ensino já enraizado na cultura daquele povo. Jesus, dando continuidade ao método, dizia: “Aquele que tem ouvidos de ouvir, ouça”; “Aquele que tem olhos de ver, veja”. Com isso, dava-nos a entender que as palavras estavam acima delas mesmas, isto é, precisavam de uma interpretação simbólica. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/10/parbolas.html)


Sites e Blogs

O apocalipse de João

Objetivo: Analisar, sob a ótica da Doutrina Espírita, o Apocalipse de João.

Ideias Principais

O Divino Mestre chama aos Espaços o Espírito João […] e o Apóstolo, atônito e aflito, lê a linguagem simbólica invisível. […] Todos os fatos posteriores à existência de João estão ali previstos. É verdade que frequentemente a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que a sua expressão humana não pôde copiar fielmente a expressão divina das suas visões de palpitante interesse para a história da Humanidade. Emmanuel: A Caminho da Luz, Capítulo 14.

O autor do apocalipse abre seu livro apresentando-o como uma revelação de Jesus Cristo sobre as coisas que haviam de acontecer, inclusive a futura vinda do Mestre à terra, em Espírito, e cercado da glória de seus anjos. Cairbar Schutel: Interpretação Sintética do Apocalipse, p.16.

Introdução

1. Orientações para o estudo do Apocalipse

1.1 Significado de apocalipse

1.2 O contexto histórico da Igreja nascente

1.3 A razão do advento do Apocalipse de João

2. Plano geral da obra

2.1 Prólogo

2.2 Primeira parte (capítulos 1, 2 e 3)

2.3 Segunda parte (capítulos 4 a 21)

2.4. O epílogo (22.16-21)

3. Análise espírita do Apocalipse

3.1 As sete igrejas

3.2 A besta apocalíptica

3.3 A espada de dois gumes

3.4 A obra divina

3.5 O livro dos selos

3.6 A abertura dos selos

3.7 A prostituta

3.8 O juízo final

3.9 A humanidade nova

Referências:

KARDEC, Allan. A Gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 46. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 17, item 64, p. 398.

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Diversos tradutores. Nova edição, revista e ampliada. São Paulo: Editora Paulus, 2002, p. 2139.

BORTOLINI, José. Como ler o Apocalipse. 6.3d. São Paulo: editora Paulus, 2003. Introdução, p. 8.

HELLEN, V., NOTAKER, H. E GAARDER, J. O Livro das Religiões. Tradução de Isa Mara Lando. São Paulo: Companhia das Letra, 2000, item: O apocalipse (ou Revelação), p. 223-224.

DICIONÁRIO DA BÍBLIA. Vol. 1. as pessoas e os lugares. Organizado por Bruce M. Metzger, Michael D. Coogan. Tradução de Maria Luiza X. De A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 2002, p. 295-296 (As sete igrejas).

SCHUTEL, Cairbar. Interpretação Sintética do Apocalipse. 6. ed. Matão [SP]: 2004. Introdução ao Apocalipse, p. 16.

XAVIER, Francisco Cândido. A Caminho da Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 32. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 14 (a edificação cristã), item: o Apocalipse de João, p. 126.

Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Capítulo 6 (Pela Revivescência do Cristianismo), item: A falha da igreja romana, p. 44-45.

http://www2.uol.com.br/jubilaeum/historia_linha.htm

http://www.veritatis.com.br/artigo.asp?pubid=1436

(http://bibliadocaminho.com/ocaminho/Tematica/EE/Estudos/EadeP1T1.2.21.htm )

Apocalipse na visão espírita

Antes de fazermos uma relação entre espiritismo e o fim do mundo vamos entender a origem do Apocalipse professado em diversas doutrinas religiosas. Praticamente tudo que sabemos até hoje sobre o Apocalipse vem do livro do apóstolo João. O livro do Apocalipse ("O livro da revelação") e também chamado de Apocalipse de João, é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico escrito por João na ilha Patmos.

A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis, significa "revelação", formada por "apo", tirado de, e "kalumna", véu. Um "apocalipse", na mesma terminologia do judaísmo e do cristianismo é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações. Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa, usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo de "final dos tempos".

À luz da Doutrina Espírita, esse "final dos tempos", na verdade, se refere ao término do ciclo planetário chamado "provas e expiações". É conhecido através das obras básicas de Allan Kardec, em a Gênese e o livro dos espíritos, que os mundos possuem uma gradação evolutiva, iniciando sua caminhada nos primeiros estágios chamados de mundos primitivos e concluindo ao atingir o estágio evolutivo de mundos celestes. A Terra está apenas no segundo estágio dessa cadeia evolutiva, ou seja, ainda distante de terminar sua jornada.

Allan Kardec esclarece que "para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Substitui-los-ão espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade." A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares."

