Marxismo e Espiritismo

Perguntas e Respostas

1) Quem foi Marx?

Karl Marx (1818-1883) foi um economista e sociólogo alemão que se associou a Friedrich Engels para escrever sobre Economia e Política. Em 1845, publicou A Miséria da Filosofia. Em 1848, publica, juntamente com Engels, O Manifesto Comunista. Em 1859, publica a Critica da Política Econômica, que contém a essência das teorias econômicas, posteriormente desenvolvidas em seu livro famoso O Capital, cujo primeiro volume surgiu em 1867.

2) Qual a origem e âmbito do termo marxista?

O marxismo, tal como foi elaborado por Marx e Engels, é uma concepção dialético-materialista da natureza e da história, portadora de um projeto ético-político de transformação da sociedade capitalista dos tempos modernos.

Deste núcleo central derivam três correntes filosóficas: a) marxismo-leninismo; b) marxismo humanista; c) marxismo histórico-científico. (Enciclopédia Verbo de Sociedade e Estado)

3) O que se entende por concepção dialético-materialista da natureza e da história?

O ponto de partida para a compreensão deste tópico é a dialética de Hegel. Hegel (1770-1831) estabelecera as três fases do desenvolvimento do pensamento: tese, antítese, síntese (ou luta dos contrários). Uma vez alcançada a síntese, esta se torna uma nova tese para mais uma etapa da evolução do pensamento. Hegel falava a respeito do pensamento, da idéia, por isso idealista. Feuerbach (1775-1833), que foi discípulo Hegel, discorda do seu mestre, inverte a dialética de Hegel, colocando a matéria como principal e o Espírito como secundário. Marx, que também fora discípulo de Hegel, junta essas duas concepções e concebe o materialismo dialético histórico. Por que o faz? Por causa da sua observação da luta de classes ao longo da história da humanidade. Viu que na Idade Primitiva, os escravos lutavam contra os senhores; na Idade Média, os vassalos lutavam contra os senhores feudais; na Idade Moderna, o proletariado lutava contra os empresários.

4) No que se funda a dialética materialista histórica de Marx?

Na perspectiva da dialética materialista, a matéria é eterna, essencialmente dinâmica, em permanente movimento ascensorial. Num determinado momento do seu curso evolutivo, aparece a vida; num determinado momento da evolução da vida, surge o homem, cujo cérebro produz o pensamento como reflexo dos movimentos anteriores. Aplicada à história, a dialética materialista significa que a evolução da sociedade é determinada, em última instância, pelo modo de produção dos meios de subsistência. Com base nessa observação histórica, Marx e Engels sustentam que "a história de toda a sociedade até os nossos dias é a história da luta de classes". (Manifesto do Partido Comunista)

5) Como explicar que o sistema capitalista de livre iniciativa contém, em si próprio, o germe da sua destruição?

A alienação econômica fundamenta esta explicação. Marx parte da distinção entre o valor de uso e o valor de troca do trabalho humano. Acha ele que o proprietário paga um valor inferior àquele que o empregado produz para a empresa. A isto se dá o nome de mais-valia. Em suas lucubrações, chega à conclusão que surgirá um regime provisório – ditadura do proletariado – durante o qual se procederá a eliminação dos vestígios do espírito burguês.

6) Como se passaria do sistema capitalista para o comunismo?

No capitalismo há luta de classes (proletário e empresário). Este seria o último estádio – a partir do qual surgirá o socialismo, para depois vir o comunismo, uma sociedade sem classes, sem Estado, sem o homem explorando o próprio homem. Vigoraria apenas a igualdade absoluta.

7) Que crítica podemos fazer ao marxismo?

A matéria é uma concepção vaga, sem prévia demonstração de importantes propriedades ontológicas: eternidade, infinidade, auto-movimento e poder criador;

Quanto à influência do econômico, trata-se de uma grande confusão de conceitos;

Como doutrina metafísica, o materialismo dialético não passa de um postulado sem base racional;

Sob o aspecto religioso, reconhece-se o acerto de Marx à ilusão da religião. Contudo, o verdadeiro teísmo, tanto filosófico como revelado, não se confunde com essas ilusões.

