Liberdade Espiritual

Perguntas e Respostas

1) Qual o conceito de liberdade?

No seu sentido geral, liberdade é o estado do ser que não sofre constrangimento, que age conforme a sua vontade, a sua natureza.

2) Qual a dificuldade de se definir a liberdade?

Há mais de 200 sentidos registrados pelos historiadores de ideias. Para os ingleses, há o termo “freedon” (aspecto positivo), que se refere ao princípio interno de escolha e de ação e o termo “liberty”, (aspecto negativo), que se refere à ausência de coação externa.

3) O que se entende por liberdade espiritual?

A liberdade espiritual é um estado de paz interior, equilíbrio emocional e conexão com algo maior do que nós mesmos. É a sensação de estar livre das amarras emocionais, dos medos e das crenças limitantes que nos impedem de viver plenamente.

4) Qual a diferença entre liberdade e liberdade espiritual?

A liberdade é um conceito mais amplo e diz respeito à capacidade de agir de acordo com a própria vontade, sem restrições externas. Liberdade espiritual é um conceito mais específico e refere-se à autonomia e autodeterminação do espírito humano, livre de amarras internas.

5) Há alguma analogia a se fazer?

Imagine um pássaro em uma gaiola. A liberdade seria a capacidade de abrir a gaiola e voar para longe! A liberdade espiritual seria a capacidade de voar livremente, mesmo sem a gaiola, sem se sentir preso por pensamentos, crenças ou emoções negativas!

6) Quais são as principais características da liberdade espiritual?

Autonomia, autoconsciência, desapego, transcendência e paz interior.

7) Quais são os caminhos para alcançar a liberdade espiritual?

autoconhecimento, desapego, meditação.

8) O que devemos ressaltar neste estudo da liberdade espiritual?

A liberdade espiritual não é um destino final, mas sim uma jornada contínua de autodescoberta e crescimento. 

https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/liberdade-espiritual


Texto Curto no Blog

No seu sentido geral, liberdade é o estado do ser que não sofre constrangimento, que age conforme a sua vontade, a sua natureza. Lembremo-nos de que há mais de 200 sentidos registrados pelos historiadores de ideias. Para os ingleses, há o termo “freedon” (aspecto positivo), que se refere ao princípio interno de escolha e de ação e o termo “liberty, (aspecto negativo), que se refere à ausência de coação externa.

A liberdade espiritual é um estado de paz interior, equilíbrio emocional e conexão com algo maior do que nós mesmos. É a sensação de estar livre das amarras emocionais, dos medos e das crenças limitantes que nos impedem de viver plenamente.

Qual a diferença entre liberdade e liberdade espiritual? A liberdade é um conceito mais amplo e diz respeito à capacidade de agir de acordo com a própria vontade, sem restrições externas. Liberdade espiritual é um conceito mais específico e refere-se à autonomia e autodeterminação do espírito humano, livre de amarras internas.

Imaginemos o indivíduo colocado numa cadeia pública. A liberdade seria a capacidade de abrir os portões e fugir para bem longe dali. A liberdade espiritual seria a capacidade de se expressar livremente, mesmo sem sair do local, sem se sentir preso por pensamentos, crenças ou emoções negativas!

As principais características da liberdade espiritual são: autonomia, autoconsciência, desapego, transcendência e paz interior. Nesse sentido, os caminhos para alcançar a liberdade espiritual estariam circunscritos ao autoconhecimento, à meditação e a vivência diária da autoanálise.

Ressaltemos que a liberdade espiritual não é o fim, mas um caminho de autodescoberta e crescimento, tal qual nos ensina Jesus, quando fala-nos do "sede perfeitos como vosso Pai Celestial o é". Temos que nos aperfeiçoar no dia-a-dia, aproveitando ao máximo os minutos que o Senhor da vida nos concede. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2024/05/liberdade-espiritual.html)

Sobre a Autonomia

A liberdade espiritual se manifesta na capacidade de tomar decisões e agir de acordo com os próprios valores e crenças, sem se submeter à coerção externa ou à pressão social.

