O mundo anda triste, meu amigo!
Apenas concordava com suas indagações, pois ele citava vários motivos: falta de entendimento entre as pessoas, violência e raiva deliberada, e principalmente ausência de amor nas relações.
Falo do amor verdadeiro, àquele que dá saudade só de lembrar... O primeiro amor, o namoro adolescente, a lembrança da música e daquela dança romântica.
Uma relação muito maior do que a simples atração física... É a ligação emocional, que sacode o coração, que te faz passar papel de bobo e nem ligar... O mesmo amor que o agricultor tem pela terra, que o caipira tem pela viola e que o caminhante tem pelo caminho.
Numa sociedade tão fragmentada é preciso valorizar o corpo, os sentimentos, a vida e o tempo. Este último o senhor da razão, pois um dia trará orgulho ou arrependimento dos atos passados. É o mesmo tempo que voa, pois a vida é curta.
Sentir o coração bater mais forte, respirar o perfume da paixão, curtir a solidão de um silêncio e chorar a saudade dos dias... Isso é o que nos faz viver e sentir que estamos vivos.
Paixão que traz tranquilidade e alegria ao mesmo tempo, apaziguando a alma e agitando o coração. Há sempre alguma coisa que faz lembrar a vida a dois, aflorando a saudade: uma música no rádio, a foto na lembrança, um telefonema ou apenas uma carta.
Amor além da vida, sem arrependimento nem intriga, daquele que nem a morte separa. Àquele tipo caipira, resumido numa oração antes de dormir, dividindo a mesma cama outra vez, emoção que persiste e se renova com o passar dos anos.
Sentimento de amor e paz, com a cabeça nas estrelas, traduzido por uma frase: Eu te amo!
Por Diego de Toledo Lima da Silva
Data: 18 de Dezembro de 2015