8) Por que Marx se insurgiu contra a religião?

Marx era um cientista, e como tal, baseava-se na comprovação dos fatos. Os fatos materiais, aqueles que se podem apalpar, oferecem vastos campos à comprovação. Quanto aos dados do Espírito, a religião da época não lhe fornecia provas convincentes. Marx desconfiava das promessas da felicidade em outro mundo, na vida futura. Concentra-se assim apenas na matéria, no concreto. Não o faz por capricho, por querer contrariar a religião, mas por causa de sua sina de cientista.

9) Como relacionar Marx e Kardec?

Marx viu o homem como um composto físico-químico – conduzido pelo modo de produção. Kardec nos ensinava que o espírito está encarnado num corpo físico.

O homem de Marx libertou-se da exploração econômica, mas não da perspectiva da morte. Kardec ensinou-nos a respeito da imortalidade da alma.

Marx acertou na tese da "exploração do homem pelo homem". Fez ver que o socialismo, ou regime de propriedade coletiva, corresponde a um novo sentido da vida. O mesmo admite a doutrina socialista espírita. (Mariotti, 1983)

10) O que se conclui?

Que o Espiritismo vem nos trazer subsídios para todo e qualquer assunto, quer seja de cunho mediúnico, social e científico. Basta que apliquemos os seus princípios fundamentais em nossas análises.

Para reflexão: Práxis, vida contemplativa versus vida operativa, luta de classes e classes de luta.

(Reunião de 08/06/2008)

Bibliografia Consultada

MARIOTTI, Humberto. Parapsicologia e Materialismo Histórico. Tradução de J. L. Ovando. São Paulo: Edicel, 1983.

POLIS - ENCICLOPÉDIA VERBO DA SOCIEDADE E DO ESTADO. São Paulo: Verbo, 1986. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/marxismo-e-espiritismo?authuser=0)


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Marxismo e Espiritismo

Karl Marx (1818-1883) foi um economista e sociólogo alemão que se associou a Friedrich Engels para escrever sobre Economia e Política. Em 1845, publicou A Miséria da Filosofia. Em 1848, publica, juntamente com Engels, O Manifesto Comunista. Em 1859, publica a Critica da Política Econômica, que contém a essência das teorias econômicas, posteriormente desenvolvidas em seu livro famoso O Capital, cujo primeiro volume surgiu em 1867.

O marxismo, tal como foi elaborado por Marx e Engels, é uma concepção dialético-materialista da natureza e da história, portadora de um projeto ético-político de transformação da sociedade capitalista dos tempos modernos. Deste núcleo central derivam três correntes filosóficas: a) marxismo-leninismo; b) marxismo humanista; c) marxismo histórico-científico. (Enciclopédia Verbo de Sociedade e Estado)

O ponto de partida para a compreensão da concepção dialético-materialista da natureza e da história é a dialética de Hegel. Hegel (1770-1831) estabelecera as três fases do desenvolvimento do pensamento: tese, antítese, síntese (ou luta dos contrários). Uma vez alcançada a síntese, esta se torna uma nova tese para mais uma etapa da evolução do pensamento. Hegel falava a respeito do pensamento, da idéia, por isso idealista. Feuerbach (1775-1833), que foi discípulo Hegel, discorda do seu mestre, inverte a dialética de Hegel, colocando a matéria como principal e o Espírito como secundário. Marx, que também fora discípulo de Hegel, junta essas duas concepções e concebe o materialismo dialético histórico. Por que o faz? Por causa da sua observação da luta de classes ao longo da história da humanidade. Viu que na Idade Primitiva, os escravos lutavam contra os senhores; na Idade Média, os vassalos lutavam contra os senhores feudais; na Idade Moderna, o proletariado lutava contra os empresários.

