Penas e Gozos Futuros

Perguntas e Respostas

1) De onde vem para o homem o sentimento instintivo da vida futura? (Pergunta 959 de O Livro dos Espíritos)

Antes da encarnação o Espírito conhece todas essas coisas, e a alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual.

2) De onde procede a crença, que se encontra em todos os povos, nas penas e recompensas futuras? (Pergunta 960 de O Livro dos Espíritos)

Pressentimento da realidade, dado ao homem pelo seu Espírito.

3) Deus tem a necessidade de se ocupar de cada um dos nossos atos, para nos recompensar ou punir? (Pergunta 964 de O Livro dos Espíritos)

Deus tem as leis que foram escritas na consciência de cada um de nós. A punição resulta na infração da lei divina.

4) As penas e os gozos da alma após a morte têm alguma coisa de material? (Pergunta 965 de O Livro dos Espíritos)

Não podem ser materiais, desde que a alma não é de matéria.

5) Em que consiste a felicidade dos bons Espíritos? (Pergunta 967 de O Livro dos Espíritos)

Em conhecer todas as coisas; não ter ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que fazem a infelicidade dos homens.

6) Quais são os maiores sofrimentos que os maus Espíritos podem suportar? (Pergunta 973 de O Livro dos Espíritos)

Os próprios Espíritos que as sofrem teriam dificuldades em vos dar uma ideia. Mas seguramente a mais horrível é o pensamento de serem condenados para sempre.

7) De onde procede a doutrina do fogo eterno? (Pergunta 974 de O Livro dos Espíritos)

Imagem, como tantas outras, tomada pela realidade.

8) O arrependimento se verifica no estado corpóreo ou no estado espiritual? (Pergunta 990 de O Livro dos Espíritos)

No estado espiritual. Mas pode também verificar-se no estado corpóreo, quando bem compreendeis a distinção entre o bem e o mal.

9) A duração, dos sofrimentos do culpado na vida futura é arbitrária ou subordinada a alguma lei? (Pergunta 1.003 de O Livro dos Espíritos)

Deus nunca age de maneira caprichosa e tudo no Universo é regido por leis que revelam a sua sabedoria e a sua bondade.

10) O dogma da ressurreição da carne é a consagração da reencarnação ensinada pelos Espíritos? (Pergunta 1.010 de O Livro dos Espíritos)

Como quereis que seja de outro modo? A doutrina da pluralidade das existências se conforma à justiça de Deus, somente ela pode explicar o que sem ela é inexplicável. Como quereríeis que esse princípio não estivesse na religião?

11) Um lugar circunscrito no Universo está destinado às penas e aos gozos dos Espíritos, segundo os seus méritos? (Pergunta 1.011 de O Livro dos Espíritos)

As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição do Espírito. Cada um traz em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade.

https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/penas-e-gozos-futuros 


Texto Curto no Blog

Penas e Gozos Futuros

"Penas e Gozos Futuros" é o título do capítulo II do Livro Quarto - "Esperanças e Consolações" - de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Nele são tratados os seguintes temas: O Nada. A Vida Futura, Intuição das Penas e dos Gozos Futuros, Intervenção de Deus nas Penas e Recompensas, Natureza das Penas e dos Gozos Futuros, Penas Temporais, Expiação e Arrependimento, Duração das Penas Futuras, Ressureição da Carne, Paraíso, Inferno, Purgatório. Paraíso Perdido.

Na questão 959, Allan Kardec indaga sobre a origem do sentimento instintivo a respeito da vida futura. Recebe a seguinte consideração: "Antes da encarnação o Espírito conhece todas essas coisas, e a alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual". Sobre a crença de todos os povos nas penas e recompensas, recebe a seguinte resposta: "Pressentimento da realidade, dado ao homem pelo seu Espírito".

Será que Deus tem necessidade de se ocupar de cada um dos nossos atos, para nos recompensar ou punir? Não. As leis de Deus foram escritas em nossa consciência. A punição resulta na infração dessas leis. Não é Deus quem nos recompensa ou pune, mas as suas leis, chamadas por nós de Leis Divinas ou Naturais. Nesse sentido, quando alguém nos faz um mal, é muito mais sábio deixar a punição pela própria lei divina e não pelas nossas próprias mãos.

