Depois da Morte

Perguntas e Respostas

O além-túmulo não nos salva e nem nos condena. A única diferença: aqui temos uma matéria densa; lá, somos dela despojados. Há que se ter cuidado com o que pregam muitas religiões. As religiões têm grande influência na percepção do crente para o que há de vir. A maior parte delas recomenda-nos fazer o bem em vista de uma recompensa de além-túmulo. Está aí o móvel egoísta e mercenário que deve ser evitado.

2) Há um céu e um inferno?

O "Céu e o Inferno" fazem parte da ortodoxia católica, em que pressupõe lugares circunscritos no plano espiritual. O Espiritismo esclarece-nos que tanto um quanto o outro deve ser entendido como estado mental. Se, ao desencarnarmos, formos bafejados pelos eflúvios balsâmicos, poderemos nos considerar no céu; se, ao contrário, formos influenciados por vibrações pesadas, convém nos considerarmos no inferno. Dolorosa, cheia de angústias para uns, a morte não é, para outros, senão um sono agradável seguido de um despertar silencioso.

3) O que os Espíritos fazem no mundo dos mortos?

O que os Espíritos fazem ou deixam de fazer depende do grau de evolução de cada um. Os Espíritos que desencarnaram em estado de "pecado" deverão sofrer as conseqüências de seu "carma"; somente depois de se equilibrarem poderão assumir uma tarefa no Mundo Espiritual. Já, aqueles que desencarnam em estado de equilíbrio espiritual podem assumir tarefas específicas. Lembremo-nos dos seis ministérios, relatados pelo Espírito André Luiz, no livro Nosso Lar. A maioria dos Espíritos que ali habita estuda e se prepara para uma nova encarnação.

4) Os Espíritos se alimentam como nós?

Também aí depende da evolução de cada um. Os alimentos não são sólidos, mas fluídicos. Na Colônia Nosso Lar, houve um problema com a alimentação: todas as refeições pesadas foram suspensas. Tiveram que tomar caldo fluídico.

5) Como você explica o passamento?

Dizem-nos os Espíritos que o instante da morte não é doloroso. Há um desligamento dos laços fluídicos que prendem o Espírito ao corpo, começando pelos pés e terminando na cabeça, onde se encontra o Centro de Força Coronário.

6) Por que a maioria das pessoas teme a morte? Quais são as causas?

As causas são muitas, inclusive o instinto de conservação. Há o medo ao desconhecido, os temores da consciência pesada e as influências das religiões, que nos criam uma imagem funesta do que há de vir.

7) Devemos nos preocupar com o que há de vir? Não seria melhor ficar preso à vida presente?

A preocupação com o que há de vir é sumamente importante no sentido de nos modificar nesta vida. Observe que a vida de Sócrates nada mais foi do que uma preparação para a morte. Essa preparação não nos deve tirar o ensejo de viver plenamente o momento que passa. A felicidade, no futuro, vai depender de quão bem tivermos vivido o instante presente, porque o que vai acontecer lá é um reflexo do nosso dia-a-dia.

8) Que tipo de sensação os Espíritos descrevem quando adentram o mundo dos mortos?

As sensações descritas pelos Espíritos desencarnados assemelham-se e podem ser resumidas da seguinte forma: todos afirmam terem se encontrado novamente com a forma humana, nessa existência; terem ignorado, durante algum tempo, que estavam mortos; haverem passado, no curso da crise pré-agônica, ou pouco depois, pela prova da reminiscência sintética de todos os acontecimentos da existência que se lhes acabava; acolhidos pelos familiares e amigos; haverem passado "sono reparador"; terem passado por um túnel. O Espírito André Luiz descreve, no livro Nosso Lar, que sentia "Uma sensação de perda da noção de tempo e espaço. Sentia-se amargurado, coração aos saltos e um medo terrível do desconhecido".

9) Quais são as conseqüências do suicídio?

No suicídio, o Espírito perde o seu livre-arbítrio. Ele vai ao mundo espiritual como uma espécie de criminoso, porque infringiu a Lei Natural. O "vale dos suicidas", usado freqüentemente pelos espíritas, é uma figura metafórica: assemelha-se ao vale dos leprosos, na época de Jesus. Importaria mais salientar os atenuantes e os agravantes, envoltos com o ato do suicídio. Observe que, nesse caso, entra em cena até as influências de terceiros, ou seja, da sociedade que não lhe deu motivos para continuar a sua vida neste planeta. De qualquer forma, os suicidas são vítimas de sensações terríveis.

