Caráter da Revelação Espírita

Perguntas e Respostas

1) Qual o conceito de caráter?

Caráter pode ser entendido como os traços marcantes da personalidade. São os traços que identificam uma determinada pessoa. No sentido da Doutrina Espírita, a palavra caráter refere-se à autenticidade dos ensinos transmitidos pelos benfeitores espirituais.

2) Que significa revelar?

Revelar – Do latim revelare significa, literalmente, tirar o véu. Figuradamente, fazer conhecido o que era ignorado ou esquecido. Neste caso, qualquer um de nós pode ser um revelador para o seu próximo; basta transmitir-lhe algo que desconhecia. No sentido teológico, é o ato pelo qual Deus manifesta aos homens o Seu desígnio de salvação e Se lhes dá a conhecer.

3) Que tipo de revelação podemos ter?

A revelação pode ser humana e divina. É humana quando é feita pelo homem. É divina quando é feita por Deus. A revelação divina, por sua vez, pode ser natural e sobrenatural. É natural quando o ser humano, pela sua condição de ser pensante, consegue captar os desígnios de Deus. É sobrenatural quando o teor da mensagem extrapola o nível de conhecimento do ser humano.

4) Que termos usamos para indicar a revelação encarnada no Velho e no Novo Testamento?

No Velho Testamento, não há um termo específico para designar a revelação. Há, sim, intermediários da revelação, que são: Moisés, os profetas, os salmistas e os sábios.

No Novo Testamento, os termos para indicar a revelação são: keryssein ("anunciar", "pregar"), evangelizesthai ("evangelizar"), didaskein ("ensinar"), apokalyptein ("revelar") e matheteúein ("fazer discípulos", "instruir"). No Novo Testamento, Cristo é o único Mediadorpropriamente dito da revelação. Os apóstolos são meros divulgadores, evangelizadores, mas não reveladores.

5) Teologicamente, como são arbitradas as revelações?

As revelações são arbitradas nos concílios. Observe que no Concílio de Trento, a revelação é o anúncio do Evangelho prometido aos profetas, pregado pelos apóstolos, e transmitido à Igreja para que ela o conserve em toda a sua pureza. O Concílio Vaticano II, por sua vez, consagrou à revelação o cap. I da Constituição dogmática Dei Verbum: a) a revelação é um diálogo interpessoal entre Deus e os homens; b) a revelação é progressiva; c) a revelação é constituída por acontecimentos e palavras; d) Cristo é o vértice da revelação.

6) Em que consiste a revelação espírita?

Allan Kardec, no livro A Gênese, diz: "Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica". A revelação espírita é de origem divina e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem. Os Espíritos superiores inspiram os homens. Estes, por sua vez, devem se valer das pesquisas científicas, para alicerçar esses conhecimentos.

7) É possível a revelação direta de Deus?

Sim. Mas não é assim que funciona. Diz-se, por exemplo, que Deus se manifestou diretamente a Moisés. A manifestação direta é uma força de expressão. No caso, os Espíritos superiores transmitiram os Dez Mandamentos a Moisés, em virtude da grande mediunidade que este possuía.

8) Por que a revelação espírita só apareceu no século XIX? Não poderia ter vindo antes?

A revelação espírita participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Sendo assim, não poderia ter surgido antes que a ciência tivesse se desenvolvido, principalmente através do método teórico-experimental. Se viesse antes, teria abortada, como tudo o que é prematuro.

9) O Espiritismo é a terceira revelação divina? Por quê?

Porque os seus princípios doutrinários se ajustam perfeitamente aos dizeres de Jesus sobre o Consolador Prometido. Não é uma revelação pessoal. Veio no tempo certo, ou seja, depois do desenvolvimento das ciências.

10) Outras questões: Que tipo de revelação nos trouxe Chico Xavier? E o Espírito Emmanuel? Quais os fundamentos da revelação da Boa Nova? Qual a importância da mediunidade na revelação? O que os Espíritos revelaram a Allan Kardec?

