Ação e Reação

Perguntas e Respostas 

1) O que se entende por ação?

Ação é a manifestação de uma força, de uma energia, de um agente. Espiritualmente, está relacionada com as Leis Naturais. 

2) O que se entende por reação?

Reação é a resposta a uma ação qualquer. Espiritualmente, é a consequência que a ação humana acarreta ao ser defrontada com a Lei Natural. 

3) Como colocar a questão da ação e reação?

Deus estabeleceu a Lei Divina ou Natural. Esta é a diretriz, o modelo colocado por Deus em nossa consciência, para nortear os nossos atos. A reação nada mais é do que uma resposta da natureza às nossas ações. Reações estas baseadas na lei natural. A finalidade das várias ações e reações é a perfeição do Espírito.

4) O que é o princípio da ação?

Fazer ou deixar de fazer alguma coisa assenta-se no princípio da ação. Exemplo: barbear-se é um princípio que o indivíduo forjou para si. Poderia não se barbear.

Outro exemplo: Assistir a ou proferir uma palestra é uma ação. O princípio subjacente a este encontro está calcado na conduta do expositor e do ouvinte. O expositor tem o dever de preparar o assunto; O ouvinte tem o dever se preparar para ouvir.

5) Confundimos os meios e os fins de uma ação?

Não raro o fazemos. Observe alguns líderes religiosos. Eles preferem que o adepto permaneça em sua religião, a deixá-lo se salvar em outra. Se o fim da religião é a salvação do indivíduo, por que o impedimos de se salvar em outra qualquer?

6) O que se poderia colocar sobre a autonomia de uma ação?

Não é sempre que temos total liberdade pelos nossos atos. Muitas vezes, a nossa ignorância impede-nos de escolher corretamente; outras vezes, somos premidos pela escassez dos recursos naturais, como é o caso dos terremotos, tempestades e acidentes vários. 

7) Reação é sempre sofrimento?

Não. Geralmente, a palavra reação vem impregnada de dor e sofrimento. É empregada como sinônimo de carma (sofrer e resgatar as dívidas do passado). Em realidade, a reação nada mais é do que uma resposta – boa ou má –, em razão de nossas ações. Pergunta: se estamos praticando boas ações, por que aguardar o sofrimento?

8) Qual é o móvel que determina uma reação?

É a Lei de Deus. Se a prática de uma ação não for concernente com a Lei de Deus, teremos como consequência dor e sofrimento. Nesse caso, deveríamos interpretar a dor e o sofrimento como um ganho, um aprendizado das coisas úteis à vida.

9) A lei de Deus é inexorável?

Sim. O acaso não existe. Quer dizer, tudo o que se nos acontece deveria nos acontecer. Deus faz simplesmente cumprir a sua Lei. Em se tratando do sofrimento, verifiquemos onde erramos. Lembremo-nos de que para nos redimirmos de uma ação má, deveríamos nos arrepender, sofrer e reparar o mal cometido.

10) Qual é a função da passagem do tempo entre a ação e a reação?

A função da passagem do tempo é transformar um fato quantitativo em fato qualitativo. Como se explica? Observe a água: ela é formada da junção de 2 elementos de hidrogênio com 1 de oxigênio. A água, embora contenha dois elementos de hidrogênio e um de oxigênio, é qualitativamente diferente do hidrogênio e do oxigênio.

11) Como entender moralmente?

Suponha que em tempos passados houve um assassinato entre duas pessoas. Como consequência, criou-se um processo obsessivo entre os dois. O fato real é quantitativo: um assassinato, que produziu um agravo à Lei de Deus e que deverá ser reparado. O fato qualitativo: os dois se modificaram ao longo do tempo.

12) Dê-nos um exemplo.

O Espírito Hilário Silva, no capítulo 20 do livro A Vida Escreve, psicografada por F. C. Xavier e Waldo Vieira, retrata a história de uma pessoa que deveria perder o braço, mas por causa de suas boas ações, perdeu apenas o dedo.

13) A prática da caridade tem valor científico?

Sim. Praticar a caridade ajuda-nos a reparar os danos que causamos à Lei Divina. Assim, se soubermos viver sóbrios e sem muitos agravos à Lei, certamente faremos uma passagem tranquila ao outro plano de vida. 

