As Epístolas de Paulo

Perguntas e Respostas

1) Quem foi Paulo?

Paulo viveu na época de Jesus. O seu nome em hebreu é Saulo. De acordo com os costumes judeus, que prescrevia o ensino de uma profissão às crianças, Saulo torna-se tecelão. Saulo é enviado a Jerusalém onde se torna discípulo de Gamaliel, adquirindo vasto conhecimento das escrituras e das tradições judaicas.

Enquanto Jesus era crucificado pelo anúncio de seu Evangelho, Saulo torna-se um ferrenho perseguidor dos cristãos, na Palestina e na Síria. O número de discípulos, na época, já ultrapassava os 5.000.

Saulo tem uma visão de Cristo nas portas de Damasco, que lhe pergunta: "Saulo, Saulo, porque me persegues?" Fica cego e é curado por Ananias.

Depois de alguns anos de vida tranqüila em Tarso, Saulo inicia as suas viagens de divulgação da boa nova do Cristo, permeada por muitos sofrimentos e prisões. Teve um fim trágico: morreu decapitado.

2) Qual sua missão?

A missão de Paulo foi a de levar a boa nova do Cristo aos gentios. Sabia que nada podia por si mesmo, mas confiava em Deus, que lhe tinha dado esta missão. Depois de sua conversão, em Damasco, dedica-se inteiramente à divulgação do Evangelho não se importando com cansaços, tribulações e prisões. De acordo com Jacques Maritain "A sabedoria que Paulo anuncia não é sabedoria dos filósofos, é a sabedoria dos santos. Não é sabedoria que se adquire pelas forças naturais da razão, mas pelas forças da fé". (1975)

3) O que se entende por epístola?

Epístolas são cartas redigidas por um autor antigo. Difere da simples carta, pois não se destina à simples comunicação de fatos de natureza pessoal ou familiar, mas crônicas a respeito de determinados assuntos. Diz-se também de cada uma das cartas escritas por apóstolos e inseridas no Novo Testamento.

No Antigo Testamento de antes do cativeiro encontram-se poucas formulações de cartas propriamente ditas. Do pós-cativeiro (tempo persa) guardam-se diversas cartas e documentos.

No Novo Testamento temos as cartas de Paulo, as cartas católicas, as cartas do decreto dos apóstolos e o apocalipse, pois também é concebido em forma de carta.

4) Como se originaram as epístolas de Paulo?

O Espírito Emmanuel, em Paulo e Estevão, relata que Paulo estava preocupado por não poder atender a todas as solicitações das igrejas nascentes. Em uma meditação noturna, recebe a seguinte orientação: "Não te atormentes com as necessidades do serviço. É natural que não possas assistir pessoalmente a todos, ao mesmo tempo... Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome; os de boa vontade saberão compreender, porque o valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida". (1963, p. 424 a 426)

5) Quais foram as epístolas escritas por Paulo?

As epístolas, atribuídas a Paulo, no Novo Testamento, são quatorze, e segundo alguns, a ordem cronológica que melhor parece estabelecida é:

1.º e 2.º Epístolas aos Tessalonicenses;

1.º e 2.º Epístolas aos Coríntios;

Epístola aos Gálatas;

Epístola aos Romanos;

Epístola aos Efésios;

Epístola aos Colossences;

Epístola a Filemon;

Epístola aos Filipenses;

Epístola aos Hebreus;

1.º Epístola a Timóteo;

Epístola a Tito;

2.º Epístola a Timóteo.

6) Qual o conteúdo doutrinal das epístolas?

Folheando essas 14 epístolas, verificamos que Paulo está preocupado na divulgação da sã doutrina do Cristo. Assim:

- combate a idolatria, a circuncisão, o pecado, a luxúria etc.;

- exalta a justiça pela fé, a humildade, a caridade, a fidelidade a Deus, a submissão à autoridade, a tolerância para com os fracos da fé etc.;

- dá orientações de como a mulher deve portar-se na Igreja;

- responde às perguntas sobre o casamento;

- fala de seus sofrimentos na luta pela implantação da "Boa-Nova";

- diz que a Lei é impotente para salvar, mas conduz a Cristo e à fé;

- descreve acerca da diversidade dos dons espirituais.