(Reunião de 04/05/2008)

Bibliografia Consultada

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/car%C3%A1ter-da-revela%C3%A7%C3%A3o-esp%C3%ADrita?authuser=0 )


Texto Curto no Blog

Caráter da Revelação Espírita

Caráter pode ser entendido como os traços marcantes da personalidade. São os traços que identificam uma determinada pessoa. No sentido da Doutrina Espírita, a palavra caráter refere-se à autenticidade dos ensinos transmitidos pelos benfeitores espirituais. Revelar – Do latim revelare significa, literalmente, tirar o véu. Figuradamente, fazer conhecido o que era ignorado ou esquecido. Neste caso, qualquer um de nós pode ser um revelador para o seu próximo; basta transmitir-lhe algo que desconhecia. No sentido teológico, é o ato pelo qual Deus manifesta aos homens o Seu desígnio de salvação e Se lhes dá a conhecer.

A revelação pode ser humana e divina. É humana quando é feita pelo homem. É divina quando é feita por Deus. A revelação divina, por sua vez, pode ser natural e sobrenatural. É natural quando o ser humano, pela sua condição de ser pensante, consegue captar os desígnios de Deus. É sobrenatural quando o teor da mensagem extrapola o nível de conhecimento do ser humano.

No Velho Testamento, não há um termo específico para designar a revelação. Há, sim, intermediários da revelação, que são: Moisés, os profetas, os salmistas e os sábios. No Novo Testamento, os termos para indicar a revelação são: keryssein ("anunciar", "pregar"), evangelizesthai ("evangelizar"), didaskein ("ensinar"), apokalyptein ("revelar") ematheteúein ("fazer discípulos", "instruir"). No Novo Testamento, Cristo é o único Mediador propriamente dito da revelação. Os apóstolos são meros divulgadores, evangelizadores, mas não reveladores.

Teologicamente, as revelações são arbitradas nos concílios. Observe que no Concílio de Trento, a revelação é o anúncio do Evangelho prometido aos profetas, pregado pelos apóstolos, e transmitido à Igreja para que ela o conserve em toda a sua pureza. O Concílio Vaticano II, por sua vez, consagrou à revelação o cap. I da Constituição dogmática Dei Verbum: a) a revelação é um diálogo interpessoal entre Deus e os homens; b) a revelação é progressiva; c) a revelação é constituída por acontecimentos e palavras; d) Cristo é o vértice da revelação.

Em se tratando da revelação espírita, Allan Kardec, no livro A Gênese, diz: "Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica". A revelação espírita é de origem divina e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem. Os Espíritos superiores inspiram os homens. Estes, por sua vez, devem se valer das pesquisas científicas, para alicerçar esses conhecimentos.

A revelação espírita só apareceu no século XIX. Não poderia ter vindo antes? A revelação espírita participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Sendo assim, não poderia ter surgido antes que a ciência tivesse se desenvolvido, principalmente através do método teórico-experimental. Se viesse antes, teria abortada, como tudo o que é prematuro.

Em virtude dos princípios da Doutrina Espírita se ajustarem perfeitamente aos dizeres de Jesus, podemos dizer que o Espiritismo é a terceira revelação divina, o "Consolador Prometido".

Bibliografia Consultada

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/carater-da-revelacao-espirita.html)


Em Forma de Palestra

Caráter da Revelação Espírita

1. Introdução

Qual a autenticidade da Revelação espírita? Há necessidade de uma revelação dada pelos Espíritos? Os homens não a poderiam buscar pelas suas próprias pesquisas? Que autoridade tem a revelação espírita, uma vez que emana de seres falíveis e de limitadas luzes? Qual a utilidade dessas revelações, uma vez que os Espíritos não sabem tudo? Eis algumas perguntas para nossa reflexão.

2. Conceito

Caráter – Etimologicamente, caráter quer dizer coisa gravada; do grego character de charassein = gravar. O termo tem dois sentidos diversos: 1.º) caráter, como conjunto de disposições psicológicas e comportamentos habituais de uma pessoa, isto é, a personalidade concreta; 2.º) caráter relacionado à vontade, e nesse caso conota as idéias de energia, honestidade e coerência. No âmbito do tema proposto, diz respeito à autenticidade.

