Espírito
Perguntas e Respostas
1) Qual o conceito de Espírito?
Espírito – do lat. spiritus – significa "sopro", "respiro". Há muitos sentidos relacionados a esse termo: figurado, em que o espírito opõe-se à letra; impessoal, em que o espírito é a realidade pensante; particular, em que o espírito torna-se sinônimo de inteligência. No sentido especial da Doutrina Espírita, o Espírito é o princípio (o que é?) inteligente do Universo.
2) Há diferença entre espírito e Espíritos?
Sim. O espírito é o princípio inteligente do Universo. Os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Allan Kardec deixa claro que está usando a palavra Espíritos para designar os seres extracorpóreos e não mais o elemento inteligente universal.
3) Qual a origem e natureza dos Espíritos?
Não o sabemos. A informação que nos é dada pelos Espíritos superiores é que os Espíritos foram criados simples e ignorantes, com a incumbência de se tornarem perfeitos.
4) Espírito é sinônimo de alma?
De acordo com a Doutrina dos Espíritos, a alma significa o Espírito encarnado.
5) É certo dizer que os Espíritos são imateriais?
A sua essência difere de tudo o que conhecemos por matéria. Nesse sentido dizemos que são imateriais. Mas o termo ainda é incompleto. Allan Kardec na pergunta 82 de O Livro dos Espíritos explica o fato da seguinte maneira: "Imaterial não é o termo apropriado; incorpóreo, seria mais exato; pois deve ser alguma coisa. É uma matéria quintenssenciada, para a qual não dispondes de analogia, e tão eterizada, que não pode ser percebida pelos vossos sentidos... Um povo de cegos não teria palavras para exprimir a luz e os seus efeitos. O cego de nascença julga ter todas as percepções pelo ouvido, o olfato, o paladar e o tato; não compreende as idéias que lhe seriam dadas pelo sentido que lhe falta. Da mesma maneira, no tocante à essência dos seres super-humanos, somos como verdadeiros cegos. Não podemos defini-los, a não ser por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço de imaginação". (1995, p. 80)
6) Os Espíritos têm forma?
Para Espíritos encarnados, não; para os Espíritos desencarnados, sim. Pode-se imaginá-lo como um clarão, uma flama. Isso, quando se trata de falar do Espírito sem o perispírito. Quando falamos do Espírito com o perispírito, ele será visto com a sua forma perispiritual.
7) Os Espíritos são eternos?
Não. Eterno significa que não tem começo nem fim. De acordo com as instruções dos Espíritos, deve-se preferir o termo imortal. O Espírito é imortal porque ele teve um começo, foi criado por Deus, mas não terá fim, não se desintegrará e manterá a sua individualidade.
8) Como os Espíritos atuam sobre a matéria?
Os Espíritos agem sobre a matéria através do perispírito. O Espírito propriamente dito é uma abstração. Para se manifestar na matéria, ele precisa de um elemento semimaterial, denominado perispírito. O perispírito é o veiculo de ligação entre o Espírito e a matéria. Em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec diz que "o conhecimento do perispírito é a chave de uma porção de problemas até agora inexplicáveis".
9) Como os Espíritos se manifestam?
1) por Efeitos Físicos (movimentos, ruídos, sons, transportes de objetos etc.);
2) por Efeitos Inteligentes (permuta de pensamentos, sinais ou palavras).
10) Exercício: há limite para o progresso dos Espíritos?
(Reunião de 30/03/2008)
Bibliografia Consultada
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/esp%C3%ADrito?authuser=0 )
Texto Curto no Blog
Espírito
Espírito – do lat. spiritus – significa "sopro", "respiro". Há muitos sentidos relacionados a esse termo: figurado, em que o espírito opõe-se à letra; impessoal, em que o espírito é a realidade pensante; particular, em que o espírito torna-se sinônimo de inteligência. De acordo com o Espiritismo, o Espírito é a substância subtilíssima por essência e que constitui no homem uma das substâncias do seu composto ternário: Corpo, Perispírito e Espírito.
A origem dos Espíritos ainda é-nos desconhecida. Sabemos que de Deus, que é a causa primária de todas as coisas, vertem-se dois princípios: o princípio inteligente e o princípio material. Individualizados, denominam-se respectivamente Espírito e Matéria. O Espírito, criado simples e ignorante, utiliza-se da matéria para sua evolução. A cada nova encarnação, novas experiências e novas oportunidades de aprendizado.