7) Qual a importância de Paulo para o Cristianismo?

Paulo foi quem universalizou o Cristianismo. É o exemplo vivo de como o homem velho pode se transformar em homem novo. As suas prédicas tinham por objetivo avivar a fé racional do crente e não a fé cega, a fé dogmática. Além do mais, Paulo era médium e, como tal, ficava todo o tempo receptivo às inspirações dos mensageiros de luz, preocupados em divulgar a boa nova do Cristo, para que a Humanidade pudesse se preparar para a sua maioridade espiritual.

(Reunião de 12/10/2008)

Fonte de Consulta

CURTI, Rino. As Epístolas de Paulo e o Apocalipse de João (Segundo o Espiritismo). São Paulo, FEESP, 1983.

XAVIER, F. C. Paulo e Estêvão, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, 1963.

MARITAIN, Jacques. O Pensamento Vivo de São Paulo. Tradução de Oscar Mendes. São Paulo: Martins/Edusp, 1975. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/ep%C3%ADstolas-de-paulo-as?authuser=0 )


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Epístolas de Paulo

Paulo viveu na época de Jesus. O seu nome em hebreu é Saulo. De acordo com os costumes judeus, que prescrevia o ensino de uma profissão às crianças, Saulo torna-se tecelão. Saulo é enviado a Jerusalém onde se torna discípulo de Gamaliel, adquirindo vasto conhecimento das escrituras e das tradições judaicas. 

Enquanto Jesus era crucificado pelo anúncio de seu Evangelho, Saulo torna-se um ferrenho perseguidor dos cristãos, na Palestina e na Síria. O número de discípulos, na época, já ultrapassava os 5.000. Saulo tem uma visão de Cristo nas portas de Damasco, que lhe pergunta: "Saulo, Saulo, porque me persegues?" Fica cego e é curado por Ananias. Depois de alguns anos de vida tranquila em Tarso, Saulo inicia as suas viagens de divulgação da boa nova do Cristo, permeada por muitos sofrimentos e prisões. Teve um fim trágico: morreu decapitado.

A missão de Paulo foi a de levar a boa nova do Cristo aos gentios. Sabia que nada podia por si mesmo, mas confiava em Deus, que lhe tinha dado esta missão. Depois de sua conversão, em Damasco, dedica-se inteiramente à divulgação do Evangelho não se importando com cansaços, tribulações e prisões. De acordo com Jacques Maritain "A sabedoria que Paulo anuncia não é sabedoria dos filósofos, é a sabedoria dos santos. Não é sabedoria que se adquire pelas forças naturais da razão, mas pelas forças da fé".

Epístolas são cartas redigidas por um autor antigo. Difere da simples carta, pois não se destina à simples comunicação de fatos de natureza pessoal ou familiar, mas crônicas a respeito de determinados assuntos. Diz-se também de cada uma das cartas escritas por apóstolos e inseridas no Novo Testamento. No Antigo Testamento de antes do cativeiro encontram-se poucas formulações de cartas propriamente ditas. Do pós-cativeiro (tempo persa) guardam-se diversas cartas e documentos. No Novo Testamento temos as cartas de Paulo, as cartas católicas, as cartas do decreto dos apóstolos e o apocalipse, pois também é concebido em forma de carta.

Como se originaram as epístolas de Paulo? O Espírito Emmanuel, em Paulo e Estevão, relata que Paulo estava preocupado por não poder atender a todas as solicitações das igrejas nascentes. Em uma meditação noturna, recebe a seguinte orientação: "Não te atormentes com as necessidades do serviço. É natural que não possas assistir pessoalmente a todos, ao mesmo tempo... Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome; os de boa vontade saberão compreender, porque o valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida". (1963, p. 424 a 426)

As epístolas, atribuídas a Paulo, no Novo Testamento, são quatorze, e segundo alguns, a ordem cronológica que melhor parece estabelecida é:

1.º e 2.º Epístolas aos Tessalonicenses;

1.º e 2.º Epístolas aos Coríntios;

Epístola aos Gálatas;

Epístola aos Romanos;

Epístola aos Efésios;

Epístola aos Colossences;

Epístola a Filemon;

Epístola aos Filipenses;

Epístola aos Hebreus;

1.º Epístola a Timóteo;

Epístola a Tito;

2.º Epístola a Timóteo.