Revelação – Revelar, do latim revelare, cuja raiz, velum, véu, significa literalmente sair de sob o véu — e, figuradamente, descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. De modo geral, revelação é a manifestação de uma verdade oculta ou desconhecida ou pelo menos obscura. É divina quando feita por Deus; humana, quando o é pelo homem. No âmbito da religião, é o ato pelo qual Deus se manifesta aos homens o Seu desígnio de salvação e Se lhes dá a conhecer.

Espírita – Que diz respeito ao Espiritismo, Doutrina codificada por Allan Kardec, que pressupõe a existência de Espíritos e suas manifestações.

3. Considerações Iniciais

Em linhas gerais, qualquer coisa ignota que é divulgada, pode ser considerada uma revelação. Uma pessoa pode revelar algo que pesquisou nos livros. Um gênio, por exemplo, pode revelar algo que descobriu por si mesmo, fruto do progresso de vidas passadas.

Transcrevemos, a seguir, algumas anotações extraídas do capítulo 1.º de A Gênese, de Allan Kardec:

"No sentido especial da fé religiosa, a revelação se diz mais particularmente das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por meio da inteligência, nem com o auxilio dos sentidos e cujo conhecimento lhe dão deus ou seus mensageiros, que por meio da palavra direta, quer pela inspiração".

"Todas as religiões tiveram seus reveladores e estes, embora longe estivessem de conhecer toda a verdade, tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriados ao tempo e ao meio em que viviam, ao caráter particular dos povos a quem falavam e aos quais eram relativamente superiores".

"O caráter essencial da revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou sujeita à modificação não pode emanar de Deus".

"Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica".

"O que caracteriza a revelação espírita é o de ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem".

4. Revelações Anteriores: Moisés e Cristo

4.1. Visões e Revelações 

No processo histórico, encontramos relatos dos diversos fundadores das religiões. Cada qual conta a maneira como se viu tocado por Deus. Maomé, por exemplo, encontrou-se com o arcanjo Gabriel, que o reteve sem soltar, até que ele lhe prometeu seguir o seu mandato de reconhecer a vontade de Alá. Deus revelou-se a Moisés numa sarça que ardia. Quando Paulo foi chamado por Jesus, no caminho de Damasco, cegou-o um resplendor celestial. Para os objetivos do presente estudo, lembraremos apenas das revelações dadas a Moisés e Jesus.

4.2. Moisés e o Decálogo

Moisés, por volta de 1600 a.C., revelou aos homens a existência de um Deus único. Recebeu o Decálogo, ou dez mandamentos. Paralelamente, como disciplinador, coloca em prática a lei do olho por olho e dente por dente, de sua própria autoria. Dá a entender que o seu Deus é um Deus de temor, que cobra e castiga sem piedade.

4.3. Jesus Cristo e a Lei do Amor

A revelação dada por Deus a Jesus é uma continuação daquela dada a Moisés. Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, com suas penas e recompensas. Para ele, Deus não é mais terrível, nem ciumento ou vingativo. Jesus, na realidade, transforma o Deus de temor em Deus de amor.

Cristo complementa a revelação dada a Moisés nos seguintes termos: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Para muitos religiosos, este seria o 11.º mandamento.

Em suas prédicas, geralmente feitas através de parábolas, Jesus promete um outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo não conhece ainda, porque não está maduro para compreendê-lo. Contudo, no momento oportuno o Pai o enviaria.

5. Ciência e Revelação Espírita 

5.1. Espírito e Matéria

Os gregos da antiguidade acreditavam que o princípio material era composto de 4 elementos: água, ar, fogo e terra. A ciência moderna fala em um único elemento, do qual tudo o mais se origina.

Para uma perfeita compreensão do princípio material, faltava-nos os devidos esclarecimentos sobre o princípio espiritual e sua ligação com o princípio material. O Espiritismo veio nos oferecer esta explicação. Isso é feito através dos estudos sobre os fluidos e o Perispírito, este último como elo de ligação entre a matéria e o espírito.