O princípio da autodeterminação moral é a base do comportamento ético adulto. Deixar-se guiar-se pelas máximas alheias é perder o eu em si mesmo. Segundo Sócrates, o ethos verdadeiro é agir de acordo com a razão, que se eleva acima do consenso da opinião da multidão, para atingir o nível da objetividade própria do saber demonstrativo. A autonomia, assim, não se realiza na solidão, mas se consolida pelo contato entre os seres humanos.

A reflexão sobre o ethos leva-nos à prática do amor. O verdadeiro exercício do amor longe está das proibições e interdições de que a moral propõe. É uma autodeterminação que envolve a autonomia da vontade na busca da atualização do ser. Assim, não é agir de qualquer jeito, mas de forma ordenada, generosa, que promova a pessoa e os direitos do outro, sobretudo quando esses direitos são espezinhados. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/etica-e-responsabilidade.html)

O homem moderno, influenciado pela filosofia de Descartes — buscar Deus pela razão — perde a orientação característica das sociedades tradicionais, e, desse modo, através do individualismo, cada qual acaba buscando por si mesmo a sua própria orientação na vida. Assim sendo, a autonomia do sujeito é buscar em si mesmo, ou seja, nas suas forças interiores elementos para auto ajudar-se. Contudo, esse culto à individualização fê-lo mais materialista e egoísta, contrariando sobremaneira os ensinamentos evangélicos, que exortam a repartir com os outros os bens adquiridos na vida. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/auto-ajuda.html)

Quando damos mais importância à opinião alheia é porque não estamos usando a nossa autonomia de pensar. Estamos mais preocupados em agradar, em fazer os outros felizes. É correto? E se o outro está nos espezinhando, nos fazendo passar vergonha, será que deveríamos nos portar como vítimas? Lembremo-nos de que o indivíduo inteligente é avaliado pelo modo como escolhe a sua reação em circunstâncias antagônicas, tais como, desavenças e conflitos. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2011/03/ativo-ou-reativo.html)

Há uma lenda japonesa que retrata a autonomia da ação.

Kussunoki Massashige, famoso guerreiro do antigo Japão, celebérrimo pela sua inteligência e pelos seus lances geniais de estratégia, vivia desde sua infância no meio dos guerreiros.

Uma vez, no castelo de seu pai, observava os guerreiros que, reunidos ao redor de um enorme sino, apostavam quem deles conseguiria pô-lo em movimento. Contudo, nenhum deles, mesmo o mais hercúleo conseguiu mover milímetro do sino. O menino assistia a tudo isso com muito interesse. De repente, apresenta-se para mover o sino, desde que tomasse o tempo necessário para tal mister. Ele cola o seu corpo ao sino e começa a fazer esforço para balançar o sino. Depois de várias tentativas o sino começou a mover-se; primeiro lentamente; depois com mais força, formando uma simbiose entre o sino e o peso do garoto.

Qual a lição moral deste conto? É que devemos nos amoldar à situação e não o contrário. Observe a chegada de novos companheiros a um Centro Espírita: quantos, numa primeira reunião, não querem mudar tudo. Qual o resultado? Não conseguirão nada, porque não absorveram as atitudes e os comportamentos das pessoas envolvidas com a situação. (https://sites.google.com/view/palestraespirita/a%C3%A7%C3%A3o-e-rea%C3%A7%C3%A3o)

Sobre a Autoconsciência

Autoconsciência capacidade de registrar tudo o que está sendo vivenciado. Implica em um profundo conhecimento de si mesmo, incluindo seus valores, pensamentos, emoções e motivações. Essa autoconsciência permite ao indivíduo fazer escolhas conscientes e alinhadas com sua essência

