Observai os Pássaros do Céu

Perguntas e Respostas

1) Onde está posto este ensinamento?

No capítulo 25 “Buscai e Achareis” de O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

2) Por que não devemos entesourar para nós tesouros na terra?

Porque a ferrugem e a traça os consomem e os ladrões os desenterram e roubam.

3) Onde colocar esses tesouros?

No céu, pois nem a traça e nem os ladrões poderão tomá-los. Acrescentemos: onde está o tesouro aí também está o coração.

4) Devemos estar cuidadosos com a vida e o que vamos comer?

Eis a advertência evangélica: "Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem fazem provimentos nos celeiros; e, contudo, vosso Pai celestial as sustenta".

5) O que devemos buscar em primeiro lugar?

Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas se vos acrescentarão.

6) Qual a recomendação de Mateus

"E assim não andeis inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado; ao dia basta a sua própria aflição". (Mateus, VI: 19-21,25-34).

7) Esta afirmação pode nos levar à preguiça?

Sim. Porém, a mente aberta vê o ensinamento no seu sentido moral. É um recado para que tenhamos calma e confiemos nos céus quando algo não está bem conosco.

8) O que significa esta alegoria?

A de que a Providência jamais abandona os que nela confiam. Há, contudo, uma condição: de que também se esforcem. É assim que, se nem sempre os socorre com ajuda material, inspira-lhes os meios de saírem por si mesmos de suas dificuldades.

9) O que está em jogo?

Deus conhece as nossas necessidades, e a elas provê, conforme for necessário. Mas o homem, insaciável nos seus desejos, nem sempre contenta-se com o que tem.

https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/aves-do-c%C3%A9u-o-dia-de-amanh%C3%A3?authuser=0

 

Texto Curto no Blog

Observai os Pássaros do Céu

O ser humano é um ser simbólico por natureza. No símbolo, que muitas vezes se confunde com o mito, há muitas verdades. Para descobri-las, é preciso buscar o fundo da coisa, a origem do processo, observando, inclusive, a época em que aquele conhecimento foi ventilado. Jesus não fugia às regras da sociedade em que vivia: seus conhecimentos eram transmitidos por parábolas, meio de comunicação da época.

“...Observai os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, nada guardam em celeiros; mas, vosso Pai celestial os alimenta. Não sois muito mais do que eles? - e qual, dentre vós, o que pode, com todos os seus esforços, aumentar de um côvado a sua estatura?... Buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, que todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo. - Assim, pois, não vos ponhais inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu mal". (Mateus, cap. VI, vv. 19 a 21 e 25 a 34.)

O texto evangélico diz que deveríamos acumular tesouros no céu, pois lá não há vermes para corroer o dinheiro. Em realidade, há uma diferença de planos. No plano terrestre, estamos sujeitos à lei da matéria: devemos atendê-la, suprindo as nossas necessidades de alimentação, vestuário, lazer etc. No plano espiritual, o que se nos pede é que saibamos dar a esses bens um valor menor do que aos bens espirituais. Por isso, acumular tesouros no céu (entendido como aquisição de sabedoria).

“Observai os pássaros do Céu”. É uma forma romântica de enfatizar a confiança na Divina Providência. Às vezes, passamos por dificuldades financeiras, tendo como consequência a falta de alimento, vestuário e moradia. Nesse momento crucial, voltemo-nos ao Criador, solicitando-lhe, através da prece, forças para suportar a nossa provação, para o cumprimento dos seus desígnios, tendo em mente que nada acontece por acaso. Assim sendo, acalmemos o nosso coração e lancemos uma luz na escuridão de nossa alma. Lembremo-nos da frase lapidar: “Pensa em Deus primeiro”.

Buscar primeiramente e Reino de Deus e tudo o mais virá por acréscimo. O reino de Deus não é um lugar circunscrito, mas "obra divina no coração dos homens", ou seja, a edificação da sabedoria e a conquista do amor, através do trabalho incessante na prática do bem. É o desapego aos bens materiais, o perdão às ofensas dos inimigos, enfim, é a lembrança das Leis Divinas ou Naturais, gravadas por Deus em nossa consciência. Nesse sentido, todo o esforço despendido em auxiliar o próximo, em silenciar uma crítica, em pensar duas vezes antes de querelar com o vizinho assume papel relevante na prática da perfeição.