As penas da alma no mundo espiritual não têm nada de material, pois a alma não é de matéria. Os quadros tenebrosos que se nos apresentam da vida após a morte são o resultado da inteligência ainda não muito desenvolvida. Há, também, o problema da linguagem. "Vossa linguagem é muito imperfeita para exprimir o que existe além do vosso alcance. Por isso foi necessário fazer comparações, sendo essas imagens e figuras tomadas como a própria realidade. Mas à medida que o homem se esclarece, seu pensamento compreende as coisas que a sua linguagem não pode traduzir".

Em linhas gerais, há a felicidade dos bons e a tortura dos maus. A felicidade dos bons Espíritos consiste em conhecer todas as coisas; não ter ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que fazem a infelicidade dos homens. O sofrimento dos maus, que muitas vezes têm dificuldade de nos dar uma ideia, caracteriza-se por um sentimento horrível e o pensame3nto de serem condenados para sempre.

Conclusão: as penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição do Espírito. Cada um traz em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade.

Consultando este tema em O Livro dos Espíritos, poderemos extrair outros detalhes sumamente importantes. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2021/07/penas-e-gozos-futuros.html)

Penas e Gozos Terrenos

Penas e gozos caracterizam o pensamento dicotômico, em que o 1.º termo assume papel relevante, de mais ênfase. Significa dizer que o sofrimento, a dor, a pena são maiores ou mais sentidos do que o prazer, o gozo, a alegria. Este tema evoca uma reflexão sobre a nossa existência no planeta Terra, classificado por Allan Kardec, como um mundo de provas e expiações.

Há possibilidade de separarmos o mundo terreno do mundo espiritual? Quer dizer, estando sob o jugo da matéria, o espiritual estará esquecido? Não, o que Allan Kardec está fazendo é um estudo didático: primeiro analisa as penas e gozos terrenos; depois trata das penas e gozos futuros. Mas como os Espíritos vêem a Terra? Eles sempre falam de um educandário, de um hospital, onde os seus habitantes estão purgando o mal, a fim de se potencializarem na prática do bem. Dessa forma, o nosso ponto de partida é o de que a Terra, sendo um mundo de provas e expiações, o mal nela predomina.

Observemos a felicidade. Será que podemos ser felizes ao lado de irmãos que não têm o necessário para o sustento físico? E por que esses são a maioria? É justamente devido à condição de nosso Planeta. Nesse sentido, nunca poderemos ter uma felicidade plena, a menos que não importemos com o nosso irmão menos aquinhoado. Quem pensa no irmão em dificuldade, dificilmente sentir-se-á feliz. É por isso que o justo é infeliz, pois lutando por uma distribuição mais justa tanto das riquezas materiais como espirituais, será sempre mal compreendido, além de ser desprezado, como o próprio Jesus e outros tantos missionários o foram.

Quais seriam, entretanto, as fontes de infelicidade? Perda de entes queridos, mortes prematuras, antipatias, ingratidão e doenças várias. Dentre elas, a ingratidão assume papel significante. Como, porém, enfrentar essa situação? Lembrando-nos de que a ingratidão é filha do egoísmo e o egoísta encontrará mais tarde corações insensíveis como ele próprio o foi. Além do mais, a ingratidão é uma prova para persistência na prática do bem. Convém ter para com eles muita tolerância e paciência, assim como o Pai Celestial teve e está tendo para conosco.

No meio desses dissabores, o suicídio, que é fruto do desgosto pela vida, corrói as nossas fibras mais íntimas. O que é que leva algumas pessoas ao suicídio? A ociosidade, a falta de fé e a má gestão da sociedade. Assim sendo, sabedores de que a sociedade pode ser injusta, no sentido de não nos oferecer a oportunidade para o sustento de nossa vida, convém não nos desesperamos, quando tal nos acontecer. A beleza não está na facilidade, mas na luta contra as adversidades e revezes, os quais serão levados em conta quando passarmos para a outra dimensão da existência.

