As madrugadas de sábado não eram mais as mesmas, nem as pessoas ao meu lado. Os caminhos da vida foram trilhados e o tempo fez questão de separar os velhos amigos...
Na memória ainda toca o sertanejo e o country, sempre pensando no dia de amanhã, sonhos e estradas pelas quais desviamos. Ainda vejo fotografias dos meus camaradas, como o tempo passa não é?
Estive a lembrar dos bate papos, os rodeios e tudo mais, construímos muita amizade juntos. Histórias e estórias, verso e prosa de um tempo que marcou para sempre... Bom vê-los bem, meus amigos.
Seguimos em frente sem olhar pra trás... Sem remorso de tudo que passou, apenas boas memórias. Talvez, em algum momento de solidão uns se lembrem dos outros, companheiros de dias frios e longas madrugadas.
Frente a toda desilusão, cruzaremos nossos braços – não em protesto, mas esse é nosso estilo -, tipos não descritos no dia-a-dia. Superarei as barreiras e, tenho certeza, vocês também meus companheiros.
O tempo dirá se acertamos ou erramos, o importante é que tentamos. E tentaremos muitas vezes mais, tantas quantas a vida exigir...
Almas perambulantes, memórias construídas pela convivência de irmãos de laços mais fortes que sangue, resquícios de mais de uma década passada.
Destino e solidão, silêncio destas terras que já viram uma revolução, hoje dorme tranquila na proteção de trincheiras abandonadas e um gigante de pedras.
No peito e no visual enxergo nossas sombras, sem esquecer o que somos e o que podemos ser... Velhos amigos de uma história não escrita!