O Espírito Emmanuel pede-nos para não nos afligirmos com a prosperidade alheia, pois isso nada mais é do que um sentimento de inveja, egoísmo, característica dos homens impiedosos. Ao contrário, deveríamos confiar de tal maneira no Divino Amigo que, por mais desnudos que estivermos, ainda assim poderemos renovar as nossas atitudes para o bem.

Olhemos as coisas da Terra sob o ponto de vista dos Espíritos superiores. Assimilando-lhes os ensinamentos, estaremos nos capacitando para entrar no reino de Deus, no sentido de que o Divino acabe se identificando com o que seja Divino.

http://sbgespiritismo.blogspot.com/2013/07/observai-os-passaros-do-ceu.html


Em Forma de Palestra

Observai os Pássaros do Céu

1. Introdução  

O que significa “os pássaros do céu”? Que tipo de simbologia esta frase embute? O que é simbologia? Como está expresso o texto evangélico? Ele nos induz à indolência? Como interpretar, sob a ótica espírita, essa passagem evangélica? 

2. Significado 

Pássaro. Simbolicamente, sempre foi associado ao céu; por sua natureza volátil, é considerado como o intermediário entre o céu e a terra, como a personificação do imaterial, sobretudo da alma. 

Céu. Simbolicamente, é uma manifestação direta da transcendência, do poder, da perenidade, da sacralidade: aquilo que nenhum vivente da terra é capaz de alcançar.  Enquanto regulador da ordem cósmica, o céu foi considerado como o pai dos reis e dos senhores da terra. (1) 

3. Considerações Iniciais  

O ser humano é um ser simbólico por natureza. Entre os muitos símbolos, estão os inerentes à criação, geralmente transformados em mitos. Um exemplo clássico é o mito do Adão e Eva.  

Há, no âmago do mito, muitas verdades. Para descobri-las, é preciso buscar o fundo da coisa, a origem do processo, observando, inclusive, a época em que aquele conhecimento foi ventilado.  

Jesus não fugia às regras da sociedade em que vivia: seus conhecimentos eram transmitidos por parábolas, meio de comunicação da época.  

Nessa passagem evangélica, há que se ater ao símbolo, não resta dúvida, mas interpretá-lo à luz dos conhecimentos atuais, principalmente com o auxílio dos benfeitores espirituais.  

4. O Texto Evangélico  

Não acumuleis tesouros na Terra, onde a ferrugem e os vermes os comem e onde os ladrões os desenterram e roubam; - acumulai tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem os vermes os comem; - porquanto, onde está o vosso tesouro aí está também o vosso coração.

Eis por que vos digo: Não vos inquieteis por saber onde achareis o que comer para sustento da vossa vida, nem de onde tirareis vestes para cobrir o vosso corpo. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes?

Observai os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, nada guardam em celeiros; mas, vosso Pai celestial os alimenta. Não sois muito mais do que eles? - e qual, dentre vós, o que pode, com todos os seus esforços, aumentar de um côvado a sua estatura?

Por que, também, vos inquietais pelo vestuário? Observai como crescem os lírios dos campos: não trabalham, nem fiam; - entretanto, eu vos declaro que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. - Ora, se Deus tem o cuidado de vestir dessa maneira a erva dos campos, que existe hoje e amanhã será lançada na fornalha, quanto maior cuidado não terá em vos vestir, ó homens de pouca fé! 

Não vos inquieteis, pois, dizendo: Que comeremos? ou: que beberemos? ou: de que nos vestiremos? - como fazem os pagãos, que andam à procura de todas essas coisas; porque vosso Pai sabe que tendes necessidades delas.

Buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, que todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo. - Assim, pois, não vos ponhais inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu mal. (Mateus, cap. VI, vv. 19 a 21 e 25 a 34.) (2) 

5. Lei Natural  

5.1. Providência Divina 

Os dizeres dessa passagem evangélica nada mais são do que um símbolo referente à Providência Divina. A Natureza nos provê a matéria prima, os elementos para serem transformados pelo uso da inteligência humana. Não deve ser interpretado como uma espécie de comodismo, em que ficamos esperando o maná cair do céu. Deus provê os recursos; por isso, devemos confiar na Divina Providência. A confiança, porém, não nos eximi do trabalho a ser realizado.  

