Egoísmo e Orgulho

Perguntas e Respostas

1) De onde provém a maior parte das misérias da vida?

Do egoísmo. A pessoa que só pensa em si. 

2) O que isso acarreta?

Antagonismo social, lutas, conflitos e misérias. 

3) Qual a origem do egoísmo?

O egoísmo tem origem no orgulho. 

4) No que se assenta o orgulho e o egoísmo?

No instinto de conservação. É a malversação deste instinto que provoca o egoísmo e orgulho. 

5) Onde encontrar a felicidade?

Nós só seremos felizes se formos imbuídos do sentimento de benevolência, indulgência e condescendência reciproca. 

6) Basta apenas proclamar o reino da felicidade?

Não. É preciso destruir a causa, ou seja, o orgulho e o egoísmo. 

7) Como fazer com que a exceção (virtude) vire regra?

Envidando esforços para destruir as causas do orgulho e do egoísmo. 

8) Qual a principal dessas causas?

Diz respeito à falsa ideia que o ser humano faz de sua natureza, de seu passado e de seu futuro. 

9) Qual a importância da identificação da vida futura?

A efemeridade da vida presente se abre ao esplendor da vida futura. 

10) Crer em Deus e na vida futura é suficiente para destruir o orgulho?

Ao lado da crença em Deus e na perspectiva da vida futura, é preciso ver o passado para se fazer uma ideia justa do presente. 

11) Qual a contribuição do Espiritismo?

Os princípios espíritas minam o egoísmo e o orgulho pela base, dando um ponto de apoio à moral.

(Reunião de maio de 2021)

KARDEC, Allan. Obras Póstumas, página 188

https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/ego%C3%ADsmo-e-orgulho


Texto Curto no Blog 

Egoísmo e Orgulho

"Egoísmo e Orgulho: suas causas, efeitos e meios de destruí-los" é o subtítulo de "Questões e Problemas" do livro Obras Póstumas de Allan Kardec. Os outros assuntos são: as expiações coletivas, liberdade, igualdade e fraternidade, as aristocracias, os desertores e breve resposta aos detratores do Espiritismo.

A maior parte das misérias da vida provém do egoísmo, ou seja, das pessoas que só pensam em si mesmas. Daí, o antagonismo social, lutas, conflitos e misérias. Onde, porém, encontrar a origem do egoísmo? No orgulho. O orgulho e o egoísmo assentam-se no instinto de conservação. É a malversação deste instinto que provoca o egoísmo e orgulho.

A felicidade não combina muito bem com o egoísmo e o orgulho. Nós só seremos felizes se formos imbuídos do sentimento de benevolência, indulgência e condescendência reciproca. Allan Kardec, neste tema, afirma-nos que não basta proclamar o reino da felicidade, é imperioso destruir as causas, ou seja, o orgulho e o egoísmo.

Urge fazermos com que a exceção (virtude) vire regra. Para tanto, envidemos todos os esforços para destruir as causas do orgulho e do egoísmo. Dentre essas causas, há aquela que diz respeito à falsa ideia que o ser humano faz de sua natureza, de seu passado e de seu futuro.

A identificação da vida futura é sumamente importante. A efemeridade da vida presente se abre ao esplendor da vida futura. Ao lado da crença em Deus e na perspectiva da vida futura, é preciso ver o passado para se fazer uma ideia justa do presente.  

O Espiritismo é a chave da felicidade, pois seus princípios minam o egoísmo e o orgulho pela base, dando um ponto de apoio à moral.

KARDEC, Allan. Obras Póstumas, página 188.

http://sbgespiritismo.blogspot.com/2021/01/egoismo-e-orgulho.html


Notas do Blog

Perfeição Moral

Do egoísmo. Entre os vícios, o mais radical é o egoísmo. "Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe o egoísmo. Por mais que luteis contra eles não chegareis a extirpá-los enquanto não os atacardes pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa. Que todos os vossos esforços tendam para este fim, porque nele se encontra a verdadeira chaga da sociedade". Só venceremos o egoísmo quando a vida moral tiver predominância sobre a vida material. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/08/perfeicao-moral.html)

