Bem-Aventurados os Misericordiosos

Perguntas e Respostas

1) O que se entende por bem-aventurança?

Bem-Aventurança é um pedido de bênção, de felicidade para com o seu próximo. Com Jesus toma a forma de um paradoxo, ou seja, a bem-aventurança é feita em cima de uma má-sorte. Por isso, bem-aventurados os pobres, os injustiçados etc.

2) Qual o conceito de misericórdia?

Do latim miseria e cor-cordis (coração) significa compaixão afetiva a uma miséria de bens, sobretudo o respeito à virtude, que recai sobre um miserável. Dó, compaixão. Compaixão pelos que sofrem.

3) Como está expresso o texto evangélico?

1. Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia. (Mat., 5, 7)

2. Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; - mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados. (Mat., 6, 14 e 15)

3. Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. - Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: "Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?" - Respondeu-lhe Jesus: "Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes." (Mat., 18, 5, 21 e 22.) (Kardec, 1984)

4) O que significa obter misericórdia?

No Evangelho é anunciado como "bem-aventurados os misericordiosos, porque obterão misericórdia". Cristo anuncia uma certeza: a obtenção de misericórdia. Mas como? Há um condicionamento: antes de obtermos misericórdia, temos que ser misericordiosos. E por que é desta forma e não de outra? É que nada nos vem de mão beijada. Tudo depende de um esforço anterior. "Para que o náufrago se salve, ele tem que se despojar de sua bagagem", diz o anexim. Em se tratando da misericórdia, temos que nos despojar do nosso eu, do nosso amor próprio, da nossa personalidade. Somente assim conseguiremos adentrar no Reino de Deus.

5) Como interpretar a hipérbole: "Não se deve perdoar sete, mas setenta vezes sete vezes"?

Como sabemos, esta foi a resposta dada por Cristo à indagação de Pedro: "quantas vezes devo perdoar o meu semelhante? Sete vezes?" A resposta de Jesus: "Não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes". Quer dizer, indefinidamente. Isso significa que Jesus não tolera limites além dos quais o amor próprio e a dureza reclamam os seus direitos. Quando não perdoamos, o nosso coração fica jungido ao ódio, o que dificulta a libertação do Espírito.

6) Os misericordiosos enfraquecem a justiça?

É falso tal pensamento. O perdão é um ato de força. E força não quer dizer dureza. Além do mais, o perdão do ofensor não nega a sua culpabilidade. Devemos perdoar não porque a pessoa o mereça, mas porque faz bem à nossa alma. Por isso, o fato de se perdoar é uma espécie de libertação, porque ficamos desagravados e os nossos pensamentos menos felizes a respeito de tal pessoa são substituídos por pensamentos criativos e altruístas, mais apropriados para a construção de um mundo mais feliz e harmonioso. (Chevrot, 1971)

7) Há oposição entre justiça e misericórdia?

A nossa maneira habitual de agir e de interpretar os fatos parece corroborar para certa oposição. Exemplo: se alguém nos deve, a justiça pode exigir o pagamento integral da dívida. Nós, porém, vendo o estado do devedor, podemos perdoar parte da dívida. De um lado a justiça; de outro, o nosso coração generoso. No âmbito do espírito do Evangelho, seria vão distinguir uma coisa da outra, porque as duas estão interligadas. Relembremos: devemos amar o nosso próximo, não porque o mereça, mas porque é nosso próximo. (Chevrot, 1971)

8) Como triunfar da ofensa?

A maneira de triunfar da ofensa é recusarmos a considerar-nos ofendidos. Foi esta a razão pela qual Gandhi, quando questionado se já tinha perdoado alguém, ele simplesmente disse que nunca tinha perdoado ninguém, porque nunca se sentira ofendido. Se ele não se sentiu ofendido, não tinha o que perdoar. Mas para atingir esse estado de alma, há muita luta, muita mudança interior a ser realizada.

9) Existe algum exercício que nos ajuda a perdoar?