10) Que relação há entre perispírito e desencarnação?

Quanto mais sutis e rarefeitas são as moléculas constitutivas do perispírito tanto mias rápida é a desencarnação, tanto mais vastos são os horizontes que se rasgam ao Espírito. Devido ao seu peso fluídico e às suas afinidades, ele se eleva para os gozos espirituais que lhe são similares. Cada perispírito pode ser comparado com balões cheios de gases de densidades diferentes que, em virtude de seus pesos específicos se elevam a alturas diversas. Porém, como o Espírito tem livre-arbítrio e vontade, ele pode modificar as tendências e o curso do mesmo.

11) Se o Espírito, ao adentrar no mundo dos Espíritos, continua o mesmo, como é possível descobrir a verdade sobre si mesmo?

Desprovido da matéria densa, o Espírito tem mais condições de perscrutar a sua consciência, banhada pelas luzes da lei natural gravada na mesma.

(Reunião de 10/03/2007) (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/depois-da-morte?authuser=0 )


Texto Curto no Blog

Mais-Além

Mais-além é o mesmo que depois da morte, além-túmulo, vida futura. É o que se nos espera depois que este miserável corpo for para a tumba. De acordo com o Espiritismo, é o verdadeiro mundo, sendo este apenas transitório. Em Espanhol, diz-se más allá; em inglês, afterdeath.

Desde tempos remotos, o problema da sobrevivência da alma ocupa a mente dos religiosos, dos filósofos e da maioria dos seres humanos. E não são poucos os que se expressaram a respeito do tema: Sócrates, Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Kant etc. A importância do assunto é tão grande, que chegou a despertar o interesse dos psicólogos pelos casos de pacientes terminais. Eles fazem entrevistas com os moribundos para saber o que essas pessoas pensam a respeito do que há de vir.

Os egípcios, com o embalsamamento dos cadáveres, especialmente os dos faraós, o hinduísmo com a necessidade da metempsicose, o budismo chinês, com o Nirvana, deram, cada um a seu tempo, grandes contribuições para o entendimento da imortalidade da alma. Foi, porém, com o Cristianismo, que a vida futura se consolidou plenamente. Jesus, ao falar das bem-aventuranças e das recompensas prometidas ao servo fiel, colocou todos os seres humanos num mesmo nível de salvação e eternidade na posse de Deus. Os bárbaros e os escravos foram admitidos no reino de Deus, o que representou uma verdadeira evolução espiritual.

Platão, com a teoria das formas, Aristóteles, com a sua razão criadora, Santo Agostinho, com a crença na eternidade da alma, Santo Tomás de Aquino, com a doutrina de que a alma humana foi criada por Deus, Kant, com a tese de que embora não possamos provar a existência de uma alma imortal, podemos agir como se existisse, porquanto vale realmente fazê-lo, deram, também, os seus contributos para a compreensão do tema. A filosofia evolucionista do séc. XIX, por seu turno, nega a imortalidade. De acordo com essas concepções, a vida mental do homem está tão estreitamente ligada ao cérebro e tão dependente dele, que se torna inacreditável a continuação das funções intelectuais depois da decomposição do corpo.

Em se tratando de vida futura, Allan Kardec nos ensina que o Espírito, criado simples e ignorante, é imortal. Ou seja, teve início, mas não terá fim. A imortalidade dá ao Espírito a garantia de alcançar a perfeição. Como não consegue atingi-la em uma única vida, são necessárias diversas existências, por isso a reencarnação. A doutrina da reencarnação é a que prescreve as várias idas e vindas do Espírito. É através dela que o Espírito vai lapidando as suas impurezas até se tornar um Espírito puro e poder habitar mundos mais evoluídos.

Vivamos cada momento como se fôssemos viver eternamente; esta é a melhor forma de nos prepararmos para a vida de além-túmulo. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/mais-alm.html)


Em Forma de Palestra

Mais Além

1. Introdução 

É possível tratar da questão da vida sem evocar a da morte? O que acontece conosco depois da morte? Existiremos para sempre? É possível provar a imortalidade da alma? O que as religiões têm a nos ensinar? E a filosofia? Tencionamos fazer um estudo das religiões, da filosofia e da visão espírita acerca deste tema.