Na perspectiva da dialética materialista, a matéria é eterna, essencialmente dinâmica, em permanente movimento ascensorial. Num determinado momento do seu curso evolutivo, aparece a vida; num determinado momento da evolução da vida, surge o homem, cujo cérebro produz o pensamento como reflexo dos movimentos anteriores. Aplicada à história, a dialética materialista significa que a evolução da sociedade é determinada, em última instância, pelo modo de produção dos meios de subsistência. Com base nessa observação histórica, Marx e Engels sustentam que "a história de toda a sociedade até os nossos dias é a história da luta de classes". (Manifesto do Partido Comunista)

O sistema capitalista de livre iniciativa contém, em si próprio, o germe da sua destruição. Como explicar? A alienação econômica fundamenta esta explicação. Marx parte da distinção entre o valor de uso e o valor de troca do trabalho humano. Acha ele que o proprietário paga um valor inferior àquele que o empregado produz para a empresa. A isto se dá o nome de mais-valia. Em suas lucubrações, chega à conclusão que surgirá um regime provisório – ditadura do proletariado – durante o qual se procederá a eliminação dos vestígios do espírito burguês.

Como se passaria do sistema capitalista para o comunismo? No capitalismo há luta de classes (proletário e empresário). Este seria o último estádio – a partir do qual surgirá o socialismo, para depois vir o comunismo, uma sociedade sem classes, sem Estado, sem o homem explorando o próprio homem. Vigoraria apenas a igualdade absoluta.

Algumas críticas ao marxismo: a matéria é uma concepção vaga, sem prévia demonstração de importantes propriedades ontológicas: eternidade, infinidade, auto-movimento e poder criador; quanto à influência do econômico, trata-se de uma grande confusão de conceitos; como doutrina metafísica, o materialismo dialético não passa de um postulado sem base racional; sob o aspecto religioso, reconhece-se o acerto de Marx à ilusão da religião. Contudo, o verdadeiro teísmo, tanto filosófico como revelado, não se confunde com essas ilusões.

Por que Marx se insurgiu contra a religião? Marx era um cientista, e como tal, baseava-se na comprovação dos fatos. Os fatos materiais, aqueles que se podem apalpar, oferecem vastos campos à comprovação. Quanto aos dados do Espírito, a religião da época não lhe fornecia provas convincentes. Marx desconfiava das promessas da felicidade em outro mundo, na vida futura. Concentra-se assim apenas na matéria, no concreto. Não o faz por capricho, por querer contrariar a religião, mas por causa de sua sina de cientista.

Como relacionar Marx e Kardec? Marx viu o homem como um composto físico-químico – conduzido pelo modo de produção. Kardec nos ensinava que o espírito está encarnado num corpo físico. O homem de Marx libertou-se da exploração econômica, mas não da perspectiva da morte. Kardec ensinou-nos a respeito da imortalidade da alma. Marx acertou na tese da "exploração do homem pelo homem". Fez ver que o socialismo, ou regime de propriedade coletiva, corresponde a um novo sentido da vida. O mesmo admite a doutrina socialista espírita. (Mariotti, 1983)

O Espiritismo vem nos trazer subsídios para todo e qualquer assunto, quer seja de cunho mediúnico, social e científico. Basta que apliquemos os seus princípios fundamentais em nossas análises.

Bibliografia Consultada

MARIOTTI, Humberto. Parapsicologia e Materialismo Histórico. Tradução de J. L. Ovando. São Paulo: Edicel, 1983.

POLIS - ENCICLOPÉDIA VERBO DA SOCIEDADE E DO ESTADO. São Paulo: Verbo, 1986. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/marximso-e-espiritismo.html)


Em Forma de Palestra

Marxismo e Espiritismo

1. Introdução

O objetivo deste estudo é comparar as proposições de Marx e seu materialismo histórico com os princípios doutrinários desenvolvidos por Allan Kardec em suas obras básicas.

2. Conceito

O marxismo, tal como foi elaborado por Marx e Engels, é uma concepção dialético-materialista da natureza e da história, portadora de um projeto ético-político de transformação da sociedade capitalista dos tempos modernos.

Deste núcleo central, derivam três correntes filosóficas: a) marxismo-leninismo, doutrina oficial do partido comunista soviético; b) marxismo humanista, inspirado sobretudo nos Manuscritos Parisienses de 1844 ; c) marxismo histórico-científico, que se apoia exclusivamente na dialética materialista da história. (Enciclopédia Verbo de Sociedade e Estado)

3. Considerações Iniciais

As teses expostas por Karl Marx e Friedrich Engels servem para muitas interpretações: não é fácil separar o que pertence exclusivamente a Marx (marxeano) dos elementos introduzidos pelos interpretes e continuadores (marxistas). Além disso, a teoria marxista sofreu críticas acerbas, tanto da filosofia como da religião organizada. Quanto à religião, afirmara que esta é o ópio do povo, principalmente pelas promessas de uma vida no além. Daí o ódio gratuito que obteve dos religiosos de um modo geral.

