Olhando o velho álbum de fotografias, veio a lembrança do passado e dos atos repentinos, afinal era jovem e apressado. Mesmo assim, ele nunca me abandonou, ajudou no possível e impossível.
Quantas vezes me pediu pra ir devagar e em tantas outras quebrei a cara por não escutar suas palavras. Mesmo acreditando em sonhos e ideais, uma hora eles se acabam e a vida continua... E vinham àquelas palavras:
Pense um pouco e reflita rapaz, há sempre um caminho a seguir, observe e siga sem pressa, é tão cedo pra partir!
Quanta história passou e vivi, mas ele sempre esteve do meu lado. Até mesmo quando dei motivos pra estar sozinho, ele permaneceu junto.
O mundo deu tantas voltas e sempre nos trombamos nos caminhos da vida, muitas delas convergindo para a mesma direção. Em outras tantas, por um triz nos desencontramos nos caminhos tortuosos.
Verdade que no final tudo virou grandes e engraçadas histórias, de um gênero não definido e tão raro nos dias atuais. No olhar nos entendemos, meu velho amigo. Mais do que um laço familiar, somos uma amizade tão forte que nada poderá romper o nó da corda, lacrado por versos e coisas vindas do coração.
Nesta vida já dividimos muitos nascentes, poentes e noites de lua, por trechos de sonhos reais como nossa relação, compreendendo que somos frutos de uma vida de fé, brilhando como estrelas de alguma constelação.
Como posso me expressar se sempre volto à origem e volta mesma é sempre a mesma velha história daquele dia que parti de nossa terra... Ainda bem que sempre volto pra ela, e você prossegue guardião das montanhas.
Meu velho, aceite estes simples versos... Valeu pai!