Os espíritos através da psicografia do médium Divaldo Pereira Franco detalham o momento planetário que vivemos: " Vive-se, na Terra, o momento da grande transição de mundo de provas e de expiações, para mundo de regeneração. As alterações que se observam são de natureza moral, convidando o ser humano à mudança de comportamento para melhor, alterando os hábitos viciosos, a fim de que se instalem os paradigmas da justiça, do dever, da ordem e do amor. Anunciada essa transformação que se encontra ínsita no processo da evolução, desde o Sermão profético anotado pelo evangelista Marcos, no capítulo XIII do seu livro, quando o Divino Mestre apresentou os sinais dos futuros tempos após as ocorrências dolorosas que assinalariam os diferentes períodos da evolução".

Então fica claro que o planeta não será destruído na sua forma física, mas que sofrerá uma mudança em sua psicosfera. Aqueles espíritos que estiverem presos aos sentimentos mais densos da alma precisarão ir para outra "escola", e, assim, despertarem suas consciências. O mundo e as relações interpessoais deverão ser de amor e baseados na cooperação entre os povos, e os anseios coletivos, sobrepor aos individuais. Essa revolução planetária faz parte do planejamento feito pelo Mestre Jesus a cerca de 4,5 bilhões de anos.

Entretanto, o mais importante é saber que ainda há tempo para nossa transformação moral. Jesus não espera santidade de nós e sim, encontrar em nossos corações a semente da mudança, aquela vontade sincera de sermos seres humanos melhores.

Jorge Granja de Oliveira Jr. (Médico veterinário, servidor público e professor universitário) (www.vozesespiritas.com.br)

https://www.progresso.com.br/opiniao/apocalipse-na-visao-espirita/257744/ 


Mensagem Espírita

Deus não Desampara

 “E  dei-lhe  tempo  para  que  se  arrependesse  da  sua  prostituição e não se arrependeu.” (Apocalipse, 2:21)

 Se o Apocalipse está repleto de símbolos profundos, isso não  impede venhamos a examinar-­lhe as expressões, compatíveis com o nosso entendimento, extraindo as lições suscetíveis de ampliar-nos o progresso espiritual. 

O versículo mencionado proporciona uma ideia da longanimidade do  Altíssimo, na consideração das falhas e defecções dos filhos transgressores. 

Muita gente insiste pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem divina, entretanto, compete-nos reconhecer  que os corações inclinados a semelhante interpretação ainda não conseguem analisar a essência sublime do amor  que apaga dívidas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma. 

Se entre juízes terrestres existem providências fraternas, qual seja a da liberdade sob condição, seria o tribunal celeste constituído  por inteligências mais duras e inflexíveis? 

A Casa do Pai é muito mais generosa que qualquer  figuração  de magnanimidade apresentada, até agora, no mundo, pelo pensamento religioso. Em seus celeiros abundantes, há empréstimos e moratórias, concessões de tempo e recursos que a mais vigorosa imaginação humana jamais calculará. 

O Altíssimo fornece dádivas a todos e, na atualidade, é aconselhável medite o homem terreno nos recursos que lhe foram concedidos pelo Céu, para arrependimento, buscando renovar-­se nos rumos do bem.

Os prisioneiros da concepção de justiça implacável ignoram os poderosos auxílios do Todo-Poderoso, que se manifestam através de mil modos diferentes; contudo, os que procuram a própria iluminação pelo amor universal sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber. (XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, Capítulo 92)

Vem!

“E quem o ouve, diga: – Vem. E quem tem sede, venha.” – (Apocalipse, 22:17.)

A Terra é a grande escola das almas em que se educam alunos de todas as idades.

Se atingiste o nível das grandes experiências, não te inquiete a incessante extensão do trabalho.

Não enxergues inimigos nos semelhantes de entendimento imperfeito. Muitos deles não saíram ainda do jardim de infância espiritual.

Dá sempre o bem pelo mal, a verdade pela mentira e o amor pela indiferença.

A inexperiência e a ignorância dos corações que se iniciam na luta fazem, frequentemente, grande algazarra em torno do espírito que procura a si mesmo.

Por isso, padecerás muitas vezes aflição e desânimo.

Não te perturbes, porém.

Se as ilusões e os brinquedos da maioria não mais te satisfazem, é que a madureza te inclina a horizontes mais vastos.

Recorda que somente Jesus é bastante sábio e bastante forte para acalmar-te.

Ouve-lhe o apelo divino, formulado nas derradeiras palavras do seu Testamento de Amor: – “Vem!”

Ninguém te pode impedir o acesso à fonte da luz infinita.

O Mestre é o Eterno Amigo que nos rompe as algemas e nos abre portas renovadoras...

Entretanto, é preciso saibas querer.

O Senhor jamais nos fará violência.

Sofres? Estás fatigado? Tropeças sob os fardos do mundo?

Vem!

Jesus reserva-te os braços abertos.

Vem e atende-o ainda hoje! É verdade que sempre alcançaste ensejos de serviço, que o Mestre sempre foi abnegado e misericordioso para contigo, mas não te esqueças de que as circunstâncias se modificam com as horas e que nem todos os dias são iguais. (XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, Capítulo 152)