O exercício parece referir-se à pergunta anterior. Acreditamos que não nos considerarmos ofendidos é o começo. Em se tratando do perdão, devemos sempre perdoar porque também somos passíveis de culpa. Considerar-nos culpados é também um bom treinamento. Pode-se imaginar a pessoa com quem tivemos algum atrito e endereçar-lhes vibrações de paz e harmonia.

(Reunião de 27/10/2007)

Bibliografia Consultada

CHEVROT, Georges. O Sermão da Montanha. Tradução de Alípio Maia de Castro. São Paulo: Quadrante, 1971.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984. (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/bem-aventurados-os-misericordiosos?authuser=0 )


Texto Curto no Blog

Bem-Aventurados os Misericordiosos

1. Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia. (Mat., 5, 7)

2. Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; - mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados. (Mat., 6, 14 e 15)

3. Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. - Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: "Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?" - Respondeu-lhe Jesus: "Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes." (Mat., 18, 5, 21 e 22.

Bem-Aventurança é um pedido de bênção, de felicidade para com o seu próximo. Com Jesus toma a forma de um paradoxo, ou seja, a bem-aventurança é feita em cima de uma má-sorte. Por isso, bem-aventurados os pobres, os injustiçados etc. Misericórdia – Do latim miseria e cor-cordis (coração) significa compaixão afetiva a uma miséria de bens, sobretudo o respeito à virtude, que recai sobre um miserável. Dó, compaixão. Compaixão pelos que sofrem.

No Evangelho é anunciado como "bem-aventurados os misericordiosos, porque obterão misericórdia". Cristo anuncia uma certeza: a obtenção de misericórdia. Mas como? Há um condicionamento: antes de obtermos misericórdia, temos que ser misericordiosos. E por que é desta forma e não de outra? É que nada nos vem de mão beijada. Tudo depende de um esforço anterior. "Para que o náufrago se salve, ele tem que se despojar de sua bagagem", diz o anexim. Em se tratando da misericórdia, temos que nos despojar do nosso eu, do nosso amor próprio, da nossa personalidade. Somente assim conseguiremos adentrar no Reino de Deus.

Como interpretar a hipérbole: "Não se deve perdoar sete, mas setenta vezes sete vezes"? Como sabemos, esta foi a resposta dada por Cristo à indagação de Pedro: "quantas vezes devo perdoar o meu semelhante? Sete vezes?" A resposta de Jesus: "Não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes". Quer dizer, indefinidamente. Isso significa que Jesus não tolera limites além dos quais o amor próprio e a dureza reclamam os seus direitos. Quando não perdoamos, o nosso coração fica jungido ao ódio, o que dificulta a libertação do Espírito.

É falso pensamento de que os misericordiosos enfraquecem a justiça. O perdão é um ato de força. E força não quer dizer dureza. Além do mais, o perdão do ofensor não nega a sua culpabilidade. Devemos perdoar não porque a pessoa o mereça, mas porque faz bem à nossa alma. Por isso, o fato de se perdoar é uma espécie de libertação, porque ficamos desagravados e os nossos pensamentos menos felizes a respeito de tal pessoa são substituídos por pensamentos criativos e altruístas, mais apropriados para a construção de um mundo mais feliz e harmonioso.

A nossa maneira habitual de agir e de interpretar os fatos parece corroborar para certa oposição entre justiça e misericórdia. Exemplo: se alguém nos deve, a justiça pode exigir o pagamento integral da dívida. Nós, porém, vendo o estado do devedor, podemos perdoar parte da dívida. De um lado a justiça; de outro, o nosso coração generoso. No âmbito do espírito do Evangelho, seria vão distinguir uma coisa da outra, porque as duas estão interligadas. Relembremos: devemos amar o nosso próximo, não porque o mereça, mas porque é nosso próximo.

A maneira de triunfar da ofensa é recusarmos a considerar-nos ofendidos. Foi esta a razão pela qual Gandhi, quando questionado se já tinha perdoado alguém, ele simplesmente disse que nunca tinha perdoado ninguém, porque nunca se sentira ofendido. Se ele não se sentiu ofendido, não tinha o que perdoar. Mas para atingir esse estado de alma, há muita luta, muita mudança interior a ser realizada.

