Quando você disse nunca mais, não quero mais, melhor assim... Uma voz lenta e um tanto marcante, registrada para sempre na memória.
Nem lembro a data, prefiro não lembrar... O desconhecido marcou o tom da despedida, quase um registro no livro da vida pela firmeza de suas palavras.
A casualidade dos fatos mudaram as coisas de lugar, perder e ganhar era só questão de tempo. Como viver sem o grande amor, como continuar em frente?
Perturbado, perdido e cheio de dúvidas, neste momento é que se percebe a necessidade de recuar um pouco para voltar ao plumo, à direção certa e continuar... Sabe, é sempre a mesma velha história de amor, da linha divisória entre a guerra e a paz, a tênue faixa entre a alma e o coração.
Sonhos e castelos construídos sobre cartas, frágeis cartas que se desfazem ao primeiro temporal, à primeira briga. Me dê motivo, me dê motivo!
Melhor assim, foi jogo sujo. Ficar contigo não faz sentido, mas e agora? O que fazer?
É tarde, não tem mais jeito. Perdem-se os castelos de cartas que construímos juntos e só a distância pode curar esta dor.
O coração ainda pulsa, a alma vive e a memória ainda lembra, fazer o quê? Não é mais uma canção de amor, em algum verso foi arquivada para todo o sempre.
Um sentimento sem sentido, o amanhecer no dia de domingo... Tudo era emoção e hoje não passa de resquícios nesta triste alma. De qualquer jeito, volta e meia ainda nos encontramos, friamente apenas um cumprimento e nada mais.
Mas a vida segue seu rumo, entre percalços é necessário seguir em frente... E essas coisas do coração permanecerão vivas para sempre em nossa memória!