Guerra na Visão Espírita

Perguntas e Respostas

1) Qual a origem da palavra "guerra"?

A palavra "guerra", ensina a etimologia, procede do germânico werra (de onde virá igualmente o war inglês), cujo significado inicial não era o de conflito sangrento, mas algo mais na linha da discordância, que podia nascer de uma simples discussão verbal e chegar, no máximo, a um duelo.

2) Qual o conceito de guerra?

Guerra refere-se à luta armada entre duas ou mais nações ou bandos. Implica o rompimento de um estado de paz. 

3) Como são classificadas as guerras?

Guerra preventiva (nação declara guerra antes que outra ataque), guerra civil (dentro do próprio país), guerra santa (motivos religiosos), guerra suja (ações fora do quadro legal ou declarado). Há, também, sentido moral e psicológico como alusão ao combate ou oposição. 

4) Como são moralmente analisadas as guerras?

As guerras não acontecem por acaso; elas são frutos do livre-arbítrio das pessoas racionais. Nesse caso, elas podem ser justas ou injustas. 

5) Quais são as condições para que uma guerra seja justa?

1) Que haja um direito liquido e certo, injustamente desrespeitado; 2) ocorrer somente depois de esgotados todos os esforços de acordo; 3) equivalência moral entre o bem que se espera, a reparação do direito do ofendido, e os males inerentes ao desencadear da violência. 

6) Qual a causa que leva o homem à guerra? (p. 742)

Predominância da natureza animal sobre a espiritual e a satisfação das paixões. 

7) A guerra desaparecerá um dia da face da Terra? (p. 743)

Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Então todos os povos serão irmãos.

8) Qual o objetivo da Providência ao tornar a guerra necessária? (p. 744)

A liberdade e o progresso.

9) Se a guerra deve ter como efeito conduzir à liberdade, como se explica que ela tenha geralmente por fim e por resultado a escravização? (p. 744 – a) 

Escravização momentânea para sovar os povos, a fim de fazê-los andar mais depressa.

10) Que pensar daquele que suscita a guerra em seu proveito? (p. 745)

Esse é o verdadeiro culpado e necessitará de muitas existências para expiar todos os assassínios de que foi causa, porque responderá por cada homem cuja morte tenha causado para satisfazer a sua ambição. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/guerra-na-vis%C3%A3o-esp%C3%ADrita)


Texto Curto no Blog

Guerra na Visão Espírita

Guerra. Refere-se à luta armada entre duas ou mais nações ou bandos. Implica o rompimento de um estado de paz. Etimologicamente, procede do germânico werra, que se transformou em war (inglês). Inicialmente, não representava um conflito sangrento, mas algo na linha da discordância, que podia nascer de uma discussão verbal e chegar, no máximo, a um duelo.

Há diversos tipos de guerras. Guerra preventiva (nação declara guerra antes que outra ataque), guerra civil (dentro do próprio país), guerra santa (motivos religiosos), guerra suja (ações fora do quadro legal ou declarado). Há, também, o sentido moral e psicológico como alusão ao combate ou oposição.

As guerras não acontecem por acaso; elas são frutos do livre-arbítrio das pessoas racionais. Nesse caso, elas podem ser justas ou injustas. Para que uma guerra seja justa, há algumas condições: 1) Que haja um direito líquido e certo, injustamente desrespeitado; 2) ocorrer somente depois de esgotados todos os esforços de acordo; 3) equivalência moral entre o bem que se espera, a reparação do direito do ofendido, e os males inerentes ao desencadear da violência.

Idígoras, em seu Vocabulário Teológico para a América Latina, diz que na Bíblia, há mandamentos divinos que conclamam a luta contra os adversários. Daí, percebemos que se trata de um profundo problema humano. Em outras palavras, para defender ou ampliar posses, os indivíduos entram em litígio. Quando as articulações não conseguem o seu fim, a luta se torna inevitável. Em certos casos, a guerra é certamente moral, quando se trata de defender os direitos atingidos ou impedir que os opressores explorem os mais fracos ou pacíficos. Assim, "não é a guerra que se apresenta como injusta, mas sim a sua utilização para causas ou objetivos de opressão".

Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec trata da guerra.

Pergunta 742 - Qual a causa que leva o homem à guerra?

Predominância da natureza animal sobre a espiritual e a satisfação  das paixões.

Pergunta 743 - A guerra desaparecerá um dia da face da Terra?

Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Então todos os povos serão irmãos.

Pergunta 744 - Qual o objetivo da Providência ao tornar a guerra necessária?

A liberdade e o progresso.

Pergunta 744 a - Se a guerra deve ter como efeito conduzir à liberdade, como se explica que ela tenha geralmente por fim e por resultado a escravização?

Escravização momentânea para sovar os povos, a fim de fazê-los  andar mais depressa.

Pergunta 745 - Que pensar daquele que suscita a guerra em seu proveito? (p. 745)

Esse é o verdadeiro culpado e necessitará de muitas existências para expiar todos os assassínios de que foi causa, porque responderá por cada homem cuja morte tenha causado para satisfazer a sua ambição. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2019/08/guerra-na-visao-espirita.html)


Em Forma de Palestra

Reflexões sobre a Paz

1. Introdução

As guerras são injustas? A paz é sempre justa? Se a paz é uma aspiração da Humanidade, por que a história é repleta de guerras? Onde se pode encontrar a causa da guerra? Será a guerra um fator de desenvolvimento econômico e social? Eis algumas das muitas questões que poderíamos formular. Nosso propósito é discutir este tema sob três ângulos: pesquisas sobre a paz, o discurso teológico e filosófico e a contribuição do Espiritismo.

2. Conceito

A palavra paz, do latim pax, pacis, assume diversos sentidos. Genericamente é a ausência de conflitos, estabelecimento da ordem entre a parte e o todo, chegando a confundir-se com o conceito de felicidade. Há uma dimensão interna, regulada pela moral e uma dimensão externa, regulada pelo direito internacional. Em se tratando da "pesquisa sobre a paz", é sempre definida em função da definição de guerra. O binômino "paz-guerra" dá-nos a entender que ora a palavra paz assume papel negativo e ora positivo. Vejamos: no sentido geral, define-se paz com o sentido negativo, ou seja, a palavra guerra é que assume o papel relevante. No sentido estrito, a paz assume papel positivo, como quando se quer por fim a um conflito particular. (Bobbio, 1986)

Para o Cristianismo, e também para o Espiritismo, a paz é o esforço despendido para desenvolver a inteligência e alcançar as culminâncias da bondade, da justiça, do amor e da fraternidade.

3. Histórico

O fenômeno guerra acompanha a Humanidade desde os seus primórdios. Do "homem das cavernas" ao "homem informatizado", a Humanidade viu surgir e desaparecer civilizações, impérios atingiram o apogeu e viveram a decadência, invenções tornaram menos difícil a sobrevivência do ser humano. Ao longo dos séculos, uma das poucas características presentes em todos os momentos foi a disposição dos povos para a guerra. Não faltam motivações - ou justificativas - para os conflitos. Razões políticas, econômicas, religiosas, culturais ou históricas surgem tentando explicar o que leva um povo a lutar contra outro ou ainda entre si.

Neste grande mosaico de explicações, o próprio conceito de guerra se amplia. Mas um elemento é comum às várias interpretações: a paz é muito mais uma aspiração, pois o normal é a guerra. Reforçando tal ideia surge um dado histórico assustador. Em 35 séculos, o mundo só teve 268 anos sem batalhas, combates, morte e destruição.

Depois das duas grandes guerras mundiais, chegamos ao século 21, impregnado de muitas transformações para o que costumávamos chamar de guerra. Os ataques de 11 de setembro de 2001 tornaram mundial um inimigo que antes era visto como problema localizado: o terrorismo. (http://www.multirio.rj.gov.br/seculo21)

4. Pesquisas sobre a Paz

As discussões a respeito da "Pesquisa sobre a Paz" começaram nos anos que antecederam a 2.ª Guerra Mundial, em que os psicólogos, psicólogos sociais e os políticos aplicaram os métodos de pesquisa das ciências sociais aos estudos dos fenômenos da guerra e da paz, no sentido de buscar uma solução pacífica dos conflitos internacionais.

4.1. O Sistema Guerra-Paz

O sistema guerra-paz é frequentemente comparado com a estrutura de conflito e não conflito.