5.2. Necessário e Supérfluo 

No tocante à Lei do Trabalho, recordemos do elemento necessidade. O que se entende por necessidade? É a consciência de que nos falta algo. Conforme a sociedade se desenvolve, as necessidades também se ampliam. Por isso, o cuidado de diferenciar o necessário do supérfluo. Por quê? Porque podemos estimular os nossos desejos de posse, de egoísmo, de vaidade, buscando não aquilo que pode suprir as nossas necessidades mais prementes, mas o supérfluo, aquilo que pode atrapalhar a nossa caminhada na evolução espiritual.  

5.3. A Terra e o Progresso 

O Progresso é inexorável. Podemos olvidá-lo momentaneamente, mas seremos tragados por ele. Observe a vinda dos computadores. Quantos de nós, com uma idade mais avançada, não os criticamos e os renegamos como ferramenta de trabalho e de lazer? Com o passar do tempo, fomos nos adaptando ao teclado e à Internet. O Planeta Terra produzirá o suficiente para toda a humanidade. Para tanto, urge administrá-lo com sabedoria e competência.  

6. Tópicos Extraídos do Texto Evangélico  

6.1. Acumular Tesouros no Céu  

O texto evangélico diz que deveríamos acumular tesouros no céu, pois lá não há vermes para corroer o dinheiro. Em realidade, há uma diferença de planos. No plano terrestre, estamos sujeitos à lei da matéria: devemos atendê-la, suprindo as nossas necessidades de alimentação, vestuário, lazer etc. No plano espiritual, o que se nos pede é que saibamos dar a esses bens um valor menor do que aos bens espirituais. Por isso, acumular tesouros no céu (entendido como aquisição de sabedoria).  

6.2. Observai os Pássaros do Céu  

É uma forma romântica de enfatizar a confiança na Divina Providência. Às vezes, passamos por dificuldades financeiras, tendo como consequência a falta de alimento, vestuário e moradia. Nesse momento crucial, voltemo-nos ao Criador, solicitando-lhe, através da prece, forças para suportar a nossa provação, para o cumprimento dos seus desígnios, tendo em mente que nada acontece por acaso. Assim sendo, acalmemos o nosso coração e lancemos uma luz na escuridão de nossa alma. Lembremo-nos da frase lapidar: “Pensa em Deus primeiro”.   

6.3. Buscar o Reino de Deus 

Buscar primeiramente e Reino de Deus e tudo o mais virá por acréscimo. O reino de Deus não é um lugar circunscrito, mas "obra divina no coração dos homens", ou seja, a edificação da sabedoria e a conquista do amor, através do trabalho incessante na prática do bem. É o desapego aos bens materiais, o perdão às ofensas dos inimigos, enfim, é a lembrança das Leis Divinas ou Naturais, gravadas por Deus em nossa consciência. Nesse sentido, todo o esforço despendido em auxiliar o próximo, em silenciar uma crítica, em pensar duas vezes antes de querelar com o vizinho assume papel relevante na prática da perfeição.  

7. Ensinamentos do Espírito Emmanuel  

7.1. Riqueza para o Céu  

O Espírito Emmanuel pede-nos para não nos afligirmos com a prosperidade alheia, pois isso nada mais é do que um sentimento de inveja, egoísmo, característica dos homens impiedosos. A doutrina cristã exorta-nos a ter pena deles, pois podem estar obtendo esses recursos sem o condão da moral.  

“Acumulemos valores íntimos para comungar a glória eterna”: bondade e cultura, compreensão e simpatia e educação pessoal. (3) 

7.2. Céu com Céu  

Nessa lição, o espírito Emmanuel lembra-nos de que em todas as fileiras cristãs há os crentes que se insurgem contra todos aqueles que, pelo trabalho e pelo devotamento, receberam maiores possibilidades na Terra. Ao contrário, deveríamos dilatar os valores do bem, pois quem trabalha em sua propagação amontoa riquezas nos Cimos da Vida.  

