Mito da Caverna

Perguntas e Respostas

1) O que entende por mito?

Originariamente, narrativa fantasiosa da genealogia. Historicamente, é a exposição de uma doutrina sob a forma de narrativa alegórica: "os mitos platônicos". 

2) Qual a característica essencial do mito?

Tanto no sentido alegórico como no sentido simbólico, o relato mítico subentende outra coisa, e não precisamente o que está sendo dito. 

3) Onde está posto o mito da caverna?

O "mito da caverna" está descrito no livro VII de A República, de Platão, que ressalta a tarefa do filósofo, cujos ensinamentos são transmitidos em forma de metáforas. 

4) Por que Platão usa o verbo mythologein em A República

Como a articulação entre o mythos e o logos é tamanha, Platão prefere usar o verbo mythologein para expressar essa junção. 

5) No que se baseia o mito da caverna?

Numa analogia entre o bem e o Sol.

6) Como descrever o "mito da caverna"?

Platão coloca alguns homens voltados para o fundo da caverna. Um deles se vira e vai em busca do Sol, do conhecimento. 

7) Qual a razão de os homens permanecerem presos no fundo da caverna? 

É o próprio ser humano que tem que se ver como homem livre ou como escravo. 

8) Como explicar o ser e o parecer ser?

Platão acha que é difícil a criança se tornar um adulto. Por isso, em cada etapa do caminho há a confusão entre o ser e o parecer ser. Suportar a clareza do Sol é que mostra a diferença entre o ser e o parecer ser.

9) Como sintetizar o mito da caverna?

A caverna escura é o nosso mundo; os escravos acorrentados são os homens; as correntes são as paixões e a ignorância; as imagens ao fundo da caverna são as percepções sensoriais; a aventura do escravo fora da caverna é a experiência filosófica; o mundo fora da caverna corresponde ao mundo das ideias, o único, verdadeiramente; o Sol que ilumina o mundo verdadeiro é a ideia do Bem, que conduz ao conhecimento; o regresso do escravo é o dever do filósofo de envolver a sociedade na experiência da verdade; a incapacidade do escravo em readaptar-se à vida na caverna é a inadequação dos filósofos; o escárnio do escravo é o destino reservado ao escravo; a morte final do escravo-filósofo é a morte de Sócrates.  (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/mito-da-caverna)


Texto Curto no Blog

Mito da Caverna

Mito. Originariamente, narrativa fantasiosa da genealogia. Historicamente, é a exposição de uma doutrina sob a forma de narrativa alegórica: "os mitos platônicos". Característica essencial do mito. Tanto no sentido alegórico como no sentido simbólico, o relato mítico subentende outra coisa, e não precisamente o que está sendo dito.

O "mito da caverna" está descrito no livro VII de A República, de Platão, que ressalta a tarefa do filósofo, cujos ensinamentos são transmitidos em forma de metáforas. Como a articulação entre o mythos e o logos é tamanha, Platão prefere usar, em A República,  o verbo mythologein para expressar essa junção. Este mito baseia-se na analogia entre o bem e o Sol. 

Descrição do mito da caverna: Platão coloca alguns homens voltados para o fundo da caverna. Um deles se vira e vai em busca do Sol, do conhecimento.

Qual a razão de os homens permanecerem presos no fundo da caverna? Platão quer nos mostrar que é o próprio ser humano que tem que se ver como homem livre ou como escravo. Platão acha que é difícil a criança se tornar um adulto. Por isso, em cada etapa do caminho há a confusão entre o ser e o parecer ser. Suportar a clareza do Sol é que mostra a diferença entre o ser e o parecer ser.

Sintetizando o Mito da Caverna. A caverna escura é o nosso mundo; os escravos acorrentados são os homens; as correntes são as paixões e a ignorância; as imagens ao fundo da caverna são as percepções sensoriais; a aventura do escravo fora da caverna é a experiência filosófica; o mundo fora da caverna corresponde ao mundo das ideias, o único, verdadeiramente; o Sol que ilumina o mundo verdadeiro é a ideia do Bem, que conduz ao conhecimento; o regresso do escravo é o dever do filósofo de envolver a sociedade na experiência da verdade; a incapacidade do escravo em readaptar-se à vida na caverna é a inadequação dos filósofos; o escárnio do escravo é o destino reservado ao escravo; a morte final do escravo-filósofo é a morte de Sócrates.

