Perfeição Moral
Perguntas e Respostas
1) De que trata a perfeição moral?
As virtudes e os vícios, das paixões, do egoísmo, caracteres do homem de bem e conhecimento de si mesmo.
2) Qual a mais meritória das virtudes?
A caridade desinteressada.
3) Onde se assenta a imperfeição moral?
Funda-se no interesse pessoal.
4) A paixão é um mal em si mesma?
Não. A paixão está no excesso provocado pela vontade.
5) Qual o limite para que uma paixão deixe de ser útil?
Quando não é mais governada pela vontade.
6) Entre os vícios, qual o mais radical?
O egoísmo.
7) Qual o meio para destruir o egoísmo?
Quando a vida moral tiver predominância sobre a vida material.
8) Quais são os caracteres do homem de bem?
A prática da lei de justiça, amor e caridade na sua mais completa pureza.
9) Qual o meio mais eficaz de se conhecer a si mesmo?
Seguir o exemplo de Santo Agostinho que todas as noites repassava o seu dia para ver como é que foi em palavras e ações.
(Reunião de junho de 2021)
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, capítulo 12, livro terceiro.
https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/perfei%C3%A7%C3%A3o-moral
Texto Curto no Blog
Perfeição Moral
"Perfeição Moral" é o título do capítulo XII do Livro Terceiro de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec. Explora as virtudes e os vícios, as paixões, o egoísmo, caracteres do homem de bem e conhecimento de si mesmo.
As virtudes e os vícios. Todas as virtudes têm seu mérito, mas a mais meritória de todas elas é a caridade desinteressada. Como a imperfeição moral assenta-se no interesse pessoal, a prática da caridade faz-nos pensar no próximo, estimulando a renúncia de posses pessoais. Cabe lembrar que quando precisamos de muito esforço para praticar a caridade é porque essa virtude não faz parte de nossas tendências genuínas.
Das paixões. A paixão não é um mal em si mesma. O problema está no excesso provocado pela vontade. Em se tratando dos limites da paixão, pensemos: "as paixões são como um cavalo que é útil quando governado e perigoso quando governa. Reconhecei, pois, que uma paixão se torna perniciosa no momento em que a deixais de governar e quando resulta num prejuízo qualquer".
Do egoísmo. Entre os vícios, o mais radical é o egoísmo. "Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe o egoísmo. Por mais que luteis contra eles não chegareis a extirpá-los enquanto não os atacardes pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa. Que todos os vossos esforços tendam para este fim, porque nele se encontra a verdadeira chaga da sociedade". Só venceremos o egoísmo quando a vida moral tiver predominância sobre a vida material.
Caracteres do homem de bem. "O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, amor e caridade na sua mais completa pureza. Se interroga sua consciência sobre os atos praticados, perguntará se não violou essa lei, se não cometeu nenhum mal, se fez todo o bem que podia, se ninguém teve que se queixar dele, enfim, se fez para os outros tudo o que gostaria que os outros lhe fizessem".
Conhecimento de si mesmo. O meio mais eficaz de se conhecer a si mesmo é seguir o exemplo de Santo Agostinho que todas as noites repassava o seu dia para ver como é que foi em palavras e ações. Nesse caso, formulemos perguntas claras e precisas, e não temamos multiplicá-las ao máximo.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, capítulo 12, livro terceiro.
http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/08/perfeicao-moral.html
Em Forma de Palestra
Perfeição Moral
1. Introdução
O objetivo deste estudo é refletirmos sobre o grau de perfectibilidade que somos capazes de alcançar nesta encarnação. Para tanto, veremos a questão dos vícios e das virtudes, o conhecimento de si mesmo e os caracteres do homem de bem.
2. Conceito
Perfeição – de perfectio designa o estado de um ser cujas virtualidades se encontram plenamente atualizadas ou realizadas. Em teologia, plena realização, sob o ponto de vista moral, consumação no bem que compete a cada um possuir e atuar. Assim: "Todo o homem é chamado à perfeição ou santidade".