Folheando essas 14 epístolas, verificamos que Paulo está preocupado na divulgação da sã doutrina do Cristo. Assim:

- combate a idolatria, a circuncisão, o pecado, a luxúria etc.;

- exalta a justiça pela fé, a humildade, a caridade, a fidelidade a Deus, a submissão à autoridade, a tolerância para com os fracos da fé etc.;

- dá orientações de como a mulher deve portar-se na Igreja;

- responde às perguntas sobre o casamento;

- fala de seus sofrimentos na luta pela implantação da "Boa-Nova";

- diz que a Lei é impotente para salvar, mas conduz a Cristo e à fé;

- descreve acerca da diversidade dos dons espirituais.

Paulo foi quem universalizou o Cristianismo. É o exemplo vivo de como o homem velho pode se transformar no homem novo. As suas prédicas tinham por objetivo avivar a fé racional do crente e não a fé cega, a fé dogmática. Além do mais, Paulo era médium e, como tal, ficava todo o tempo receptivo às inspirações dos mensageiros de luz, preocupados em divulgar a boa nova do Cristo, para que a Humanidade pudesse se preparar para a sua maioridade espiritual.

Fonte de Consulta

CURTI, Rino. As Epístolas de Paulo e o Apocalipse de João (Segundo o Espiritismo). São Paulo, FEESP, 1983.

MARITAIN, Jacques. O Pensamento Vivo de São Paulo. Tradução de Oscar Mendes. São Paulo: Martins/Edusp, 1975.

XAVIER, F. C. Paulo e Estêvão, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, 1963. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/epistolas-de-paulo.html)


Em Forma de Palestra

Epístolas de Paulo

1. Introdução 

O objetivo deste estudo é encaminhar o nosso pensamento para uma compreensão sintética dos ensinamentos contidos nas epístolas de Paulo. Tencionamos, também, situar alguns desses pensamentos, que foram comentados pelo Espírito Emmanuel e por Allan Kardec.

2. Origem das Epístolas 

Instaurando-se em Corinto, funda aí uma Igreja, que começou a produzir os frutos mais ricos da espiritualidade. Em torno do Apóstolo formou-se um pequeno colégio de seguidores. Contudo, dado a sua noção de responsabilidade, compreendeu que não bastava enviar emissários. De todas as partes recebia pedidos de providências para as Igrejas que ele havia fundado.

"Sentindo-se incapaz de atender a todas as necessidades ao mesmo tempo, o abnegado discípulo do Evangelho, valendo-se, um dia, do silêncio da noite, quando a Igreja se encontrava deserta, rogou a Jesus, com lágrimas nos olhos, não lhe faltasse com os socorros necessários ao cumprimento integral da tarefa.

Terminada a oração, sentiu-se envolvido em branda claridade. Teve a impressão nítida de que recebia a visita do Senhor. Genuflexo, experimentando indizível comoção, ouviu uma advertência serena e carinhosa:

Não temas — dizia a voz —, prossegue ensinando a verdade e não te cales, porque estou contigo.

... Não te atormentes com as necessidades do serviço. É natural que não possas assistir pessoalmente a todos, ao mesmo tempo... Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome; os de boa vontade saberão compreender, porque o valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida. Doravante, Estêvão permanecerá mais conchegado a ti, transmitindo-te meus pensamentos, e o trabalho de evangelização poderá ampliar-se em benefício dos sofrimentos e das necessidades do mundo...