Atividades Humanas são de Não-Conflito e Conflito 

Atividades de Não-Conflito geram sempre Paz 

Atividades de Conflito podem gerar Paz ou Guerra

As atividades humanas podem ser classificadas como conflituais e não conflituais. As não conflituais são catalogadas como comer, beber, procriar, passear, trabalhar etc. As conflituais são aquelas em que o aumento do bem-estar de alguém diminui o bem-estar do outro. O conflito acaba sendo uma situação de redistribuição, em que uns ganham e outros perdem. O conflito e o não-conflito não são sinônimos de guerra e paz. O que podemos afirmar é que toda a situação de não-conflito gera necessariamente a paz; já, a situação de conflito pode gerar a guerra ou a paz, dependendo dos interesses e tabus envolvidos nas negociações. (Boulding, 1979, cap. 1)

4.2. A Guerra como Mal Necessário

É o resultado dos ensaios filosóficos em que o progresso econômico e social só é possível através das guerras.

O nexo entre a concepção de guerra como mal necessário e as teorias do progresso social apresentam-se sob três formas:

1) desenvolve energias, virtudes, coragem heroica, o sacrifício de si mesmo pela pátria que com a paz não existiria;

2) unificação de povos distintos, do gênero humano;

3) a inteligência criadora do homem responde com maior vigor e resultados mais surpreendentes aos desafios que o contraste com a natureza ou com os demais homens. (Bobbio, 1986)

4.3. A Paz como Meio

A paz é considerada um bem insuficiente, pois não pode por si só garantir uma vida social perfeita em que os homens vivam felizes e prósperos. A paz é meio, como justiça, amor, liberdade e bem-estar. O bem que ela defende é o bem da vida. Mas será a vida o maior dos bens? (Bobbio, 1986)

5. O Discurso Teológico e Filosófico

5.1. Pacem in Terris 

O Papa João XXIII, na sua Encíclica Pacem in terris, enaltece a tarefa de construção constante da paz, dizendo que o sentido dessa luta e desse esforço é criar uma sociedade mais justa e mais igualitária, em que os mais ricos possam auxiliar os mais pobres, os mais inteligentes ensinar os menos e assim por diante. A paz aqui é entendida como uma vocação, um ideal a ser atingido. Em outras palavras é uma potentia que deve se tornar actu.

Nesse mister, a grande façanha da religião é encaminhar o ser humano para o seu lado transcendental, complementando as palavras de Cristo, ou seja, "acima de todo o entendimento". (Idígoras, 1983)

5.2. A Paz Bíblica

O ensinamento bíblico mostra que a história de Israel é uma história humana de lutas. Mas, em meio a essa trama, de uma realidade cheia de poderosos impérios e forças em conflito, vai surgindo a missão de Israel de anunciar o Reino definitivo da paz. Observe que os ensinamentos proféticos são aqueles que realmente aprofundam os valores da paz, pois no meio dos conflitos a paz é dos justos.

O Novo Testamento nos apresenta o cumprimento da esperança escatológica em Cristo. Ele é o prometido príncipe da paz, que veio para redimir os pecados da Humanidade e unir os gentios e judeus, os gregos e os bárbaros. A paz do Cristo não é a paz do mundo, mas a guerra de cada um contra si mesmo e contra todo o mal, fazendo com que possamos ser "promotores da paz". (Idígoras, 1983)

5.3. Não-Violência 

A ação política da não-violência assume diversas formas: desde os simples protestos até ação direta como boicotes, greves e campanhas de não-cooperação.

Dentre os grandes homens, adeptos da não-violência, Ghandi é o mais citado. Como sabemos, Ghandi libertou a Índia do poderio militar inglês, sem que fosse preciso pegar nas armas. Nos preparativos, Ghandi e seus seguidores se perguntavam: Você é capaz de suportar o suplício da prisão? Você é capaz de suportar golpes sem retaliação? Ghandi ensinou as pessoas a praticar ahimsa, ou a compaixão amorosa, e a tratar os adversários com respeito e interesse, olhando além da causa que os dividia, para que pudessem ver a humanidade comum a ambos.

6. As Contribuições Espíritas

6.1. Sigamos a Paz

"Busque a paz e siga-a" – Pedro

O Espírito Emmanuel, comentando este versículo do Evangelho, diz que a maioria de nós deseja tranquilidade. Para isso, rogamos a Deus a concessão dos bens que poderiam satisfazê-la. Tão logo, porém, o Divino Escultor nos atende, mudamos as nossas atitudes.

Pedimos a fortuna material. Ao nos vermos locupletados de ouro, torturamo-nos em mil problemas por não sabermos distribuir, ajudar, administrar e gastar com simplicidade.