(Reunião de 05/03/2011) (https://sites.google.com/view/aprofundamentodoutrinario/a%C3%A7%C3%A3o-e-rea%C3%A7%C3%A3o?authuser=0 )


Texto Curto no Blog

Ação e Reação

Ação é a manifestação de uma força, de uma energia, de um agente. Espiritualmente, está relacionada com as Leis Naturais. Reação é a resposta a uma ação qualquer. Espiritualmente, é a consequência que a ação humana acarreta ao ser defrontada com a Lei Natural.

Entendamos a lei de ação e reação. Deus estabeleceu a Lei Divina ou Natural. Esta é a diretriz, o modelo colocado por Deus em nossa consciência, para nortear os nossos atos. A reação nada mais é do que uma resposta da natureza às nossas ações. Reações estas baseadas na lei natural. A finalidade das várias ações e reações é a perfeição do Espírito.

Reação não é sempre sofrimento? Geralmente, a palavra reação vem impregnada de dor e sofrimento. É empregada como sinônimo de carma (sofrer e resgatar as dívidas do passado). Em realidade, a reação nada mais é do que uma resposta – boa ou má –, em razão de nossas ações. Pergunta-se: se estamos praticando boas ações, por que aguardar o sofrimento?

Lembremo-nos de que o acaso não existe. Tudo o que se nos acontece deveria nos acontecer. Deus faz simplesmente cumprir a sua Lei. Em se tratando do sofrimento, verifiquemos onde erramos. A Doutrina Espírita esclarece-nos que para nos redimirmos de uma ação má, deveríamos nos arrepender, sofrer e reparar o mal cometido. Nesse caso, a passagem do tempo transforma o fato quantitativo em qualitativo.

Praticar a caridade ajuda-nos a reparar os danos que causamos à Lei Divina. Assim, se soubermos viver sóbrios e sem muitos agravos à Lei, certamente faremos uma passagem tranquila ao outro plano de vida. (https://sbgespiritismo.blogspot.com/2011/01/acao-e-reacao.html)


Em Forma de Palestra

Ação e Reação

1. Introdução

O objetivo deste estudo é mostrar que o acaso não existe e que um futuro promissor depende das boas ações praticadas no presente.

2. Conceito

Ação – ato o efeito de agir. Manifestação de uma força, de uma energia, de um agente.

Em termos espirituais, a ação inteligente do homem é um contrapeso que Deus dispôs para estabelecer o equilíbrio entre as forças da Natureza e é ainda isso o que o distingue dos animais, porque ele obra com conhecimento de causa. (Equipe da FEB, 1995)

Reação - Ato ou efeito de reagir. Resposta a uma ação qualquer. Comportamento de alguém em face de ameaça, agressão, provocação etc.

Em termos espirituais, a reação é a conseqüência que a ação humana acarreta ao ser defrontada com a Lei Natural.  

3. Aspectos Gerais

Deus, que é inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, estabeleceu leis, chamadas de naturais ou divinas. Elas englobam todas as ações do homem: para consigo mesmo, para com o próximo e para com o meio ambiente.

Numa fase mais rudimentar, funciona o determinismo divino; com o desenvolvimento do ser, Deus faculta-lhe o livre-arbítrio, a fim de que sinta responsabilidade pelos atos praticados.

Assim, o homem tem uma lei, uma diretriz, um modelo colocado por Deus na sua consciência, no sentido de nortear-lhe os seus atos.

A reação nada mais é do que uma resposta da natureza às nossas ações. Reações estas baseadas na lei natural.

O raciocínio poderia ser expresso assim: há uma ação que provoca uma reação; a ação da reação provoca uma nova reação; a ação da reação da reação provoca outra ação. A isso poderíamos denominar de cadeias de ação e reação.

A filosofia hindu chama essa cadeia de Carma, ou seja, o somatório do mérito e do demérito de todas as ações praticadas pelo indivíduo.

A finalidade dessa cadeia de ação e reação é a perfeição do Espírito.

4. Ação

4.1. Princípio da Ação

Os movimentos que executamos em nosso dia-a-dia caracterizam as nossas ações. Fazer ou deixar de fazer, escrever ou não escrever, obedecer ou mandar são atitudes corriqueiras em nossa ocupação diária. Ocupar-se provém de um preocupar-se. À preocupação com uma ação futura, denominamos princípio da ação.

