(CATEDRAL DE ROMA)
(Completaremos esta página no sábado dia 8)
09 DE NOVEMBRO
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
Primeira Leitura: Ezequiel 47,1-2.8-9.12 ou 1Coríntios 3,9c-11.16-17
Salmo Responsorial: 45(46)R- Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
Evangelho: João 2,13-22 (ou 4,19-24)
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – 13Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. 14No templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” 17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”. 18Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” 19Ele respondeu: “Destruí este templo, e em três dias o levantarei”. 20Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário, e tu o levantarás em três dias?” 21Mas Jesus estava falando do templo do seu corpo. 22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele. – Palavra da salvação.
Jo 2,13-22
A celebração da páscoa dos judeus consumia uma grande quantidade de reses, bois, ovelhas e pombas, necessários para os sacrifícios. Com a licença das autoridades o átrio do templo se transformava quase num mercado. Vendiam-se além dos animais para o sacrifício, tudo o que era necessário para os sacrifícios: lenha, perfumes, etc. Para possibilitar esse comércio e a realização de ofertas, havia também cambistas que trocavam as moedas dos peregrinos vindos de países distantes. Os cambistas prestavam esse serviço e faziam seus negócios.
Toda essa comercialização provoca em Jesus uma reação surpreendente: ele faz um chicote com cordas e expulsa do templo ovelhas e bois; espalha as moedas dos cambistas e vira-lhes as suas mesas.
A ação de Jesus é uma ação profética simbólica, ou seja, revela uma nova realidade. O templo não é mais casa de comércio, mas casa do Pai.
No passado, o templo de Jerusalém foi construção e responsabilidade do rei, no tempo de Jesus, tinha se tornado centro espiritual de todos os judeus da Palestina e da diáspora. Com a chegada de Jesus, o templo é Casa do Pai.
A ação de Jesus provoca a reação das autoridades, afinal quem age como Jesus deve comprovar com um sinal divino a autoridade com a qual realiza o gesto. O sinal que Jesus oferece não é o sinal esperado: o sinal é Ele mesmo. Sua morte na cruz e sua ressurreição ao terceiro dia revela que o templo Casa do Pai não é mais a construção material do templo, mas o próprio Jesus. Nele, Deus está presente pessoalmente; nele o homem pode realmente encontrar Deus.
Hoje (9), a Igreja celebra a dedicação da basílica de São João de Latrão, a primeira basílica da Igreja a ser construída e onde uma imagem de Cristo derramou sangue.
“Esta basílica foi a primeira a ser construída depois do edito do imperador Constantino que, em 313, concedeu aos cristãos a liberdade de praticar a sua religião”, disse o papa emérito Bento XVI aos fiéis, em novembro de 2008.
“O mesmo imperador doou ao papa Melquíades a antiga propriedade da família dos Lateranenses e nela fez construir a basílica, o batistério e a ‘patriarquia’, ou seja, a residência do bispo de Roma, onde os papas habitaram até ao período de Avignon”, afirmou.
Foi consagrada pelo papa São Silvestre, em 9 de novembro de 324. É chamado basílica de São João (de Latrão) porque tem duas capelas, uma em honra de São João Batista e outra de São João Evangelista.
“Basílica do Divino Salvador” é outro nome pelo qual é conhecida, pois no ano 787, quando foi consagrada novamente, uma imagem do Divino Salvador derramou sangue depois de ser golpeada por um judeu.
“Honrando o edifício sagrado, pretende-se expressar amor e veneração à Igreja romana que, como afirma Santo Inácio de Antioquia, ‘preside na caridade’ toda a comunhão católica”, disse o papa Bento XVI.