5.2. O Espiritismo Surgiu no Momento Oportuno

O Espiritismo, que é Ciência, Filosofia e Religião, para se firmar perenemente nos corações humanos, precisava chegar no momento em que a Ciência já tivesse dado os seus primeiros passos, principalmente na aplicação do método teórico experimental. A sua função era a de fazer a ligação entre a matéria e o Espírito. Antes, porém, deveria partir do conhecido, do palpável, ou seja, da ciência. Se tivesse vindo antes, teria abortado.

5.3. O Procedimento Científico do Espiritismo

O Espiritismo procede da mesma forma que as ciências positivas, ou seja, observa, faz hipóteses e tira conclusões. Tem, com relação à Ciência Natural, uma vantagem, pois o Espiritismo não parte da teoria, para confirmar, na experiência, a validade de suas hipóteses. Ele parte dos fatos, para daí formar uma teoria. A teoria acerca da sobrevivência dos Espíritos surgiu porque estes quiseram se manifestar, dar a conhecer o que eles eram e como agiam no mundo dos Espíritos.

Allan Kardec, ainda no capítulo primeiro de A Gênese, enfatiza:

"Apoiando-se em fatos tem que ser progressiva como todas as ciências de observação. As descobertas que a Ciência realiza, longe de o rebaixarem, glorificam a Deus. Unicamente destrói o que os homens edificaram sobre as falsas idéias que formaram de Deus".

"Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele aceitará".

6. O Caráter da Revelação Espírita 

6.1. Trabalho dos Espíritos e dos Homens 

Dissemos anteriormente que a revelação espírita caracteriza-se por ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem. Quer dizer, os Espíritos nos chamam atenção para o fato espírita; depois, deixam-nos o trabalho de pesquisar, meditar e tirar as conclusões. Por que razão deve haver o trabalho incessante do ser humano? É que há Espíritos superiores e inferiores. Distinguindo-os, teremos mais condições de encaminhar o nosso pensamento para a apreensão da verdade. Nesse mister, São João já nos alertava para não acreditarmos em todos os Espíritos, porque nem todos são de Deus.

Pelas relações que hoje pode estabelecer com aqueles que deixaram a terra, possui o homem não só a prova material da existência dos Espíritos como pode extrair deles valiosos ensinamentos. Pelo estudo da situação dos Espíritos, sabe de sua sorte. A reencarnação e pluralidade das existências mostram que Deus, pela sua justiça, deixa-nos sempre uma porta ao arrependimento.

6.2. Universalidade da Doutrinas dos Espíritos

A universalidade pode ser vista sob o seguinte aspecto: o conhecimento espírita foi sendo revelado concomitantemente em diversos pontos do globo terrestre. Ele não caiu do céu. Foi preciso organizar, analisar, fazer comparações e dispor o material colhido dentro de uma ordem lógica e racional. Este organizador, como a maioria sabe, foi Allan Kardec.

A ciência, em muitos casos, para a descoberta de uma nova invenção, consome a vida toda de um cientista. Com o Espiritismo, aconteceu o contrário, pois havia uma plêiade de Espíritos interessados em apressar a divulgação das novas verdades.

6.3. Continuação da Obra de Cristo

A revelação cristã, como dissemos, foi a continuação da de Moises, naquilo que ela tinha de divino. A revelação espírita é uma continuidade da revelação de Cristo. Enquanto a duas primeiras foram locais e pessoais, esta teve uma dimensão universal. Não pertence a um único homem, mas à coletividade. Como Cristo não veio destruir a lei e os profetas, o Espiritismo também não veio destruir a doutrina de Cristo: complementou-a. E isso é fácil de ver, principalmente no que tange à vida futura e à comunicação com os chamados mortos. As coisas ficam mais claras e, qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, pode ter conhecimento da Doutrina, cujo crescimento é vertiginoso.

7. Conclusão

O Espiritismo penetrará todos os povos e religiões, porque está fundamentado na Lei Natural. Como sua revelação não foi local e nem pessoal, tem todos os ingredientes para se tornar universalista e mitigar as aflições que invadem a alma da maioria dos seres humanos.

8. Bibliografia Consultada

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.