A alma é o Espírito encarnado. Embora muitas pessoas usem esses dois termos como sinônimos, há substancial diferença de concepção. O Espírito é o ser inteligente da criação que povoa o universo e engloba todas as encarnações. A alma é o ser parcial, limitado e circunscrito a uma encarnação específica. No primeiro, a amplitude; no segundo, a redutibilidade. É, pois, nesse processo dialético que o Espírito evolui até atingir a perfeição.
A evolução é do Espírito. Quando encarnado, esquece temporariamente o passado. Contudo, fica-lhe uma vaga intuição do que fez em outras vidas e daquilo que poderia ser feito nesta e nas próximas existências. Se pudéssemos aquilatar o trabalho dos benfeitores espirituais, no sentido de estarmos na situação que estamos, certamente daríamos maior valor ao nosso corpo físico e a tudo o mais que nos cerca.
O Espírito age através do Perispírito. Ao contato perispiritual entre o Espírito e a alma denominamos mediunidade. Assim, é pelo intercâmbio mediúnico que os Espíritos vêm alertar-nos sobre a imortalidade da alma e da sobrevivência do ser. Mostra-nos, também, que a morte é apenas uma mudança de dimensão: de encarnados passamos a desencarnados.
O Espírito é o princípio da vida. Cuidemos dele como se fosse um diamante bruto à espera de ser lapidado. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/esprito.html)
Em Forma de Palestra
Espírito
1. Introdução
O objetivo deste estudo é mostrar que o Espírito é um ser real, circunscrito que, em certos casos, torna-se apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato. Para uma melhor compreensão deste tema, busquemos o conceito de Espírito, a sua origem e natureza e as suas relações com o meio ambiente.
2. Conceito
Espírito - do lat. spiritus - significa "sopro", "respiro". Há muitos sentidos relacionados a esse termo: figurado, em que o espírito opõe-se à letra; impessoal, em que o espírito é a realidade pensante; particular, em que o espírito torna-se sinônimo de inteligência. No sentido especial da Doutrina Espírita , os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal. Assim, o Espírito é a substância subtilíssima por essência e que constitui no homem uma das substâncias do seu composto ternário: Corpo, Perispírito e Espírito. Em suma, é o princípio inteligente do Universo.
3. Origem e Natureza dos Espíritos
O que são os Espíritos? Qual é a sua origem? Eles são criados por Deus? Se são, como Deus os cria?
De acordo com as instruções dos Espíritos, os Espíritos foram criados por Deus. A sua origem ainda nos é desconhecida. Sabemos apenas que foram criados simples e ignorantes, porém sujeitos ao progresso. A sua essência difere de tudo o que conhecemos por matéria. Nesse sentido dizemos que são imateriais. Mas o termo ainda é incompleto. Allan Kardec na pergunta 82 de O Livro dos Espíritos explica o fato da seguinte maneira: "Imaterial não é o termo apropriado; incorpóreo, seria mais exato; pois deve ser alguma coisa. É uma matéria quintenssenciada, para a qual não dispondes de analogia, e tão eterizada, que não pode ser percebida pelos vossos sentidos... Um povo de cegos não teria palavras para exprimir a luz e os seus efeitos. O cego de nascença julga ter todas as percepções pelo ouvido, o olfato, o paladar e o tato; não compreende as idéias que lhe seriam dadas pelo sentido que lhe falta. Da mesma maneira, no tocante à essência dos seres super-humanos, somos como verdadeiros cegos. Não podemos defini-los, a não ser por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço de imaginação". (1995, p. 80)
Observação: os Espíritos tiveram um começo, mas não terão fim. Por isso, devemos dizer que eles são imortais e não eternos. O termo eterno deve ser aplicado a Deus, pois ele é o único que não tem começo e nem fim.
4. Espírito e Matéria
Sabemos que Deus é a causa primária de todas as coisas. Dele vertem-se dois princípios: o princípio espiritual e o princípio material. Individualizados, denominam-se respectivamente Espírito e Matéria. Assim, o ser pensante, o logos grego é o Espírito. A Matéria é apenas um veículo, o corpo que o Espírito utiliza para a sua evolução. A cada nova encarnação, novas experiências e novas oportunidades de aprendizado. Mas, ao elemento material é necessário ajuntar o fluido universal, que exerce o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, demasiado grosseira para que o Espírito possa exercer qualquer ação sobre ela.