Tenhamos sempre em mente o perdão, visto sermos também passiveis de culpa. Esta é a melhor forma de nos tornarmos misericordiosos.

Bibliografia Consultada

CHEVROT, Georges. O Sermão da Montanha. Tradução de Alípio Maia de Castro. São Paulo: Quadrante, 1971.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/bem-aventurados-os-misericordiosos.html)


Em Forma de Palestra

Bem-Aventurados os Misericordiosos

1. Introdução

O objetivo deste estudo, baseado no capítulo X de O Evangelho Segundo o Espiritismo, é analisar o perdão e suas consequências para a nossa vida de relação em sociedade.

2. Conceito

Misericórdia - do lat. misericordia. 1. Compaixão suscitada pela miséria alheia. 2. Indulgência, graça, perdão.

Misericordioso - Aquele que perdoa as ofensas que lhe fazem. (Dicionário Aurélio)

Perdoar - do lat. med. perdonare significa "desculpar", "absolver", "evitar". É o estado de ânimo, em que se encontra alguém, agravado por outrem, seu agressor, e sente-se desagravado. O pecado, na Religião, é um agravo a Deus, e o perdão consiste em não considerar-se Deus agravado; ou seja, desagravado. (Santos, 1965)

Ofensa - do lat. offensa significa injúria, agravo, ultraje, afronta, lesão, dano. Causar mal físico a; ferir suscetibilidades.

3. Histórico sobre o Perdão

Na Antiguidade clássica grega pouco se escreveu acerca do perdão. Entende-se que esses filósofos estavam mais preocupados com a questão do conhecimento racional e da prática de conduta. Contudo, nas entrelinhas das filosofias de Sócrates e de Platão, considerados os precursores do Cristianismo e das idéias espíritas, encontramos muitas acepções sobre as virtudes, a questão do bem e do mal, a justiça etc. "Não é preciso jamais retribuir injustiça por injustiça, nem fazer o mal a ninguém, qualquer mal que se nos tenha feito. Poucas pessoas, entretanto, admitirão este princípio, e as pessoas que estão divididas não devem senão se desprezar umas às outras". "Não está aí o princípio da caridade, que nos ensina a não retribuir o mal com o mal, e de perdoar aos inimigos?" (Kardec, 1984, p. 29)

É lugar comum no AT que Iahweh é perdão, entendido em termos antropomórficos. As orações para obter o perdão são comuns, embora desprovidas de razão explícita. O caráter misericordioso de Iahweh é suficiente para conceder o perdão. Há dizeres referentes à confissão do perdão, à conversão do pecador e ao pedido de perdão. (Mackenzie, 1984)

João Batista pregava o Batismo do arrependimento para a remissão dos pecados. Jesus mesmo reivindicava e exercia o poder de perdoar pecados. O perdão da pecadora. O Cristão conhece a salvação através do perdão dos pecados. A diferença entre o VT e NT é que neste último o perdão vem através do Cristo. Todos os pecados vos serão perdoados menos o cometido contra o Espírito Santo.

4. Os Inimigos 

4.1. O Perdão de Deus

"Se vós perdoardes aos homens as faltas que eles fazem contra vós, vosso Pai celestial vos perdoará também vossos pecados, mas se vós não perdoardes aos homens quando eles vos ofendam, vosso Pai, também, não vos perdoará os pecados". (Mateus, 6, 14 e 15)

Deus perdoa? Como?

Deus não derroga as suas leis. "A oportunidade de resgatar a culpa já constitui em si mesma, um ato de misericórdia divina, e, daí o considerarmos o trabalho e o esforço próprio como a luz maravilhosa da vida". (Xavier, 1977, pergunta 336)

É por isso que Jesus recomenda-nos perdoar não sete mas setenta vezes sete vezes. E recomenda-nos, porque sabe que vivemos num mundo de provas e expiações, sujeitos aos mesmos erros cometidos pelos outros. Perdoar os outros é perdoar a nós mesmos.