http://sbgfilosofia.blogspot.com/2019/11/mito-da-caverna.html


Notas do Blog

Olhos de Ver e Ouvidos de Ouvir

A visão, em termos simbólicos, assume diversos valores. No esoterismo, fala-se do olho frontal – o terceiro olho de Xiva. Em religião, descreve-se a visão profética. No âmbito da filosofia, a visão refere-se ao conhecimento. O Mito da Caverna de Platão é um exemplo. Neste mito, PLATÃO coloca as pessoas de costas para a entrada da caverna, de modo a verem as suas sombras projetadas no fundo. Contudo, existe um, que ele chama filósofo, que se vira e sai à busca da luz, isto é, ao encontro do conhecimento, da verdade. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/olhos-de-ver-e-ouvidos-de-ouvir.html)

Luz e Espiritismo

A primeira metáfora da luz encontra-se no Mito da Caverna, em que Platão associa a luz ao sol. No Velho Testamento, o simbolismo da luz perpassa toda a revelação bíblica. No Novo Testamento, torna-se realidade a luz escatológica (Cristo) prometida pelos profetas. Na Idade Média e Contemporânea, a metáfora da luz está presente em Santo Agostinho, que compara o conhecimento à luz e atribui a Deus a fonte que ilumina as coisas e as portas à luz do dia. Dela se serviu Descartes, que associa a luz à razão. É empregada por Locke, que a associa à luz da lamparina, ao comparar sua chama um tanto débil com o entendimento humano. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/08/luz-e-espiritismo.html)

A Luz e o Discípulo

A luz, vista como símbolo, teve várias ocorrências ao longo do tempo. Na Antiguidade, Platão, no seu famoso Mito da Caverna, compara, metaforicamente, a luz ao brilho do Sol. Deus, no livro Gênesis do Velho Testamento, separa a luz das trevas. Jesus, no Novo Testamento, é a luz do mundo. Santo Agostinho, na Idade Média, compara o conhecimento à luz e dedica a Deus a fonte que ilumina a tudo. Descartes associa luz à razão. Locke chama luz de lamparina ao débil conhecimento do ser humano. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2006/03/luz-e-o-discpulo.html)

O Mytho e o Logos

No livro, A República, a articulação entre o mythos e o logos é tamanha, que Platão usa o verbo mythologein para expressar essa junção. Há, assim, o mito propriamente dito, como é o caso do mito do anel de Giges, e formulações míticas completamente misturadas com o discurso argumentativo, como é o caso do mito da caverna. Mythologein é verbo intraduzível. Todas as figuras emanadas deste verbo servem para um aprofundamento do pensamento, pois tudo o que aí é dito dirige-se à inteligência no seu nível mais elevado.

O livro I, de A República, desdobra-se na intenção de responder à questão: “o que é justo?”. Tem como objetivo, no meio de toda a mistura do mythos/lógos obter a unidade. Céfalo, o anfitrião da conversa filosófica, sabe perfeitamente o que é justo. Achava-se leve e preparado para a morte. Mas esse sentimento de leveza diante da morte é como se fosse um mito: diante da morte não importa parecer justo, mas sê-lo. Eis o um: ser e não parece ser. Mas o que é o um? O que é o ser? O que é o parecer ser? Depois da confusão, este questionamento requer um esclarecimento, que Platão dará em forma de uma demonstração do bem.

Platão parte de uma analogia entre o bem e o Sol. É a descrição do mito da caverna. Não o faz para facilitar o tema, mas para aprofundá-lo. Há dificuldade de se entender os homens presos no fundo da caverna. Sua compreensão requer uma reconstrução da visão do ser humano: é o próprio ser humano que tem que se ver como homem livre ou como escravo. Contudo, o ser humano deverá fazer um esforço de se deslocar do lugar que está para um nível de mais compreensão, para o Sol. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2005/10/o-mytho-e-o-logos.html)


Cinema 

A Caverna de Platão é, às vezes, comparada com a camera oscura, descrita como uma peça cuja única abertura é um buraco minúsculo em uma de suas paredes. Sobre a parede oposta desenha-se a produção exata, mas invertida daquilo que se poderia ver do lado de fora. A caverna de Platão foi também comparada com a própria sala de cinema, os espectadores sendo os prisioneiros acorrentados e as imagens na tela as sombras projetadas sobre os muros da gruta.

