Ensino Espírita-Cristão

Perguntas e Respostas

1) O que se entende por ensino?

Do latim in + signare, marcar com um sinal, significa transmissão de conhecimentos necessários à educação ou a um fim determinado. 

2) O que é um Centro Espírita?

É o local onde os espíritas se reúnem para suas práticas. Um pronto socorro. Uma escola de aprendizado da moral e do Evangelho de Cristo. 

3) Como se explica o ensino espírita-cristão?

O ensino espírita-cristão fundamenta-se na transmissão dos fundamentos do Espiritismo, segundo a moral cristã. 

4) Qual o posicionamento de Allan Kardec sobre um curso regular de Espiritismo?

Para Allan Kardec, um curso regular de Espiritismo seria útil: a) desenvolver os princípios da Ciência e da Filosofia; 2) fundar a unidade de princípios; 3) formar adeptos esclarecidos.  

5) Em se tratando da unidade de princípios, qual a diferença entre Jesus e Kardec?

Como a doutrina de Cristo foi divulgada oralmente e deu margem a muitas controvérsias, Allan Kardec achou por bem documentar de modo claro os princípios de sua doutrina para que não houvesse dúvida alguma. 

6) Como se aprende?

O processo de aprendizagem baseia-se na necessidade de resolver um problema. Capta os dados, memoriza-os, faz perguntas e reflete sobre o conteúdo. 

7) Como se ensina?

Ensinar deve levar em conta dois princípios fundamentais: partir do conhecido para o desconhecido; do simples para o composto.

8) Qual a importância dos cursos regulares de Espiritismo?

Um curso regular auxilia na propagação da Doutrina Espírita e permite renovar o quadro de colaboradores de um Centro Espírita. 

9) Quais cursos poderíamos ministrar numa Casa Espírita?

Curso de Educação Mediúnica, Aprendizes do Evangelho, Filosofia Espírita, Ciência Espírita, Entrevistador etc.

10) Quais tópicos do Evangelho do Cristo poderia ser lembrado?

A Candeia e o Alqueire, o ensino das Parábolas, o Jugo Leve etc. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/ensino-esp%C3%ADrita-crist%C3%A3o)

 

Texto Curto no Blog

Ensino

A etimologia da palavra ensino deriva de ensinar, que vem do latim in+signare e significa pôr marcas ou sinais, designar e mostrar coisas. O professor, quando ensina, coloca uma marca no aluno. Na linguagem espanhola, a palavra ensinar corresponde a enseñar e significa mostrar, como na frase enseñame tu livro (mostra-me o teu livro). A dinâmica do ensino tem muito a ver com sua etimologia, ou seja, tornar as coisas legíveis, que se traduz na clareza da exposição para um aprendizado eficiente dos alunos.

O conceito de ensino abarca muitos sentidos. Algumas vezes fala-se de ensino como sendo um setor da organização social de um país, tal como a Saúde e a Segurança Pública; outras vezes, como uma ação da qual se espera um determinado efeito; pode também significar a maneira de estruturar ou organizar a própria ação de ensinar; há ainda a acepção de ensino como domínio de especialização e investigação, consagrado ou não academicamente.

O ensino ação remete-nos a uma situação em que o emissor A deve transmitir uma mensagem ao receptor B. A é o professor; B o aluno. Nessa relação há um professor que ensina e um aluno que aprende. Se um ensina e o outro não aprende não podemos dizer que houve ensino. Por isso, o par ensino-aprendizagem tem mais peso do que simplesmente a palavra ensino. Como pôr marcas no outro se este não as aceita, se este não as entende? Por isso, a inclusão dos meios didáticos na relação entre o professor e o aluno é de vital importância.

A comparação entre a Escola Tradicional – docendicêntrica – e a Escola Moderna – discendicêntrica - está sempre presente na relação ensino-aprendizagem. No conceito de escola tradicional aliam-se outros conceitos tais quais diretividade do professor, passivismo do aluno, memorização da aprendizagem e ensino oral. No conceito de escola nova ligam-se conceitos como ativismo do aluno, aprendizagem por intuição e descoberta, ensino audiovisual e não-diretivdade do professor. Esse antagonismo vara os séculos e, ainda hoje, serve de tema para muitos debates a respeito da educação.