Um exemplo tornará claro esse pensamento. Barbear-se é uma ação que a maioria dos homens pratica. O barbear-se está ligado a um princípio que o indivíduo forjou para si, ou seja, ele tomou uma decisão de apresentar-se barbeado. Ele deseja estar barbeado e não barbudo, como também poderia escolher ficar com barba. Nesse caso, eliminaria a ação de barbear-se, mas deveria aparar as barbas uma vez por semana.

Assistir a ou proferir uma palestra é uma ação. O princípio subjacente a este encontro está calcado tanto na conduta do expositor quanto na do ouvinte. O primeiro tem o dever de preparar o assunto; o segundo, o preparo mental e espiritual para ouvir.

4.2. Os Meios e os Fins de uma Ação

Estamos sempre confundindo os meios com os fins. Poder-se-ia perguntar: qual o fim de uma palestra? Qual o fim de uma religião? Qual o fim de um sindicato? As respostas poderiam ser: o fim de uma palestra espírita é difundir a verdade; o fim da religião é salvar os seus adeptos; o fim de um sindicato é defender os interesses de seus associados. Pode-se, contudo, confundir os meios com os fins: o expositor pode querer fazer prosélitos à custa da verdade; o Pastor, o Padre ou o mesmo o Espírita embora clamem pela salvação do adepto, acabam proibindo a salvação do mesmo em outra Igreja que não seja a sua; O presidente do sindicato pode promover greves, não para defender os interesses dos seus associados, mas para a sua ascensão política.

4.3. Autonomia de uma Ação

Temos, por várias razões, dificuldade de agir livremente. 1) A ignorância. Como escolher quando não se conhece? 2) Desenvolvimento determinístico imposta pelo princípio de causalidade. 3) Escassez de recursos naturais. São os terremotos, tempestades, acidentes etc.

O que permanece livre dessas amarras constitui o livre-arbítrio.

Há uma lenda japonesa que retrata a autonomia da ação.

Kussunoki Massashige, famoso guerreiro do antigo Japão, celebérrimo pela sua inteligência e pelos seus lances geniais de estratégia, vivia desde sua infância no meio dos guerreiros.

Uma vez, no castelo de seu pai, observava os guerreiros que, reunidos ao redor de um enorme sino, apostavam quem deles conseguiria pô-lo em movimento. Contudo, nenhum deles, mesmo o mais hercúleo conseguiu mover milímetro do sino. O menino assistia a tudo isso com muito interesse. De repente, apresenta-se para mover o sino, desde que tomasse o tempo necessário para tal mister. Ele cola o seu corpo ao sino e começa a fazer esforço para balançar o sino. Depois de várias tentativas o sino começou a mover-se; primeiro lentamente; depois com mais força, formando uma simbiose entre o sino e o peso do garoto.

Qual a lição moral deste conto? É que devemos nos amoldar à situação e não o contrário. Observe a chegada de novos companheiros a um Centro Espírita: quantos, numa primeira reunião, não querem mudar tudo. Qual o resultado? Não conseguirão nada, porque não absorveram as atitudes e os comportamentos das pessoas envolvidas com a situação.

5. Reação

5.1. Reação não é Só Sofrimento

Geralmente, a palavra reação vem impregnada de dor e de sofrimento: é como o pecador ardendo no fogo do inferno. No meio espírita, toma-se como sinônimo de carma, que implica em sofrer e resgatar as dívidas do passado. A reação, por seu turno, nada mais é do que uma resposta – boa ou má –, em razão de nossas ações. A reação é simplesmente uma resposta, nada mais. Suponha que estejamos praticando boas ações. Por que aguardar o sofrimento? Não seria melhor confiar na Vontade de Deus, na execução de sua justiça, que nos quer trazer a felicidade?

5.2. Lei de Deus

Qual o móvel que determina uma reação? É a Lei de Deus. Se a prática de uma ação não for concernente com a Lei de Deus, ou seja, se ela não expressar o bem ao próximo, ela não foi praticada em função da vontade de Deus. Qual será a reação com relação à Lei? Dor e sofrimento.

Qual deve ser a nossa atitude para com a dor? Quem gosta de sofrer? Acontece que sem ela não conseguiremos nos amoldar eficazmente à Lei de Deus. Se, por outro lado, interpretássemos a dor e o sofrimento como um ganho, um aprendizado das coisas úteis da vida, quem sabe não viveríamos melhor.