Solicitamos o casamento. Quando o Céu nos felicita com um cônjuge, não sabemos ser irmãos e nos exasperamos continuamente.

Reclamamos títulos públicos. Ao sermos aureolados com a popularidade, não temos paciência para tratar educadamente todos os que nos procuram.

Lembremo-nos de que a paz verdadeira é aquela que resulta do equilíbrio entre os nossos desejos e a os propósitos do Senhor. (Xavier, s.d.p., cap. 79)

6.2. Refugia-te em Paz

"Havia muitos que iam e vinham e não tinham tempo para comer" – Marcos, 6, 31.

A mensagem do Espírito Emmanuel exorta-nos a nos retirarmos para um lugar à parte. É que o vaivém dos interesses materiais, na maioria das vezes imediatistas, faz-nos perder os fins últimos da existência, que é a nossa perfeita união com Deus. Ele pede que respeitemos os princípios fantasistas de paz e justiça, de amor e felicidade que o plano da carne nos impõe. Faz-nos ver que, em certas circunstâncias da experiência transitória, eles podem ser úteis, entretanto, não deveríamos viver exclusivamente ao lado deles. (Xavier, s.d.p., cap. 147)

6.3. Viver em Paz

"... Vivei em paz..." – Paulo (II Coríntios, 13,11)

Nesta mensagem o Espírito Emmanuel aconselha-nos a não guerrear com ninguém, embora sejamos a todo o momento hostilizados de mil formas. Diz-nos que aqueles que vem ter conosco aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas ou ilusões, pois não souberam tolerar a luz da verdade. Orienta-nos a pacificar-lhes a alma, porque agindo assim, estaremos equilibrando a nós próprios. (Xavier, s.d.p., cap. 123)

7. Conclusão 

Todos esses conhecimentos estão nos livros. Basta procurá-los e anotá-los. Contudo, se os mesmos não forem impregnados em nossos sentimentos, o resultado é quase nulo. É por isso que se diz: "Escrever um livro de mil preceitos morais é extremamente fácil; o difícil é colocar em prática apenas um deles".

8. Bibliografia Consultada

BOBBIO, N. et al. Dicionário de Política. 2. ed. Brasília: UNB, 1986. 

BOULDING, K. E. Paz Estável. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

http://www.multirio.rj.gov.br/seculo21

IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina. São Paulo: Paulinas, 1983.

XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, [s.d.p.] 


Notas do Blog

Reflexões sobre a Paz

A história da humanidade retrata a história da guerra. Do "homem das cavernas" ao "homem informatizado", ocorreram diversas revoluções, guerras e revoltas. Paralelamente aos combates, os cientistas sociais, os filósofos e os religiosos têm procurado explicações para esse fenômeno. Uns falam que sem a guerra não teríamos atingido o estado do progresso econômico da atualidade; outros, os religiosos, que ela acabará somente quando o homem tiver vencido o egoísmo. Eis um dado assombroso: em 35 séculos tivemos apenas 268 anos de trégua. O terrorismo, depois do episódio de 11 de setembro de 2001, é a bola da vez. 

As "pesquisas sobre a paz", que tiveram sua origem nos anos que antecederam a 2.ª grande guerra mundial, têm a incumbência de aplicar os métodos de pesquisa das ciências sociais aos fenômenos da guerra. Nesse mister, Keneth E. Boulding, em seu livro Paz Estável, explica-nos o binômino "guerra-paz", comparando-o com o par "conflito-não-conflito". Ele parte da ideia de que as atividades humanas causam dois tipos de reação: conflito e não-conflito. O não-conflito gera sempre paz; o conflito pode se transformar em guerra ou em paz, dependendo dos interesses e tabus envolvidos na questão. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/reflexes-sobre-paz_02.html)

Antagonismo

Na filosofia, poder-se-ia dar dois exemplos a respeito do antagonismo. Para Heráclito, o devir se realiza por meio de uma contínua passagem de um contrário ao outro. Daí, parecer que a guerra é o que regula o mundo. Isto é verdade, mas muito superficial. Para Hegel, tudo começa por uma tese (um). Da tese aparece a antítese (dois). O resultado desse antagonismo é a síntese (três). E isso se repete indefinidamente.  (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2014/07/antagonismo.html)

Involuído e Evoluído

O par de termo involuído/evolvido nos dá ideia da dimensão espiritual do ser humano. O involuído caracteriza o homem ainda envolto com o mal, com o ódio e com a guerra. O evolvido especifica o homem no esforço da grande batalha, que é a prática do bem, do amor e da justiça. Essa dicotomia é importante, porque não podemos ficar no meio termo: somos justos ou não somos. É a questão da formação do caráter que nos diz que devemos agir sempre da mesma maneira nas mesmas circunstâncias.