Complemento

O erro fundamental do projeto de transmissão consiste na crença de que se podem transmitir conhecimentos como se passam os conteúdos de um recipiente para outro, ou como se transfere um objeto de um proprietário para outro.

"Tudo o que inventa sobre a educação é lastimável, se não refletirmos sobre a dificuldade de pensar." (Alain — Propos sur l'education)

"As crianças de quem se espera menos podem aprender rapidamente se todos simplesmente lhes derem os meios de aprender e se evitar instruí-las." (C. R. Rogers — Liberdade para Aprender) (http://sbgadministra.blogspot.com.br/2008/06/ensino.html)

 

Em Forma de Palestra

O Ensino Espírita-Cristão

1. Introdução

O que se entende por ensino? Por que ensino espírita-cristão? De que maneira podemos estabelecer as bases do ensino em um Centro Espírita? Como Allan Kardec tratou a questão do ensino do Espiritismo? 

2. Conceito

Ensino. Do lat. “in + signare”, marcar com um sinal, significa transmissão de conhecimentos necessários ou indispensáveis  à educação ou a um fim determinado.  

Centro Espírita. Local onde os espíritas se reúnem para as suas práticas. Escola de formação espiritual e moral. Pronto socorro espiritual. 

3. Considerações Iniciais

Desde a Antiguidade, o ensino sempre foi e, ainda é, o principal fator de mudança, tanto material quanto moral e espiritual da humanidade. 

Para fins específicos de nossa exposição, lembremo-nos de Jean-Jacques Rousseau, com o seu “Emílio ou da Educação”, Pestalozzi, com o desenvolvimento conjunto do organismo, do intelecto e da moral (cabeça, coração e corpo) e Allan Kardec que, muito antes de se dedicar aos estudos espíritas, já tivera publicado vários trabalhos de cunho didático. 

No Brasil, em 1876, havia muita dissidência entre os espíritas: uns defendiam exclusivamente o estudo do Evangelho; outros se arvoraram em científicos; outros ainda se diziam puros. Como consequência, a separação, a desunião, a luta. 

Foi justamente nesse estado de coisas que surgiu Bezerra de Menezes, a fim de equilibrar o movimento espírita, tornando-o forte, coeso e seguro, no sentido de criar condições para que o Brasil pudesse cumprir a sua missão de fornecedora do Evangelho ao mundo. 

Com sua perseverança conseguiu instalar, solenemente, a “Escola de Médiuns”, mas em vão chamava os “representantes” de outros grupos às sessões, aparecendo-lhe somente professores. 

A partir de 1950, temos notícias dos esforços hercúleos de Edgar Armond para implantar o Curso de Aprendiz do Evangelho e o Curso de Educação Mediúnica na Federação Espírita do Estado de São Paulo. 

Hoje, a maioria dos Centros Espíritas mantém, bem ou mal, os seus cursos regulares de Doutrina Espírita.

4. Cristo e o Espiritismo

4.1. Unidade de Princípios

A doutrina do Cristo deu lugar a tantas controvérsias porque Cristo preferiu um ensino oral.

Allan Kardec, ao contrário, teve o cuidado de deixar escrita a sua doutrina em todas as suas partes e até nos mínimos detalhes, com tanta precisão e clareza, que impossível se torne qualquer interpretação divergente. Achava que um dos maiores obstáculos capazes de retardar a propagação da Doutrina seria a falta de unidade. 

4.2. O Espiritismo é o Cristianismo Redivivo

O Espiritismo é o Consolador Prometido anunciado por Cristo. Para que se tornasse factível, foi preciso esperar o desenvolvimento das ciências, com suas teses positivistas. 

Em termos evangélicos, a lição da candeia e do alqueire retrata bem influência de Jesus no processo do ensino espírita-cristão. O ensino deve ser ministrado de acordo com a capacidade de absorção do ouvinte. Um dado importante: meu jugo é leve e meu fardo é suave. Jugo da mentira e jugo da justiça. Qual escolher, qual passar para o ouvinte. 