5.3. A Inexorabilidade da Lei

A Lei de Deus é justa e sábia. É por isso que dizemos que o acaso não existe. Isso quer dizer que tudo o que se nos acontece deveria nos acontecer. Nesse sentido, Deus não perdoa e nem premia. Faz, simplesmente, cumprir a sua Lei.

Como é que deveríamos agir com relação ao sofrimento? Verificar onde erramos. Caso tenhamos cometido algum crime, algum deslize, deveríamos nos arrepender. Basta apenas o arrependimento? Não. É preciso sofrer de forma educada. Ainda mais: temos que reparar o mal que fizemos. Deus se vale das pessoas, mas o nosso problema é com relação a radicalidade de sua Lei. E não adianta adiar porque, mais cedo ou mais tarde, a nossa consciência nos indicará o erro e teremos que refazer o mal praticado.

6. A Passagem do Tempo entre Ação e Reação

6.1. Antecedentes e Consequentes

A causa passada gera uma dor no presente; a causa presente provoca um sofrimento futuro. Um fato social é um evento quantitativo: aconteceu em tal dia, em tal local e em tal hora. A passagem do tempo transforma o fato quantitativo em fato qualitativo. Como se explica? Observe a água: ela é formada da junção de 2 elementos de hidrogênio com 1 de oxigênio. A água, embora contenha dois elementos de hidrogênio e um de oxigênio, é qualitativamente diferente do hidrogênio e do oxigênio.

6.2. O Tempo Modifica Qualitativamente a Causa

Transportemos o exemplo da água para o campo moral. Suponha que há 300 anos houve um assassinato entre duas pessoas que se odiavam. Como conseqüência, criou-se um processo obsessivo entre os dois. O fato real e quantitativo: um assassinato, que produziu um agravo à Lei de Deus e que deverá ser reparado. Os 300 anos transcorridos modificaram tanto aquele que cometeu o crime quanto aquele que o sofreu. E se a vítima já perdoou o seu assassino? E se o assassino vem, ao longo desse tempo, praticando atos caridosos? Será justo aplicar a lei do olho por olho e dente por dente? Aquele que matou deverá ser assassinado? O que acontece? Embora o assassino tenha que reparar o seu erro, pois ninguém fica imune diante da lei, a pena pode ser abrandada, em virtude de seus atos benevolentes.

6.3. Perda do Dedo e não o Braço

Esta história foi retratada pelo Espírito Hilário Silva, no capítulo 20 do livro A Vida Escreve, psicografada por F. C. Xavier e Waldo Vieira, no qual descreve o fato de Saturnino Pereira que, ao perder o dedo junto à máquina de que era condutor, se fizera centro das atenções: como Saturnino, sendo espírita e benévolo para com todas as pessoas, pode perder o dedo? Parecia um fato que ia de encontro com a justiça divina. Contudo, à noite, em reunião íntima no Centro Espírita que freqüentava, o orientador espiritual revelou-lhe que numa encarnação passada havia triturado o braço do seu escravo num engenho rústico. O orientador espiritual assim lhe falou: “Por muito tempo, no Plano Espiritual, você andou perturbado, contemplando mentalmente o caldo de cana enrubescido pelo sangue da vítima, cujos gritos lhe ecoavam no coração. Por muito tempo, por muito tempo... E você implorou existência humilde em que viesse a perder no trabalho o braço mais útil. Mas, você, Saturnino, desde a primeira mocidade, ao conhecer a Doutrina Espírita, tem os pés no caminho do bem aos outros. Você tem trabalhado, esmerando-se no dever... Regozije-se, meu amigo! Você está pagando, em amor, seu empenho à justiça...”

7. Conclusão

A prática da caridade tem valor científico, ou seja, ajuda-nos a reparar os danos que causamos à Lei Divina. Assim, se soubermos viver sóbrios e sem muitos agravos à Lei, certamente faremos uma passagem tranqüila ao outro plano de vida. 

8. Bibliografia Consultada

BOULDING, K. E. Princípios de Política Econômica. São Paulo, Meste Jou, 1967.

BUZI, ARCÂNGELO R. A Identidade Humana: Modos de Realização. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995.

XAVIER, F. C. Ação e Reação, pelo Espírito André Luiz. 5. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976.