... Assim começou o movimento dessas cartas imortais, cuja essência espiritual provinha da esfera do Cristo, através da contribuição amorosa de Estêvão — companheiro abnegado e fiel daquele que se havia arvorado, na mocidade, em primeiro perseguidor do Cristianismo". (Xavier, 1963, p. 424 a 426)

3. As Epístolas de Paulo 

As epístolas, atribuídas a Paulo, no Novo Testamento, são quatorze, e segundo alguns, a ordem cronológica que melhor parece estabelecida é:

1.º e 2.º Epístolas aos Tessalonicenses,

1.º e 2.º Epístolas aos Coríntios,

Epístola aos Gálatas,

Epístola aos Romanos,

Epístola aos Efésios,

Epístola aos Colossenses,

Epístola a Filemon,

Epístola aos Filipenses,

Epístola aos Hebreus,

1.º Epístola a Timóteo,

Epístola a Tito,

2.º Epístola a Timóteo.

Renan, em São Paulo, diz que os escritos de S. Paulo foram numerosos, restando apenas uma pequena parte, o que aliás, é confirmado por Emmanuel. (Curti, 1983, p. 27)

4. Conteúdo das Epístolas 

Folheando essas 14 epístolas, verificamos que Paulo está preocupado na divulgação da sã doutrina do Cristo. Assim:

- combate a idolatria, a circuncisão, o pecado, a luxúria etc.;

- exalta a justiça pela fé, a humildade, a caridade, a fidelidade a Deus, a submissão à autoridade, a tolerância para com os fracos da fé etc.;

- dá orientações de como a mulher deve portar-se na Igreja;

- responde às perguntas sobre o casamento;

- fala de seus sofrimentos na luta pela implantação da "Boa-Nova";

- diz que a Lei é impotente para salvar, mas conduz a Cristo e à fé;

- descreve acerca da diversidade dos dons espirituais.

5. Epístolas e O Evangelho Segundo o Espiritismo

5.1. Necessidade de Caridade Segundo Paulo 

"Ainda que eu falasse todas as línguas do homens, e mesmo a língua dos anjos, se não tivesse caridade não seria senão como um bronze sonante, e um címbalo retumbante; e quando eu tivesse o dom da profecia, penetrasse todos os mistérios, e tivesse uma perfeita ciência de todas as coisas; quando tivesse ainda toda a fé possível, até transportar montanhas, se não tivesse caridade eu nada seria. E quando tivesse distribuído meus bens para alimentar os pobres, e tivesse entregue meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso não me serviria de nada.

A caridade é paciente; é doce e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária e precipitada; não se enche de orgulho; não é desdenhosa; não procura seus próprios interesses; não se melindra e não se irrita com nada; não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, essas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, entre elas, a mais excelente é a caridade". (São Paulo, 1.ª Epístola aos Coríntios, cap. 13, 1 a 7 e 13)

Allan Kardec comentando essa passagem evangélica diz que Paulo compreendeu tão bem essa verdade que "coloca a caridade acima mesmo da fé, porque a caridade está ao alcance de todo o mundo, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre, e porque independe de toda crença particular". (1984, p. 201)

5.2. Preces Inteligíveis 

"Se não entendo o que significam as palavras, eu serei bárbaro para aquele com quem falo, e aquele que me fala será para mim bárbaro. Se oro numa língua que não entendo, meu coração ora, mas minha inteligência está sem fruto. — Se não louvais a Deus senão de coração, como um homem, entre aqueles que não entendem senão sua própria língua, responderá amém, ao final da vossa ação de graças, uma vez que ele não entende o que dizeis? Não é que vossa ação não seja boa, mas os outros dela não estão edificados. (São Paulo, 1.ª Epístola aos Coríntios, cap. 14, 11, 14, 16 e 17)

Comentário de Allan Kardec: "A prece não tem valor senão pelo pensamento ao qual se liga; ora, é impossível ligar um pensamento ao que não se compreende, porque o que não se compreende, não toca o coração". (1984, p. 310)

6. Epístolas e Emmanuel 

No final do livro Fonte Viva, de Emmanuel, há um índice, por capítulos e versículos, das obras Caminho Verdade e Vida, Pão Nosso, Vinha de Luz e Fonte Viva em que são comentados, pelo Espírito Emmanuel, alguns versículos do Novo Testamento. Em relação às Epístolas de Paulo, há mais de 250 mensagens. Assim, para uma melhor compreensão destas epístolas, convém procurarmos nas referidas obras os comentários desse Espírito luminar.