4.2. Reconciliar-se com os Adversários

Reconciliai-vos, o mais depressa, com vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, a fim de que vosso adversário não vos entregue ao juiz, e que o juiz não vos entregue ao ministro da justiça, e que não sejais aprisionado. Eu vos digo, em verdade, que não saireis de lá, enquanto não houverdes pago até o último ceitil. (Mateus, 5, 25 e 26)

A orientação de nos reconciliarmos com o adversário enquanto estivermos a caminho é porque no perdão, além do efeito moral, há também um efeito material, ou seja, mesmo depois da sua morte, o Espírito continua vivo. Caso tenha partido com o coração cheio de mágoa contra nós, as suas vibrações de ódio atingir-nos-ão com mais facilidade, devido à sua invisibilidade.

4.3. Não Julgueis para não Serdes Julgados 

"Não julgueis para não serdes; porque vós sereis julgados segundo tiverdes julgado os outros; e se servirá para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles". (Mateus, 7, 1 e 2)

Nesta passagem evangélica, Jesus não está nos exortando à passividade enquanto o mal cresce; recomenda-nos o dever da indulgência, porque não há ninguém que dela não tenha necessidade para si mesmo. A mulher pega em adultério é um nobre exemplo: quando todos queriam apedrejá-la, Jesus diz "Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra". O Evangelista João conta que depois de ouvirem esta admoestação as pessoas foram se retirando uma após a outra, as velhas saindo primeiro; e assim Jesus permaneceu só com a mulher e disse-lhe: Mulher, onde estão os vossos acusadores? Ninguém vos condenou? Ela lhe disse: Não, Senhor. Jesus lhe respondeu: Eu também não vos condenarei. Ide, e, no futuro, não pequeis mais. (João, 8, 3 a 11)

5. O Problema da Ofensa

A ofensa é algo que nos machuca. Diz-se, inclusive, que a ofensa de um amigo fere mais do que a do inimigo. Contudo, ela depende muito mais de nosso estado de espírito do que dela objetivamente. Ghandi, no fim de sua vida, pôde responder à pergunta se perdoou todas as ofensas recebidas com a declaração sincera: "Nada tenho que perdoar a ninguém, porque nunca ninguém me ofendeu". Ego é ofensor e ofendido. Mas quando o ego humano é substituído pelo Eu divino, não pode mais haver ofensor nem ofendido. (Rohden, 1982, p. 160) A Ofensa é objetiva, considerar-se ofendido ou não subjetivo. Ghandi simplesmente não considerou a ofensa como ofensa.

Aquele que tiver suportado o maior dos ultrajes, além das recompensas celestes da outra vida, terá a paz de coração nesta e uma alegria incompreensível por haver duas vezes respeitado a obra de Deus.

6. Esquecimento da Ofensa

Há esquecimento da ofensa? O que significa esquecer o ultraje? Em nosso modo de entender, significa não lhe dar guarida em nosso pensamento. O pensamento é como uma bola de neve. Quanto mais pensamos mais ficamos enovelados em nosso modo de ser. É uma fixação mental que precisa ser extinta com o auxílio da vigilância e da prece.

As explicações do Mestre Jesus no livro Boa Nova complementam as nossas idéias. Ele diz: "Não será vaidade exigirmos que toda a gente faça de nossa personalidade elevado conceito? ... Pedro, o perdão não exclui a necessidade de vigilância, como o amor não prescinde da verdade". (Xavier, 1977, p. 61 e 62)

7. Ação e Reação

Nosso destino é a perfeição; nossa caminhada é a evolução em sentido positivo. Determinismo e Livre- Arbítrio são as faces do mesmo plano que nos sustenta a caminhada. o Livre-Arbítrio consiste na liberdade que temos de poder dar impulso às nossas ações contra ou a favor das leis divinas.