XAVIER, F. C., VIEIRA, W. A Vida Escreve, pelo Espírito Hilário Silva. 3. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1978. (https://www.ceismael.com.br/artigo/acao-e-reacao.htm)


Notas do Blog

Carma / Karman

Na concepção da Doutrina Espírita, a palavra carma ajusta-se à lei de ação e reação, porém sem a fatalidade que o termo incorpora, ou seja, sofrer e resgatar dívidas do passado. Em realidade, a reação nada mais é do que uma resposta – boa ou má –, em razão de nossas ações. Pergunta-se: se estamos praticando boas ações, por que aguardar o sofrimento? (http://sbgespiritismo.blogspot.com/2017/10/carma-karman.html)

Princípios

Em se tratando de uma ação, há o móvel da ação e a ação propriamente dita. O móvel da ação é princípio, ou seja, o fundamento que nos leva à ação. Supondo que se queira andar barbeado, o princípio da ação é fazer a barba. Partindo desse princípio, temos que nos esforçar por fazer a barba, diariamente. Se, por outro lado, a disposição for andar barbudo, não precisaríamos nos preocupar com tal ato. Deste exemplo bastante simples, podemos nos emaranhar em outros, muito mais complexos, como é o caso de não roubar, de não fazer mal ao próximo etc. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/07/princpios.html)

Ação Livre

À pergunta, que é uma ação livre, responderíamos, de imediato, que uma ação é livre quando nada se lhe oferece obstáculo. Esta, porém, não é uma resposta convincente. De acordo com os escritos enciclopédicos, uma ação, para ser dita livre, é a ação pela qual o agente pode responder. Ser livre é poder agir no mundo numa determinada situação, o que implica a existência do sujeito agente em relação com o objeto agido. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/ao-livre.html)

Ação Humana

A ação humana é a maneira específica da atividade humana, resultado de sua condição de ser livre. O ser humano age; o animal apenas responde ao seu mundo de acordo com o seu programa genético. Nem todas as “ações” são estritamente “ações”. Exemplo: dormir, sonhar, digerir alimento são coisas que acontecem e nos afetam; não houve determinação do sujeito. A ação, propriamente dita, implica uma intenção, um acontecimento. Dançar, procriar e escolher alimento revelam uma intenção, que tem consequências, as quais podem ser previsíveis ou não. (http://sbgfilosofia.blogspot.com/2008/06/ao-humana.html)


Sites e Blogs

O princípio de Ação e Reação

Objetivo Geral: Possibilitar entendimento da lei de liberdade.

Objetivo Específico: Explicar o princípio de ação e reação, segundo o entendimento espírita.

CONTEÚDO BÁSICO

Sendo infinita a Justiça de Deus, o bem e o mal são rigorosamente considerados, não havendo uma só ação, um só pensamento mau que não tenha consequências fatais, como não há uma única ação meritória, um só bom movimento da alma que se perca […] Allan Kardec: O Céu e o Inferno. Primeira parte, Capítulo 7, § n.° 8 (Código Penal da Vida Futura).

Toda falta cometida, todo mal realizado, é uma dívida contraída que deverá ser paga; se não for em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque todas as existências são solidárias entre si. Aquele que se quita numa existência não terá necessidade de pagar segunda vez. Allan Kardec: O Céu e o Inferno. Primeira parte, Capítulo 7, § n.° 9 (Código Penal da Vida Futura).

De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida. Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e do proceder dos que os suportam. Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 5, item 4.

SUGESTÕES DIDÁTICAS

Introdução:

Realizar breve introdução do assunto, de forma que fique explicado o entendimento espírita a respeito:

a) Da lei de causa e efeito;

b) Da diferença existente entre a lei de causa e efeito, propriamente dita, e a pena de Talião, do “dente por dente” e “olho por olho”.

Desenvolvimento:

Em seguida, solicitar aos participantes que se organizem em três grupos para, respectivamente, ler os relatos dos casos um, dois e três, constantes dos subsídios.

Pedir aos grupos que troquem ideias sobre o assunto lido, realizando, após, a tarefa que se segue:

1. Fazer uma sinopse ou esquema dos principais pontos, classificados como perdas e como benefícios, no que se refere à manifestação da lei de causa e efeito na vida dos personagens;

2. Destacar, nos pontos classificados, onde há infração à Lei de Liberdade e onde está manifestada a Justiça e Bondade Divinas;

3. Indicar relatores para apresentar, em plenária, as conclusões do estudo do caso, orientando-se pelos seguintes passos:

a) Um colega relata o caso resumidamente, em plenária;

b) Outro participante expõe sobre os pontos classificados como perdas e benefícios;

c) Um terceiro relator destaca, nos pontos classificados; inflações à Lei de Liberdade e manifestações da Justiça e Bondade Divinas.