Vícios e Espiritismo

A Doutrina Espírita oferece-nos subsídios valiosos para refrearmos os nossos vícios. Primeiramente, diz-nos que, na atualidade, a nossa virtude é o desenvolvimento intelectual; nosso vício é a indiferença moral. Aponta o egoísmo como o mais radical dos vícios, pois dele deriva todo o mal. Na pergunta 913 de O Livro dos Espíritos, destaquemos a frase: “Quem nesta vida quiser se aproximar da perfeição moral deve extirpar do seu coração todo sentimento de egoísmo, porque é incompatível com a justiça, o amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades”. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2010/05/vicios-e-espiritismo.html)

Desigualdade das Riquezas

A desigualdade social tem uma causa: provém do orgulho e do egoísmo da pessoa humana. No egoísmo, por exemplo, tenta-se obter tudo para si ou para os seus. Observe os políticos. Eles são eleitos, por um partido, para cuidarem do bem público. Entretanto, no poder, a grande maioria cuida apenas do bem particular ou do próprio partido. O correto, uma vez eleito, seria esquecer as questões partidárias e dedicar-se à coisa pública, que é de todos, independentemente de ser deste ou daquele partido. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/06/desigualdade-das-riquezas.html)

Orgulho e Humildade

O orgulho é o terrível adversário da humildade. O homem de ciência, se não tomar cuidado, tornar-se-á um orgulhoso. Isso porque, com o desenvolvimento da sua inteligência, começará a sentir-se superior aos demais, principalmente com relação aos pobres, tratando-os como seres inferiores, como a ralé da sociedade. Esquece-se, facilmente, de que todos partimos de um mesmo princípio, portanto somos todos iguais perante Deus. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/ressurreio-do-lat.html)

Cólera

Cólera, vingança e raiva são emoções que ainda estão no porão do desenvolvimento espiritual. Em termos evolutivos, são os resquícios de nossa animalidade. A origem desses acessos de demência encontra-se quase sempre no orgulho ferido. Um grito de cólera é um raio mortífero que penetra o círculo de pessoas em que foi proferido ocasionando doenças, desgostos e muitas dificuldades. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2017/08/colera.html)


Frases e Pensamentos

"Todas as noções que dignificam a vida humana vieram da esfera superior. E essas ideias nobilitantes não se produziram por vontade de homem algum, porque os raciocínios propriamente terrestres sempre se inclinam para a materialidade em seu arraigado egoísmo." (Espírito Emmanuel)

"Não que o Pai estabeleça prerrogativas injustificáveis. Sua proteção misericordiosa estende-se a todos, indistintamente, mas nem todos a recebem, isto é, inúmeras criaturas se fecham no egoísmo e na vaidade, envolvendo o coração em sombras densas." (Espírito Emmanuel)

"Se o egoísta contemplasse a solidão infernal que o aguarda, nunca se apartaria da prática infatigável da fraternidade e da cooperação." (Espírito Emmanuel)

"É um erro lamentável despender nossas forças, sem proveito para ninguém, sob a medida de nosso egoísmo, de nossa vaidade ou de nossa limitação pessoal." (Espírito Emmanuel)

"Não te isoles, pois, no orgulho com que te presumes superior aos demais." (Espírito Emmanuel)

"O Mestre não veio ao mundo operar a exaltação do egoísmo individual e, sim, traçar um roteiro definitivo às criaturas, instituindo trabalho edificante e revelando os objetivos sublimes da vida." (Espírito Emmanuel)

"Há homens que se orgulham da sua humildade e que, portanto, se orgulham de  ser orgulhosos." (Robert Burton)

"O orgulho gaba-se, eleva-se e quer impor-se. Mas sabe, por acaso, como terminará o dia, e em que estado o encontrará a noite?" (Teógnis)

"O orgulho dos pequenos consiste em falar sempre de si próprios; o orgulho dos grandes em nunca falar." (Voltaire)

"O egoísmo é uma tragédia para a alma humana, uma expressão patética." (Jackson da Mata) 

"Utopia é o nome que as pessoas dão ao que elas simplesmente não conseguem realizar. Seja por incompetência, seja por egoísmo, por falta de persistência ou pela simples relutância em pôr as mãos na massa e tentar." (Augusto Branco)


Mensagem Espírita

Corações Cevados

“Cevastes os vossos corações, como num dia de matança.” – (Tiago, 5:5.)

Pela prosperidade e aperfeiçoamento do mundo, trabalha o Sol, que é a suprema expressão da Divindade Vital no firmamento terrestre.

Colabora o verme na intimidade do solo, preparando ninho adequado às sementes.