2. Conceito

O mais-além é o mesmo que além-da-vida, além-túmulo, mundo invisível, plano espiritual, mundo dos desencarnados, esferas espirituais. Em espanhol, costuma-se dizer más allá; em inglês, afterdeath De acordo com o Espiritismo, o mais-além é o verdadeiro mundo, sendo este apenas transitório.

3. Considerações Iniciais 

A existência do espírito e de uma vida futura é uma das principais preocupações que acompanha a humanidade em toda a sua trajetória, desde a antiguidade até os nossos dias. Diz-se que se o "além-túmulo" não existisse, o ser humano teria de inventá-lo, tal qual ocorre com a noção de Deus e de reencarnação.

Há muitos pensamentos a respeito da vida futura. Eis alguns deles:

Sócrates: "Enterrai-me, se logrardes reter-me, enterrai-me onde quer que desejes. Já tantas vezes não vos disse, a vós e aos sábios, que este corpo não é Sócrates?"

Confúcio: "Não choreis com excessivo pesar os que partiram. Os mortos são amigos devotados e leais; eles estão sempre junto de nós"

Paracelso: "Todos podemos educar e equilibrar nossa imaginação, a fim de poder entrar em contato com os seres espirituais e receber seus ensinamentos".

Dr. Samuel Johnson: "Eu não acredito em espíritos... Vi muitos deles".

Dr. T. J. Hudson: "O homem que hoje nega os fenômenos do espiritualismo não pode ser intitulado cético; é, simplesmente, ignorante".

Este assunto – a vida após a vida – é tão palpitante que despertou o interesse dos psicólogos pelos casos de pacientes terminais. Eles fazem entrevistas com os moribundos para saber o que essas pessoas pensam a respeito do mundo espiritual. Para atender a tal objetivo, Sukie Miller, psicóloga e psicoterapeuta, fundou, em 1988, nos Estados Unidos, o Institute of Study of Afterdeath (Instituto de Estudo do Pós-Morte). Posteriormente, em 1997, publicou o livro Depois da Vida, em que trata essencialmente da questão: "O que acontece conosco depois que morremos?"

4. O Além Visto pelas Religiões 

4.1. Religião Egípcia 

A religião egípcia é identificada com o culto da morte. O embalsamamento dos cadáveres (faraós) é um exemplo marcante, pois com isso esperavam dar continuidade à vida, mesmo depois que o corpo morreu. A ciência secreta e os mistérios de Isis e Osíris simbolizam as forças espirituais que se prendiam ao fenômeno da morte. O Livro dos Mortos dá a conhecer os obstáculos que os defuntos encontram no outro mundo e os meios de vencer as dificuldades. Às vezes, no momento dos funerais, representam-se dramas simbolizando o triunfo do morto sobre os demoníacos adversários.

4.2. As Religiões da Índia 

As religiões da Índia – Vedismo, Bramanismo, Hinduismo, Jainismo e budismo – embora tivessem partido das mesmas premissas do povo egípcio, a crença na imortalidade da alma tomou um rumo diferente, pois salientou a necessidade da metempsicose, que é a volta do espírito em corpos de animais, como castigo dos erros cometidos. Independentemente deste lado negativo da evolução, a faculdade de tolerar e de esperar aflorou no sentimento coletivo das multidões, que suportaram heroicamente todas as dores e aguardaram o momento sublime da redenção. A salvação (moksha) consistiria em libertar-se do karman, em libertar-se de qualquer renascer, pois renascer é participar novamente "da dor do mundo".

4.3. O Budismo Chinês 

O budismo chinês ofereceu um socorro com a idéia de Nirvana. Nirvana é sinônimo da imperturbável quietude ou beatífica realização do não ser. Não se trata, pois, da união permanente da alma com Deus, finalidade de todos os caminhos evolutivos. De qualquer forma, oferece-nos uma outra maneira de tratar da imortalidade da alma.