Não nos esqueçamos de que a lei do progresso é inexorável. O que fizermos de mal tem que ser refeito. Quem sabe se a pessoa que nos ofende não será aquela mesma que ensinamos a atirar uma pedra? Se praticarmos atos bons, o resultado será atos bons; se praticarmos atos maus, o resultado será os atos maus, mas com o condicionante de que teremos de recapitular a ação, quer nesta ou em outras encarnações, para transformá-la em um ato bom.

8. As Leis da Vitória 

"Quando Jesus nos pede cultivar a misericórdia, o perdão das ofensas, o não julgar, o focalizar as virtudes em nosso semelhante, não nos incita à passividade diante do mal contra o benefício coletivo. Inclusive dá demonstração de energia benéfica, quando exprobra o comercialismo que humilha o tempo, quando profliga os erros de sua época". (Curti, 1982, p. 64)

Como a ofensa está ligada ao ofensor e ao ofendido, a vitória sobre o perdão implica num conhecimento de nós mesmos. Tomando consciência de nossos defeitos e de nossas potencialidades, conseguiremos aquilatar o quanto somos imunes em ofender e em sermos ofendidos. Tornando um hábito essa reflexão, aguçaremos a nossa percepção e evitaremos muitos desagravos na sociedade.

9. Conclusão

Estamos sempre querendo vencer o mundo, ou seja, sobressair nos afazeres materiais. É ser o primeiro em determinado esporte, o melhor em determinada arte. Mas como precisar a vitória sobre nós, a capacidade de perdoarmos àqueles que foram colocados ao nosso derredor para serem motivos de nossa melhoria interior?

Humilhemo-nos, dobremo-nos, mortifiquemo-nos. Renunciarmo-nos à nossa própria personalidade, é culparmo-nos antes de culparmos o nosso próximo, é suportarmos as injunções do destino, sem reclamações e sem outro móvel que não seja a obediência aos ditames do Deus, criador do mundo e das coisas que nos cercam.

10. Bibliografia Consultada

FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, s/d/p.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.

MACKENZIE, J. L. (S. J.) Dicionário Bíblico. São Paulo, Edições Paulinas, 1984.

ROHDEN, H. Mahatma Gandhi - Ideias e Ideais de um Político Místico. 6. Ed., São Paulo, Alvorada, 1982

SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed., São Paulo, Matese, 1965.

XAVIER, F. C. Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos. 11. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.

XAVIER, F. C. O Consolador, pelo Espírito Emmanuel. 7. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.

Março de 2000.



Notas do Blog

Sermão do Monte

As oito regras do sermão são:

1.ª) Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.

2.ª) Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.

3.ª) Bem-aventurados aqueles que são brandos e pacíficos, porque herdarão a Terra.

4.ª) bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

5.ª) Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

6.ª) Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus.

7.ª) bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles.

8.ª) Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. (Mateus, 5, 1 a 12) (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/sermao-do-monte.html)

Bem-Aventurança

Bem-Aventurança – Grande felicidade, suprema ventura, especialmente a que se goza no céu. Para a teologia, são as oito bênçãos (beatitudes) com cuja exposição deu Cristo princípio ao Sermão da Montanha. A Bem-Aventurança é uma declaração de bênção com base em uma virtude ou na boa sorte. A fórmula se inicia com "bem-aventurado aquele..." Com Jesus toma a forma de um paradoxo: a bem-aventurança não é proclamada em virtude de uma boa sorte, mas exatamente em virtude de uma má sorte: pobreza, fome, dor, perseguição. As bem-aventuranças constituem uma mensagem divina aos homens de todas as raças e de todas as épocas, destinada a servir-lhes de roteiro, rumo à perfeição. (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2009/06/bem-aventuranca.html)


Sites e Blogs

Bem-Aventurados os Misericordiosos

Bem-Aventurados os Misericordiosos, Porque Alcançarão Misericódia – (Mateus V: 7)

Esta palestra busca salientar a importância do perdão e a necessidade e dele em nossa vida diária.