Moral - Da raiz latina mores = costumes, conduta, comportamento, modo de agir. É o conjunto sistemático de normas que orientam o homem para a realização do seu fim (essência).
A moral é a regra da boa conduta e, portanto, da distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observação da lei de Deus. O homem se conduz bem quando faz tudo tendo em vista o bem e para o bem de todos, porque então tende a Deus. (Pergunta 629 de O Livro dos Espíritos)
3. Considerações Iniciais
O Espírito, quando é criado por Deus, traz em seu bojo o germe (potência) da perfeição. Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, ao estudar a Lei do Progresso — lei natural —, informa-nos de que todos os Espíritos, conscientes ou inconscientes, encarnados ou desencarnados, tendem para a perfeição.
Assim, todo o esclarecimento emanado de alguém, no sentido de estimular o nosso relacionamento em sociedade, deve ser sempre bem recebido, pois é através do contato com os outros seres humanos que temos condições de colocar em prática o conteúdo moral da Lei Divina.
No capítulo que trata da Lei de Sociedade, Kardec diz-nos que no isolamento absoluto o homem embrutece-se e se estiola.
Diante dessas orientações, todo o esforço despendido em prol do bem é um manancial que nos fortifica para toda a eternidade.
Por isso, a assertiva do Cristo: "Sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito", deve permanecer como uma ideia central para este tema.
4. Virtudes e Vícios
4.1. A Virtude é Média Justa
Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente.
A virtude é uma disposição adquirida voluntária, que consiste na conduta racional de um homem ponderado. Ela ocupa, segundo Aristóteles, a média entre duas extremidades, uma por excesso, a outra por falta. Ela se situa no ponto mais elevado no que se refere ao bem e à perfeição.
Na teoria da utilidade marginal decrescente, o excesso de um bem transforma-se no seu oposto. Daí, diz-se que todo o excesso é prejudicial, tanto para o bem como para o mal. Exemplo: o excesso de orgulho transforma-se em humildade; o excesso de humildade transforma-se em orgulho. É dentro deste contexto que Aristóteles fala que devemos sempre percorrer o caminho do meio, do meio termo.
As virtudes apresentam-se como virtudes cardeais (adquiridas) – prudência, fortaleza, temperança e justiça e como virtudes teologais (dons infusos por Deus) – fé, esperança e caridade.
4.2. O Vício é a Ausência da Virtude
Os vícios são as ações que tendem para mal; as virtudes são ações que tendem para o bem. No estado atual de nossa evolução moral, parece que ainda precisamos do mal para melhor conhecer o bem. É preciso que haja uma desgraça pública para nos estimular a caridade para com o próximo. Não a entronizamos ainda dentro dos nossos corações.
Além do mais, em nossa ilusão, costumamos disfarçar o mal ao máximo, para que não se torne muito evidente. Nesse sentido, à gula damos o nome de necessidade proteínica; à lascívia chamamos necessidade fisiológica; a ira é embelezada com a expressão paradoxal: "cólera sagrada"; a cobiça é encoberta com a desculpa da previdência; a preguiça disfarçamos com a necessidade de repouso, quando não com a esperteza que faz os outros produzirem por nós.
4.3. Recompensa e Castigo
Toda a ação boa, sendo coerente consigo mesma, traz um bem-estar, uma felicidade. Toda a ação má, ao contrário, gera um conflito e, por conseguinte, um mal-estar. Ela tem como consequência um castigo.
Muitas vezes, a coerência e a incoerência não são vistas de imediato, senão ao longo de muito tempo. Um exemplo é o vício do fumo. Suponha que tenhamos fumado por 20 anos, quando estávamos na flor da idade. Não sentíamos e não sofríamos as suas consequências. Mas, passados todos esses anos, os efeitos da nicotina e de outros poluentes começam a nos trazer problemas cardíacos e pulmonares, levando muitos seres humanos ao desencarne prematuro.