Escolhemos, a título de exemplo, o número 156, cujo título é:

Parentes

"Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que infiel". — Paulo. (I Timóteo, 5, 8)

Mensagem de Emmanuel:

"A causalidade não se encontra nos laços da parentela

Princípios sutis da Lei funcionam nas ligações consangüíneas.

Impelidos pelas causas do passado a reunir-nos no presente, é indispensável pagar com alegria os débitos que nos imanam a alguns corações, a fim de que venhamos a solver nossas dívidas com a Humanidade.

Inútil é a fuga dos credores que respiram conosco sob o mesmo teto, porque o tempo no aguardará implacável, constrangendo-nos à liquidação de todos os compromissos.

Temos companheiros de voz adocicada e edificante na propaganda salvacionista, que se fazem verdadeiros trovões de intolerância na atmosfera caseira, acumulando energias desequilibradas em torno das próprias tarefas.

Sem dúvida, a equipe familiar no mundo nem sempre é um jardim de flores. Por vezes, é um espinheiro de preocupações e de angústias, reclamando-nos sacrifício. Contudo, embora necessitemos de firmeza nas atitudes para temperar a afetividade que nos é própria, jamais conseguiremos sanar as feridas do nosso ambiente particular com o chicote da violência ou com o emplastro do desleixo.

Consoante a advertência do Apóstolo, se nos falha o cuidado para com a própria família, estaremos negando a fé.

Os parentes são obras de amor que o Pai Compassivo nos deu a realizar. Ajudemo-los, através da cooperação e do carinho, atendendo aos desígnios da verdadeira fraternidade. Somente adestrando paciência e compreensão, tolerância e bondade, na praia estreita do lar, é que nos habilitaremos a servir com vitória, no mar alto das grandes experiências". (Xavier, s.d.p.)

7. Conclusão 

Os ensinamentos de Paulo, contidos nas Epístolas, são extremamente úteis para a nossa vivência nos dias que correm. Contudo, é preciso que a nossa visão alcance horizontes mais vastos, a fim de captar a verdadeira mensagem espiritual dessas cartas apostólicas.

8. Bibliografia Consultada 

CURTI, R. As Epístolas de Paulo e o Apocalipse de João (Segundo o Espiritismo). São Paulo, FEESP, 1983.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.

XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, s.d.p.

XAVIER, F. C. Paulo e Estêvão, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, 1963. 


Notas do Blog

Paulo: o Apóstolo dos Gentios

Paulo tinha uma postura exemplar. A cada nova igreja que criava, mantinha-a sob sua guarda, visitando-a e tomando nota das suas necessidades. Quando não podia ir pessoalmente, escrevia cartas (epístolas) no sentido de mantê-las informadas sobre os novos ensinamentos. Essas cartas constituíram o “Quinto Evangelho”. Nelas estão arroladas reflexões sobre vários assuntos, desde a conduta da mulher na igreja até as mais radicais correções do pensamento. Observe, por exemplo, estes: “O bem que quero fazer não faço; e o mal que não quero, esse eu pratico”; “Já não sou eu que vivo, é o Cristo que vive em mim”. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/09/paulo-o-apstolo-dos-gentios.html)

Paulo e as Epístolas

Paulo captou de tal modo a sua missão, que nada lhe tirava esse ímpeto de seguir o Cristo, nem que para isso fosse necessário perder a própria vida. Depois de alguns anos de quietude, junto ao tear e em companhia de Áquila e Prisca, dá ensejo à sua nova tarefa: divulgar os ensinamentos de Cristo. Para isso, não se intimida ante as perseguições, as desconsiderações e as prisões. Segue os ensejos de seu coração, mas não é capaz de evitar a sua trágica morte (por decapitação). (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/09/paulo-e-as-epstolas.html)

Filantropia

A evolução histórica da palavra “filantropia” pode ser sintetizada. Em Paulo (Tit., 3, 4) significa o amor de Deus aos homens. Entre os estoicos – origem do termo e onde foi difundida juntamente com o cosmopolitismo –, filantropia significa o amor que todo o homem deve ao seu semelhante, em razão da natureza comum a todos. Esta palavra expandiu-se novamente no século XVIII com o renascimento das ideias estoicas. O positivismo deu-lhe também grande destaque.  (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2014/04/filantropia.html)