“É da lei que o Divino se identifique com o que seja Divino, porque ninguém contemplará o céu se acolhe o inferno no coração”. (4) 

7.3. Saibamos Confiar  

Ao comentar essa passagem evangélica, Emmanuel exorta-nos à confiança no Divino Amigo. Não andeis, pois inquietos. Jesus não recomenda indiferença, irresponsabilidade. Pede-nos que, através da vigilância, combatamos o pessimismo crônico. Em nossa jornada, encontraremos pântanos, espinhos e ervas daninhas. Diante de cada dificuldade, procuremos renovar as nossas atitudes mentais para o bem. (5) 

8. Conclusão 

Olhemos as coisas da Terra sob o ponto de vista dos Espíritos superiores. Assimilando-lhes os ensinamentos, estaremos nos capacitando para entrar no reino de Deus, no sentido de que o Divino se identifique com o que seja Divino.  

9. Bibliografia Consultada 

(1) CHEVALIER, J. e GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). 12. ed., Rio de Janeiro, José Olympio, 1998.

(2) KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.

(3) XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, s.d.p., cap. 177.

(4) XAVIER, F. C. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. 5. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977, cap. 156

(5) XAVIER, F. C. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. 3. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1971, cap. 86.

São Paulo, junho de 2013.

 

Símbolo

Jesus não fugia às regras da sociedade em que vivia: seus conhecimentos eram transmitidos por parábolas, meio de comunicação da época.

Nessa passagem evangélica, há que se ater ao símbolo, não resta dúvida, mas interpretá-lo à luz dos conhecimentos atuais, principalmente com o auxílio dos benfeitores espirituais.

Acumular Tesouros no Céu

O texto evangélico diz que deveríamos acumular tesouros no céu, pois lá não há vermes para corroer o dinheiro. Em realidade, há uma diferença de planos. No plano terrestre, estamos sujeitos à lei da matéria: devemos atendê-la, suprindo as nossas necessidades de alimentação, vestuário, lazer etc. No plano espiritual, o que se nos pede é que saibamos dar a esses bens um valor menor do que aos bens espirituais. Por isso, acumular tesouros no céu (entendido como aquisição de sabedoria).

Observai os Pássaros do Céu

É uma forma romântica de enfatizar a confiança na Divina Providência. Às vezes, passamos por dificuldades financeiras, tendo como consequência a falta de alimento, vestuário e moradia. Nesse momento crucial, voltemo-nos ao Criador, solicitando-lhe, através da prece, forças para suportar a nossa provação, para o cumprimento dos seus desígnios, tendo em mente que nada acontece por acaso. Assim sendo, acalmemos o nosso coração e lancemos uma luz na escuridão de nossa alma. Lembremo-nos da frase lapidar: “Pensa em Deus primeiro”.

Buscar o Reino de Deus

Buscar primeiramente e Reino de Deus e tudo o mais virá por acréscimo. O reino de Deus não é um lugar circunscrito, mas "obra divina no coração dos homens", ou seja, a edificação da sabedoria e a conquista do amor, através do trabalho incessante na prática do bem. É o desapego aos bens materiais, o perdão às ofensas dos inimigos, enfim, é a lembrança das Leis Divinas ou Naturais, gravadas por Deus em nossa consciência. Nesse sentido, todo o esforço despendido em auxiliar o próximo, em silenciar uma crítica, em pensar duas vezes antes de querelar com o vizinho assume papel relevante na prática da perfeição.

A edificação do Reino de Deus equivale à conquista do equilíbrio mental. Por que? Vejamos: quando confiamos em Deus, somos mais calmos, mais tranquilos, mais resignados frente aos diversos problemas que se nos apresentam. Em meio a uma catástrofe, somos o primeiro a repetir a frase: "Pensa em Deus primeiro". Diante do ódio dos adversários, dizemos: "Se Deus é por nós, quem será contra nós". Na falta do necessário, lembramos: "Se Deus alimenta os pássaros, o que não faria por nós?" Todas essas atitudes concorrem radicalmente para o equilíbrio mental.


Mensagem Espírita

Riqueza para o Céu

“Ajuntai tesouros no céu.” — Jesus. (Mateus, 6:20.)

Quem se aflige indebitamente, ao ver o triunfo e a prosperidade de muitos homens impiedosos e egoístas, no fundo dá mostras de inveja, revolta, ambição e desesperança. É preciso que assim não seja!

Afinal, quem pode dizer que retém as vantagens da Terra, com o devido merecimento?

Se observamos homens e mulheres, despojados de qualquer escrúpulo moral, detendo valores transitórios do mundo, tenhamos, ao revés, pena deles.

A palavra do Cristo é clara e insofismável.