5. O Conhecimento de Si Mesmo
5.1. A Maiêutica Socrática
Sócrates, filósofo grego da antiguidade, ao criar o método da introspecção, propôs-nos um exercício salutar para o conhecimento de nós mesmos. Disse-nos que o homem deve voltar-se para si a fim de tomar consciência de sua própria ignorância. Utilizava, para isso, a ironia e a maiêutica. Na ironia procurava confundir o interlocutor a respeito do conhecimento que ele pressupunha ter sobre um objeto qualquer; na maiêutica, que em grego quer dizer vir à luz, fazia brotar um novo conhecimento, mais fecundo e mais produtivo.
5.2. Herança e Automatismo
O princípio inteligente estagiando no reino mineral adquiriu a atração; no reino vegetal, a sensação; no reino animal, o instinto; no reino hominal, o livre-arbítrio, o pensamento contínuo e a razão. Hoje, somos o resultado de toda essa herança cultural.
Nosso passado histórico propiciou-nos a automatização de hábitos e atitudes. É nossa herança, que começa desde o reino mineral. Há hábitos positivos e negativos. Os positivos devem ser incrementados; os negativos, extirpados. A função da reforma íntima, no seu sentido amplo, é melhorar o reflexo condicionado, arquitetado pelo nosso Espírito.
A lei do progresso exige que o princípio inteligente vá-se despojando dos liames da matéria. Para que tenhamos um olhar crítico, devemos libertar-nos da obscuridade da matéria, consubstanciada no egoísmo, no orgulho e no interesse próprio. (Xavier, 1977, p. 39)
5.3. Como Conhecer-se
De acordo com Peres, no capítulo I do seu Manual Prático do Espírita, podemos nos conhecer:
a) pela dor. A dor é teleológica e leva consigo um destino. Por ela podemos saber o que fomos e, também, o que tencionamos ser. Ela é sempre positiva; no sofrimento, estamos purgando algo ou preparando-nos para o futuro.
b) convívio com o próximo. Podemos avaliar-nos, observando as reações dos outros com relação às nossas atitudes.
c) auto-análise. A auto-análise fundamenta-se numa cosmovisão transcendental da vida. A compreensão integral do homem se apoia em três esteios fundamentais: filosófico: paz com a verdade; o psicológico: paz consigo mesmo; religioso: paz com o ser transcendental.
São técnicas que permitem o homem chegar a autenticidade de sua doença, não de tirar o homem da doença.
As questões 919 e 919A de O Livro dos Espíritos auxiliam-nos a praticá-la. Santo Agostinho sugere que todas as noites devíamos revisar o dia para ver como fomos em pensamentos, palavras e atos.
6. Caracteres do Homem de Bem
O verdadeiro homem de bem é aquele que:
a) Pratica a lei de justiça, de amor e de caridade em sua maior pureza.
b) Tem fé em Deus, submetendo-se a sua vontade à Dele.
c) Tem fé no futuro; por isso, coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
d) Sabe que todas as vicissitudes da vida são provas ou expiações, e as aceita sem murmurar.
e) Possuído pelo sentimento de caridade, faz o bem pelo bem, sem esperança de recompensa, e sacrifica o seu interesse pela justiça.
f) É bom para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem exceção de raças ou de crenças.
g) Em todas as circunstancias, a caridade é o seu guia.
h) Não tem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança.
i) É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência.
j) Não se compraz em procurar os defeitos alheios, nem em colocá-los em evidência.
k) Estuda as suas próprias imperfeições e trabalha, sem cessar, em combatê-las.
l) Aproveita sempre as ocasiões para ressaltar as qualidades dos outros, e não as suas.
m) Se Deus lhe deu o poder e a riqueza, olha essas coisas como um depósito do qual deve usar para o bem, e disso não se envaidece porque sabe que Deus, que lhos deu, também poderá retirá-los.