4.4. O Cristianismo 

Jesus, na sua caminhada por este planeta, apresentou-nos a vida futura. No entender de alguns, este foi o principal trunfo do êxito do Cristianismo. Ao falar das bem-aventuranças e as recompensas prometidas ao servo fiel, colocou todos os seres humanos num mesmo nível de salvação e eternidade na posse de Deus. Jesus estendeu a imortalidade da alma aos bárbaros e aos escravos, que, no Império Romano, não eram admitidas ao culto oficial. Isso representou uma verdadeira evolução espiritual. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)

5. A Filosofia 

5.1. Platão e Aristóteles 

Baseando-se na teoria das formas, Platão defende a tese da imortalidade da alma, em que o espírito viria do mundo das idéias, faria a sua jornada neste mundo, e a ele voltaria novamente. Assim, aquele que tivesse praticado o bem, teria uma volta tranquila; o que tivesse praticado o mal, uma volta difícil. Para Platão, o objetivo final da vida é a alma libertar-se do corpo, a fim de voltar para a eternidade. Aristóteles, por sua vez, estabelece a hipótese de existir no homem a razão passiva e a razão criadora. A razão criadora é a centelha divina, uma parte de Deus que, procedente de fora, entra na alma e não se acha afetada pelo seu lado vil. Uma vez que tudo, exceto a razão criadora, perece com o corpo, a imortalidade da alma é impossível no sistema de Aristóteles. A única parte da alma que sobrevive à morte faz parte de Deus, e a Ele volta. Tudo o mais perece. (Frost Jr, s.d.p., p. 162 a 164)

5.2. Concepção Segundo a Escolástica 

Para Santo Agostinho, cada indivíduo possui uma alma, sendo-nos impossível saber a sua origem, porque é um mistério divino. Depois que surge, continua a existir eternamente. Daí a sua crença na imortalidade. Imaginava que a alma poderia ser feliz ou infeliz na eternidade, dependendo dos atos praticados nesta vida. As bem-aventuranças dependem de um favor divino, e quem não o receber estará condenada para sempre.

Santo Tomás de Aquino doutrinou que a alma humana foi criada por Deus. Essa alma é agregada ao corpo por ocasião do nascimento. Essa alma inteligente não depende do corpo para a sua existência ou função; pode continuar a existir depois de ter perecido. Forma, pois, para si mesmo um novo corpo, um corpo espiritual, por meio do qual atua por toda a eternidade. (Frost Jr, s.d.p., p. 166 a 168)

5.3. A Imortalidade Segundo Kant 

Kant afirmou que o intelecto somente pode conhecer aquilo que pode experimentar. A razão pode ir além e penetrar num mundo em que não temos a experiência. É a razão que dá ao homem a imagem de alma como resultado de todos os processos mentais. Embora não possamos provar a existência de uma alma imortal, podemos agir como se existisse, porquanto vale realmente fazê-lo. Achava ele que a noção de alma tem valor ético. É resultado da lei moral e serve como base da vida moral; daí a sua celebre frase: "Age de tal forma que a tua ação possa ser considerada lei natural". (Frost Jr, s.d.p., p. 173 a 174)

5.4. Concepções mais Recentes sobre a Imortalidade 

O desenvolvimento da filosofia evolucionista do séc. XIX nega a imortalidade. De acordo com essas concepções, a vida mental do homem está tão estreitamente ligada ao cérebro e tão dependente dele, que se torna inacreditável a continuação das funções intelectuais depois da decomposição do corpo. (Frost Jr, s.d.p., p. 176 a 179)

6. Visão Espírita da Vida Futura 

Allan Kardec, em todas as suas obras, nada mais faz do que nos mostrar as influências que os nossos atos presentes propiciarão em nossa vida futura.

6.1. Progresso Ininterrupto do Espírito 

Dentre as várias alternativas da humanidade com relação à vida futura, o Espiritismo opta pela individualidade da alma e pelo progresso ininterrupto do Espírito. De acordo com os seus postulados, fomos criados simples e ignorantes, mas com a determinação de nos tornarmos perfeitos, tal como Deus o é. Podemos adiar, desviar-nos do caminho reto, deixarmos a evolução para a próxima encarnação, mas todos teremos voltar ao caminho do progresso, porque este é compulsório.

6.2. A Continuidade do que Somos 

Pergunta: um encarnado infeliz será um desencarnado feliz? A princípio, não. Por quê? A morte não nos transforma de todo, apenas mudamos de indumentária, mas continuamos com a nossa ignorância ou o nosso saber. O passamento é apenas uma mudança de dimensão: de posse de um corpo físico para o estado em que o corpo físico está ausente. Isso não altera o nosso status quo, ou seja, se nesta existência automatizamos os reflexos de infelicidade, forçoso nos é que continuaremos com eles no mundo dos Espíritos.