São Paulo, 21/11/2004

Revelação - Complemento

A) ALGUMAS DAS DIVERSAS REVELAÇÕES, ALÉM DAQUELAS ATRIBUÍDAS A MOISÉS E JESUS.

Taoísmo é uma religião e filosofia chinesas, atribuídas tradicionalmente a Lao-Tsé, que resumiu o seu pensamento no Tao te Ching.

Krishna, por volta de 3.000 a.C., foi um mensageiro de Deus que viveu na Índia antiga. Os seus ensinamentos estão no Seu Livro Sagrado, o Gita.

Zoroastro foi um mensageiro de Deus, que nasceu na Pérsia (hoje chamada Irã) há mais ou menos 1.000 a.C. Fundou o Zoroastrismo.

Buda nasceu numa família real do reino de Himalaia, mais ou menos 600 a.C. Foi sob uma árvore, Bodi, na Índia, após muita meditação, que Buda recebeu a iluminação. Daquele dia em diante iniciou Sua grande missão de salvar a humanidade do sofrimento.

Maomé nasceu em 570 d.C., na cidade de Meca, Arábia Saudita. Segundo a religião islâmica, Maomé é o mais recente e último Profeta do Deus de Abraão. Aos 40 anos de idade foi-lhe confiada por Deus (através do anjo Gabriel) o Alcorão, livro sagrado do Islamismo.

Em 1930, Taniguchi funda o Seicho-no-iê (Lar do progredir infinito).  

B) VELHO E NOVO TESTAMENTO

Deus se revelou primeiramente em toda a história do povo de Israel por meio de acontecimentos-símbolos, cuja significação deveria ser dada pelos profetas, por meio de visões, sonhos, palavras divinamente inspiradas, cujo sentido é desvendado pelos profetas  e hagiógrafos, por meio da reflexão inspirada pelos sábios.

No Velho Testamento, não há um termo específico para designar a revelação. Há, sim, intermediários da revelação, que são: Moisés, os profetas, os salmistas e os sábios.

Nos Sinópticos Jesus dá aos judeus o sentido do Reino de Deus e indica a condição para fazer parte do Reino (Parábolas, Bem-Aventuranças). Conforme São João, Jesus revela aos Judeus de Cafarnaum a natureza da fé. Ela consiste em crer n’Ele porque é o Enviado do Pai. Em Jerusalém, Jesus revela pouco a pouco a natureza da Sua pessoa: Ele é a Luz, o Juiz, a Verdade; é Um só com o Pai.

No Novo Testamento, os termos para indicar a revelação são: keryssein (“anunciar”, “pregar”), evangelizesthai (“evangelizar”), didaskein (“ensinar”), apokalyptein (“revelar”) e matheteúein (“fazer discípulos”, “instruir”). O revelador do Novo Testamento é Cristo que prega e ensina. Pregar (keryssein) significa o anúncio da aproximação do Reino Messiânico e a presença do Messias. Ensinar (didaskein) tem um caráter doutrinal e conota a instauração do Reino Messiânico, inaugurado com a vinda do Cristo. No Novo Testamento, Cristo é o único Mediador propriamente dito da revelação. Os apóstolos e evangelistas têm o encargo de transmitir ou desenvolver, à luz do Espírito Santo, a revelação dada por Cristo. (Cópia de Verbo - Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura - Item Revelação). 



Notas do Blog

Revelação

Revelação – De modo geral, é a manifestação de uma verdade oculta ou desconhecida ou pelo menos obscura. Na teologia, é o ato pelo qual Deus manifesta aos homens o Seu desígnio de salvação e Se lhes dá a conhecer. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/revelao.html)

Revelação: Humana e Divina

A revelação pode ser humana e divina. É divina quando feita por Deus; humana quando o é pelo homem. A revelação divina pode ser natural ou sobrenatural. A revelação natural está inscrita na própria ordem da criação, em que Deus dota o homem de faculdades para elevar-se do domínio das coisas visíveis ao das invisíveis. No entanto, como faz parte da natureza, não é esta a revelação em sentido próprio. A revelação divina, propriamente dita, é de ordem sobrenatural. Consiste na manifestação de uma verdade, feita por Deus, fora da ordem da natureza. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/revelao-humana-e-divina.html)