n) Se a ordem social colocou homens sob sua dependência, ele os trata com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa de sua autoridade para erguer-lhes o moral e não para esmagar com o seu orgulho; evita tudo o que poderia tornar a sua posição subalterna mais penosa. (Kardec, 1984, cap. XVII, item 3)
7. Conclusão
Voltemo-nos para dentro de nós mesmos. Esta atitude, sendo constante, auxiliar-nos-á sobremaneira, a atingir a perfeição relativa de que somos capazes. Tomando consciência de nossa ignorância, como nos ensinou Sócrates, confiaremos mais em nossos valores, o que nos propiciará um relacionamento mais saudável com os outros membros da sociedade.
8. Bibliografia Consultada
PERES, N. P. Manual Prático do Espírita. São Paulo: Pensamento, 1984.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.
XAVIER, F. C. e VIEIRA, W. Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, 4. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.
São Paulo, janeiro de 2000.
Notas do Blog
Anjos e Demônios
Anjo. Ser espiritual que exerce o ofício de mensageiro entre Deus e os homens. Desperta a ideia da perfeição moral. Frequentemente aplicada a todos os seres, bons e maus, que não pertencem à Humanidade. Demônio. Na Antiguidade, era gênio inspirador, bom ou mal, que presidia o caráter e o destino de cada indivíduo. Nas religiões judaicas e cristãs, anjo mau que, tendo-se rebelado contra Deus, foi precipitado no Inferno e procura a perdição da humanidade. Ainda: gênio ou representação do mal; espírito maligno, espírito das trevas, Lúcifer, Satanás, Diabo. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/01/anjos-e-demonios.html)
Sede Perfeitos
Perfeição – de perfectio, designa o estado de um ser cujas virtualidades se encontram plenamente atualizadas ou realizadas. Em teologia, plena realização, sob o ponto de vista moral, consumação no bem que compete a cada um possuir e atuar. Assim: "Todo o homem é chamado à perfeição ou santidade". Sede – imperativo do verbo ser. Implica a ideia de ordem, de comando. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/08/sede-perfeitos.html)
Lei e Consciência
A porta estreita - o caminho reto - exige esforços constantes. Nem sempre estamos dispostos a renunciar à nossa comodidade, aos nossos vícios e aos nossos defeitos. Quanto mais cedermos a essas atitudes, mais a nossa consciência fica obscurecida pelos apetites da carne em detrimento dos anseios do Espírito. Contudo, a Lei do Progresso é compulsória e deveremos retornar ao caminho da perfeição moral. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/lei-e-conscincia.html)
Frases e Pensamentos
"O sábio pratica três virtudes que fazem falta: perfeito, por nada se aflige; prudente, não cai em erro; corajoso, nada tem a temer". (Confúcio)
"O sábio não se aflige por não ser conhecido pelos homens, mas por não ser capaz de praticar a virtude com perfeição". (Confúcio)
"Se vais à missão do bem / Não olvides, meu irmão / que o suor gera serviço, / em busca da perfeição". (C. Cunha)
"Circundado pelos livros, numa sala de estudos, estreita e empoeirada, é muito fácil esquecer o corpo; e o senhor sabe que o corpo deve ser tão bem tratado quanto a alma, se ambos devem atingir a mesma perfeição da qual são capazes." (G. E. Lessing)
“É justo examinar, entretanto, como se elevaria o mundo se cada homem cuidasse de sua parte, nos deveres comuns, com perfeição e sinceridade.” (Espírito Emmanuel)
Mensagens Espíritas
Caminhos Retos
“E ele lhes disse: Lançai a rede para a banda direita do barco e achareis.” — (JOÃO, capítulo 21, versículo 6.)
A vida deveria constituir, por parte de todos nós, rigorosa observância dos sagrados interesses de Deus.