6.3. Um Exemplo: o Suicídio não Resolve o nosso Problema 

Sócrates já nos alertava que a vida nada mais é do que uma preparação para a morte, para o que há de vir. É por esta razão que o suicídio não resolve problema algum, porque aquele que pensa tirar a sua vida e resolver os seus problemas acaba tendo a surpresa de que não morreu, de que continua vivo, apenas um pouco mais confuso e mais devedor da lei.

7. Conclusão 

Pesquisas e ilações não podem substituir a experiência. Sigamos, assim, a advertência de Nietzsche, ao tratar do imperativo de Zaratustra: "Viva (presentemente) de maneira que possa viver eternamente com alegria em cada momento de sua vida".

8. Bibliografia Consultada 

FROST JR., S. E. Ensinamentos Básicos dos Grandes Filósofos. São Paulo: Cultrix, s.d.p.

GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]



Notas do Blog

Morte: Começo ou Fim?

Para o Espiritismo, a morte não é começo nem fim; é a passagem do Espírito, que está na prova da carne, para o Espírito que estará em outra dimensão. A doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, esclarece-nos acerca do problema da morte. Para inicio de conversa, a morte não existe. Deixamos aqui a veste física, mas o Espírito continua a sua jornada, levando consigo o seu Perispírito, que vai vagar no mundo espiritual, segundo seu peso específico. Mais precisamente, de acordo com o bem ou o mal que tiver feito durante sua existência terrena. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/06/morte-comeco-ou-fim.html)

No Momento da Morte

O transe da morte é sempre crise, pois retrata a passagem do mundo da matéria para o mundo do Espírito. Quer dizer, deixamos este mundo e penetramos no mundo dos Espíritos. Léon Denis, em Crise da Morte (primeiro caso), diz-nos que há afirmações de que o indivíduo revê instantaneamente toda sua vida que acaba de deixar. Espírito Peckam disse: "No momento da morte, revi, como num panorama, os acontecimentos de toda a minha existência". Desprendendo do corpo, a alma segue o peso específico de seu perispírito, ou seja, irá para lugares felizes ou infelizes, conforme foi a sua atuação neste mundo. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2019/04/no-momento-da-morte.html)

A Sensação dos Espíritos após o Desencarne

Depois da morte, os Espíritos experimentam diversos tipos de sensações, variando entre as mais penosas e as mais sublimes. Alguns dizem sentir "os vermes lhe corroerem as carnes"; outros, apossados de uma agonia profunda, como se estivessem mergulhados numa noite profunda. Os criminosos são atormentados pela visão terrível e incessante de suas vítimas. Para o justo, a perturbação não passa de livre entorpecimento, algo semelhante ao sono. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/sensao-dos-espritos-aps-o-desencarne.html)

Louco! Esta Noite Pedirão tua Alma

Ao tratar de por que os espíritas não temem a morte, enfatiza que a Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva da vida futura, que não é uma quimera, mas o resultado da observação. Não foram os homens que a descobriram por suas pesquisas, mas, sim, os próprios habitantes do além que vieram relatar a dinâmica do mundo espiritual. Há, assim, Espíritos de todo o grau de evolução. Isso fornece ao espírita estímulos de serenidade nos últimos momentos de sua passagem terrena.  (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2020/04/louco-esta-noite-pedirao-tua-alma.html)

Apologia de Sócrates

O julgamento à morte foi essencialmente de natureza política. Os jovens que conviviam com Sócrates seriam políticos em Atenas, como Crítias e Alcibíades. Não dizia respeito apenas aos indivíduos, mas tinha projeção sobre a democracia em Atenas. Possivelmente, os detentores do poder temiam que esses jovens se insurgissem contra o status quo vigente. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2013/07/apologia-de-socrates.html)

Santo Agostinho e São Tomás de Aquino

Nenhum deles colocava em dúvida a imortalidade da alma. Santo Agostinho dizia que alma e corpo são distintos, mas não soube explicar como a alma se liga ao corpo. De acordo com Santo Tomás, a alma humana — princípio imaterial, espiritual e vital do corpo — foi criada por Deus. Acreditava que a alma espiritual é agregada ao corpo por ocasião do nascimento, e continua a existir depois da morte do corpo, formando, pois, por si mesma, um novo corpo, um corpo espiritual, por meio do qual atua por toda a eternidade. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/santo-agostinho-e-so-toms-de-aquino.html)


Sites e Blogs

Vida após a Morte

A vida após a morte segundo o Espiritismo: O que acontece na hora da morte segundo o Espiritismo? Quanto tempo e espírito fica no corpo após a morte? Quanto tempo o espírito fica na Terra após a morte?