4.3. O Ensino Espírita: Projeto 1868 de Obras Póstumas

Allan Kardec esclarece-nos que “um curso regular de Espiritismo seria professado com o fim de desenvolver princípios de Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios. Esse curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos, capazes de espalhar as ideias espíritas e de desenvolver grande número de médiuns. Considero esse curso de natureza a exercer capital influência sobre o futuro do Espiritismo e sobre suas consequências”. (Obras Póstumas, p. 342)

5. O Problema do Ensino

5.1. Como se Aprende

Em termos gerais, o processo de aprendizagem baseia-se na necessidade de resolver um problema. Para isso, o indivíduo estuda, lê, consulta, pergunta. Também age em função da tentativa e erro. 

Tecnicamente, a pessoa capta os dados, memoriza-os, associa-os com outros conhecimentos e aplica-os a outros campos de interesse. O aprender pressupõe uma mudança de comportamento. 

5.2. Como se Ensina

Ensinar é transmitir conhecimentos, informações.

O ensino se faz através de dois princípios fundamentais. 

a) partir sempre do conhecido para o desconhecido;

b) do simples para o composto.

5.3. Escolas e Cursos

Para aprendermos alguma coisa não necessariamente precisamos de cursos regulares, pois sempre que estivermos em contato com alguém, esse alguém pode nos ensinar algo que não sabíamos. 

A instituição de cursos regulares serve para darmos uma direção didática e metódica ao ensino.

6. O Ensino no Centro Espírita

6.1. Doutrina Espírita

Antes de falarmos de ensino no Centro Espírita, devemos ter pleno conhecimento do que seja a Doutrina Espírita. Por Doutrina Espírita entendemos os princípios fundamentais deixados por Allan Kardec em suas obras básicas e complementares. Quer dizer, só podemos falar em ensino espírita, se partirmos dos seus pressupostos básicos, ou seja, do acervo que existe nos livros. Útil seria se pudéssemos separar o Espiritismo das doutrinas espiritualistas. 

6.2. Os Cursos

Geralmente o ensino espírita é feito através de Cursos Regulares. Estes, porém, não devem ser transformados em cursos mundanos. Lá, na sociedade, nós frequentamos os cursos para adquirir uma especialização, formarmo-nos em uma profissão. Aqui, a intenção é outra. O Espírito Emmanuel, por exemplo, define o Centro Espírita como a universidade da alma, o que nos leva a refletir que a atitude, tanto de quem ensina como de quem aprende, deve ser a de formar almas compenetradas de suas responsabilidades perante si mesmos e perante os outros.

Cursos ministrados no Centro Espírita Ismael: Educação Mediúnica, Introdução ao Evangelho, Passe espírita, doutrinador, samaritano, entrevistador, expositor, grupo de estudos, aprofundamento doutrinário, aprimoramento mediúnico, 

6.3. O Divulgador do Espiritismo

Jesus deve ser o guia do divulgador espírita. Nesse caso, lembremo-nos do modo como Jesus transmitia os seus conhecimentos: parábolas. 

As parábolas revestem-se de conhecimento exotérico e de conhecimento esotérico. O conhecimento exotérico refere-se à exposição que Jesus fazia publicamente, enquanto o conhecimento esotérico, refere-se às explicações que Jesus dava aos apóstolos, em particular. Observe que, mesmo entres esses, não disse tudo. 

7. Conclusão

A relação ensino-aprendizagem tem grande relevância, tanto para o educador como para o educando. Contudo, não transformemos o ensino-aprendizagem num acúmulo de informações e raciocínios, sem qualquer vínculo com as necessidades prementes do Espírito imortal.

8. Bibliografia Consultada 

KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975. 

