Trechos do destino invadiam novos dias e histórias vividas em qualquer caminho, perto ou longe do coração.
Atravessando estradas tomadas por borboletas de várias cores, imagem marcante para uma alma sofrida... Como fugir do passado se volta e meia é a mesma história?
E o velho ideal de juventude, de se iludir por um sonho de um mundo ideal? E a moça dos sonhos? E o temor de ficar só?
Embaraçado pelas lembranças e memórias... Simples memórias, percorrendo a solidão, onde a decisão entre ficar e partir seguem lado a lado, continuamente ouvindo suas palavras:
“Os sonhos se acabam, rapaz...”
Voando junto às belas borboletas atravesso ribeirões, nascentes e minas, temporariamente livre como as águas. Vamos lá rapaz, levante a cabeça... Não tenha medo.
O tempo inteiro escuto sons do nosso mundo e até de almas próximas do espírito viajante, rompendo barreiras físicas e leis do universo.
Mas como é bom voltar a estes caminhos, respirar cada passo e comprovar que, mesmo com todos os obstáculos, a vida continua...
Entre a face leste e oeste escolho você, mesmo que em algum momento possa ser esquecido. Não me importa, a decisão é certa.
Bom, já desacompanhado das borboletas passo por memórias e alegres dias... Ilusões de abraços tão reais quanto naquele passado, lágrimas de um futuro ainda presente.
Olho para trás e enxergo a imensidão do encontro de tantas estradas e sigo em frente... Como naquele dia, repito algumas palavras:
“Adeus, eu tenho que decidir sozinho!”