Revelação na Bíblia

As revelações orientais, alicerçadas nos sonhos e nas adivinhações, não chegam a constituir revelações propriamente ditas. O Budismo, por exemplo, não recorre de modo algum à revelação: tem como ponto de partida a iluminação inteiramente humana de um sábio. Outras apresentam o seu conteúdo como uma revelação celeste, mas atribuindo sua transmissão a um fundador legendário ou mítico, como Hermes Trimegisto no caso da gnose hermética. Na Bíblia, ao contrário, a revelação é um fato histórico, em que os seus intermediários são conhecidos: Moisés e Jesus Cristo. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/revelao-na-bblia.html)

Religião e Espiritismo

L. M. Barros, em Contribuição para o Esclarecimento do Tema: O Espiritismo como Religião, aponta para a existência da religião na codificação kardequiana. O Livro dos Espíritos. Trata-se de um trabalho de "revelação", o que é fundamentalmente uma Religião, pois não há Religião sem "revelação", sem profetismo. O Livro dos Médiuns. Estudo aprofundado da mediunidade, e portanto, de revelação, o que implica no aspecto religioso. O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Céu e O Inferno tratam ainda do problema religioso. O único livro propriamente dito científico é A Gênese, mas ainda voltado para uma explicação científica dos fatos religiosos, tais como os milagres e as curas. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2019/08/religiao-e-espiritismo.html)


Sites e Blogs

Caráter da Revelação Espírita

por Christiano Torchi

Este é um dos mais importantes temas para a compreensão correta da Doutrina Espírita, porque abrange a estrutura teórica da Ciência da Alma ou da Ciência do Infinito, que é o Espiritismo. Como este espaço não nos permite tratar do assunto com profundidade, esboçaremos algumas noções básicas que estimulem o leitor à pesquisa.

A Revelação Espírita tem por característica essencial a verdade e possui natureza dúplice: é divina, por um lado, porque a sua iniciativa é dos Espíritos superiores; é científica, por outro, porque a sua elaboração compete aos homens.

A Doutrina Espírita“não foi ditada completa, nem imposta à crença cega; porque é deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos fatos que os Espíritos põem sob os olhos e das instruções que lhe dão, instruções que ele estuda, comenta, compara, a fim de tirar ele próprio as ilações e aplicações”.[i]

“O Espiritismo não é da alçada da Ciência”[ii], porque esta refere-se às ciências ordinárias (Física, Química, Biologia, etc), queestudam os fenômenos puramente materiais e tratam das propriedades da matéria, que se pode examinar e manipular livremente.

O Espiritismo, que tem base científica própria, “é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”,[iii] cujos fenômenos repousam na ação de inteligências dotadas de vontade própria e livre-arbítrio, as quais, geralmente, não estão dispostas a se submeterem ao papel de cobaias nem permanecem ao sabor das exigências e dos caprichos dos investigadores humanos. Apesar de serem independentes, a Ciência e o Espiritismo se completam reciprocamente.

Embora tenha surgido em meados do século XIX, após o que houve um espantoso surto de progresso científico, a Doutrina Espírita não está desatualizada. A razão disso é que os seus princípios encontram-se muito próximos do nível fenomênico,[iv] havendo atravessado incólume as radicais mudanças de paradigma[v] ocorridas nas primeiras décadas do século XX.

Ademais, a revelação é gradual e apropriada ao estágio evolutivo da humanidade. De Moisés ao Espiritismo, passando por Jesus, temos cerca de 4.000 (quatro mil) anos de saga evolutiva, e ainda não superamos totalmente os instintos animais que nos prendem à retaguarda, dos quais, muitas vezes, abusamos, por falta da necessária renovação moral, que exige profundas mudanças por meio da educação, “que é o conjunto dos hábitos adquiridos”[vi]. (https://fems.org.br/Registro.aspx?id=20170303044602&Tipo=artigos )

Revelação Espírita - Roteiro 4

Lembrando que a palavra Espiritismo é um neologismo criado por Allan Kardec, e utilizado pela primeira vez na Introdução de O Livro dos Espíritos (1857)... 