Um Espírito comunicante, ao término de uma sessão espiritual, comentando o tema “Ajuda, e o Céu te Ajudará”, enfatiza os pontos principais para a compreensão dessa lição do Evangelho: conhecimento de si mesmo e consciência. Esses são os dois requisitos básicos para que o indivíduo tenha uma atuação aceitável no campo da sua evolução material e espiritual. Conclui que o elemento-chave é a autoconsciência, ou seja, o esforço que cada um de nós deve envidar para conhecer-se a si mesmo, no sentido de criar condições para ser chamado discípulo de Jesus. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2023/04/iluminacao-da-consciencia.html)

Qual o papel do autoconhecimento para que haja amor próprio?

Segundo Sócrates, filósofo da antiguidade clássica grega, o autoconhecimento é a chave libertadora do ser humano. O "Conhece-te a ti mesmo" é um apelo para que o ser humano possa fazer uma volta sobre si mesmo, no sentido de tomar consciência de sua ignorância. É a partir dessa autoconsciência que o ser humano deveria se postar no mundo, pois saberia o que poderia fazer e dispensaria aquilo que não servisse para o seu projeto de vida. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/amar-ao-proximo-como-si-mesmo.html)

Segundo Manfred Frank, em Self-consciousness and Self-knowledge, a relação entre consciência, autoconsciência e autoconhecimento é a seguinte:

Consciência pressupõe autoconsciência. Não há como alguém estar consciente de alguma coisa sem estar consciente de estar consciente dessa coisa.

A autoconsciência é pré-reflexiva. Se a autoconsciência fosse o resultado da reflexão, então só teríamos autoconsciência após termos consciência de alguma coisa que fosse dada à reflexão. Mas isso não pode ser o caso, pois, como dissemos antes, consciência pressupõe autoconsciência. Logo, a autoconsciência é anterior à reflexão.

Autoconsciência e consciência são distintas logicamente, mas funcionam de maneira unitária.

O autoconhecimento — isto é, a consciência reflexiva ou consciência de segunda ordem — pressupõe a consciência pré-reflexiva, isto é, a autoconsciência

De acordo com o esquema acima, a autoconsciência é o elemento fundamental da consciência. Sem ela não há consciência nem reflexão sobre a consciência (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2010/03/consciencia-algumas-notas.html)

Na Idade Moderna, as ciências se desprendem do tronco comum da Filosofia. Restam à Filosofia as reflexões sobre a Ontologia ou Teoria do Ser, a Gnoseologia ou Teoria do Conhecimento e a Axiologia ou Teoria dos Valores. O método utilizado é o da intuição: intelectual, emotiva e volitiva. Discutem-se problemas relacionados ao ser, ao pensamento e à conexão entre ambos. A finalidade é a transformação da sociedade pela autoconsciência do indivíduo. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/conceito-de-filosofia.html)

O problema da autoconsciência do homem já vem de longa data. Desde Sócrates com o conhecimento de si mesmo, passando pelos psicólogos com a autoanálise, estamos sempre preocupados com a volta do ser para sobre si mesmo. Se quiséssemos resumir esses dois mil e quinhentos anos, veríamos que todos estudos da consciencização se enquadram nos relatos da 1ª pessoa, que resulta das coisas que se passam conosco e o relato na 3ª pessoa ou coisas que se passam com os outros. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/filosofia-do-esprito.html)

Qual deve ser, então, o trabalho de um mestre espiritual? O mestre não deve ser o monopolizador das instruções, o conhecedor de todos os mistérios da natureza, ou aquele que dirime todas as dúvidas. A sua função precípua é "des-condicionar" a mente dos seus seguidores, no sentido de fazê-los penetrar na essência do conhecimento espiritual. Para obter êxito nessa empreitada, deve estar constantemente incentivando os seus adeptos a pensarem pela própria cabeça. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/o-mestre-espiritual-e-o-conhecimento.html)