— “Ajuntai tesouros no céu” — disse-nos o Senhor. Isso quer dizer “acumulemos valores íntimos para comungar a glória eterna!”

Efêmera será sempre a galeria de evidência carnal.

Beleza física, poder temporário, propriedade passageira e fortuna amoedada podem ser simples atributo da máscara humana, que o tempo transforma, infatigável.

Amealhemos bondade e cultura, compreensão e simpatia.

Sem o tesouro da educação pessoal é inútil a nossa penetração nos céus, porquanto estaríamos órfãos de sintonia para corresponder aos apelos da Vida Superior.

Cresçamos na virtude e incorporemos a verdadeira sabedoria, porque amanhã serás visitado pela mão niveladora da morte e possuirás tão-somente as qualidades nobres ou aviltantes que houveres instalado em ti mesmo. (Fonte Viva — Lição 177, pelo Espírito Emmanuel)

Céu com céu

“Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não penetram nem roubam.” — Jesus. (MATEUS, 6:20.)

Em todas as fileiras cristãs se misturam ambiciosos de recompensa que presumem encontrar, nessa declaração de Jesus, positivo recurso de vingança contra todos aqueles que, pelo trabalho e pelo devotamento, receberam maiores possibilidades na Terra.

O que lhes parece confiança em Deus é ódio disfarçado aos semelhantes.

Por não poderem açambarcar os recursos financeiros à frente dos olhos, lançam pensamentos de crítica e rebeldia, aguardando o paraíso para a desforra desejada.

Contudo, não será por entregar o corpo ao laboratório da natureza que a personalidade humana encontrará, automaticamente, os planos da Beleza Resplandecente.

Certo, brilham santuários imperecíveis nas esferas sublimadas, mas é imperioso considerar que, nas regiões imediatas à atividade humana, ainda encontramos imensa cópia de traças e ladrões, nas linhas evolutivas que se estendem além do sepulcro.

Quando o Mestre nos recomendou ajuntássemos tesouros no céu, aconselhava-nos a dilatar os valores do bem, na paz do coração. O homem que adquire fé e conhecimento, virtude e iluminação, nos recessos divinos da consciência, possui o roteiro celeste. Quem aplica os princípios redentores que abraça, acaba conquistando essa carta preciosa; e quem trabalha diariamente na prática do bem, vive amontoando riquezas nos Cimos da Vida.

Ninguém se engane, nesse sentido.

Além da Terra, fulgem bênçãos do Senhor nos Páramos Celestiais, entretanto, é necessário possuir luz para percebê-las.

É da Lei que o Divino se identifique com o que seja Divino, porque ninguém contemplará o céu se acolhe o inferno no coração. (Pão Nosso — Lição 156, pelo Espírito Emmanuel)

Saibamos confiar

“Não andeis, pois, inquietos.” — Jesus. (Mateus, 6:31.)

Jesus não recomenda a indiferença ou a irresponsabilidade.

O Mestre, que preconizou a oração e a vigilância, não aconselharia a despreocupação do discípulo ante o acervo do serviço a fazer.

Pede apenas combate ao pessimismo crônico.

Claro que nos achamos a pleno trabalho, na lavoura do Senhor, dentro da ordem natural que nos rege a própria ascensão.

Ainda nos defrontaremos, inúmeras vezes, com pântanos e desertos, espinheiros e animais daninhos.

Urge, porém, renovar atitudes mentais na obra a que fomos chamados, aprendendo a confiar no Divino Poder que nos dirige.

Em todos os lugares, há derrotistas intransigentes.

Sentem-se nas trevas, ainda mesmo quando o Sol fulgura no zênite.

Enxergam baixeza nas criaturas mais dignas.

Marcham atormentados por desconfianças atrozes. E, por suspeitarem de todos, acabam inabilitados para a colaboração produtiva em qualquer serviço nobre.

Aflitos e angustiados, desorientam-se a propósito de mínimos obstáculos, inquietam-se, com respeito a frivolidades de toda sorte e, se pudessem, pintariam o firmamento à cor negra para que a mente do próximo lhes partilhe a sombra interior.

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dEle abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...

Em razão disso, como adotar a aflição e o desespero, se estamos apenas começando a ser úteis? (Vinha de Luz — Lição 86, pelo Espírito Emmanuel)

São Paulo, dezembro de 2021.