Ouvir as conclusões dos grupos, esclarecendo possíveis dúvidas.

Observação: colocar à disposição dos grupos: fita adesiva, papel pardo ou cartolina, pincéis atômicos de cores variadas para, se necessário, serem utilizados nas apresentações.

Conclusão:

Explicar, ao final, o significado das palavras de Jesus (Mateus, 26.52): “Mete a tua espada no seu lugar; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.” Assim como as do apóstolo Paulo (Epístola aos Gálatas, 6.7, 8): “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (http://bibliadocaminho.com/ocaminho/Tematica/EE/Estudos/EsdePf.10.4.htm)

Ação e Reação

O Código penal da vida futura, apresentado por Allan Kardec na obra O Céu e o Inferno* (capítulo VII da primeira parte), é fonte de interessantes reflexões em torno da lei de ação e reação que rege os caminhos humanos.

Como pondera o próprio Codificador, no mesmo capítulo e com o subtítulo Princípios da Doutrina Espírita sobre as penas futuras, “(...) no que respeita às penas futuras, não se baseia num teoria preconcebida; não é um sistema substituindo outro sistema: em tudo ele se apóia nas observações, e são estas que lhe dão plena autoridade. Ninguém jamais imaginou que as almas, depois da morte, se encontrariam em tais ou quais condições; são elas, essas mesmas almas, partidas da Terra, que nos vêm hoje iniciar nos mistérios da vida futura, descrever-nos sua situação feliz ou desgraçada, as impressões, a transformação pela morte do corpo, completando, assim, em uma palavra, os ensinamentos do Cristo sobre este ponto. Preciso é afirmar que se não trata neste caso das revelações de um só Espírito, o qual poderia ver as coisas do seu ponto de vista, sob um só aspecto, ainda dominado por terrenos prejuízos, Tampouco se trata de uma revelação feita exclusivamente a um indivíduo que pudesse deixar-se levar pelas aparências, ou de uma visão extática suscetível de ilusões, e não passando muitas vezes de reflexo de uma imaginação exaltada. Trata-se, sim, de inúmeros exemplos fornecidos por Espíritos de todas as categorias, desde os mais elevados aos mais inferiores da escala, por intermédio de outros tantos auxiliares (médiuns) disseminados pelo mundo, de sorte que a revelação deixa de ser privilégio de alguém, pois todos podem prová-la, observando-a, sem obrigar-se à crença pela crença de outrem.”

Esta transcrição inicial é importante para nos situarmos no universo de observações que se colocou o Codificador para elaboração da teoria espírita, advinda toda das revelações que os próprios espíritos fizeram.

O próprio O Livro dos Espíritos, obra lançada em 18 de abril de 1857 com os fundamentos doutrinários do Espiritismo e organizado em forma de perguntas e respostas, teve sua parte Quarta, com dois capítulos e exatas cem perguntas com suas respectivas respostas, totalmente dedicado ao tema das penas e gozos, terrenos e futuros.

No citado Código, que citamos no primeiro parágrafo acima, utilizaremos o 3º dos 33 itens, para orientar o desenvolvimento do tema. O texto original apresenta-se nos seguintes termos: Não há uma única imperfeição da alma que não importe funestas e inevitáveis consequências, como não há uma só qualidade que não seja fonte de um gozo. (http://www.oespiritismo.com.br/textos/ver.php?id1=133)


Pensamentos

"O pensamento é o ensaio da ação." (Sigmund Freud)  

"O otimismo é a fé em ação. Nada se pode levar a efeito sem otimismo." (Helen Keller)

 "Chega sempre a hora em que não basta apenas protestar: após a filosofia, a ação é indispensável." (Victor Hugo)    

"Toda ação humana, quer se torne positiva ou negativa, precisa depender de motivação." (Dalai Lama)

"Sonhos determinam o que você quer. Ação determina o que você conquista." (Aldo Novak)

"A preocupação deveria levar-nos à ação e não à depressão." (Karen Horney)

"O dever é uma coisa muito pessoal; decorre da necessidade de se entrar em ação, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa." (Madre Teresa de Calcutá)