Na Revista Espírita de Julho de 1865, lemos:

Dia virá em que os homens, vencidos pelos males engendrados pelo egoísmo, compreenderão que seguem o caminho errado, e Deus quer que eles encontrem o caminho à sua custa, porque lhes deu o livre-arbítrio. O excesso do mal lhes fará sentir a necessidade do bem, e eles se voltarão para este lado [o do bem], como para a única tábua de salvação. Quem os levará a isto? A fé séria no futuro, e não a crença no nada após a morte; a confiança num Deus bom e misericordioso, e não o medo dos suplícios eternos.

Como é a vida após a morte segundo o espiritismo?

O que acontece na hora da morte segundo o Espiritismo?

Segundo a doutrina espírita, de acordo com as próprias palavras do Evangelho, com a lógica e a mais rigorosa justiça, o homem é filho de suas obras, durante esta vida e após a morte; ele não deve nada ao favor: Deus recompensa-o pelos seus esforços, e pune-o pela negligência enquanto for negligente. O que acontece é uma mudança do lado material para o lado espiritual. (https://www.espiritismo.tv/Vocabulario/vida-apos-a-morte/)

O que Acontece Depois da Morte?

“Para morrer bem é preciso viver bem”.

—Confúcio

A maioria das pessoas, apesar de acreditar na imortalidade da alma, sente muito medo da morte. Esse medo ocorre pelo desconhecimento do que acontece durante a morte, do que vem depois ou para onde vão assim como do receio de perder afeições. As religiões pouco fazem para esclarecer os fiéis sobre a vida além-túmulo, assustando-os ainda mais.

A Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, é o Consolador prometido por Jesus, que vem eliminar esse medo, preparando-nos para enfrentá-lo serenamente, pois todos morreremos um dia. Orienta-nos sobre a vida e a morte.

Informa que toda pessoa é formada por três partes essenciais:

– o corpo físico ou ser material, animado pelo princípio ou fluido vital;

– a alma, que é o espírito encarnado, habitando o corpo;

– o perispírito ou corpo espiritual que une a alma ao corpo. (https://www.kardecriopreto.com.br/o-que-acontece-depois-da-morte/)


Notas de Livros

Não há uma definição única de mal usada no mundo inteiro, embora todas as línguas tenham palavras que é esperado, moral ou "bom", da mesma maneira que têm palavras para aquilo que é repulsivo, imoral ou "mau". Para os mesopotâmicos, demônios maléficos causavam conflito e sofrimento. Assim, para a proteção das pessoas contra essas forças do mal, realizavam-se rituais religiosos e exorcismos. A ideia de ser punido por forças maléficas na vida após a morte se originou com a religião dos zoroastristas, no segundo milênio antes de Cristo, na qual os pecadores acreditavam que seriam mandados para a Casa do Mal por toda a eternidade, enquanto os justos seriam mandados para a Casa da Música. (ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014, item "Mal" (c.5000 a.C.) [Mesopotâmia])

O Dia do Juízo Final costuma ser entendido como uma referência a um dia no futuro quando indivíduos serão julgados com base na moralidade das suas ações por uma autoridade divina. A ideia de um Dia de Juízo Final pode ser atribuído aos antigos egípcios no terceiro milênio a.C. Eles acreditavam que após a morte a alma de uma pessoa entraria no submundo e percorreria o caminho até o seu próprio Dia do Juízo Final no Salão das Duas Verdades. Após o julgamento, a alma das pessoas boas seguiria para um pós-vida bem-aventurado, enquanto as almas más seriam entregues ao Devorador dos Mortos. (ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014, item "Dia do Juízo Final" (c. 3000 a. C.) [Egito antigo])