Frases

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." (Gálatas 2:20)

"O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba. Havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará." (1 Coríntios 13:7-8)

"Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!" (1 Coríntios 9:16)

"É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação." (Romanos 10,10)

"A fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo." (Romanos 10,17)

"No entanto, na igreja, prefiro comunicar cinco palavras compreensíveis, a fim de orientar os meus semelhantes, do que falar dez mil palavras em uma língua estranha." (1 Coríntios 14:19)

"Ora, no tocante às coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que todos temos ciência. A ciência incha, mas o amor edifica." (1 Coríntios 8:1)

"E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber." ((1 Coríntios 8: 2)


Mensagem Espírita 

Herdeiros

“E se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros do Cristo.” — Paulo. (Romanos, 8:17)

Incompreensivelmente, muitas escolas religiosas, através de seus expositores, relegam o homem à esfera de miserabilidade absoluta.

Púlpitos, tribunas, praças, livros e jornais estão repletos de tremendas acusações.

Os filhos da Terra são categorizados à conta de réus da pena última.

Ninguém contesta que o homem, na condição de aluno em crescimento na Sabedoria Universal, tem errado em todos os tempos; ninguém ignora que o crime ainda obceca, muitas vezes, o pensamento das criaturas terrestres; entretanto, é indispensável restabelecer a verdade essencial. Se muitas almas permanecem caídas, Deus lhes renova, diariamente, a oportunidade de reerguimento.

Além disso, o Evangelho é o roteiro do otimismo divino.

Paulo, em sua epístola aos romanos, confere aos homens, com justiça, o título de herdeiros do Pai e co-herdeiros de Jesus.

Por que razão se dilataria a paciência do Céu para conosco, se nós, os trabalhadores encarnados e desencarnados da Terra, não passássemos de seres desventurados e inúteis? Seria justa a renovação do ensejo de aprimoramento a criaturas irremediavelmente malditas?

É necessário fortalecer a fé sublime que elevamos ao Alto, sem nos esquecermos de que o Alto deposita santificada fé em nós.

Que a Humanidade não menospreze a esperança.

Não somos fantasmas de penas eternas e sim herdeiros da Glória Celestial, não obstante nossas antigas imperfeições. O imperativo de felicidade, porém, exige que nos eduquemos, convenientemente, habilitando-nos à posse imorredoura da herança divina.

Olvidemos o desperdício da energia, os caprichos da infância espiritual e cresçamos, para ser, com o Pai, os tutores de nós mesmos. (XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 120)

Que Farei?

“Que farei?” — Paulo. (Atos, 22:10.)

Milhares de companheiros aproximam-se do Evangelho para o culto inveterado ao comodismo. 

Como dominarei? — interrogam alguns. 

Como descansarei? — indagam outros.

E os rogos se multiplicam, estranhos, reprováveis, incompreensíveis...

Há quem peça reconforto barato na carne, quem reclame afeições indébitas, quem suspire por negócios inconfessáveis e quem exija recursos para dificultar o serviço da paz e do bem.

A pergunta do apóstolo Paulo, no justo momento em que se vê agraciado pela Presença Divina, é padrão para todos os aprendizes e seguidores da Boa Nova.

O grande trabalhador da Revelação não pede transferência da Terra para o Céu e nem descamba para sugestões de favoritismo ao seu círculo pessoal. Não roga isenção de responsabilidade, nem foge ao dever da luta.

— Que farei? — disse a Jesus, compreendendo o impositivo do esforço que lhe cabia.

E o Mestre determina que o companheiro se levante para a sementeira de luz e de amor, através do próprio sacrifício.

Se foste chamado à fé, não recorras ao Divino Orientador suplicando privilégios e benefícios que justifiquem tua permanência na estagnação espiritual.

Procuremos com o Senhor o serviço que a sua Infinita Bondade nos reserva e caminharemos, vitoriosos, para a sublime renovação. (XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 112)