Ser espiritualista é ser espírita? 

O termo espiritualista tem o mesmo significado de espiritista ou espírita? 

ESPIRITUALISTA 

Princípio oposto ao materialismo. 

Crê existir no homem alguma coisa além da matéria. 

Crê que a alma é um ser independente da matéria e que conserva sua individualidade após a morte. 

Não há consenso na crença da comunicação /interrelação dos espíritos com o mundo material ou esta se faz sob regimes especiais. 

Seus adeptos encontram-se em diversas vertentes religiosas. 

ESPÍRITA 

Princípio oposto ao materialismo. 

Crê existir no homem alguma coisa além da matéria. 

Crê que a alma é o ser imaterial e individual que em nós, encarnados, reside e sobrevive ao corpo. 

Tem por princípio incontestável as relações e comunicação dos Espíritos com o mundo material. 

Seus adeptos professam a Doutrina Espírita e por sua orientação pautam sua vida e seus atos. Introdução - LE –Allan Kardec (https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2013/05/Roteiro-4-A-Revelacao-Espirita.pdf )

Caráter da Revelação Espírita  ( V )

Denizart Castaldeli

As ciências todas resultam da evolução do pensamento e compreensão das coisas pela investigação e observação dos fenômenos naturais. Assim, as atuais são oriundas das antigas formas de pensar. Por isso, a Astronomia tem por irmã mais velha a Astrologia judiciária, ainda não muito distante de nós; a Química é filha da Alquimia e com esta, nenhum homem sensato hoje se ocuparia. Ninguém, no entanto, nega que na Astrologia e na Alquimia estivessem os germens das ciências atuais. Apesar de suas ridículas formulas a Alquimia encaminhou a descoberta dos corpos simples e da lei das afinidades. A Astrologia se apoiava na posição e no movimento dos astros que estudara; mas na ignorância das verdadeiras leis que regem o mecanismo do Universo o astros eram, para o vulgo, seres misteriosos, aos quais a superstição atribuía uma influência moral e um sentido revelador. 

Quando Galileu, Newton e Kepler tornaram conhecidas essas leis, quando o telescópio rasgou o véu e mergulhou nas profundezas do espaço um olhar que algumas criaturas acharam indiscreto, os planetas apareceram como simples mundos semelhantes ao nosso e todo o castelo maravilhoso desmoronou.

Hoje os detratores do Espiritismo, talvez por ignorância, acusam-no de parentesco com a magia e a feitiçaria esquecidos de que estas também se apoiavam na manifestação dos Espíritos, como a Astrologia no movimento dos astros, porém elas, também por ignorância das leis que regem o mundo espiritual, misturavam, com essas relações, práticas e crenças ridículas, com as quais o moderno Espiritismo, fruto da experiência e da observação, acabou. Certamente, a distância que separa o Espiritismo da magia e da feitiçaria é maior do que a que existe entre a Astronomia e a Astrologia, entre a Química e a Alquimia. Confundi-las é provar que de nenhuma se sabe nada.

O simples fato, porém, de poder o homem comunicar-se com os seres do mundo espiritual traz conseqüências incalculáveis da mais alta gravidade; é todo um mundo novo que se nos revela e que tem tanto mais importância, quanto a ele hão de voltar todos os homens, sem exceção.

O conhecimento de tal fato não pode deixar de acarretar, profunda e geral modificação nos costumes, caráter, hábitos, assim como nas crenças que tão grande influência exerceram sobre as relações sociais.

 É uma revolução completa a operar-se nas idéias, que se mostra muito maior e poderosa por não se circunscrever a um único povo ou uma única casta pois que atinge, simultaneamente, pelo coração, todas as classes, todas as nacionalidades, todos os cultos.

 Por essas razões, o Espiritismo pode ser considerado como a terceira das grandes revelações.

Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem foi legislador do povo pelo qual, essa primitiva fé , purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a Terra.

O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino, rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como das recompensas e penas que aguardam o homem após a sua morte.

O Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este partiu das de Moisés, é conseqüência direta da sua doutrina. À ideia vaga da vida futura acrescenta a revelação da existência do mundo invisível, que nos rodeia e povoa o espaço e com isso dá precisão e corpo à crença, uma consistência, uma realidade à ideia. Define os laços que unem a alma ao corpo e levanta o véu que ocultava aos homens os mistérios do nascimento e da morte. Pelo Espiritismo o homem sabe donde vem, para onde vai, porque está na Terra, porque sofre temporariamente e vê, por toda parte, a justiça de Deus. (http://www.cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=538 )


Mensagem Espírita

Procuremos com Zelo

“Procurai com zelo os melhores dons e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 12:31.)

A ideia de que ninguém deve procurar aprender e melhorar-se para ser mais útil à Revelação Divina é muito mais uma tentativa de consagração à ociosidade que um ensaio de humildade incipiente.

A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta, e se a própria pedra deve sofrer o burilamento para refletir a luz, que dizer de nós mesmos, chamados, desde agora, a exteriorizar os recursos divinos?

Ninguém interrompa o serviço abençoado da sua educação, a pretexto de cooperar com o Céu, porque o progresso é um comboio de rodas infatigáveis que relega para trás os que se rebelam contra os imperativos da frente.

É indispensável avançar com a melhoria consequente de tudo o que nos rodeia.

E o Evangelho não endossa qualquer atitude de expectativa displicente.

A palavra de Paulo é demasiado significativa.

Dirigindo-se aos Coríntios, o apóstolo da gentilidade exorta-os a procurarem com fervor os melhores dons.

É imprescindível nos disponhamos a adquirir as qualidades mais nobres de inteligência e coração, sublimando a individualidade imperecível.

Cultura e santificação, através do trabalho e da fraternidade, constituem dever para todas as criaturas.

Autoaperfeiçoamento é obrigação comum.

Busquemos, zelosos, a elevação de nós mesmos, assinalando a nossa presença, seja onde for, com as bênçãos do serviço a todos, e tão logo estejamos integrados no esforço digno, dentro da ação pessoal e incessante no bem, o Alto nos descortinará mais iluminados caminhos para a ascensão. (XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel: Rio de Janeiro: FEB, Capítulo 54)

Diversidade

“E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.” - Paulo. (I Coríntios, 12:6.)

Sem luz espiritual no caminho, reduz-se a experiência humana a complicado acervo de acontecimentos sem sentido.

Distantes da compreensão legítima, os corações fracos interpretam a vida por mera penitência expiatória, enquanto os cérebros fortes observam na luta planetária desordenada aventura.

A peregrinação terrena, todavia, é curso preparatório para a vida mais completa. Cada espírito exercita-se no campo que lhe é próprio, dilatando a celeste herança de que é portador.

A Força Divina está operando em todas as inteligências e superintendendo todos os trabalhos.

É indispensável, portanto, guardarmos muito senso da obra evolutiva que preside aos fenômenos do Universo.

Não existem milagres de construção repentina no plano do espírito, como é impossível improvisar, de momento para outro, qualquer edificação de valor na zona da matéria.

O serviço de iluminação da mente, com a elevação dos sentimentos e raciocínios, demanda tempo, esforço, paciência e perseverança. Daí, a multiplicidade de caracteres a se aprimorarem na oficina da vida humana e, por isso mesmo, a organização de classes, padrões e esferas em número infinito, obedecendo aos superiores desígnios do Pai.

É necessário, pois, que os discípulos da Revelação Nova, com o Cristianismo redivivo, aprendam a valorizar a oportunidade do serviço de cada dia, sem inquietudes, sem aflições. Todas as atividades terrestres, enquadradas no bem, procedem da orientação divina que aproveita cada um de nós outros, segundo a posição em que nos colocamos na ascensão espiritual.

Toda tarefa respeitável e edificante é de origem celeste. Cada homem e cada mulher pode funcionar em campos diferentes, no entanto, em circunstância alguma deveremos esquecer a indiscutível afirmação de Paulo, quando assevera que “há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos”. (XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel: Rio de Janeiro: FEB, Capítulo 96)