5. Alma e Espírito
A alma é o Espírito encarnado. Embora muitas pessoas usem esses dois termos como sinônimos, há substancial diferença de concepção. O Espírito é o ser inteligente da criação que povoa o Universo e engloba todas as encarnações. A alma é o ser parcial, limitado e circunscrito a uma encarnação específica. No primeiro, a amplitude; no segundo, a redutibilidade. É, pois, nesse processo dialético que o Espírito evolui até atingir a perfeição.
6. Independência do Espírito
Muitas pessoas riem com a incoerência dos que ora afirmam a correlação entre o cérebro e o espírito, ou proclamam a independência do ser espiritual, isto é, a manifestação do espírito fora do cérebro, sem o acondicionamento sem a necessidade absoluta das células cerebrais. É que ainda não compreenderam a diferença entre paralelismo absoluto e paralelismo relativo. O Espírito está ligado ao corpo, mas não está confinado a este. O Espírito pode ser comparado a um prisioneiro: este burla o guarda, sai da prisão, vai aonde quer, e depois volta novamente à cela. Quer dizer, o Espírito manifesta-se, pode tornar-se visível em outros lugares (bicorporeidade), enquanto o cérebro fica jungido ao corpo físico. (Imbassahy, 1946, p. 59 a 61)
7. O Alcance do Espírito
J. B. Rhine, psicólogo da Universidade de Duke, quer provar cientificamente a existência dos fatores não físicos do espírito. Para tanto, classifica a telepatia, a clarividência e a pré e pos-cognição como função "psi-gama", e a telecinesia, a teleplastia e a psicocinesia como função "psi-kapa". O sistema escolhido pelo professor J. B. Rhine, para a avaliação quantitativa da “função PSI” é baseado na estatística combinada com o cálculo das probabilidades. Na pesquisa da “função Psi-Gama”, Rhine elegeu como principal instrumento as cartas Zener. Para verificação da “função Psi-Kapa”, escolheu os dados de jogar.
A precognição, a profecia ou o conhecimengo do futuro pode ser entendido através de uma exemplo: a luz mostra o que vemos. Este é o efeito da causa. Como inverter. Como ver o efeito antes da causa. Como sentir que a luz está lá antes de se manifestar? Aceitar que o Espírito pode prever o futuro, é aceitar que ele tem uma dimensão muito mais vasta do que podemos imaginar. (Rhine, 1965)
8. Manifestações dos Espíritos
Os Espíritos se manifestam: 1) por Efeitos Físicos (movimentos, ruídos, sons, transportes de objetos etc.); 2) por Efeitos Inteligentes (permuta de pensamentos, sinais ou palavras).
As manifestações podem ser classificadas: 1) Ocultas (sugerindo idéias); 2) Patentes (registrando efeitos para os sentidos); 3) Espontâneas (de improviso); 4) Provocadas (por influência dos médiuns, que são pessoas com faculdades especiais e devidamente preparadas).
9. Escala Evolutiva
O Espírito se classifica em razão do desenvolvimento, da qualidades ou imperfeições que possuem. São de Três Ordens: 3.ª Ordem (Imperfeitos) — c/orgulho, egoísmo, ódio; (impuros) — leviano, pseudo-sábios, neutros; (e perturbadores); 2.ª Ordem (bons) — benévolos, sábios, prudentes, superiores; 1.ª Ordem (puros) — sem nenhuma influência da matéria, com superioridade moral e intelectual ante os outros; não sujeitos a reencarnação, por serem perfeitos. (Kardec, 1995, p. 84 a 90)
10. Conclusão
O Espírito é uma realidade. Não o podemos negar. Cabe-nos, sim, penetrar mais profundamente nas relações entre o mundo encarnado e o mundo desencarnado, a fim de não sermos surpreendidos quando fizermos a nossa passagem para o verdadeiro mundo, ou seja, o mundo dos Espíritos.
11. Bibliografia Consultada
IMBASSAHY, C. Corpo e Espírito. São Paulo, Lake, 1946.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
RHINE, J. B. O Alcance do Espírito. São Paulo, Bestseller, 1965.
