Vivemos e andamos pelos anos, visualizando a adolescência e os sonhos jovens. Cada dia um dia, cada hora uma hora, momentos que passaram pelas manhãs da vida.
O lento dissipar do nevoeiro que encobria trechos do futuro, ainda presentes como vales entre serras. O mundo não acabou, não explodiu e não foi atingido por uma chuva de meteoros, apenas nossos dias foram atirados pela janela do cotidiano.
Olhando o passado vejo àquele dia, há tanto tempo, atrasado para a formalidade de dispensa do Serviço Militar, jurando amor à pátria em curtas palavras. Estou chegando, outros dos nossos não chegaram? Não é?
Quantas montanhas subimos? Quanta estrada percorremos?
As canções tocam em nossos corações, uma mistura de hits pulsando nos delírios de nossa mente. Temporariamente refletimos em momentos de silêncio, madrugadas e dias.
Mesmo buscando a luz, existem muitos versos ainda encobertos por nuvens, impedindo qualquer reprodução programada pelas luzes do céu.
Aparências que o tempo esculpiu, escondendo em cantos do coração e visões poéticas, ninhos de sonhos e liras adolescentes. Louco e viajante, cantando passos e percorrendo as mesmas músicas.
Louco, todos loucos, somos loucos? Loucura é a guerra, loucos são os cientistas que constroem bombas.
Verdade que não recebemos a necessária autorização do tempo, pois este não outorga suas atribuições, simplesmente silencia.
Criamos atalhos e criaremos outros tantos, caminhos de luz... Clareia tempo, clareia meu velho amigo!
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“Cheguei lá, cara!” – Susumu Yamaguchi – Joanópolis, 27 de Junho de 2016.