 

Notas do Blog

Relação Ensino-Aprendizagem

A relação ensino-aprendizagem assemelha-se à Parábola do Semeador. Nessa parábola, contada por Jesus, o semeador saiu a semear: algumas sementes caíram à beira da estrada, outras entre os pedregulhos, outras no meio do espinheiro e outras em terra fértil. As sementes que caíram em terra fértil germinaram e deram frutos cento por um. Do mesmo modo são os ensinamentos: o professor transmite uma única mensagem; como há diversos tipos de cabeças, haverá diversos tipos de aprendizado. Somente a cabeça concentrada na mensagem receberá cento por um. (http://sbgadministra.blogspot.com.br/2008/06/relao-ensino-aprendizagem.html

Ensino e Aprendizagem

O discurso didático deve ser a tônica do ensino. O professor quando descreve, interroga e avalia tem um objetivo: produzir conhecimento. Evita, assim, o discurso ordinário, que é a conversação causal e espontânea. Importa marcar o aluno com um sinal positivo, ou seja, obrigar o aluno a pensar profundamente no que lhe foi transmitido. (http://sbgadministra.blogspot.com.br/2005/10/ensino-e-aprendizagem.html

O Instrutor Espírita diante do Centro Espírita

O instrutor deve ter em mente que ele é apenas uma peça na organização global de uma Casa Espírita. Achar que a sua função é mais importante do que a dos outros pode fazê-lo se desviar da verdade. Lembremo-nos de que cada um dos frequentadores tem uma tarefa específica. Ninguém é mais do ninguém, porque todos trabalhamos para a unidade - Centro Espírita - que, por princípio, não tem dono. É simplesmente uma organização religiosa.

Estejamos convictos de que só ensina quem aprende. Não sejamos os falsos profetas do Evangelho, aqueles que se colocam como disseminadores da doutrina do Cristo e não passam de expositores do erro e da discórdia. (http://sbgespiritismo.blogspot.com.br/2010/10/o-instrutor-espirita-diante-do-centro.html

Doutrina Espírita

O divulgador do Espiritismo deve tomar o devido cuidado em separar o que é doutrinário daquilo que não o é. Falamos naturalmente sobre os "chacras", o "corpo astral", o "fogo serpentino" e o "carma" sem nos darmos conta de que essas palavras foram extraídas da filosofia esotérica. Para o professor Ari Lex, ferrenho defensor da pureza doutrinária do Espiritismo, deveríamos usar o termo "atmosfera psíquica" e não "aura", como habitualmente o fazemos. (http://sbgespiritismo.blogspot.com.br/2015/06/doutrina-espirita.html

 

Mensagem Espírita

Educação

Cap. VIII – Item 4

O amor é a base do ensino.

Professor e aluno, cooperação mútua. 


O auto-aprimoramento será sempre espontâneo.

Disciplina excessiva, caminho de violência.

 

A curiosidade construtiva ajuda o aprendizado.

Indagação ociosa, dúvida enfermiça.

 

Egoísmo n’alma gera temor e insegurança.

Evangelho no coração, coragem na consciência.

 

Cada criatura é um mundo particular de trabalho e experiência.

Não existe vocação compulsória.

 

Toda aula deve nascer do sentimento.

Automatismo na instrução, gelo na ideia.

 

A educação real não recompensa nem castiga.

A lição inicial do instrutor envolve em si mesma a responsabilidade pessoal do aprendiz.

 

Os desvios da infância e da juventude refletem os desvios da madureza. 

Aproveitamento do estudante, eficiência do mestre.

 

Maternidade e paternidade são magistérios sublimes.

Lar, primeira escola; pais, primeiros professores; primeiro dia de vida, primeira aula do filho.

 

Pais e educadores! Se o lar deve entrosar-se com a escola, o culto do Evangelho em casa deve unir-se à matéria lecionada em classe, na iluminação da mente em trânsito para as esferas superiores de Vida. (Espírito André Luiz)

XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo.  O Espírito da Verdade. Vários Espíritos. Rio de Janeiro: FEB.

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Educa

"Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" – Paulo. (I Coríntios, 3: 16.)

Na semente minúscula reside o germe do tronco benfeitor.

No coração da terra, há melodias da fonte.

No bloco de pedra, há obras-primas de estatuária.

Entretanto, o pomar reclama esforço ativo.

A corrente cristalina pede aquedutos para transportar-se imaculada.

A joia de escultura pede milagres do buril.

Também o espírito traz consigo o gene da Divindade.

Deus está em nós, quanto estamos em Deus.

Mas, para que a luz divina se destaque da treva humana, é necessário que os processos educativos da vida nos trabalhem no empedrado caminho dos milênios.