O involuído está preso ao mal. Procura através da força, da guerra eliminar o mal que lhe tenham causado. Na realidade combate um mal com outro maior. Observe o Estado aplicando a pena de morte naquelas pessoas que cometeram crimes hediondos. Isso não leva a nada, pois a conseqüência é um nível maior de violência, visto que o fogo não se apaga com mais fogo, mas com água. O perdão é o único elemento que verdadeiramente elimina o mal. Sem ele, a humanidade está moralmente perdida. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/involudo-e-evolvido.html)

Júpiter e Terra

No planeta Terra ainda temos necessidade da sombra do mal para sentir o bem, das trevas para admirar a luz, da doença para apreciar a saúde, da guerra para vislumbrar a paz. Em Júpiter, esses contrastes são desnecessários, pois a eterna luz, a eterna bondade e a eterna serenidade propiciam aos seus habitantes uma eterna alegria. Pelo fato de vivermos num mundo inferior, não conseguimos compreender esse estado de coisas. Mas, mesmo assim, não nos faltam os avisos espirituais para começarmos esse caminho de evolução. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2014/10/jupiter-e-terra.html)


Mensagem Espírita

Nos Momentos Graves

Use calma. A vida pode ser um bom estado de luta, mas o estado de guerra nunca será uma vida boa.

Não delibere apressadamente. As circunstâncias, filhas dos Desígnios Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.

Evite lágrimas inoportunas. O pranto pode complicar os enigmas em vez de resolvê-los.

Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero. O reerguimento é a melhor medida para aquele que cai.

Tenha paciência. Se você não chega a dominar-se, debalde buscará o entendimento de quem não o compreende ainda.

Se a questão é excessivamente complexa, espere mais um dia ou mais uma semana, a fim de solucioná-la. O tempo não passa em vão.

A pretexto de defender alguém, não penetre o círculo barulhento. Há pessoas que fazem muito ruído por simples questão de gosto.

Seja comedido nas resoluções e atitudes. Nos instantes graves, nossa realidade espiritual é mais visível.

Em qualquer apreciação, alusiva a segundas e terceiras pessoas, tenha cuidado. Em outras ocasiões, outras pessoas serão chamadas a fim de se referirem a você.

Em hora alguma proclame seus méritos individuais, porque qualquer qualidade excelente é muito problemática no quadro de nossas aquisições. Lembre-se de que a virtude não é uma voz que fala, e sim um poder que irradia. (Xavier, Francisco Cândido. Agenda Cristã, pelo Espírito André Luiz, Capítulo 10)

Viver em Paz 

“... Vivei em paz...” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 13:11.) 

Mantém-te em paz. 

É provável que os outros te guerreiem gratuitamente, hostilizando-te a maneira de viver; entretanto, podes avançar em teu roteiro, sem guerrear a ninguém. 

Para isso, contudo – para que a tranquilidade te banhe o pensamento –, é necessário que a compaixão e a bondade te sigam todos os passos. 

Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação. 

Junto da serenidade, poderás analisar cada acontecimento e cada pessoa no lugar e na posição que lhes dizem respeito. 

Repara, carinhosamente, os que te procuram no caminho... 

Todos os que surgem, aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas ou ilusões. Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não souberam tolerar a luz da verdade e clamam irritadiços... Unge-te de piedade e penetra-lhes os recessos do ser, e identificarás em todos eles crianças espirituais que se sentem ultrajadas ou contundidas. 

Uns acusam, outros choram. 

Ajuda-os, enquanto podes. 

Pacificando-lhes a alma, harmonizarás, ainda mais, a tua vida. 

Aprendamos a compreender cada mente em seu problema. 

Recorda-te de que a Natureza, sempre divina em seus fundamentos, respeita a lei do equilíbrio e conserva-a sem cessar. 

Ainda mesmo quando os homens se mostram desvairados, nos conflitos abertos, a Terra é sempre firme e o Sol fulgura sempre. 

Viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de poucos. (Xavier, Francisco Cândido. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel, capítulo 123)