No alto daquela serra o visual se abre para um mundo novo, de uma terra cheia de gente e seus sentimentos.
Sigo caminhando por tantos lugares, paisagens criadas por sonhos e ilusões presentes em minha alma, trilhados até o coração.
Estradas de chão e suas histórias, extravios que a vida faz questão de percorrer – não se importando com distâncias e atalhos.
Voando pelo espírito peregrino atravesso mais que somente o sobe e desce desta terra, menos que a noção do pensar e sentir... Identidades e histórias de tanta gente do sertão, lutadores da vida dura e cheia de percalços.
Cores, figuras e motivos, um nascer do sol registrado em qualquer fotografia que retoma lembranças profundas e vivas.
Como uma chuva que passou não poderia dizer tudo que gostaria, faltariam linhas e folhas, páginas de um velho livro em branco.
Digo por dizer, vivo por viver, sinto por sentir... E o passar do tempo contemplará outro por do sol ou um destino mal traçado, adaptado ao roteiro de nossas vidas.
E nos arredores de qualquer caminho sigo em frente, sem ao menos lembrar de títulos e sobrenomes, reflexo do silêncio impetrado pela natureza rural quebrada por ventos repentinos.
Hoje e sempre, ventos que carregam rancor e ódio para longe, deixando em meio a nuvem de poeira a alegria e paz que falta à vida de tanta gente.
E a cada novo passo tudo vai ficando para trás, esquecido em trechos de paisagem e de terra vermelha... Histórias e vidas, partes da identidade guardada no fundo do baú!