Tencionamos seguir a recomendação de Humberto Mariotti, em Parapsicologia e Materialismo Histórico, ou seja, fazer uma crítica serena e isenta de qualquer preconceito.

4. Ponto de Partida

4.1. Dialética de Hegel

O ponto de partida para a compreensão deste tema é a dialética de Hegel. Hegel (1770-1831) foi um filósofo idealista. Ele aprimorou a dialética de Sócrates e de Platão. Em suas análises filosóficas, acentuava que a evolução do pensamento se dava em função de uma tese (afirmação), antítese (negação da tese) e síntese (negação da negação). A síntese, uma vez alcançada, servia como uma nova tese para mais outra etapa da ascensão do pensamento. Façamos uma analogia com a planta: semente, botão, fruto e novamente semente. O ser como exemplo: o ser (tese) é indeterminado, absoluto, pura potencialidade. Mas é um conceito vazio de realidade e, por isso, identifica-se ao não-ser (antítese). Necessita sair dessa contradição e se atualiza no devir (síntese).

4.2. Dialética Materialista

Feuerbach (1775-1833), discípulo de Hegel, em suas lucubrações filosóficas, inverte o processo do pensamento estabelecido por Hegel. Em vez de a dialética partir do espírito, ela parte a matéria. Nesse caso, a matéria torna o elemento principal e o espírito secundário, um epifenômeno, para usarmos a terminologia filosófica.

4.3. Dialética Materialista Histórica

Marx e Engels juntam as duas formulações anteriores e acrescentam os dados históricos, criando o termo materialismo dialético histórico. Há luta dos contrários, mas isso se dá no âmbito da história. Observando as ocorrências históricas, Marx percebeu a luta de classes é que domina o mundo. Na Antigüidade, os escravos lutavam contra os senhores; na Idade Média, os vassalos lutavam contra os senhores feudais; em sua época, observando a Revolução Francesa, presumia que o proletariado deveria lutar contra os empresários. Daí, sua tese: "A superação do capitalismo está no próprio germe do capitalismo".

5. Marx e o Comunismo

5.1. Quem Foi Marx?

Karl Marx (1818-1883) foi um economista e sociólogo alemão que se associou a Friedrich Engels para escrever sobre Economia e Política. Em 1845, publicou A Miséria da Filosofia. Em 1848, publica, juntamente com Engels, O Manifesto Comunista. Em 1859, publica a Critica da Política Econômica, que contém a essência das teorias econômicas, posteriormente desenvolvidas em seu livro famoso O Capital, cujo primeiro volume surgiu em 1867.

5.2. A Perspectiva da Dialética Materialista

Na perspectiva da dialética materialista, a matéria é eterna, essencialmente dinâmica, em permanente movimento ascensorial. Num determinado momento do seu curso evolutivo, aparece a vida; num determinado momento da evolução da vida, surge o homem, cujo cérebro produz o pensamento como reflexo dos movimentos anteriores. Aplicada à história, a dialética materialista significa que a evolução da sociedade é determinada, em última instância, pelo modo de produção dos meios de subsistência. Com base nessa observação histórica, Marx e Engels sustentam que "a história de toda a sociedade até os nossos dias é a história da luta de classes". (Manifesto do Partido Comunista)

5.3. O Problema da Mais-Valia

Em se tratando de economia, Marx raciocina com os conceitos de valor de uso e valor de troca e chega à mais-valia, o estopim da transformação por ele requerida. Para Marx e Engels, o empresário pagava (valor de troca) menos do que o trabalhador produzia (valor de uso). Com isso, ia acumulando os excedentes, que por direito pertenciam ao trabalhador. A isso deu o nome de mais-valia, germe da própria derrocada do capitalismo, para se transformar em comunismo.