A consciência espontânea ou primitiva põe-nos em contato direto com o mundo exterior. A situação complica-se quando o homem encontra-se em presença de si mesmo, ou seja, suas próprias atividades podem converter-se para ele em objetos de sua percepção e cognição, como é o caso da introspecção. O voltar-se para si mesmo é o que denominamos de autoconsciência, aquela mesma ensinada por Sócrates há mais de 2500 anos. A esse procedimento chamamos consciência reflexiva ou consciência elevada à segunda potência. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/graus-da-conscincia.html)

Sobre o Autoconhecimento

Autoconhecimento.  Buscar um profundo conhecimento de si mesmo, explorando seus valores, crenças, pensamentos e emoções

Autoconhecimento: À medida que a consciência se desenvolve, buscamos compreender nossa identidade, valores, crenças e motivações internas. Isso envolve um processo de autorreflexão e autoexploração, onde questionamos nossas próprias ações, intenções e desejos. O autoconhecimento nos permite reconhecer nossas forças, fraquezas, medos e aspirações, e nos tornamos mais conscientes de como esses elementos influenciam nossas escolhas e comportamentos. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2011/02/da-consciencia-ingenua-consciencia-de.html)

O autoconhecimento, embora tenha por objetivo a perfeição do ser humano, visa, em última instância, a exortação da gnose (onde gnothi seauton significa “conhece a ti mesmo”) não passa de um escapismo segundo Martin Burckhardt, em “Pequena História das Grandes Ideias”. Como se explica? (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2012/08/autoconhecimento.html)

O autoconhecimento, que é a premissa básica do gnosticismo, não passa de um escapismo, como nos ensina Martin Burckhardt, em “Pequena História das Grandes Ideias”. Para ele, a gnose passa a ser um escapismo, quando se torna uma religião da razão. Platão falava de um mundo além deste; o gnósticos queriam a felicidade aqui e agora. A dificuldade estava em entender a descida do ser humano ao vale de lágrimas: como pressupunham que a carne era fraca, encontraram um vilão para todos os pecados: o demoníaco, diabolon, antítese da divindade.   (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2013/01/gnosticismo.html)

Qual o papel do autoconhecimento para que haja amor próprio?

Segundo Sócrates, filósofo da antiguidade clássica grega, o autoconhecimento é a chave libertadora do ser humano. O "Conhece-te a ti mesmo" é um apelo para que o ser humano possa fazer uma volta sobre si mesmo, no sentido de tomar consciência de sua ignorância. É a partir dessa autoconsciência que o ser humano deveria se postar no mundo, pois saberia o que poderia fazer e dispensaria aquilo que não servisse para o seu projeto de vida. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/amar-ao-proximo-como-si-mesmo.html)

Sócrates não é o autor da frase "conhece-te a ti mesmo". Na tradição mítica, essa sentença foi proferida pelo deus Apolo, e estava gravada no frontispício do templo de Delfos [A frase completa era: "Conhece-te a ti mesmo e conhecerá o universo e os deuses"]. Foi somente depois da sua visita a Cherofonte, o oráculo de Delfos, que passou a refletir sobre o "conhece-te a ti mesmo". Este dístico inspira-lhe dois diálogos, narrados em Platão (Alcibíades, l28d-l29) e em Xenofontes (Memoráveis IV, II, 26), onde retrata a importância do autoconhecimento. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/06/conhecimento-de-si-mesmo.html)

Sobre o Desapego

Refere-se à capacidade de se libertar de apegos materiais, mentais e emocionais que limitam a liberdade individual. Isso inclui desapego a bens materiais, desejos egoístas e crenças dogmáticas

A morte é a passagem do mundo das formas para o mundo das essências. A paz com a nossa consciência permite-nos um desprendimento suave. O apego à matéria dificulta o desligamento do Espírito do corpo físico. É por isso que os Espíritos superiores estão sempre nos lembrando de nossas mudanças comportamentais: o desapego da matéria, o perdão, o esquecimento da ofensa etc. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/vida-futura-e-espiritismo.html)