Notas do Blog
Matéria
Como pode o Espírito afetar a matéria e esta o Espírito? O perispírito, envoltório semimaterial do Espírito, é o elo de ligação entre o Espírito e a matéria. Em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec afirma que no conhecimento do perispírito está a solução para os diversos problemas da humanidade, inclusive os de cunho filosófico. A natureza do Espírito é quintessenciada. Ele não consegue se ligar diretamente à matéria, bastante bruta e grosseira. Necessita, assim, de um elemento semimaterial, que é o perispírito. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/materia.html)
Possessão e Espiritismo
Ressaltemos que na obsessão há sempre um Espírito malfeitor; na possessão, não. Às vezes é um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes toma o corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta. Disto resulta que, enquanto o Espírito malfeitor arrebata o Espírito encarnado, caso este não possua força moral para lhe resistir, podendo, inclusive, chegar às raias da loucura, o Espírito bom simplesmente toma o corpo emprestado graciosamente pelo encarnado. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/06/possessao-e-espiritismo.html)
Obsessão
Há possibilidade de a possessão ser de um Espírito bom? Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta, como emprestaria seu fato a outro encarnado. Isso se verifica sem qualquer perturbação ou incômodo, durante o tempo em que o Espírito encarnado se acha em liberdade, como no estado de emancipação, conservando-se este último ao lado do seu substituto para ouvi-lo. (4) (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/obsessao.html)
Elementos Gerais do Universo
O ser humano, na sua ânsia de saber, está sempre à procura das origens das coisas: Deus, Universo, Espírito, Matéria etc. É possível conhecer o princípio das coisas ou a intimidade de Deus? Os Espíritos superiores instruem-nos que, no atual estádio do desenvolvimento moral e espiritual do homem, ainda não estamos aptos a descobri-lo. É preciso que haja mais purificação do Espírito encarnado. Em compensação, podemos, pelo raciocínio, conhecer alguns de seus atributos, ou seja, de Ele ser eterno, imaterial, único e soberanamente bom e justo. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/elementos-gerais-do-universo.html)
Morte: Começo ou Fim?
Para o Espiritismo, a morte não é começo nem fim; é a passagem do Espírito, que está na prova da carne, para o Espírito que estará em outra dimensão. A doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, esclarece-nos acerca do problema da morte. Para inicio de conversa, a morte não existe. Deixamos aqui a veste física, mas o Espírito continua a sua jornada, levando consigo o seu Perispírito, que vai vagar no mundo espiritual, segundo seu peso específico. Mais precisamente, de acordo com o bem ou o mal que tiver feito durante sua existência terrena. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/06/morte-comeco-ou-fim.html)
Filosofia do Espírito
Filosofia do Espírito é uma disciplina filosófica que trata dos fenômenos mentais, ou seja, dos fenômenos que envolvem exclusivamente seres capazes de consciência. A Filosofia do Espírito entrelaça-se com outras áreas da Filosofia. Por exemplo, quando a filosofia das artes trata de experiências estéticas, a da teoria do conhecimento de experiência sensorial, a da religião de experiências místicas, todas encontram-se com a Filosofia do Espírito. A Filosofia do Espírito, que é hoje frequentemente chamada de psicologia filosófica, relaciona-se também com a Psicologia (ciência empírica). Quer dizer, enquanto a primeira trata da análise dos conceitos da consciência e de fenômenos mentais específicos, a segunda procura estudar empiricamente os fenômenos a que se referem tais conceitos de preferência à investigação conceptual de tais conceitos. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/filosofia-do-esprito.html)
Pensamentos
"Através das palavras, a mente é excitada e o espírito elevado." (Aristófanes, dramaturgo do século 5º a.C.)
"Não há uma migalha de espírito naquele corpo de estátua." (Catulo)
"O espírito é aquilo que foi pensado com frequência, mas que ainda não foi expresso tão bem." (S. Johnson)
"O espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mateus, 26, 41.)
"A letra mata, e o Espírito vivifica." (Paulo, Segunda epístola aos Coríntios, 3,6.)
"Nada parece mais supérfluo do que o espírito num organismo humano." (L, Pirandello)
"A única esclerose autêntica é a esclerose do espírito." (Pitigrilli)
"É o espírito que constrói o corpo à sua imagem." (F. von Schiller)
"Até mesmo de um corpúsculo disforme pode sair um espírito realmente forte e virtuoso." (Sêneca)