A arte funerária egípcia foi motivada pela crença religiosa e cultural segundo a qual a vida continua após a morte, característica presente naquela sociedade desde aproximadamente 3000 a.C. Práticas como a mumificação, a criação de sarcófagos e a construção de pirâmides e tumbas eram executadas com a intenção de honrar e preservar o cadáver do falecido de forma a facilitar sua transição para a vida após a morte. Além disso, diversos objetos escolhidos com cuidado costumavam ser enterrados junto com o morto, incluindo posses ou itens mais valiosos de acordo com a riqueza e o status da pessoa em vida. (ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014, item "Arte Funerária Egípcia" (c. 3000 a.C.) [Egito antigo])


Pensamentos

Quando chegar a hora de morrer não quero perder nem um segundo: morre-se apenas uma vez." (A. Amurri)

"A morte é o descanso das repercussões sensórias, do titerear dos impulsos, das divagações do intelecto e dos serviços à carne." (Marco Aurélio)

"Não temas tanto a morte, mas antes a vida inadequada." (Bertolt Brecht)

"Webster era obcecado pela morte / e via a caveira sob a pele." (Th. S. Eliot)

"Há quem esteja disposto a morrer para fazer com que morram os seus inimigos." (Esopo)

"Minha mãe me gerou infeliz. / Invejo os mortos, amo-os ardentemente, / aspiro a morar em suas casas." (Eurípides)

"A morte é de certa maneira uma impossibilidade, que de repente se torna realidade." (Goethe)

"Nenhum jovem acredita que um dia morrerá." (W. Hazlitt)

"A pálida morte bate com força igual nos casebres dos pobres e nos palácios dos reis." (Horácio)

"A morte não surpreende o sábio: Ele sempre está pronto para partir." (J. de La Fontaine)

"Todo homem deve fazer duas coisas sozinho: sua própria crença e sua própria morte." (Martinho Lutero, 95 Teses [1517])

"Se eu fosse fabricante de livros, faria um registro comentado das diversas mortes. Quem ensinasse os homens a morrer, ensiná-los-ia a viver." (Michel de Montaigne)

"Morrer, se for preciso; matar nunca." (Marechal Rondon [1865-1958], divisa de sua campanha de pacificação indígena)

"A morte, árbitro equânime de todas as misérias humanas." (Just death, kind umpire of men's miseries). (Shakespeare)

"Pois bem, é hora de ir: eu para morrer, e vós para viver. Quem de nós irá para o melhor é obscuro a todos, menos a Deus." (Sócrates)

"Um dia vem o fim comum a todos os mortais." (Sófocles)


Mensagem Espírita

Não te Perturbes

“E o mandamento que era para a vida, achei eu que me era para a morte.” – Paulo. (Romanos, 7:10.)

Se perguntássemos ao grão de trigo que opinião alimenta acerca do moinho, naturalmente responderia que dentro dele encontra a casa de tortura em que se aflige e sofre; no entanto, é de lá que ele se ausenta aprimorado para a glória do pão na subsistência do mundo.

Se indagássemos da madeira, com respeito ao serrote, informaria que nele identifica o algoz de todos os momentos, a dilacerar-lhe as entranhas; todavia, sob o patrocínio do suposto verdugo, faz-se delicada e útil para servir em atividades sempre mais nobres.

Se consultarmos a pedra, com alusão ao buril, certo esclarecerá que descobriu nele o detestável perseguidor de sua tranquilidade, a feri-la, desapiedado, dia e noite; entretanto, é dos golpes dele que se eleva aos tesouros terrestres, aperfeiçoada e brilhante.

Assim, a alma. Assim, a luta.

Peçamos o parecer do homem, quanto à carne, e pronunciará talvez impropriedades mil. Ouçamo-lo sobre a dor e registraremos velhos disparates verbais. Solicitemos-lhe que se externe com referência à dificuldade, e derramará fel e pranto.

Contudo, é imperioso reconhecer que do corpo disciplinado, do sofrimento purificador e do obstáculo asfixiante, o Espírito ressurge sempre mais aformoseado, mais robusto e mais esclarecido para a imortalidade.

Não te perturbes, pois, diante da luta, e observa.

O que te parece derrota, muita vez é vitória. E o que se te afigura em favor de tua morte, é contribuição para o teu engrandecimento na vida eterna. (XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 16)

Treino para a Morte

Preocupado com a sobrevivência além do túmulo, você pergunta, espantado, como deveria ser levado a efeito o treinamento de um homem para as surpresas da morte. 

A indagação é curiosa e realmente dá que pensar. 

Creia, contudo, que, por enquanto, não é muito fácil preparar tecnicamente um companheiro à frente da peregrinação infalível. 