Percalços do caminho. Bezerra de Menezes, uma espécie de supervisor da viagem, apontou que haveria surpresas dolorosas. Nesse sentido, todos deveriam manter a serenidade e o desapego para não serem vítimas das trevas. [Capítulo 6] (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2022/12/voltei-notas-do-livro.html)

Buscar primeiramente e Reino de Deus e tudo o mais virá por acréscimo. O reino de Deus não é um lugar circunscrito, mas "obra divina no coração dos homens", ou seja, a edificação da sabedoria e a conquista do amor, através do trabalho incessante na prática do bem. É o desapego aos bens materiais, o perdão às ofensas dos inimigos, enfim, é a lembrança das Leis Divinas ou Naturais, gravadas por Deus em nossa consciência. Nesse sentido, todo o esforço despendido em auxiliar o próximo, em silenciar uma crítica, em pensar duas vezes antes de querelar com o vizinho assume papel relevante na prática da perfeição.  (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2013/07/observai-os-passaros-do-ceu.html)

Para compormos uma obra intelectual, convém criarmos em nosso interior uma zona de silêncio, um hábito de recolhimento, uma atitude de desapego. Esse clima interior deixa-nos livres para pensar. Em seguida, convém o intelectual se dispor a pensar, ou seja, captar parte da verdade que o mundo lhe oferece. Nesse quesito, convém separarmos a memória de papagaio da memória profunda. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2014/09/vida-intelectual.html)

Na meditação zen, o que vemos não pode ser descrito. O objetivo do zen é esvaziar o conteúdo da mente, que não faz parte dela. O zen não é um estudo, mas um exercício. Num mundo onde as pessoas desejam adquirir coisas, ter conhecimento e insight como bens pessoais, o zen é a frustração máxima. Zen é desapego. Conta-se que quando pediram a Bodhidharma para sintetizar a ideia do budismo, ele respondeu: "Um amplo vazio. Um nada sagrado".  (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2015/11/o-zen-budismo-e-o-koan.html)

Sobre a Transcendência 

Transcendência. Envolve a capacidade de ir além das limitações do mundo físico e alcançar um estado de consciência mais elevado, conectado com algo maior que si mesmo. Essa transcendência pode ser espiritual, religiosa ou filosófica. 

Imanência — lugar onde fica. Im-manere é deter-se em — ficar aquém de um limite, perante uma vedação, numa fronteira. Transcendência — do lat. transcendentia é, antes de tudo, a ideia de um exceder, de um além referido a um aquém. Em grego, meta. Transcender é ultrapassar, subir além de, estar além de. 

Transcender não é sairmos de nós e irmos para o exterior. É suplantarmo-nos, ou seja, vencermos a nós mesmos.  (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/07/imanncia-e-transcendncia.html)

Ser capaz de verdade remete o ser à sua transcendência. Transcender-se é projetar-se, ou seja, é constituir um mundo enquanto conjunto de possibilidades. A transcendência, enquanto estrutura da realidade humana, explica a liberdade e a verdade, entendida como aletheia, revelação ou descobrimento do ser. “Ora, a transcendência é a própria liberdade, que assim se revela como a origem do princípio, de razão e o fundamento último, o ‘abismo’ além do qual não é possível remontar”. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2010/10/heidegger-martin.html)

Vários pensadores contemporâneos vêm detectando uma apatia espiritual que domina o mundo. Eles dizem que esse entorpecimento de perceber a transcendência do ser é um tipo de doença ou miopia cultural, uma das questões centrais de nossa época. As pessoas, seduzidas pelo sistema de valor de consumo, acabam se desmoralizando eticamente. Isso faz com que não contemplem uma “ordem mais ampla do Ser”. Há, assim, uma necessidade premente da “limpeza das portas da percepção”. 