Fonte de Consulta

AUMONT, Jacques e MARIE, Michel. Dicionário Teórico e Crítico do Cinema. Tradução de Eloisa Araújo Ribeiro. 5 ed., Campinas, SP: Papirus, 2012.


Mensagem Espírita

Valei-vos da Luz

"Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem. “ Jesus. (João, 12:35.)

O homem de meditação encontrará pensamentos divinos, analisando o passado e o futuro. Ver-se-á colocado entre duas eternidades —  a dos dias que se foram e a que lhe acena do porvir.

Examinando os tesouros do presente, descobrirá suas oportunidades preciosas.

No futuro, antevê a bendita luz da imortalidade, enquanto que no pretérito se localizam as trevas da ignorância, dos erros praticados, das experiências mal vividas. Esmagadora maioria de personalidades humanas não possui outra paisagem, com respeito ao passado próximo ou remoto, senão essa constituída de ruína e desencanto, compelindo-as a revalorizar os recursos em mão.

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contacto com o serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é possível resgatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor.

Refleti na observação do Mestre e apreender-lhe-eis o luminoso sentido. Andai enquanto tendes a luz, disse Ele.

Aproveitai a dádiva de tempo recebida, no trabalho edificante.

Afastai-vos da condição inferior, adquirindo mais alto entendimento.

Sem os característicos de melhoria e aprimoramento no ato de marcha, sereis dominados pelas trevas, isto é, anulareis vossa oportunidade santa, tornando aos impulsos menos dignos e regressando, em seguida à morte do corpo, ao mesmo sítio de sombras, de onde emergistes para vencer novos degraus na sublime montanha da vida. (Capítulo 6, do livro Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel / Francisco Cândido Xavier)

Não te Enganes

"Olhais para as coisas, segundo as aparências? Se alguém confia de si mesmo que é do Cristo, pense outra vez isto consigo, que assim como ele é do Cristo, também nós do Cristo somos." - Paulo. (II Coríntios, 10:7).

Não te enganes, acerca da nossa necessidade comum no aperfeiçoamento. 

Muita vez, superestimando nossos valores, acreditamo-nos privilegiados na arte da elevação. E, em tais circunstâncias, costumamos esquecer, impensadamente, que outros estão fazendo pelo bem muito mais que nós mesmos.

O vaga-lume acende leves relâmpagos nas trevas e se supõe o príncipe da luz, mas encontra a vela acesa que o ofusca. A vela empavona-se sobre um móvel doméstico e se presume no trono absoluto da claridade, entretanto, lá vem um dia em que a lâmpada elétrica brilha no alto, embaciando-lhe a chama. A lâmpada, a seu turno, ensoberbece-se na praça pública, mas o Sol, cada manhã, resplandece no firmamento, clareando toda a Terra e empalidecendo todas as luzes planetárias, grandes e pequenas.

Enquanto perdura a sombra protetora e educativa da carne, quase sempre somos vítimas de nossas ilusões, mas, em voltando o clarão infinito da verdade com a renovação da morte física, verificamos, ao sol da vida espiritual, que a Providência Divina é glorioso amor para a Humanidade inteira.

Não troques a realidade pelas aparências.

Respeitemos cada realização em seu tempo e cada pessoa no lugar que lhe é devido.

Todos somos companheiros de evolução e aperfeiçoamento, guardados ainda entre o bem e o mal. Onde acionarmos a nossa "parte inferior", a sombra dos outros permanecerá em nossa companhia. Da zona a que projetarmos a nossa "boa parte", a luz do próximo virá ao nosso encontro.

Cada alma é sempre uma incógnita para outra alma. Em razão disso, não será lícito erguer as paredes de nossa tranquilidade sobre os alicerces do sentimento alheio.

Não nos iludamos.

Retifiquemos em nós quanto prejudique a nossa paz íntima e estendamos braços e pensamentos fraternos, em todas as direções, na certeza de que, se somos portadores de virtudes e defeitos, nas ocasiões de juízo receberemos sempre de acordo com as nossas obras. E, compreendendo que a Bondade do Senhor brilha para todas as criaturas, sem distinção de pessoas, recordemos em nosso favor e em favor dos outros as significativas palavras de Paulo: — "Se alguém confia de si mesmo que é do Cristo, pense outra vez isto consigo, porque tanto quanto esse alguém é do Cristo, também nós do Cristo somos." (Capítulo 65, do livro Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel / psicografia de Chico Xavier)