Somente o coração enobrecido no grande entendimento pode vazar o heroísmo santificante.

Apenas o cérebro cultivado pode produzir iluminadas formas de pensamento.

Só a grandeza espiritual consegue gerar a palavra equilibrada, o verbo sublime e a voz balsamizante.

Interpretemos a dor e o trabalho por artistas celestes de nosso aperfeiçoamento.

Educa e transformarás a irracionalidade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude.

Educa e edificarás o paraíso na Terra.’

Se sabemos que o Senhor habita em nós, aperfeiçoemos a nossa vida, a fim de manifestá-lo. (Espírito Emmanuel)

Xavier, F. C. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB (Lição 30)

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Ir e ensinar

“Portanto, ide e ensinai…” — JESUS (Mateus, 28.19)

Estudando a recomendação do Senhor aos discípulos – ide e ensinai –, é justo não olvidar que Jesus veio e ensinou.

Veio da Altura Celestial e ensinou o caminho de elevação aos que jaziam atolados na sombra terrestre.

Poderia o Cristo haver mandado a lição por emissários fiéis… Poderia ter falado brilhantemente, esclarecendo como fazer…

Preferiu, contudo, para ensinar com segurança e proveito, vir aos homens e viver com eles, para mostrar-lhes como viver no rumo da perfeição.

Para isso, antes de tudo, fez-se humilde e simples na Manjedoura, honrou o trabalho e o estudo no lar e, em plena atividade pública, foi o irmão providencial de todos, amparando a cada um, conforme as suas necessidades.

Com indiscutível acerto, Jesus é chamado e Divino Mestre.

Não porque possuísse uma cátedra de ouro…

Não porque fosse o dono da melhor biblioteca do mundo…

Não porque simplesmente exaltasse a palavra correta e irrepreensível…

Não porque subisse ao trono da superioridade cultural, ditando obrigações para os ouvintes…

Mas sim porque alçou o próprio coração ao amor fraterno e, ensinando, converteu-se em benfeitor de quantos lhe recolhiam os sublimes ensinamentos. Falou-nos do Eterno Pai e revelou-nos, com o seu sacrifício, a justa maneira de buscá-Lo.

Se te propões, desse modo, cooperar com o Evangelho, recorda que não basta falar, aconselhar e informar.

“Ide e ensinai”, na palavra do Cristo, quer dizer “ide e exemplificai para que os outros aprendam como é preciso fazer”.

Xavier, F. C. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB (Lição 116)

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Marcas

“Desde agora ninguém me moleste, porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.” – Paulo. (GÁLATAS, 6:17.)

Todas as realizações humanas possuem marca própria.

Casas, livros, artigos, medicamentos, tudo exibe um sinal de identificação aos olhos atentos.

Se medida semelhante é aproveitada na lei de uso dos objetos transitórios, não se poderia subtrair o mesmo princípio, na catalogação de tudo o que se refira à vida eterna.

Jesus possui igualmente os sinais dele.

A imagem utilizada por Paulo de Tarso, em suas exortações aos gálatas, pode ser mais extensa.

As marcas do Cristo não são apenas as da cruz, mas também as de sua atividade na experiência comum.

Em cada situação, o homem pode revelar uma demonstração do Divino Mestre.

Jesus forneceu padrões educativos em todas as particularidades da sua passagem pelo mundo. O Evangelho no-lo apresenta nos mais diversos quadros, junto ao trabalho, à simplicidade, ao pecado, à pobreza, à alegria, à dor, á glorificação e ao martírio. Sua atitude, em cada posição da vida, assinalou um traço novo de conduta para os aprendizes.

Todos os dias, portanto, o discípulo pode encontrar recursos de salientar suas ações mais comuns com os registros de Jesus.

Quando termine cada dia, passa em revista as pequeninas experiências que partilhaste na estrada vulgar. Observa os sinais com que assinalaste os teus atos, recordando que a marca do Cristo é, fundamentalmente, aquela do sacrifício de si mesmo para o bem de todos.

Xavier, F. C. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB (Lição 8) 

 

São Paulo, outubro de 2017.