John Hick, filósofo e estudioso das religiões, por exemplo, afirma que as várias tradições religiosas do mundo compartilham um senso de transcendência, em que há a substituição do sentimento egoísta por uma devoção que produz compaixão e amor para com os outros seres humanos. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2010/03/entorpecimento-das-habilidades.html)

A Química e a Física, catalogadas como ciência material, estudam a ação íntima dos corpos, suas relações entre si e as suas propriedades. A Psicologia e a Sociologia, representando a tábua da conquista da ciência intelectual, examinam os sentimentos e os problemas sociais. A Biologia é ciência da vida em suas profundezas, revelando a transcendência da origem — o Espírito, o Verbo Divino. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2019/01/ciencias-e-espiritismo.html)

Tanto no Antigo como no Novo Testamento há alusão ao reino de deus. No Velho Testamento, desde a época da instalação de Israel em Canaã, Iavé é reconhecido como seu Rei e, mesmo depois da queda da monarquia, pensava-se ainda na realização do reino de deus nos fins dos tempos. No Novo Testamento, Jesus interpreta-o sem o caráter de nacionalismo, reservado somente aos descendentes de Abraão, mas como a grande esperança na vida futura e a transcendência pelo qual importava sacrificar tudo na terra, inclusive a própria vida. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/o-reino-de-deus.html)


Sobre a Meditação

“A meditação do sábio é uma meditação não da morte, mas da vida”. (Spinoza) 

Meditação: A meditação pode ser uma ferramenta poderosa para acalmar a mente, aumentar a autoconsciência e promover a conexão com o eu interior

"Perguntaram ao Buda: O que você ganhou com a meditação? Ele disse: Nada, mas deixe-me dizer o que perdi com ela: ansiedade, raiva, depressão, insegurança, medo da velhice e da morte". (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2019/03/ansiedade-e-budismo.html)

Todos os grandes líderes da humanidade, principalmente Buda e Jesus, praticavam a meditação profunda. A meditação carrega nossos pensamentos com enorme carga de energia psíquica. A manutenção dos pensamentos elevados tem íntima relação, não só com a meditação, mas também com a concentração e a contemplação. É sumamente importante cuidarmos do fluxo da energia psíquica, para que o seu uso não ultrapasse os limites da racionalidade, e provocando doença e não saúde. (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2010/09/energia-psiquica-e-seu-uso.html)

Na meditação zen, o que vemos não pode ser descrito. O objetivo do zen é esvaziar o conteúdo da mente, que não faz parte dela. O zen não é um estudo, mas um exercício. Num mundo onde as pessoas desejam adquirir coisas, ter conhecimento e insight como bens pessoais, o zen é a frustração máxima. Zen é desapego. Conta-se que quando pediram a Bodhidharma para sintetizar a ideia do budismo, ele respondeu: "Um amplo vazio. Um nada sagrado".  (https://sbgfilosofia.blogspot.com/2015/11/o-zen-budismo-e-o-koan.html)

Atenção, concentração, reflexão e meditação são alguns dos estados da mente que caracterizam a boa relação entre o "observador" e a "coisa observada". Na atenção devemos estar passivos; na concentração e reflexão, ativos. A meditação, por sua vez, é um estado de alma de completo percebimento de nós mesmos. Ultrapassa a reflexão, pois enquanto aquela é uma volta sobre si mesmo, esta vai em busca dos aspectos mais gerais do ser. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/meditao.html)

O verdadeiro cristão deve preferir a meditação ao sono, pois este pode nos levar ao pesadelo. A meditação – ou autoconsciência – como já nos ensinava Sócrates na Antiguidade, nada mais é do que a tomada de consciência das verdades espirituais. Dizer a verdade e mostrar a uma pessoa que ela é injusta pode trazer muitos aborrecimentos para a pessoa que o disse. Pergunta-se: como plantar o Reino dos Céus no coração das pessoas, se não se chamar a atenção para os erros de interpretação das verdades eternas? (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/10/o-sono-dos-cristos.html)