"A fé é o instinto da ação..." (Fernando Pessoa)

"Intenção sem ação é ilusão. Ouse fazer, e o poder lhe será dado." (Lair Ribeiro)

"O presente não é um passado em potência, ele é o momento da escolha e da ação." (Simone de Beauvoir) 

"Um grama de ação vale uma tonelada de teoria." (Friedrich Engels)

 "Nunca confunda movimento com ação." (Ernest Hemingway)

 "Toda a ação é designada em termos do fim que procura atingir." (Maquiavel)

  "Pense como um homem de ação, atue como um homem de pensamento." (Henri Bergson) 


Mensagem Espírita

Executar Bem

“E ele lhes disse: - Não peçais mais do que o que vos está ordenado.” - João Batista. (Lucas, 3:13.)

A advertência de João Batista à massa inquieta é dos avisos mais preciosos do Evangelho.

A ansiedade é inimiga do trabalho frutuoso. 

A precipitação determina desordens e recapitulações consequentes.

Toda atividade edificante reclama entendimento.

A palavra do Precursor não visa anular a iniciativa ou diminuir a responsabilidade, mas recomenda espírito de precisão e execução nos compromissos assumidos.

As realizações prematuras ocasionam grandes desperdícios de energia e atritos inúteis.

Nos círculos evangélicos da atualidade, o conselho de João Batista deve ser especialmente lembrado.

Quantos pedem novas mensagens espirituais, sem haver atendido a sagradas recomendações das mensagens velhas? quantos aprendizes aflitos por transmitir a verdade ao povo, sem haver cumprido ainda a menor parcela de responsabilidade para com o lar que formaram no mundo? Exigem revelações, emoções e novidades, esquecidos de que também existem deveres inalienáveis desafiando o espírito eterno.

O programa individual de trabalho da alma, no aprimoramento de si mesma, na condição de encarnada ou desencarnada, é lei soberana.

Inútil enganar o homem a si mesmo com belas palavras, sem lhes aderir intimamente, ou recolher-se à proteção de terceiros, na esfera da carne ou nos círculos espirituais que lhe são próximos.

De qualquer modo, haverá na experiência de cada um de nós a ordenação do Criador e o serviço da criatura.

Não basta multiplicar as promessas ou pedir variadas tarefas ao mesmo tempo. Antes de tudo, é indispensável receber a ordenação do Senhor, cada dia, e executá-la do melhor modo. (XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 19)

Avancemos Além

“Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina do Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas.” – Paulo. (Hebreus, 6:1.)

Aceitar o poder de Jesus, guardar certeza da própria ressurreição além da morte, reconfortar-se ante os benefícios da crença, constituem fase rudimentar no aprendizado do Evangelho.

Praticar as lições recebidas, afeiçoando a elas nossas experiências pessoais de cada dia, representa o curso vivo e santificante.

O aluno que não se retira dos exercícios no alfabeto nunca penetra o luminoso domínio mental dos grandes mestres.

Não basta situar nossa alma no pórtico do templo e aí dobrar os joelhos reverentemente; é imprescindível regressar aos caminhos vulgares e concretizar, em nós mesmos, os princípios da fé redentora, sublimando a vida comum.

Que dizer do operário que somente visitasse a porta de sua oficina, louvando-lhe a grandeza, sem, contudo, dedicar-se ao trabalho que ela reclama? Que dizer do navio admiravelmente equipado que vivesse indefinidamente na praia sem navegar?

Existem milhares de crentes da Boa Nova nessa lastimável posição de estacionamento. São quase sempre pessoas corretas em todos os rudimentos da doutrina do Cristo. Creem, adoram e consolam-se, irrepreensivelmente; todavia, não marcham para diante, no sentido de se tornarem mais sábias e mais nobres. Não sabem agir, nem lutar e nem sofrer, em se vendo sozinhas, sob o ponto de vista humano.

Precavendo-se contra semelhantes males, afirmou Paulo, com profundo acerto: – “Deixando os rudimentos da doutrina de Jesus, prossigamos até à perfeição, abstendo-nos de repetir muitos arrependimentos porque então não passaremos de autores de obras mortas.”

Evitemos, assim, a posição do aluno que estuda e jamais se harmoniza com a lição, recordando também que se o arrependimento é útil, de quando em quando, o arrepender-se a toda hora é sinal de teimosia e viciação. (XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, capítulo 83)