Explique porque Jesus falou que os misericordiosos alcançarão misericórdia. Ele dá importância à aplicação da lei de causa e efeito nos nossos atos diários, ou seja, que tudo o que fizermos, voltará para nós mesmos. Que temos que compreender o nosso companheiro mais problemático, causador de contrariedades, pois também nós muitas vezes necessitamos de compreensão. Esse é o sentido do perdão: perdoar porque todos também precisaremos ser perdoados.

Senhor, quantas vezes poderá pecar o meu irmão contra mim, para que eu lhe perdoe? Até sete vezes? (Mateus VI: 14, 15)

Quantas vezes temos que perdoar? Até sete vezes? Quando o apóstolo Pedro pergunta isso a Jesus, o Mestre responde que até setenta vezes sete. Assim, ele nos ensina que a necessidade do perdão é infinita e que não existe uma quantidade para fazermos este ato. Só a nossa limitação e a falta de paciência é que vão limitar a quantidade de perdão que iremos distribuir. Podemos salientar que a quantidade não é tão importante, pois não iremos contar, mas o mais importante é a qualidade do perdão. Não adianta perdoar sem esquecimento do fato gerador, ou perdoar com sentimentos negativos ou desejando o mal para a pessoa “perdoada”. O verdadeiro perdão requer o esquecimento emocional do fato. Podemos até lembrar dos atos passados, mas como aprendizado, sem gerar sentimentos de mágoas ou ódio. (https://espirito.org.br/palestras/bem-aventurados-os-misericordiosos/)

Bem-Aventurados os Misericordiosos

“Bem- aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia”, afirmou Jesus em uma de suas citações sobre as bem aventuranças em seu mais famoso e revolucionário manifesto da história – O Sermão do Monte, que eternizou-se no Evangelho de Matheus( 5:1/12) como o Código Ético da Humanidade, o caminho a ser seguido pelo ser humano para tornar-se bem-aventurado.

Entre as qualidades destacadas pelo Cristo para transformar o coração dos homens, Jesus falou sobre a importância da misericórdia, como um sentimento sublime. Mas na prática o que significa ser misericordioso e como conquistar essa virtude tão importante?

Buscando o sentido da palavra misericórdia, encontramos como principais definições: “piedade, compaixão, caridade”. E é justamente a necessidade do perdão das ofensas e da reconciliação, que Jesus evidencia em seus ensinamentos: “Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Perdoá-lo-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete”(Perdão das Ofensas, Evangelho Segundo o Espiritismo). (https://blog.mundomaior.com.br/04/11/2016/bem-aventurados-os-que-sao-misericordiosos/)


Mensagem Espírita

Renovação Necessária

“Não extingais o Espírito.” — Paulo. (1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:19.)

Quando o apóstolo dos gentios escreveu esta exortação, não desejava dizer que o Espírito pode ser destruído, mas procurava renovar a atitude mental de quantos vivem sufocando as tendências superiores.

Não raro, observamos criaturas que agem contra a própria consciência, a fim de não se categorizarem entre os espirituais. Entretanto, as entidades encarnadas permanecem dentro de laborioso aprendizado, para se erguerem do mundo na qualidade de espíritos gloriosos. Esta é a maior finalidade da escola humana.

Os homens, contudo, demoram-se largamente a distância da grande verdade. Habitualmente, preferem o convencionalismo a rigor e, somente a custo, abrem o entendimento às realidades da alma. Os costumes, efetivamente, são elementos poderosos e determinantes na evolução, todavia, apenas quando inspirados por princípios de ordem superior.

É necessário, portanto, não asfixiarmos os germens da vida edificante que nascem, todos os dias, no coração, ao influxo do Pai Misericordioso.

Irmãos nossos existem que regressam da Terra pela mesma porta da ignorância e da indiferença pela qual entraram. Eis por que, no balanço das atividades de cada dia, os discípulos deverão interrogar a si mesmos: – “Que fiz hoje? acentuei os traços da criatura inferior que fui até ontem ou desenvolvi as qualidades elevadas do espírito que desejo reter amanhã?” (XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 135)