Ele achava que o proletariado não deveria esperar passivamente esse grande dia, mas lutar para que isso acontecesse o mais rápido possível. Daí criar o termo ditadura do proletariado, fase transitória (denominado de socialismo cientifico), até atingir o comunismo, uma sociedade sem classes, sem Estado e com a maior igualdade na distribuição dos bens.

6. Marxismo e Espiritismo

6.1. Marxismo e o Espírito

O marxismo, como gerador de um sentimento materialista, vem sendo criticado pelos teóricos religiosos. Quanto a nós, seria conveniente descortinar novos horizontes de análise. Marx, como sabemos, era um cientista, e como tal, baseava-se na comprovação dos fatos. Os fatos materiais, aqueles que se podem apalpar, oferecem vasto campo à comprovação. Quanto aos dados do Espírito, a religião da época não lhe fornecia provas convincentes. Marx desconfiava das promessas da felicidade em outro mundo, na vida futura. Concentra-se assim apenas na matéria, no concreto. Não o faz por ódio, capricho, por querer contrariar a religião, mas por causa de sua sina de cientista. Ao Espiritismo cabe-lhe fornecer a dimensão do Espírito, entendido como Espírito, perispírito e corpo físico. (Mariotti, 1983 cap. II)

6.2. Marx e Kardec 

Marx libertou o homem da exploração econômica. Deu-lhe uma nova dimensão do ser quanto à sua função material na sociedade. Contudo, faltou-lhe a dimensão metafísica, da vida além-túmulo que o Espiritismo lhe pode oferecer facilmente. Com Marx, o ser humano morre para nunca mais nascer. A realidade do Espírito, contudo, explicada por Allan Kardec, é outra. Ele é imortal e pode retornar à terra quantas vezes forem necessárias para dar prosseguimento à sua evolução rumo à perfeição ensinada pelo mestre Jesus. (Mariotti, 1983, cap. III)

6.3. Desmando Intelectual 

Marx pode ter se inserido no mundo como um cientista. Não precisava ser radical ao ponto de negar a existência do Espírito, do sentimento religioso, inerente em todo o ser humano. O Espírito Emmanuel alerta-nos para os desmandos intelectuais, quando nos deixamos envolver demasiadamente pela demanda científica da sociedade. A vida é muito mais do que a ciência, do que a filosofia e do que a própria religião. O ser vivente é uma alma que aspira a uma íntima relação com o seu Criador, através dos ensinamentos trazidos por Jesus Cristo, nosso Mestre e Salvador.

7. Conclusão

O Espiritismo é um farol que ilumina tudo quanto toca. Saibamos nos desprender dos bens materiais, deixando o nosso interior livre dos diversos vícios que possam tisnar a boa recepção dessa luz espiritual.

8. Bibliografia Consultada

MARIOTTI, Humberto. Parapsicologia e Materialismo Histórico. Tradução de J. L. Ovando. São Paulo: Edicel, 1983.

POLIS - ENCICLOPÉDIA VERBO DA SOCIEDADE E DO ESTADO. São Paulo: Verbo, 1986.

São Paulo, junho de 2008. 



Notas do Blog

Materialismo Histórico e Espiritismo

O Espiritismo, como processo libertador de consciências, auxilia-nos a compreender melhor os acontecimentos da vida. A luta de classes preconizada por Marx, transforma-se, na visão espírita, em classes de luta. Os adeptos do marxismo entendem que o povo explorado só pode melhorar sua situação se pegar em armas e instalar uma revolução. No Espiritismo, tanto o proletariado como o empresário devem suplantar a si mesmos. Agindo assim, obtém-se um relacionamento amigável entre patrão e empregado. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/materialismo-histrico-e-espiritismo.html)

Mito, Mística e Espiritismo

Em termos filosóficos e políticos, há que se considerar o existencialismo, o marxismo e o liberalismo. O existencialismo, por exemplo, atribui um valor absoluto à existência atual, negligenciando as vidas passadas; o marxismo convida-nos a conquistar a justiça e a igualdade através da luta de classes; esquecem-se de que somos desiguais e por isso precisamos de níveis diferentes de renda; o liberalismo apoiando-se na espontaneidade deixa que cada um aja de acordo com a subjetividade de sua consciência; esquecem-se de que devemos agir de acordo com a consciência bem formada. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/mito-mstica-e-espiritismo.html)