Frequentemente, porém, a criatura busca sobrepor-se aos desígnios divinos.
Estabelece-se, então, o desequilíbrio, porque ninguém enganará a Divina Lei. E o homem sofre, compulsoriamente, na tarefa de reparação.
Alguns companheiros desesperam-se no bom combate pela perfeição própria e lançam-se num verdadeiro inferno de sombras interiores. Queixam-se do destino, acusam a sabedoria criadora, gesticulam nos abismos da maldade, esquecendo o capricho e a imprevidência que os fizeram cair.
Jesus, no entanto, há quase vinte séculos, exclamou:
“Lançai a rede para a banda direita do barco e achareis.”
Figuradamente, o espírito humano é um “pescador” dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o “barco”. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. Estaremos lançando a nossa “rede” para a “banda direita”? Fundam-se nossos pensamentos e atos sobre a verdadeira justiça?
Convém consultar a vida interior, em esforço diário, porque o Cristo, nesse ensinamento, recomendava, de modo geral, aos seus discípulos: “Dedicai vossa atenção aos caminhos retos e achareis o necessário.” (XAVIER, F. C. Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, lição 21)
Nossa Cruz
“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” — Jesus. (MARCOS, 8:34)
Ninguém se queixe inutilmente.
A dor é processo.
A perfeição é fim.
Assim sendo, caminheiros da evolução ou da redenção têm, cada qual, a sua cruz.
Esse almeja, aquele deve.
E para realizar ou ressarcir, a vida pede preço.
Ninguém conquista algo, sem esforçar-se de algum modo; e ninguém resgata esse ou aquele débito, sem sofrimento.
Enquanto a criatura não adquire consciência da própria responsabilidade, movimenta-se no mundo à feição de semi-racional, amontoando problemas sobre a própria cabeça.
Entretanto, acordando para a necessidade da paz consigo mesma, descobre de imediato a cruz que lhe cabe ao próprio burilamento.
Encarnados e desencarnados, jungidos à Terra, vinculam-se todos ao mesmo impositivo de progresso e resgate.
No círculo carnal, a cruz é a dificuldade orgânica, o degrau social, o parente infeliz...
No plano espiritual, é a vergonha do defeito íntimo não vencido, a expiação da culpa, o débito não pago...
Tenhamos, pois, a coragem precisa de seguir o Senhor em nosso anseio de ressurreição e vitória.
Para isso, porém, não nos esqueçamos de que será preciso olvidar o egoísmo enquistante e tomar a nossa cruz. (XAVIER, F. C. Palavras de Vida Eterna, pelo Espírito Emmanuel, lição 74)
Se Procuras o Melhor
“Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.” — (TIAGO, 1:4)
A paciência vive na base de todas as boas obras.
Acalentarás sublime ideal; contudo, se não tens paciência de realizá-lo...
Sonhas cumprir elevada missão; mas, se não tens paciência de sofrê-la...
Levantarás preciosa instituição; contudo, se não tens paciência de sustentá-la...
Queres a felicidade no lar; mas, se não tens paciência de construí-la...
Planejas belo futuro para teu filho, contudo, se não tens paciência de educá-lo...
Aspiras a determinada profissão; mas, se não tens paciência de aprendê-la...
Sem paciência, os mais altos projetos resultam em frustração.
Observa o pomicultor que deseja fruto na árvore.
Primeiro, a paciência de preparar a, gleba. Em seguida, a paciência de plantar, de cultivar, de defender, de auxiliar e de esperar a colheita madura.
O tempo não respeita as edificações que não ajudou a fazer.
Se procuras o melhor, não desprezes a paciência de trabalhar para que o melhor te encontre e ilumine.
Em todo caminho, sem paciência perfeita, não há possibilidade de perfeição. (XAVIER, F. C. Palavras de Vida Eterna, pelo Espírito Emmanuel, lição 77)
São Paulo, janeiro de 2021.