Como o nosso mundo é dicotômico, ao lado dos sofrimentos, temos também alegrias, principalmente no contato com os amigos que se afeiçoam com o nosso modo de ser, incentivando-nos e dando-nos forças para continuarmos o cumprimento de nosso dever.(http://sbgespiritismo.blogspot.com/2005/10/penas-e-gozos-terrenos.html


Notas do Blog

Perturbação Espírita

Os gozos e as penas futuras dependem do estado consciencial de cada ser. Os Espíritos que praticaram o bem estarão com a consciência pura, portanto, aptos a usufruírem das alegrias celestiais. Os Espíritos que praticaram o mal, terão a consciência turva, portanto, deverão sofrer as penas, no sentido de se reajustarem às leis naturais. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/perturbao-esprita.html)

Minuto Decisivo

Depois de conversar com André Gioras, que estava preso e deveria ser morto, soube de toda a história. É aí que vai reviver os seus sonhos e o que Jesus lhe disse do minuto decisivo e redentor. Se tivesse escolhido a cruz do Cristo, as suas penas poderiam ter sido abrandadas, mesmo porque numa encarnação passada fora Públio Lentulus Sura e cegara muitas pessoas. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2021/05/minuto-decisivo.html)

Remorso: Notas Extraídas da Revista Espírita

15. Qual o primeiro sentimento que experimentastes ao entrar na nova existência?

Resp. – Um sofrimento intolerável, uma espécie de remorso pungente, cuja causa ignorava.

16. – Acaso vos achastes reunido aos vossos cúmplices concomitantemente supliciados?

Resp. – Infelizmente, sim, por desgraça nossa, pois essa visão recíproca é um suplício contínuo, exprobrando-se uns aos outros os seus crimes.

17. Tendes encontrado as vossas vítimas? Resp. – Vejo-as... são felizes; seus olhares perseguem-me... sinto que me varam o ser e debalde tento fugir-lhes.

18. Que impressão vos causam esses olhares?

Resp. – Vergonha e remorso. Ocasionei-os voluntariamente e ainda os abomino. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2015/08/remorso-notas-extraidas-da-revista.html)

O Rico e o Lázaro

Segundo o relato, Lázaro, no mundo espiritual, está numa situação superior à do rico. É justo? Na terra, Lázaro estava numa situação de "carência"; o rico, de "abundância". Isso tudo para atender à lei de causa e efeito. O rico, porém, tinha uma responsabilidade a mais: distribuir os seus bens com os mais desafortunados. Não o fez. Por isso recebeu, no mundo espiritual, as penas de sua má conduta. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/o-rico-e-o-lazaro.html)

 

Mensagem Espírita

Palavras

“Da mesma boca procede bênção e maldição.” - (Tiago, 3:10.)

Nunca te arrependerás:

De haver ouvido cem frases, pronunciando simplesmente uma ou outra pequena observação.

De evitar o comentário alusivo ao mal, qualquer que seja.

De calar a explosão de cólera.

De preferir o silêncio nos instantes de irritação.

De renunciar aos palpites levianos nas menores controvérsias.

De não opinar em problemas que te não dizem respeito.

De esquivar-te a promessas que não poderias cumprir.

De meditar muitas horas sem abrir os lábios.

De apenas sorrir sempre que visitado pela desilusão ou pela amargura.

De fugir a reclamações de qualquer natureza.

De estimular o bem sob todos os prismas.

De pronunciar palavras de perdão e bondade.

De explanar sobre o otimismo, a fé e a esperança.

De exaltar a confiança no Céu.

De ensinar o que seja útil, verdadeiro e santificante.

De prestar informações que ajudem aos outros.

De exprimir bons pensamentos.

De formular apelos à fraternidade e à concórdia.

De demonstrar benevolência e compreensão.

De fortalecer o trabalho e a educação, a justiça e o dever, a paz e o bem, ainda mesmo com sacrifício do próprio coração.

Examina o sentido, o modo e a direção de tuas palavras, antes de pronunciá-las.

Da mesma boca procede bênção ou maldição para o caminho. (Lição 179 de Vinha de Luz)

São Paulo, julho de 2021.