Socialismo e Capitalismo

O marxismo — resultado das idéias de Marx expostas no Manifesto Comunista de 1848 e na sua obra O Capital — influenciou muitos pensadores e políticos na luta contra o capitalismo. Marx, no desenvolvimento de seus pensamentos, considerava que o Estado capitalista estava predestinado a ser destruído e substituído pela "ditadura do proletariado" que, por sua vez, por "decomposição" do Estado se transformaria finalmente numa sociedade sem classes. A história nos mostrou que apenas a Rússia e a China – países pré-capitalistas – implantaram esse sistema. O curioso é que esses países não tinham ainda atingido a fase do capitalismo. (http://sbgecopoli.blogspot.com/2008/07/socialismo-e-capitalismo.html)


Mensagem Espírita

No Campo Social

“Ele respondeu e disse-lhes: – Dai-lhes vós de comer...” – (Marcos, 6:37.)

Diante da multidão fatigada e faminta, Jesus recomenda aos apóstolos: – “Dai-lhes vós de comer.”

A observação do Mestre é importante, quando realmente poderia ele induzi-los a recriminar a multidão pela imprudência de uma jornada exaustiva até o monte, sem a garantia do farnel.

O Mestre desejou, porém, gravar no espírito dos aprendizes a consagração deles ao serviço popular. Ensinou que aos cooperadores do Evangelho, perante a turba necessitada, compete tão-somente um dever – o da prestação de auxílio desinteressado e fraternal.

Naquela hora do ensinamento inesquecível, a fome era naturalmente do corpo, vencido de cansaço, mas, ainda e sempre, vemos a multidão carecente de amparo, dominada pela fome de luz e de harmonia, vergastada pelos invisíveis azorragues da discórdia e da incompreensão.

Os colaboradores de Jesus são chamados, não a obscurecê-la com o pessimismo, não a perturbá-la com a indisciplina ou a imobilizá-la com o desânimo, mas sim a nutri-la de esclarecimento e paz, fortaleza moral e sublime esperança.

Se te encontras diante do povo, com o anseio de ajudá-lo, se te propões contribuir na regeneração do campo social, não te percas em pregações de rebelião e desespero. Conserva a serenidade e alimenta o próximo com o teu bom exemplo e com a tua boa palavra.

Não olvides a recomendação do Senhor: – “Dai-lhes vós de comer.” (XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 131)

Necessidade Essencial

“Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.” - Jesus. (Lucas, 22:32.)

Justo destacar que Jesus, ciente de que Simão permanecia num mundo em que imperam as vantagens de caráter material, não intercedesse, junto ao Pai, a fim de que lhe não faltassem recursos físicos, tais como a satisfação do corpo, a remuneração substanciosa ou a consideração social.

Declara o Mestre haver pedido ao Supremo Senhor para que em Pedro não se enfraqueça o dom da fé.

Salientou, assim, o Cristo, a necessidade essencial da criatura humana, no que se refere à confiança em Deus, num círculo de lutas onde todos os benefícios visíveis estão sujeitos à transformação e à morte.

Testemunhava que, de todas as realizações sublimes do homem atual, a fé viva e ativa é das mais difíceis de serem consolidadas. Reconhecia que a segurança espiritual dos companheiros terrestres não é obra de alguns dias, porque pequeninos acontecimentos podem interrompê-la, feri-la, adiá-la. A ingratidão de um amigo, um gesto impensado, a incompreensão de alguém, uma insignificante dificuldade, podem prejudicar-lhe o desenvolvimento.

Em plena oficina humana, portanto, é imprescindível reconheças a transitoriedade de todos os bens transferíveis que te cercam. Mobiliza-os sempre, atendendo aos superiores desígnios da fraternidade que nos ensinam a amar-nos uns aos outros com fidelidade e devotamento. Convence-te, porém, de que a fé viva na vitória final do espírito eterno é o óleo divino que nos sustenta a luz interior para a divina ascensão. (XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 45)