Os turistas que procedem da Ásia ou da Europa habilitam futuros viajantes com eficiência, por lhes não faltarem os termos analógicos necessários. Mas nós, os desencarnados, esbarramos com obstáculos quase intransponíveis. 

A rigor, a Religião deve orientar as realizações do espírito, assim como a Ciência dirige todos os assuntos pertinentes à vida material. Entretanto, a Religião, até certo ponto, permanece jungida ao superficialismo do sacerdócio, sem tocar a profundez da alma. 

Importa considerar também que a sua consulta, ao invés de ser encaminhada a grandes teólogos da Terra, hoje domiciliados na Espiritualidade, foi endereçada justamente a mim, pobre noticiarista sem méritos para tratar de semelhante inquirição. 

Pode acreditar que não obstante achar-me aqui de novo, há quase vinte anos de contado, sinto-me ainda no assombro de um xavante, repentinamente trazido da selva matogrossense para alguma de nossa Universidades, com a obrigação de filiar-se, de inopino, aos mais elevados estudos e às mais complicadas disciplinas. 

Em razão disso, não posso reportar-me senão ao meu próprio ponto de vista, com as deficiências do selvagem surpreendido junto à coroa de Civilização. 

Preliminarmente, admito deva referir-me aos nossos antigos maus hábitos. A cristalização deles, aqui, é uma praga tiranizante. 

Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros. 

Os excitantes largamente ingeridos constituem outra perigosa obsessão. Tenho visto muitas almas de origem aparentemente primorosa, dispostas a trocar o próprio Céu pelo uísque aristocrático ou pela nossa cachaça brasileira. 

Tanto quanto lhe seja possível, evite os abusos do fumo. Infunde pena a angústia dos desencarnados amantes da nicotina. 

Não se renda à tentação dos narcóticos. Por mais aflitivas lhe pareçam as crises do estágio no corpo, aguente firme os golpes da luta. As vítimas da cocaína, da morfina e dos barbitúricos demoram-se largo tempo na cela escura da sede e da inércia. 

E o sexo? Guarde muito cuidado na preservação do seu equilíbrio emotivo. Temos aqui muita gente boa carregando consigo o inferno rotulado de “amor”. 

Se você possui algum dinheiro ou detêm alguma posse terrestre, não adia doações, caso esteja realmente inclinado a fazê-las. Grandes homens, que admirávamos no mundo pela habilidade e poder com que concretizavam importantes negócios, aparecem, junto de nós, em muitas ocasiões, à maneira de crianças desesperadas por não mais conseguirem manobrar os talões de cheque. 

Em família, observe cautela com testamentos. As doenças fulminatórias chegam de assalto, e, se a sua papelada não estiver em ordem, você padecerá muitas humilhações, através de tribunais e cartórios. 

Sobretudo, não se apegue demasiado aos laços consanguíneos. Ame sua esposa, seus filhos e seus parentes com moderação, na certeza de que, um dia, você estará ausente deles e de que, por isso mesmo, agirão quase sempre em desacordo com a sua vontade, embora lhe respeitem a memória. Não se esqueça de que, no estado presente da educação terrestre, se alguns afeiçoados lhe registrarem a presença extraterrena, depois dos funerais, na certa intimá-lo-ão a descer aos infernos, receando-lhe a volta inoportuna. 

Se você já possui o tesouro de uma fé religiosa, viva de acordo com os preceitos que abraça. É horrível a responsabilidade moral de quem já conhece o caminho, sem equilibrar-se dentro dele. 

Faça o bem que puder, sem a preocupação de satisfazer a todos. Convença-se de que se você não experimenta simpatia por determinadas criaturas, há muita gente que suporta você com muito esforço.

Por essa razão, em qualquer circunstância, conserve o seu nobre sorriso. 

Trabalhe sempre, trabalhe sem cessar. 

O serviço é o melhor dissolvente de nossas mágoas. 

Ajude-se, através do leal cumprimento de seus deveres. 

Quanto ao mais, não se canse nem indague em excesso, porque, com mais tempo ou menos tempo, a morte lhe oferecerá o seu cartão de visita, impondo-lhe ao conhecimento tudo aquilo que, por agora, não lhe posso dizer. (XAVIER, Francisco Cândido. Cartas e Crônicas, pelo Espírito Irmão X. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 4)