Por tantas vezes escutei aquela velha música e só hoje fui perceber seu valor sentimental não só para mim, mas para tantas outras pessoas.
Ainda mais no tempo vivido, “nunca deixe de sonhar” nunca foi tão atual. De tanta desilusão e falsidade, sonhar continua sendo a verdade mais absoluta.
Simplesmente porque qualquer um pode sonhar, até o ser mais injustiçado do mundo... E sonhar mantém a alma e o corpo vivos.
Sonhar mais um dia, mais uma vida, mais uma chance. E pensar que tantos ignoram suas memórias, suas lembranças.
Memórias que nos levam aos braços de pessoas queridas que se foram, que viajaram antes do combinado. Lembranças que fazem sorrir espontaneamente, intuitivamente falando.
O ato de sonhar que carrega todo sentimento ainda vivo no coração e preso na mente, o pensamento que é tudo possível, sem muros e limites.
Carrego tantas histórias comigo, memórias de velhos camaradas, grandes amigos. O velho sonho de paz que viajou pelas décadas e ainda persiste no mais puro dos versos de qualquer poema ou canção.
Um amor qualquer por tudo aquilo que passou e há de vir, buscando espaço na vida de qualquer pessoa. Simples sentimentos presentes no coração do velho e do novo, cada um com sua história e experiência.
Sonhar a liberdade da estrada, o fluir da natureza e o nascer de um novo dia, misterioso entre nuvens que representam a memória de um céu eterno e puro.
Memória, sonho e lembrança: você e eu, meu amor – dure quanto durar!
Hoje só quero viver estes versos rabiscados, seja no infinito do mundo ou na bela cena de deitar ao seu lado e dormir...