Contribui a aragem, permutando o pólen das flores.

Esforça-se a água, incessantemente, entretendo a vida física e purificando-a.

Serve a árvore, florindo, frutificando e regenerando a atmosfera.

Coopera o animal, ajudando as realizações humanas, suando e morrendo para que haja vida normal no domínio da inteligência superior.

Indefectível lei de trabalho rege o Universo.

O movimento e a ordem, na constância dos benefícios, constituem-lhe as características essenciais.

Há, porém, milhões de pessoas que se sentem exoneradas da glória de servir.

Para semelhantes criaturas, em cujo cérebro a razão dorme embotada e vazia, trabalho significa degredo e humilhação, inferno e sofrimento. Perseguem as facilidades delituosas, com o mesmo instinto de novidade da mosca em busca de detritos. Conseguida a solução de ordem inferior que buscavam, circunscrevem as horas e as possibilidades ao desenfreado apego de si mesmas, imitando o poço de águas estagnadas que se envenena facilmente.

No fundo, são “corações cevados”, de acordo com a feliz expressão do apóstolo. Criam teias densas de ódio e egoísmo, indiferença e vaidade, orgulho e indolência sobre si próprios, e gravitam para baixo. Descendo, descendo, pelas pesadas vibrações a que se acolhem, rolam vagarosamente para o seio das vidas inferiores, onde é natural que encontrem a exigência de muitos, que se aproveitam deles, à maneira do homem comum que se vale dos animais gordos para a matança. (XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel, lição 80)

Maioridade

“O menor é abençoado pelo maior.” – Paulo. (Hebreus, 7:7.)

Em todas as atividades da vida, há quem alcance a maioridade natural entre os seus parentes, companheiros ou contemporâneos.

Há quem se faz maior na experiência física, no conhecimento, na virtude ou na competência.

De modo geral, contudo, aquele que se vê guindado a qualquer nível de superioridade costuma valer-se da situação para esquecer seu débito para com o espírito comum.

Muitas vezes quem atinge a maioridade financeira torna-se avarento, quem encontra o destaque científico faz-se vaidoso e quem se vê na galeria do poder abraça o orgulho vão.

A Lei da Vida, porém, não recomenda o exclusivismo e a separatividade.

Segundo os princípios divinos, todo progresso legítimo se converte em bênçãos para a coletividade inteira.

A própria Natureza oferece lições sublimes nesse sentido.

Cresce a árvore para a frutificação.

Cresce a fonte para benefício do solo.

Se cresceste em experiência ou em elevação de qualquer espécie, lembra-te da comunhão fraternal com todos.

O Sol, com seus raios de luz, não desampara a furna barrenta e não desdenha o verme.

Desenvolvimento é poder.

Repara como empregas as vantagens de que a tua existência foi acrescentada. O Espírito elevado de quantos já se manifestaram na Terra aceitou o sacrifício supremo, a fim de auxiliar a todos, sem condições.

Não te esqueças de que, segundo o Estatuto Divino, o “menor é abençoado pelo maior”. (XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel, lição 21)

Que Pedes?

“Louco, esta noite te pedirão a tua alma.” - Jesus. (Lucas, 12:20.)

Que pedes à vida, amigo?

Os ambiciosos reclamam reservas de milhões.

Os egoístas exigem todas as satisfações para si somente.

Os arbitrários solicitam atenção exclusiva aos caprichos que lhes são próprios.

Os vaidosos reclamam louvores.

Os invejosos exigem compensações que lhes não cabem.

Os despeitados solicitam considerações indébitas.

Os ociosos pedem prosperidade sem esforço.

Os tolos reclamam divertimentos sem preocupação de serviço.

Os revoltados reclamam direitos sem deveres.

Os extravagantes exigem saúde sem cuidados.

Os impacientes aguardam realizações sem bases.

Os insaciáveis pedem todos os bens, olvidando as necessidades dos outros.

Essencialmente considerando, porém, tudo isto é verdadeira loucura, tudo fantasia do coração que se atirou exclusivamente à posse efêmera das coisas mutáveis.

Vigia, assim, cautelosamente, o plano de teus desejos.

Que pedes à vida?

Não te esqueças de que, talvez nesta noite, pedirá o Senhor a tua alma. (XAVIER, F. C. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, lição 35)

São Paulo, janeiro de 2021.